Guerra dos Arcontes Parte I
Guowen mal pode dormir sabendo que Zhongli estava prestes a começar a contar sobre a Guerra dos Arcontes. Por outro lado, Zhongli, o nome humano que o próprio Morax decidiu usar para andar entre os humanos, sentia que estava prestes a abrir feridas antigas. Estar contando histórias antigas que ele mesmo viveu era gratificante e nostálgico, mas agora, ele está pronto para entrar em momentos amargos e sangrentos. Ele mal poderia demostrar suas verdadeiras emoções e expressões sobre alguns ocorridos, afinal ali para Guowen, ele era apenas Zhongli, e não o falecido Rex Lapis.
O momento de Guowen contar histórias havia acabado, e como de costume, se juntou a mesa de Zhongli que já tomava um bom chá.
— Vamos lá Zhongli, estou muito interessado em saber da guerra do seu ponto de vista.
— Não é meu ponto de vista. — O funcionário de Wangsheng tomou um gole de chá. — É o que eu sei apenas de todos aqueles documentos. Antes da guerra de fato começar, Rex Lapis e Guizhong defendiam o Monte Tianheng com muita fidelidade. Para certas coisas fazerem mais sentido, certamente, mesmo ter pisado por lá, conhece Celestia, não?
— Quem não conheceria? — O jovem Guowen olho para céu, e lá estava aquele misterioso pedaço de terra flutuando no céu.
— É verdade que Rex Lapis, Barbatos...Eles são como Deuses nessa terra, mas existem seres que estão acima deles, e estes seres estão em Celestia. É um tanto estranho de dizer isso, mas eles são a verdadeira autoridade. E com tamanha autoridade eles acionaram o gatilho para a Guerra dos Arcontes.
Certo dia, bem no crepúsculo, os Deuses presentes na terra de Teyvat ouviram vozes poderosas em uma mistura entre o feminino e masculino e outros sussurros. Todos os Deuses olharam para o que era chamado de Celestia, muitos deles haviam nascido ali e desceram para a terra.
''Sete lugares se abrem em Celestia para vocês que guiam a humanidade. Apenas sete. Existem muitos de vocês, porém os mais fortes que demostrarem a supremacia divina terá o direito de Celestia.''
— E quem não desejar por supremacia e domínio? — Perguntou Morax olhando para o céu.
''É uma escolha livre.''
Guizhong que estava ao lado de Morax olhou preocupada para seu amigo.
— Morax....
— Eu sei. — Disse o dragão. — É uma escolha livre muito perigosa. É uma guerra que também se relaciona com territórios. Quanto mais território um Deus tiver, melhor. Criaturas bestiais vão se aproveitar dessa situação.
— O que vamos fazer? — Perguntou Guizhong.
— Temos que melhorar nossas defesas. Nem todos os Deuses vão nos ouvir de forma pacífica. Não quero entregar nosso povo nas mãos de outros Deuses que possam ter ideias distorcidas.
— Eu também não quero. Além de nos preocupar com as criaturas do mar, teremos de lidar com outros Deuses, Valefor....Ele vai se aproveitar dessa oportunidade.
— Temos que tomar cuidado com os lugares. Algumas pessoas resolveram voltar para as planícies de boa vontade, também não quero abandoná-las.
— Estou apreensiva só de pensar em tudo isso. Vamos aproveitar que estamos perto do Monte Aozang para conversar com a Retentora de Nuvens, ela disse que estaria por lá.
— É verdade, acho que ela está passando muitos dias por lá.
— Agora que você citou.... — A Deusa da Poeira fez uma cara pensativa. — É verdade.
Os dois Deuses seguiram para o Monte Aozang tranquilamente, mesmo sendo tranquilamente uma palavra muito forte para o que acabaram de ouvir. Subindo as escadas do Monte, Guizhong e Morax ouviram passos apressados, quase como se alguém estivesse descendo aquelas escadas correndo animadamente. Não demorou para que os dois Deuses quase se debatessem contra uma pequena e doce criatura de rosto bem redondo. Quase que ela caiu no chão, mas bateu contra as pernas de Morax no final das contas, mesmo que tenha freado segundos antes seu passo. A pequena olhou para cima e se assustou com a cara tão séria de Morax, além de seu tamanho. O cabelo dela era azul claro e havia dois pequenos chifres vermelhos similar a de uma cabra bem no topo de sua cabeça.
— Quem é você? — Na mínima pergunta, a pequena pode ver alguns dentes pontiagudos de Morax.
A resposta que ele obteve foi um grito de terror e choro. Ela subiu de volta correndo para o topo do Monte deixando Morax e Guizhong olhando um para o outro tentando entender o que acabara de acontecer.
— Você a assustou. — Comentou Guizhong começando a subir as escadas.
— Eu não fiz nada. — O dragão deu de ombros acompanhando sua amiga.
Chegando no topo, eles viram a pequena sendo consolada pela Retentora de Nuvens que usava uma de suas asas para fazer carinho em seus chifres.
— Mas o que isso, hein? A guerra realmente já começou? — Perguntou a Retentora em seu típico tom ríspido.
— Então você ouviu. — Disse Guizhong.
— Todos os Deuses e Deusas devem ter ouvido. Não se preocupe, Ganyu, esses são os amigos da Retentora de Nuvens. — A garça continuava a fazer carinho nos chifres de Ganyu. — Tenho certeza que você se assustou com o Morax. — Ganyu fez um sim com a cabeça. — Viu só? Sabia!
— Eu não fiz nada. — Morax tentou se defender enquanto Guizhong ria baixo.
— Quando você a achou, Retentora? — Perguntou a Deusa da Poeira.
— Fazia um tempo que eu não vinha para cá, e quando resolvi, achei a pequena Ganyu por aqui. Ela é um verdadeiro amor.
— Consigo sentir uma aura curiosa vindo dela. — Comentou Morax tentando se aproximar, dessa vez a pequena Ganyu não se amedrontou. O dragão se agachou frente as duas para observar aquela criatura com olhos que expressavam doçura. — Uma mistura entre nossa aura divina, com a aura dos humanos.
— Está dizendo que ela é os dois? — Guizhong arregalou os olhos.
— Eu também havia sentido isso. — A Retentora confirmou com a cabeça. — Mas eu pensei que eu estava delirando, é bom ter uma segunda opinião. Estou cuidando dela.
— É melhor mesmo. — O dragão se levantou. — Estamos prestes a entrar em tempo perturbados e difíceis. Teremos de trabalhar juntos para que nossas defensas melhorem. Eu preferia atacar no primeiro sinal de ameaça, mas sei que nenhuma das duas vai concordar com isso.
— É muito difícil de acreditar que Ganyu quando criança fosse redonda, com todo respeito, ela é uma Adeptus muito bonita. — Comentou Guowen.
— Ouvi dizer que ela não gosta muito de que a lembrem da forma que seu corpo era antes. Preciso descansar, Guowen. Dessa vez eu não esqueci o Mora para o chá.
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