Epílogo

  Zhongli subia o Monte Aozang com três lírios de vidro. Ele podia saber em que momento elas nasceram só pelo cheiro agradável que aquelas flores possuíam. Como um humano, subir aquele monte era um pouco cansativo, mas isso não era motivo para desistir. Parte de uma caminhada também era o cansaço, o aproveitamento da paisagem e de pensamentos próprios, principalmente sozinho. 

    E sobre estar sozinho, Zhongli se sentia assim há muito tempo. Não é porque ele não dava valor aos seus companheiros que sobreviveram a Guerra dos Arcontes, mas existia um vazio dentro de si que nunca se preenchia desde que Guizhong se foi, e também...Selar o Rei dos Dargatos também só aumentou o estranho buraco em seu peito.

   Chegando no topo, muitas memórias surgiram em sua mente. Memórias lindas de tardes com Guizhong, momentos de chá ou vinho com a Retentora de Nuvens ou com Barbatos e outros Deuses. Como ele estava, aquela mesa e cadeiras de pedra que a Retentora construí ainda estavam ali em perfeitas condições. Ela também cuidava daquele lugar em que ela tinha tanto apreço. Além disso, ali era a casa da Retentora das Nuvens que sem demora notou uma presença humana.

   Ela  vivia longe de Liyue fazia anos, certamente a Garça respeitava os humanos, mas não tinha tanta paciência para a presença deles. Talvez se Guizhong o pensamento da Retentora seria diferente. 

— Quem se achega aqui no Monte Aozang? O que procura? — Chegou a Adeptus com um tom de voz forte e intimidador. Zhongli e Garça se olharam e em questão de segundos a Retentora de Nuvens sentiu uma certa familiaridade. — Ora...Eu o conheço, não conheço?

— Retentora, sou eu...Não como antes, mas sou eu, Rex Lapis.

— Oh céus....Oh céus... — Os olhos da Garça se encheram de lágrimas. — É você mesmo, Rex Lapis.

   Zhongli se agachou assim que viu a Garça abrir suas asas para abraçar o homem como podia. Parte de si sentia certa culpa por aquelas lágrimas que causou em sua velha amiga. Os dois ficaram assim por alguns segundos até que a Retentora se afastou um pouco.

— Por que finge estar morto, Rex Lapis?

— Desculpe por isso. Eu precisava ver como as pessoas ficariam sem mim. Foi um teste.

— O pior de todos.

— Eu sei. — Zhongli sorriu de lado ao concordar com a cabeça. — Mas deu certo. Liyue demostrou que não precisava mais de mim, não me sinto deixado de lado, mas vejo que a humanidade não precisa aprender mais nada. Eu ensinei tudo o que eu podia e como a própria a Guizhong disse antes de partir, eu iria testemunhar o apogeu da humanidade, e isso aconteceu.

— Agora entendi...Mesmo assim, foi algo extremo. E agora, o que vai fazer?

— Tenho certeza que Xiao já sabe, Ganyu pareceu não suspeitar, então...Converse com ela. Peço que respeitem essa minha decisão e me chame de Zhongli. Vou viver entre os humanos como um humano comum, porém...Não posso dar as costas quase algum problema grande acontecer. Tenho um apreço muito grande e profundo por Liyue e por humanos, se for muito necessário eu irei reagir.

— Não é a primeira vez que me nos pede para chamá-lo com outro nome. Está bem, Zhongli. Já que está aqui...Que tal tomarmos vinho de Osmanthus?

   O antigo Deus sorriu de lado.

— O vinho de Osmanthus tem um sabor que eu ainda me lembro bem, a melhor parte é se lembrar desse sabor com uma boa companhia.


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