xvii. t o w e r
"so that was the Truth."
ooo
Eu sentia minha respiração fraca, estava sufocado.
Tentei abrir os olhos, mas a luz estava incomodando minha visão. Meu corpo inteiro, juntamente com minhas roupas, tudo estava extremamente pesado e eu tentava assimilar as coisas enquanto apoiava minhas mãos no solo desconfortável que eu estava deitado.
Tateei cegamente, percebendo estar deitado em diversas pedras redondas e geladas. Ao longe, eu ouvia um barulho corrente de água abundante, parecia algum tipo de rio. Me esforcei para abrir os olhos, observando o céu claro que banhava minha vista.
Eu sentia meu corpo exausto, tinha vontade de fechar os olhos e continuar deitado ali, mesmo que aquelas pedras não fossem confortáveis, mas um choro longe me fez voltar a consciência rapidamente, fazendo-me levantar de maneira brusca, sentindo minha cabeça rodar. Tossi fortemente algumas vezes, cuspindo água que provavelmente estava alojada no meu pulmão. Meus ouvidos faziam um barulho semelhante a um chiado e minha garganta ardia juntamente com o nariz, mas aquilo não me faria ficar parado.
Levantei meus olhos, observando tudo ao meu redor. Eu estava na margem de um rio largo enquanto a minha volta algumas árvores faziam barulho com o vento que batia em seus topos. Olhei para meu corpo encharcado, lembrando-me do que havia acontecido a um tempo atrás: Taehyung me jogou da cachoeira, e por mais que isso possa parecer uma tentativa de me fazer mal, sei que ele confia em mim e que fez algo extremo na esperança de que eu sobrevivesse para consertar tudo.
E bem, eu ainda estava vivo.
Novamente o barulho de choro ao longe me fez despertar. Levantei das pedras e passei a caminhar pela margem, meus pés vagueando pelo solo irregular, fazendo minhas pernas cansadas bambearem, mas isso não me fez desistir. Observei um pano branco mais a frente e apertei os passos, percebendo que o choro vinha dali. Me ajoelhei, pegando Young no colo, observando seu rosto levemente úmido, com alguns respingos de água do rio que corria ali perto.
Seu corpo estava gelado, mas, estranhamente, suas roupas e o pano que o embalava não estavam molhados, me fazendo franzir a testa, encabulado.
Caímos de um mesmo lugar e, enquanto eu estou encharcado, ele não tem um pingo d'água.
Nunca entenderia o que estava acontecendo, mas cogitava pensar que alguma força divina estava transformando os fatos ao nosso favor.
Agradeci silenciosamente para seja lá o que estivesse nos acompanhando, enquanto embalava o corpo pequeno de Young no pano que se mantinha com ele, esquentando-o e olhando para os lados sem saber a direção que eu deveria seguir. Percebi que estava sem minha bolsa, ou seja, o mapa e os escritos da senhora Lim haviam se perdido em algum lugar no rio, junto da água que eu havia levado, da comida e da incubadora de Young.
Isso me desesperou um pouco, mas eu não podia desistir naquele momento, e nem queria, iria sobreviver de alguma forma.
Senti o vento bater em meu corpo, me arrepiando pelas minhas roupas estarem molhadas, mas reparei na direção dele, levando meus olhos para minha frente, como se a brisa dissesse pra onde eu deveria ir. E eu fui.
Andei por um longo tempo, já longe do riacho, voltando ao clima desértico, porém, ao contrário de antes, não estava tão calor, batia um tipo de vento refrescante que ajudava a secar minhas roupas enquanto Young ainda dormia em meu colo. Observei o mesmo, parecia exausto, assim como eu, então tentava mantê-lo confortável para que o mesmo não sofresse com os climas modificados e o cansaço.
Eu já andava por tanto tempo que minhas pernas estavam se locomovendo sem que eu pense em mexê-las. Estava me sentindo estranho, preocupado; é claro que eu estaria preocupado com a situação que me encontrava, andando perdido para um lugar que eu não sabia o que era, e nem sabia se existia, mas minha preocupação estava sendo destinada a outro lugar.
O que Taehyung havia me dito sobre Jimin começou a martelar em minha cabeça, a pesar de uma maneira que me incomodava, e a culpa começou a me consumir.
Talvez se eu não tivesse o colocado naquela situação, ele estaria tranquilo nesse momento, talvez já teria até me esquecido, poupando-o de sentir falta ou qualquer outro sentimento que remeta a mim. Mas pensar nisso me angustiava, talvez por egoísmo, porém eu não queria que ele esquecesse de mim, porque eu nunca esqueceria dele, nem com todo o medicamento do mundo.
O que eu sentia pelo Jimin era inesquecível, incompreensível.
E pensando nele, lembrei do senhor Bonhwa também, queria saber como ele estava, o que aconteceu quando parti, se ainda estava bem, se estava preocupado... Ou se ele também havia se esquecido de mim.
Uma pontada em minha cabeça me fez fechar os olhos com força enquanto eu parava de caminhar lentamente. Outra pontada fez minha mão instintivamente ser levada até a têmpora, tentando relaxá-la.
"Jungkook?"
Ouvi um chamado ecoado, muito longe, parecia que eu havia imaginado aquela voz.
"Jungkook, consegue me ouvir?"
O que?
– Senhor Bonhwa? – sussurrei, tentando me concentrar no que eu ouvia, e por mais que a voz estivesse longe, eu ainda conseguia ouvir. – Senhor Bonhwa, é você?
"Jungkook! Você está mesmo vivo?"
Ri de sua pergunta.
– Eu estou. Sua voz está muito longe, mas consigo lhe ouvir.
"A conexão está fraca, você deve estar muito longe da sociedade."
Olhei para trás, incapaz de ver qualquer coisa que não seja areia.
– Sim, eu estou bem longe. – suspirei, cansado.
"Como está indo? Está tudo bem com você? Como Young está?"
– Eu estou caminhando, senhor Bonhwa, já andei tanto, já passei por tantos lugares, mas a senhora Lim estava certa, eu passei por todos os lugares que ela descreveu. – olhei para Young que ressonava baixinho no meu colo. – E Young está bem, estamos bem, senhor Bonhwa, não se preocupe.
"Que bom, Jungkook, estou muito aliviado que vocês estejam bem, mas não só eu estou aliviado."
– O que quer dizer com isso?
"O Jimin está aqui, ele também está feliz que vocês estejam vivos."
– O Jimin? – quase gritei. – Como ele está? O que aconteceu com ele? Ele está bem? Por favor, senhor Bonhwa, eu preciso de notícias dele, me diga que ele está bem, ele...
"Calma Jungkook, seu menino está bem..."
Houve uma pausa enquanto eu ouvia alguns sussurros.
"Ele disse que está com saudades e quer que você volte logo."
– Eu também estou com saudades, muitas saudades. – meus olhos se apertaram, sentia meu coração na mão. Como eu queria estar perto dele naquele momento. – O que aconteceu com vocês?
"O Jimin não conseguiu despistar os guardas por tanto tempo, então eles o pegaram e o prenderam. Eu acordei na manhã seguinte com alguns guardas invadindo a minha casa, mas eu já sabia o que havia acontecido, eu sentia que você não estava mais no mesmo lugar que eu, então deduzi o que você tivesse feito."
– E onde vocês estão agora?
"Provavelmente na sede dos superiores. Haverá a cerimônia de desligamento geral em breve para o..."
Senhor Bonhwa exitou por um momento, me fazendo suspirar alto.
– Eu sei o que irá acontecer, Taehyung me contou.
"Falou com seu amigo Taehyung?"
– É uma longa história, talvez eu conte depois. – ri nasalado, vendo graça por eu ainda cogitar vê-lo de novo em algum momento.
Espero não estar errado.
"Jungkook, em qual altura da sua caminhada você está?"
– Bom, eu já passei do lago, que na verdade não era um lago e sim uma cachoeira. – ouvi o Senhor Bonhwa rir e acabei rindo também. – Eu estou andando para o último ponto do mapa.
"O ponto que a senhora Lim não ultrapassou."
– Sim. – ditei receoso. Eu ainda não conseguia ver algo de diferente em minha frente que não fosse areia, e o cansaço já estava me fazendo ter vertigens.
Eu estava exausto, com o meu corpo no limite. Não sabia quanto tempo aguentaria.
"Jungkook, você está muito perto, por favor, se mantenha forte. Eu sei que vai conseguir."
– Eu vou tentar mais um pouco senhor Bonhwa. Estou muito cansado, mas prometo que vou continuar tentando. – disse, determinado, parecendo mais corajoso do que realmente era.
Eu sabia do meu cansaço, sabia das dores no meu corpo, sabia das minhas forças indo embora a cada vento que batia contra minhas costas. Estava tão fraco que cogitava sentir o vento me levando para qualquer lugar que ele soprasse.
"Jungkook?"
– Sim, senhor Bonhwa. - sussurrei.
"O Jimin pediu para eu te falar que..."
– O que? O que ele pediu para falar?
"Ele disse que ama você."
Meu coração, que batia fracamente, começou a pular dentro do meu peito que chegava a ser doloroso. Meus olhos se fecharam fortemente enquanto eu sentia eles se enchendo de lágrimas, emocionado demais para segurá-las.
Aquilo foi o impulso que eu precisava para continuar.
– Diga que eu o amo também, o amo muito. – falei choroso, tentando controlar as lágrimas que não paravam de cair.
"Eu direi, mas quero que você volte para dizer isso pessoalmente a ele."
– Eu voltarei, prometo de corpo e alma que voltarei a salvo, assegure-se disso, senhor Bonhwa. – falei, começando a caminhar novamente, agora com força suficiente para andar por horas.
Estava determinado a chegar ao final e fazer aquilo dar certo.
"Eu confio em você, Jungkook."
Foram as últimas palavras do mais velho antes de senti-lo ir embora, mas ainda sentia sua presença mesmo que fracamente. E eu sabia que ele cuidaria do Jimin por mim.
Eu também confiava nele.
– – –
[narration on]
Ouviram um barulho metálico ecoar pela sala gelada, vendo a porta pesada ser aberta. Um total de cinco guardas entraram e foram em direção as grades que fechavam Jimin e Bonhwa, abrindo-as e pedindo para que os dois se aproximassem. Ambos se aproximaram e, enquanto Jimin era colocado de costas, tendo seus pulsos presos um no outro por um tipo de algema, Bonhwa se mantinha em pé, já fora da caixa de grades, ao lado de um guarda. Era um absurdo, estavam tratando Jimin como um criminoso de graves atitudes, o que de longe parecia desnecessário, mas não era para menos, ele desafiou a grande líder Sook, aquela segurança toda só podia ter sido ordem dela.
Os dois foram guiados para fora da sala, um caminhando para assistir a algo extremamente doloroso, o outro para atuar nessa peça dolorosa. Do outro lado da colina, passados todos os desafios da caminhada, quando suas pernas já estavam a ponto de se deteriorarem, Jungkook viu um ponto brilhante, refletindo uma luz pouco forte. O mesmo arregalou os olhos e passou a andar bem mais rápido, se esquecendo da dor em seu corpo, não poderia pensar nela naquele momento.
Na sala onde ocorreria a cerimônia de desligamento, haviam duas partes: uma para os superiores assistirem – para onde Bonhwa foi designado a ir, como já sabia –, e outra onde tinha uma poltrona cirúrgica e uma mesa de metal com alguns instrumentos. Jimin foi colocado na poltrona, enquanto observava a sala, parecia aconchegante, diferente da cela onde estava.
– Olá, Jimin. – ouviu a líder Sook o saudar, vendo-a do outro lado da sala, sendo separada por um vidro, na parte onde ficava a plateia de superiores. – Espero que esteja pronto para começarmos. Não se preocupe, não vai doer, criamos um ambiente confortável para que sua ida seja a melhor possível.
Jimin ouvia aquilo tudo indignado. Ele ia morrer de qualquer das formas, não precisava de toda aquela baboseira falsa. Estava extremamente triste, mas não estava arrependido, confiava em Jungkook, sabia que o que ele estava fazendo era algo certo, mas estava magoado porque não teria a oportunidade de vê-lo novamente, de abraçá-lo e de dizer o quanto o amava, porque naquele momento, Jimin sabia o que era o amor, havia aprendido da melhor forma possível, através da melhor pessoa que já conheceu, e não poderia estar mais grato.
Bem longe dali, Jungkook arregalou os olhos ao perceber o que havia diante de si. Era uma torre, não tão alta, mas definitivamente bem visível, e perto dela, saindo do chão, havia um tipo de manto azulado transparente, como um campo de força, e ele se arrastava para os lados da torre, desaparecendo de vista quando Jungkook tentou olhar para o final deste.
Olhou para Young que, dessa vez, estava acordado e mexia um pouco os pés, parecia agitado, percebia a animação de Jungkook. A cada passo para perto da torre, uma sensação eufórica passava pelo corpo do mesmo, seus pelos se arrepiavam e sua cabeça começava a pesar, parecia que o campo de força estava repelindo Jungkook de chegar perto dele, como se protegesse o que estava atrás do acastanhado.
Na sala de desligamento, líder Sook começava o discurso:
– Bom, senhores, como muitos sabem, estamos aqui para uma cerimônia de desligamento. E com profundo pesar que terei que utilizar desse recurso para punir alguém acusado de traição a sociedade. – Sook dizia calmamente, parecia ter ensaiado, fazendo Jimin revirar os olhos. "Como não reparei toda essa falsidade antes?" pensou. – O superior Bonhwa, novamente, está envolvido nesse tipo de crime, mas como superior, não podemos acusá-lo de nada, nem desligá-lo de seu cargo, já que ele é o único que ainda tem as memórias do mundo antigo. Seu aluno Jungkook, qual tem o número de geração cinquenta e dois, aquele que seria o próximo a armazenar as memórias, em um ato de influência, desceu a colina. Após buscas por todo o território além da colina feitas pelo corpo de pilotos da nossa sociedade, não foram encontrados vestígios do mesmo, mas eu não desisti, senhores, esse garoto é importante para a sociedade, então pedi para o nosso mais novo melhor piloto Taehyung procurá-lo para além das três pedras.
Bonhwa ouviu aquilo atentamente, talvez tenha sido nessa parte que Taehyung encontrou Jungkook.
– Após buscas, Taehyung encontrou Jungkook, mas o mesmo não quis voltar, e após tentar convencê-lo, o mesmo, desnorteado, pulou de uma grande cachoeira, se chocando com as pedras, vindo a falecer. Nós nada poderíamos ter feito, senhores, tentamos trazê-lo em segurança, mas foi negado pelo mesmo, estava fora de si, totalmente influenciado pelo Bonhwa. – líder Sook, assim como todos os outros superiores, olharam para Bonhwa, que assistia aquilo tudo de rosto completamente fechado, não acreditando na falsidade brutal que Sook exalava. Jungkook ainda estava vivo, mas ele nada poderia falar, não colocaria em risco a jornada do menino. – Está vendo o que sua obsessão causou, Bonhwa? Outra pessoa perdeu a vida, por sua culpa. Espero que depois disso, você finalmente pare de tentar nos trair.
"E de me desafiar."
Bonhwa ouviu em pensamentos, sabendo exatamente que Sook estava falando consigo mentalmente.
"Você vai cair, Sook."
Foi o que respondeu, antes da mesma travar o maxilar e voltar o rosto para o vidro que dava acesso a outra parte da sala.
– Vamos começar? – perguntou para outra pessoa ali, que saiu de trás da poltrona, começando a mexer em alguns equipamentos em cima da mesa de metal. Jimin logo percebeu ser Hyanwoo, pai de Jungkook.
– Oi, Jimin. – o mesmo sussurrou, com uma expressão triste no rosto, fazendo Jimin sorrir tão triste quanto. – Relaxa, ok? Não vai doer, eu prometo.
– Não estou preocupado com isso, outra coisa está doendo mais.
– Huh? – Hyanwoo sussurrou, enquanto aplicava um líquido em uma seringa.
– Seu filho, ele está se arriscando para salvar essa sociedade, e a líder Sook está manipulando todo mundo. Hyanwoo, acredite em mim, por favor.
O médico se espantou com a declaração, quase deixando a seringa cair. Eles sussurravam bem baixo, logo, os superiores não poderiam ouvir.
– Do que está falando, Jimin? Líder Sook disse que ele está morto, que caiu da cachoeira.
– Sim, ela disse, e em partes é verdade, ele caiu da cachoeira, mas está vivo, senhor Bonhwa falou com ele. Ele está vivo, está bem, está a um triz de salvar à todos.
Hyanwoo estava estupefato. Como poderia processar aquela informação? Seu filho estava vivo e isso era a única coisa que importava.
– Eu sei que precisa fazer isso, sei que não há como adiar, e não quero que adie, só estou triste porque eu... Eu amo o seu filho, queria dar um último abraço nele, mas não tenho como fazer isso, então está tudo bem, Hyanwoo. – Jimin pronunciou, fazendo o médico parar o que estava fazendo, sentindo seu corpo estranho, como se seus órgãos ardessem, seu rosto queimasse, a respiração falhasse e os olhos embaçassem. Algumas lágrimas se formaram em seu rosto enquanto assistia Jimin sorrir singelo e suspirar. – Termine o que estava fazendo, eu estou pronto. Só peço que ajude o senhor Bonhwa a encontrar Jungkook depois disso, mesmo que eles te façam esquecer, procure o senhor Bonhwa depois disso e converse com ele, ele te fará recordar.
Jimin acomodou-se melhor na poltrona, fechando os olhos, apenas para conter as lágrimas. No final de tudo, sorriu, por ter tido a honra de conhecer Jungkook, de viver ao seu lado por um tempo e por ter conhecido coisas que o fizeram mais vivo, mais real, mais humano.
– Jimin, preparamos algumas imagens dos seus momentos aqui na sociedade.
Uma tela na horizontal foi revelada na parede enquanto cenas de Jimin quando era criança, com seus pais, quando estava na escola, com seus amigos – incluindo Jungkook e Taehyung –, quando o mesmo estava já se preparando para a fase adulta e o mesmo no Centro Maternal, segurando um bebê no colo.
– Queríamos agradecer por sua contribuição na sociedade. Gostaria de dizer algo antes de finalizar a cerimônia?
Jimin suspirou, gostaria de dizer sim.
– Eu sinto muito, por todo mundo, mas não pelo que fiz, e sim para o que está acontecendo com vocês. Estão sendo manipulados da pior forma e não conseguem se dar conta disso. Estão perdendo uma parte essencial da vida, uma parte tirada de vocês, mas Jungkook está correndo atrás do prejuízo, ele vai encontrar um jeito de tirar vocês dessa prisão que chamam de sociedade, dessa gaiola de manipulação chamada falsamente de justiça. Essa sociedade não tem a igualdade como base, tem o controle, porque líder Sook não quer que vocês dêem um passo sem que ela saiba, talvez porque ela também foi condicionada a pensar assim, já que nem sempre foi a líder dessa sociedade, não é mesmo, Sook? – Jimin olhou para a mais velha, vendo seu rosto sereno, mas seus olhos demonstravam o quando estava espantada com aquelas palavras. – Seja como for, essa mentira vai cair, e todos vocês conhecerão a Verdade.
Todos estavam em silêncio, observando Jimin sorrir uma última vez antes de relaxar o corpo, olhando para Hyanwoo, vendo-o sorrir, parecendo orgulhoso. Olhou para Jinsoon, que estava na plateia de superiores, com os olhos arregalados, brilhantes, parecia prestes a desabar em lágrimas, talvez por saber que seu filho ainda estava vivo. Bonhwa parecia tão orgulhoso quanto Hyanwoo, e Jimin sussurrou um "obrigada", vendo o mais velho sorrir, acenando com a cabeça.
– Comece, Hyanwoo. – Sook disse com a voz severa, já estava sem paciência e já pensando no que fazer para tirar todas aquelas palavras da cabeça dos superiores, talvez se utiliza-se o medicamento matinal, aquilo dito por Jimin também desapareceria.
Hyanwoo preparou a seringa, passando algodão molhado de álcool pelo braço de Jimin, preparando a pele para receber o líquido que desligaria o mais novo. Fazia tudo bem devagar, talvez para ganhar tempo, mesmo sem saber o motivo, talvez queria tardar aquilo, se sentia extremamente triste com tudo, mesmo não sabendo que de fato era tristeza que sentia, só sabia que sentia.
Do outro lado, a três passos do campo de força, Jungkook sentia que estava a centímetros de mudar tudo, e com isso, sorriu com o súbito ato de coragem que transpassou pelo seu corpo, fazendo ele dar passos, até ser sugado pelo campo de força.
A luz azulada se apagou.
A torre brilhou.
O vento bateu.
As cores moldaram tudo.
E o canto do primeiro pássaro foi ouvido.
Então, essa era a Verdade.
xxx
alo galera de cowboy (:
então, como estão? as coisas estão tensas mas jikook disseram que se amam, mesmo que indiretamente, mas disseram hihihi
ta acabando gente ))))): talvez mais um cap e eu já venha com o epílogo. vou deixar pra dar minhas considerações finais nos últimos caps.
eu falei pra vocês que estou um pouco ocupada na facul, então posso demorar (novamente) a postar, mas prometo não demorar nada além de duas semanas, juro juradinho, valerá a pena esperar.
to indo nessa, se quiserem falar comigo, podem me procurar no twitter, sou a feelingguk.
beijos :*
lola.
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