Cap 3

Eu fui embora cheia de perguntas que queria fazer pra ele,mais porque me interessar se o cara era exatamente oque Alyce falou:
Um idiota,mulherengo e convencido.
Além de um homão da porra,com uma pegada alucinante e um beijo de surtar.
"Eu não tinha amado o beijo dele,tinha adorado.Ele beijava feito homem,não era igual os meus últimos dois ficantes que só sabiam babar na minha boca,e nem sabiam oque fazer com a língua e as mãos.

Finalmente cheguei
Em casa descorcertada.Tava tão louca que quase pulei o portão sem abrir o ferrolho,eita fogo da peste.
Minha casa possuía dois andares,tinha um telhado amarelo e paredes da cor laranja.
Na frente um jardim bem cuidado,com uma adversidade de cores,em sua maioria margaridas,as favoritas da minha mãe,e algumas estátuetas eróticas de uns gnomos super dotados.
Geralmente todas as casas em Monte Azul tinha um jardim,era um lugar lindo para se viver,tipo comercial de margarina.

Abri o portão de ferro,e caminhei pelo caminho de pedra que me levava a porta da frente.
Esperava que meus pais não tivessem chegado,não queria que me vissem naquele estado deplorável.

Para a minha sorte,a casa estava vazia,e eu atravessei a sala com seus sofás de camurça preto,o carpete marrom impecável,não fosse a urina fétida do meu gato preto Macucu,que adorava marcar território pela casa toda.

Alcancei as escadas e saí correndo pelas escadarias.
No corredor na segunda porta a direita,ficava o meu quarto. O chato do
meu irmão Hans,devia estar soltando pipa com seus amiguinhos,e fumando com cigarros de folha de caderno,até os olhos ficarem escarlate,contanto que não começasse a usar maconha estava bom.


Eu estava precisando mesmo ficar só.
Entrei no quarto,que tinha uma cama de lençois e forro rosados,um criado mudo,encima dele um abajur, uma cadeira e uma petiadeira.

Pregado a parede esquerda,uma estante de livros,com os romances que eu gostava de ler.

Acima da cama havia uma janela coberta por uma cortina branca,com detalhes dourados de renda.

Fui para a frente do espelho,meus lábios estavam vermelhos,denunciando a violência do beijo.
"Que rude",quase comeu minha boca.
Olhei bem para meu reflexo,aquela tarde eu usava um vestido delicado que vinha até os joelhos,no século xx as mulheres estavam mais modernas e não se cubriam tanto,e a tal moda do espartilho tinha desaparecido a algum tempo,graças a Deus,aquilo devia espremer os ovários e levar o útero para as costas.
Não suportaria um negócio sufocando os meus órgãos.
Usava luvas também rosas,e um laço de fita no cabelo.
Segurava uma bolsinha de mão.
Pensei comigo mesmo que eu era uma jovem bonita,"Mas será que oquê o Luke quis comigo foi apenas uma diversão?
Certamente ele tinha todas as mulheres que quisesse caída aos seus pés,implorando por um beijo e pra serem usadas por ele até ficarem sem conseguir andar.
Mas eu não,iria mostrar que não era tola igual as que ele estava acostumado,mesmo sabendo que já estava apaixonada pelo safado!



Foi amor a primeira vista,igual aos livros,mas o Luke estava longe de ser o mocinho."Melhor o lobo mau boba,ele te ver melhor,te enxerga melhor,te cheira melhor e ainda no final te come".
Uma voz assanhada soou no meu subconsciente,mais eu tratei de afastá-la,mesmo sendo muito tentadora.

A razão dizia para eu me afastar,mas a emoção,queria vê-lo novamente.

"É melhor ficar longe dele".

Minha voz racional falou no meu subconciente.

Resolvi tomar um banho,para desanuviar a cabeça e tirar o cheiro e o gosto dele de mim,mesmo sabendo que jamais iria conseguir esquecer aquele filho da mãe.

*****

Luke

Ela era uma princesinha,no começo mostrou-se tão tímida e assustada,mas depois ficou tão bravinha,oque só a fez ficar mais linda ainda e deixar a minha barraca bem armada.

Oque mais me impressionou foi ela ter reagido ao meu beijo.
"Oque ela tinha na cabeça?
Nenhuma garota resistia ao meu toque,eu sempre tive a melhor que eu quisesse num estalar de dedos.
Eu mesmo sonhava em ter um sósia só pra poder beijar a mim mesmo,não que eu fosse gay,mais nem eu mesmo me resistiria.
A lebre assustada  escorregou dos meus braços,me empurrou e saíu correndo,me empurrou numa moita de espinhos,e eu ainda tinha alguns enfiados nos meus glúteos,"Oh dor da peste pra tirar com uma pinça,dor infeliz no pescoço contorcido de lado pra enxergar o espinho,bunda bonita da peste a minha.

Não posso negar que isso me deixou mais interessado ainda,estava acostumado com comquistas fáceis,e aquela garota,mesmo dando uma de difícil,eu sabia que tinha se encantado por mim,vi ela babando em minha direção na sorveteria,e se veio ao encontro obviamente tinha interesse.

Eu sei que estava se fingindo de difícil para fazer charme.

Não importa,quanto mais difícil a caçada,melhor o prazer da conquista.
Não demoraria para que eu derretesse aquele gelo,e a deixasse bem calminha nos meus braços,e gemendo o meu nome.

Eu ia tê-la,e a desejava assim como sabia que ela me desejava ao se entregar ao beijo.
Seria apenas questão de tempo,ela era a garota mais linda que já vi.
Aquele pele branca delicada,os lábios rosados,os olhos azuis,e um corpinho bem feito,apesar dos seios minúsculos e as pernas meio tortas,tinha muitas olheiras também,e as orelhas eram meio pontiaguadas parecidas com as de um elfo.

Eu me divirtiria com ela um pouco,só precisava ter mais cautela e não ir com tanta sede ao pote.
Mas sim eu a teria,como tive todas as outras.

Depois que me cansasse dela,procuraria outra diversão.

Me joguei no sofá de couro da casa abandonada,e quase cai dentro de um buraco,lá dentro ouvi o chiar de dezenas de ratos,devia ter um ninho.
Bebi minha garrafa de vodka direto da garrafa em um só gole,ficando desnorteado na mesma hora.

Pretendia morar naquela nojenta por uns tempos,(se sobrevivesse naquele covil de bichos peçonhetos,mofo,traça e fuligem)os dinheiro que tinha digamos que "pegado emprestado", daria para me manter por um bom tempo.

Acho que o proprietário da casa não voltaria tão cedo,ou talvez nunca mais.

Droga,só tinha que dar um jeito naquela poeira e nas téias de aranhas,nos ratos,nas cobras,nos besouros e nas baratas que se espalhavam pelo teto e os móveis antiquados e a casa,o teto ruindo,o chão cheio de buracos,o encanamento vazando,na privada entupida de bosta,no chuveiro queimado,e nos fantasmas que sempre apareciam em casas abandonadas.

Liguei o radinho que trouxe comigo,na fita estava gravada as músicas da minha banda favorita: "Nirvana".

Começei a cantar um trecho de
Smell like teen espirit
" Carregue suas armas, traga seus amigos
É divertido perder e fingir
Ela está entediada e autoconfiante
Oh, não, eu sei um palavrão
Olá, olá, olá, que baixaria
Olá, olá, olá, que baixaria
Olá, olá, olá, que baixaria
Olá, olá, olá
Com as luzes apagadas é menos perigoso
Estamos aqui agora, nos divirta
Eu me sinto estúpido e contagioso
Estamos aqui agora, nos divirta
Um mulato, um albino...

Sorri imaginando como seria tê-la nos meus braços,fazendo juras apaixonadas.
Eu falarei oque falava pra todas.

"Por favor baby,não se apegue,eu sou igual a uma folha que vai para onde o vento sopra,não sou árvore para fincar raízes.
Eu sou do mundo.
Sei que ficará de coração partido,mas querida esse sou eu!

"Nojento"

Uma voz medonha me xingou.Na certa um dos fantasmas da casa.Que ódio!

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