Guerra dos Arcontes Parte II

  Diferente de outros dias, Zhongli chegou bem mais cedo para apreciar as histórias contadas por Guowen. No final, não só o funcionário de Wangsheng gostou de tudo, como os demais presentes por ali. Sem demora, Guowen trouxe chá para o estimado Zhongli para dar início a história em qual dessa vez, o jovem Guowen seria o ouvinte.

— O que vai contar hoje, Zhongli?

— Uma das passagens mais bonitas que eu consegui achar em documentos, não ouso dizer que é minha favorita. — Um ser como o antigo Deus de Liyue jamais poderia escolher como favorito tantas histórias que ele viveu ou testemunhou. — Hoje vamos falar do grande dragão que Rex Lapis criou.

— Ah, está falando de Azhdaha. O nome desta passagem é o criador da visão do dragão. 

 Apesar do medo que Guizhong e a Retentora das Nuvens, junto com a pequena Ganyu sentiam do anuncio da guerra, Morax sabia que nada aconteceria do dia para noite. Claro que ele incentivava uma preparação adequada, mas tudo em seu devido tempo.

Negar a presença de Guizhong foi difícil, mas definitivamente não foi por mal. Morax queria caminhar sozinho e pensar em soluções para a guerra que estava por vir e analisar a terra onde ele vivia com o povo que tem sua confiança. 

https://youtu.be/U9ymxU1dfGk

   Em uma das suas caminhadas, ele ouviu a voz masculina vindo da terra, porém estava diferente do que das outras vezes. Era estranho, Morax podia jurar que conhecia o dono da voz mesmo sem ter conhecido ele pessoalmente. Cansado de imaginar quem poderia ser, Morax começou a procurar em cada cratera da terra por aquela voz. Sim, o Deus dos Contratos havia se compadecido do dono da voz, pois ele sabia que era uma forma de vida vivendo debaixo da terra. Com isso, Morax sabia também que essas formas de vidas eram cegas e que nunca viram a luz.

    O dragão se guiou pela voz, passou horas procurando e olhando cada cratera, até que achou uma cratera diferente das demais. Morax fez com que um pilar pontiagudo de pedra surgisse para abrir um pouco mais daquela cratera na terra, e foi ali que ele achou aquela forma de vida em posição fetal respirando lentamente. Não julgue a palavra ''fetal'', aquela existência era extremamente grande.

— Aí está você. — Disse Morax olhando para ele. A voz continuava triste e só Morax podia entendê-la. — Entendo, vou garantir o seu desejo.

   Com seu poder, Morax tirou aquela forma de vida de dentro da terra e a trouxe para cima. Aquela vida pedia para ser levado para a superfície, onde tudo estava mais movimentado e cheio de vida e luz, porém, aquela criatura ainda não tinha uma forma para andar sob a terra e nem mesmo via a luz do sol.

   Sentindo compaixão daquela vida, Morax criou ferramentas feitas de pedra para começar a modificar aquela criatura, transformando a rocha sem forma em uma representação viva de um dragão. Não como um dragão que era Morax em sua verdadeira forma, mas um dragão único de quatro patas. Este era Azhdaha.

   Mesmo com aquele trabalho lindo e incrível que Morax havia feito, faltava um detalhe muito especial. Flutuando perto dos vazios oculares daquele dragão, Morax ergueu sua mão e concedeu a Adzdaha dois olhos para que pudesse ver o mundo claramente.

    Ali, Adzdaha estava parado como rocha, então raios dourados se rasgaram dos céus para ir exatamente naquele dragão de pedra. Com um grito que foi escutado por toda Liyue, Adzdaha agora era verdadeiramente vivo, e acaba de anunciar que sim, ele estava ali.

— Finalmente, você acordou, dragão Adzdaha. — Disse Morax com um pequeno sorriso.

— Morax, ouvi muito de você debaixo da terra. — A voz dele era grave e quase assustadora, mas Adzdaha não demostrava nenhuma aura negativa. — Obrigado pela chance.

— Eu escutei sua voz por anos e anos, até eu finalmente o achasse. O que está achando desse mundo agora que pode vê-lo?

— Ele é bastante quente, anos e anos na escuridão fria da terra me deram um mau costume.

— Entendo. — Morax olhou diretamente para o rosto gigante de Azhdaha. — Se este mundo o agradou como eu percebi, devemos fazer um contrato.

— Contrato? Eu já esperava por isso. Está bem, vamos fazer um contrato Morax. O que será?

— Você pode viver entre nós, e entre as pessoas em harmonia. Aqui em cima existe ordem, e eu  protejo essa ordem. No dia que você quebrar essa ordem você será selado novamente na escuridão.

— Entendo, é um contrato justo para quem moldou o que sou agora. Estarei contigo, Morax, Deus dos Contratos, e o seguirei.

— Eu tenho confiança que vai. Vamos, siga-me até o monte Aozang, quero que conheça Guizhong, a Retentora de Nuvens e Ganyu. Ela é bastante pequena e seu tamanho é titânico e sua voz poderia fazer a terra tremer, então tome cuidado. Ganyu se assustou comigo sem que eu tenha feito nada, imagino a reação dela com você.

   Chegando no Monte Aozang, não só Ganyu ficou chocada com o tamanho do dragão que não conseguiu subir até o topo do monte, mas a Retentora e Guizhong até arregalaram seus olhos, mas logo pensaram, se ele está com Morax, ele não é mau.

    Azhdaha tinha um jeito engraçado de conversar, ele não era bravo, mas seu tom de voz parecia demostrar isso. Ganyu se assustou como esperado e o novo dragão ficou um pouco magoado, mas bastou as explicações de Guizhong que tudo ficou bem. Morax por um momento se afastou para se sentar e apenas observou todos conversando, era um momento agradável que ele gostaria de guardar em sua memória para sempre.

Em relação aos humanos, naturalmente eles tiveram a mesma reação de Ganyu com um dragão que era quase maior que Morax em sua forma de dragão. Algumas pessoas curiosas se aproximaram e espalharam pela terra que ele era uma boa criatura, mesmo que a cada passo ele fizesse a terra tremer por ser tão grande.

— Morax — Guizhong chamou por seu amigo com um sorriso nos lábios. — Queria saber porque você tem um gosto de seres enormes com cara de poucos amigos.

— De certa forma.... — O Deus dos Contratos sorriu de lado. — Lembro de mim mesmo. Mesmo que eu não tenha pedido — Morax deixou de sorrir. — Azhdaha quer seguir em campanhas de luta nessa guerra. 

— Eu gosto demais dessa passagem. — O jovem recitador estava com um sorriso singelo nos lábios.

— Existe um ditado para esse evento.... — Zhongli sorriu da mesma forma que seu companheiro.

— Sim, e eu sei de cor! O golpe da lança trouxe uma poeira ondulante, e as montanhas abriram um caminho para o som. A visão de um dragão prometeu que a água da chuva abençoasse a terra.

— Esse ditado é maravilhoso. — Tomando o resto de chá, Zhongli levou a mão para o bolso do casaco. — Eu jurava que eu tinha separado o Mora do chá.  

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