xi. s e x y
"let me kiss you."
ooo
– Nem precisa dizer nada, garoto. – senhor Bonhwa me dirigiu a palavra no momento em que finalizei a minha descida as escadas. Analisei sua expressão e reparei no seu sutil sorriso presunçoso e sugestivo. Franzi a testa, aquele lugar estava pesado. – Eu vi.
– Eu sei que viu. – suspirei em uma falsa frustração enquanto me sentava na mesma poltrona ao lado da mesma mesinha redonda. – Queria saber quando terei privacidade.
– Nunca. – senhor Bonhwa gargalhou. Era a primeira vez que o via gargalhando, era um som ótimo de se ouvir, contagiante e acolhedor.
– O que deu no senhor? Está muito feliz. – estiquei meu tronco para dar uma rápida olhada no líquido escuro que balançava levemente dentro da xícara. – O que o senhor pôs aí dentro?
– Nada, moleque enxerido. – o mais velho tirou a xícara do meu campo de visão após se levantar e fazer o mesmo caminho até uma porta lateral, deixar a xícara por lá e voltar.
Se encaminhou devagar até a mesma poltrona ao lado da grande janela e se posicionou confortavelmente. Após voltar aos sentidos, andei até a outra poltrona e me sentei, olhando para o sr. Bonhwa.
– Antes, vamos conversar sobre o que aconteceu ontem com você e com Jimin. – senhor Bonhwa cruzou as pernas e assumiu uma postura mais séria e analítica enquanto me observava ficar um pouco tenso. – Como se sentiu?
– Eu não sei explicar muito bem. Eu fiquei assustado porque foi ele quem tomou a atitude, não do abraço, dos... O senhor sabe. – abaixei a cabeça tentando controlar o calor das minhas bochechas. – E foi uma das melhores sensações que eu já tive. Sabe, o fato de consolá-lo, de senti-lo, a sensação de tê-lo tão perto de mim e de fazê-lo se sentir bem. Essa coisa que sentimos quando estamos juntos, nos tocando, é único, parece mágico.
Senhor Bonhwa me analisava enquanto eu perdia meus olhos na cena que minha mente me proporcionava. Era Jimin, com seus braços em volta do meu corpo e eu o abraçando forte enquanto mantinha meus olhos fechados e a testa franzida.
– Você precisa aprender algo importante, mas ainda não está preparado. – senhor Bonhwa pronunciou, captando minha atenção. – No entanto, antes de qualquer coisa, preciso lhe mostrar uma memória, algo de suma importância para os humanos antigamente, digamos assim.
Dito isso, senhor Bonhwa posicionou seus pulsos acima dos meus, mas antes de tocar-me, me lançou um sorriso peculiar e fechou os olhos, agarrando meu braço e me fazendo fechar os olhos instantaneamente.
. . .
Neve.
Está nevando.
Consigo ver pela janela os flocos brancos e bonitos.
Olho ao redor.
Estou dentro de uma casa.
Uma casa de madeira.
Um chalé.
Olhei para a lareira em uma das paredes.
Estava acesa.
Era a única luz que iluminava o ambiente.
Parecia confortável.
Aconchegante.
Eu estava sentado em um sofá.
Parecia ser verde escuro.
Algumas almofadas marrom e creme dos lados.
Olhei para frente.
Ele.
Jimin.
Ele estava sentado em uma poltrona.
Parecia ser o conjunto do sofá.
Seu rosto se iluminava com a chama laranja.
Ele me olhava de uma maneira diferente.
Seu cabelo alinhado para trás.
Sua cabeça um pouco tombada para o lado.
Seus pés no acento.
Seus braços abraçando suas pernas.
Ele ainda me olhava.
Via um leve sorriso em sua face.
Sorri com aquilo.
Ele se levantou devagar.
Arrastou seus pés lentamente pelo tapete felpudo até mim.
Parou em minha frente.
Eu o encarava em expectativa.
Passou seus dedos pela lateral do meu rosto.
Contornou meu maxilar.
Levantou meu queixo.
Eu estava olhando diretamente para Jimin.
Seu sorriso cresceu.
Seu rosto se aproximou do meu.
Seus lábios me tocaram.
Um leve encostar.
E meu corpo todo já estava em chamas.
Toque de lábios.
Puxei o seu inferior.
Ele sorriu.
Eu sorri.
Estiquei minhas duas mãos.
Toquei em suas coxas.
As puxei para mim.
Ele se sentou em minhas pernas.
Cada perna sua de um lado.
Seus dedos se enrolaram em meu cabelo.
O beijo aprofundou.
Minhas mãos andavam por seu corpo.
Sentindo-o.
Sua respiração batendo em meu rosto.
Me arrepiava.
Nosso beijo ainda mais rápido.
Eufórico.
Caloroso.
Desesperado.
Passei minhas mãos por suas costas.
Cheguei ao ponto.
Sua bunda.
Apertei-a com as duas mãos.
E então eu ouvi.
Aquele som.
Que fez até o último fio de cabelo arrepiar.
Um gemido.
Um gemido bom demais.
Delicioso.
Apertei novamente.
Jimin gemeu e sorriu.
Sorri junto.
"Você gosta dos meus gemidos?"
"Gosto sim."
"O quanto você gosta?"
"Muito."
Senti Jimin se remexer.
Desci meus lábios até seu maxilar.
Beijei delicadamente.
A pele de Jimin era tão quente.
Desci os beijos para seu pescoço.
Sua cabeça tombou.
Beijei.
Mordi.
Chupei.
Lambi pontos de seu pescoço.
Diversos gemidos baixos eram ouvidos.
Era um incentivo para mim.
Minhas mãos ainda em sua bunda.
O puxei mais para perto.
Seu quadril se locomoveu.
Algo pulsou em mim.
Um arrepio descomunal.
Um calor sub-humano.
As mãos de Jimin desceram.
Tirou meu casaco.
Tirei o dele.
Tínhamos pressa.
Ele se levantou e tirou suas calças.
Tirei as minhas.
Observei seu corpo nu contra a luz da lareira.
Era magnífico.
Uma obra de arte.
Um corpo escultural.
Todos os diâmetros no lugar.
Desenhado nos mínimos detalhes.
Único e perfeito.
Jimin sentou em meu colo novamente.
Soltei um suspiro alto.
Voltamos aos beijos.
Seu quadril se movimentando novamente.
Seus gemidos um pouco mais altos.
Os meus também.
Eu estava totalmente sensível.
Paramos o beijo para nos olharmos.
Seus olhos faiscavam.
Seu corpo tão quente quanto a lareira.
Fervente.
Ele levantou levemente o tronco.
Tocou em algo abaixo de si.
Meu corpo tensionou.
Outro arrepio descomunal.
Minha boca abriu involuntariamente.
Seus olhos ainda faiscavam.
Jimin me encarava.
Pegou no meu membro.
Senti direcioná-lo para algo em si.
Um aperto acima do meu membro.
Delicioso.
Jimin fechou os olhos.
Eu também.
Aquela sensação.
Indescritível.
Tombei a cabeça pra trás.
Eu estava nas nuvens.
Leve.
Muito leve.
. . .
Demorei algum tempo para abrir os olhos.
Na verdade, eu não queria abri-los.
Por que essa memória pareceu algo tão constrangedor?
– Pode abrir os olhos agora. – senhor Bonhwa se afastou dos meus pulsos, eu sabia que ele tinha se recostado nas costas da poltrona. Relutei um pouco antes de abrir um dos olhos e encarar meus pulsos ainda esticados. Abri o outro e levantei o rosto devagar, vendo a expressão cômica no rosto do mais velho. – E aí, como foi?
Como foi? Eu não faço a menor ideia do que isso foi.
Pisquei algumas vezes tentando assimilar tudo, encontrar sentido. Por que estava tudo tão confuso?
– Quer que eu explique? – senhor Bonhwa perguntou. Não consegui fazer nada além de um aceno positivo, então o vi sorrir e estalar a língua no céu da boca. – Isso que lhe mostrei se chama sexo. Não exatamente ele em si, mas o início.
Sexo?
Até pensar nessa palavra me deixava constrangido.
– Ora Jungkook, não precisa ficar envergonhado dessa forma. Eu sei que pode parecer íntimo demais, e é mesmo, porém era comum no antigo mundo. Está ligado a atração física e também sentimental, embora essa última fosse opcional e um tanto delicada de abordar.
Ouvi atentamente, mexendo levemente a cabeça, dando a entender que eu estava ouvindo tudo e guardando dentro de mim.
– A muito tempo atrás, o sexo era usado para reprodução da espécie, isso também envolve animais, porém esse ato também causava uma sensação prazerosa, e por causa disso, os seres humanos passaram a usar esse ato como algo para o prazer. Acredito que você tenha se sentido muito bem com a memória, dá para perceber de longe. – senhor Bonhwa me olhou de cima a baixo, analisando meu estado.
Eu mesmo me sentia estranho. Meu corpo estava pesado, quente. Passei a mão pela testa e senti alguns fios um pouco úmidos. Olhei para minha mão e vi leves gotículas brilharem pelas minhas digitais. "Suor". Foi o que minha mente me alertou.
E foi então que abaixei os meus olhos e observei um volume considerável entre minhas pernas. Saltei na poltrona e quase a derrubei para trás pelo susto.
– O-o que é isso, senhor Bonhwa? – minha voz saiu alguns tons mais agudos que o normal. Ouvi a gargalhada do senhor Bonhwa e o olhei, incrédulo.
– Isso se chama excitação, essa sensação do corpo quente, o suor repentino, o volume... – senhor Bonhwa tentava manter sua compostura, porém dava para ver o quanto ele estava se segurando para não rir. – Não se preocupe, é normal.
Tentei relaxar com as palavras do senhor Bonhwa, mas as imagens da lembrança que recebi começaram a se acender em minha cabeça, se cravando em meu consciente e me fazendo perder por um momento a linha de raciocínio.
Jimin estava tão bonito, seu corpo parecia tão bom, seu olhar em mim, seus lábios no meu. Eu ainda sentia o peso de seu corpo em minhas pernas, ainda sentia suas mãos passando pelos meus cabelos, seus lábios envoltos nos meus. Minhas mãos ainda formigavam por ansiar tocar sua pele como fiz na memória, avançar meus lábios por seu pescoço, ouvir seus sussurros rente ao meu ouvido.
Ele parecia tão bem daquela forma.
Queria fazê-lo ficar bem.
Queria que ele se sentisse bem daquela maneira.
– Eu sei o que está pensando, e não precisei invadir sua mente para isso. – ouvi a voz baixa do mais velho que se mantinha me analisando. Levantei meus olhos para o mesmo, dando a entender que continue sua fala. – Você precisa dar um passo de cada vez, Jungkook.
– Eu sei, mas... – suspiro. – Eu quero tanto mostrá-lo o que eu vejo, o que eu sinto, dar-lhe o direito de sentir também.
– E você poderá fazer isso, mas precisa ir com calma. Eu sei que sempre te incentivo a fazer todas essas coisas porque sei o quanto Jimin é importante para você, e por mais que muitas das vezes ele reaja bem, ainda sim, precisamos ter cautela.
Ele tinha razão.
– Ouça. Quando você inicia uma demonstração de afeto, seja no olhar, ou no jeito que vocês ficam próximos, ou até quando se tocam, você percebe como o Jimin também, de alguma forma, reage junto com você? – assenti lentamente. – Isso tem a ver com o instinto humano que ainda está dentro dele, mas não só dele como dentro de todos nós. As memórias que você recebe são como um gatilho para desencadear todas as sensações e sentimentos que o ser humano é capaz de ter, e com o Jimin não é diferente. Todas as vezes que você o toca, ele tem esse lapso de memória e ação, por isso ele também toma iniciativas.
Eu tentava não piscar para não perder nenhuma das palavras que o senhor Bonhwa proferia. Eu sabia que aquilo era de extrema importância, que aquilo explicava diversas coisas e me fazia pensar em formas de mostrar a Jimin todas as coisas que eu recebi.
– Isso é... Incrível. – proferi surpreso, ainda tentando assimilar tudo.
– Sabe o seu amigo, o Taehyung? – assenti, com um peso no coração pela menção de seu nome. – Aquelas palavras estranhas que ele dizia faz parte de lapsos de memória que o corpo dele manteve dentro dele, é por isso que ele falava todas aquelas coisas, porque isso está dentro da mente dele, alojadas na sua subconsciência.
– Sempre achei essas palavras bem estranhas mesmo, mas eu me divertia com ele falando daquele jeito, eu só não sabia que o nome era diversão. – sorri singelo, meus olhos direcionados a grande janela e sua paisagem exuberante. – Mas agora eu sei.
– Sim, você sabe, mas... – uma pausa longa foi dada por ele, ganhando a minha atenção.
– Mas o que?
– Na hora certa você saberá.
– – –
Insônia.
Era esse o nome dado para quando não conseguíamos dormir. Minha mente não desligava nem por um minuto, por mais que tentasse.
As palavras do senhor Bonhwa se alastravam pela minha mente feito água corrente em um rio agitado. Eu deveria ter calma, ir devagar, mas eu não conseguia pensar desse jeito quando imaginava Jimin se materializando em minha frente e sorrindo para mim, aquele sorriso que me trazia as melhores das sensações, o olhar que me deixava leve e feliz. Meu coração palpitava e um sentimento enraizado dentro de mim se fazia presente sempre que seu nome saia de minha boca em um sussurro sutil, porém significativo.
Levantei da cama rapidamente, não aguentava mais ficar parado tentando algo inutilmente. Andei de um lado para o outro do quarto, olhando por entre a persiana da minha janela a rua pouco iluminada, porém ainda sim bonita e bem cuidada.
Andei até a porta do meu quarto e a abri delicadamente, nem um barulho foi emitido por ela, nem pelos meus passos em direção à cozinha. Tentei relaxar um pouco bebendo alguns goles de água enquanto tentava me manter neutro quanto ao efeito que todas as memórias que já recebi me transmitiam. Todas elas se passando como em um flash de luz diversas vezes me deixava um tanto incomodado, parecia peso demais para ser carregado por apenas uma pessoa, e eu já sentia toda essa responsabilidade em minhas costas.
Suspirei pesadamente, sacudindo um pouco a cabeça, tentando me estabilizar quando caminhei de volta para o quarto, parando no meio do corredor quando o vi.
Jimin.
Ele estava parado na porta do quarto da minha irmã. Seu ombro encostado no batente da porta e seu rosto levemente iluminado pela minúscula claridade que provinha de dentro do cômodo, contrastando com o breu que o corredor se encontrava.
Mantive meus pés firmes no chão enquanto meus olhos teimavam em se manter grudados nele, analisando sua expressão relaxada e seu corpo inclinado, encostado na parede, tão leve quanto uma pluma.
– Achei que já estivesse dormindo. – foi a primeira coisa que ele disse, em sussurros baixos, porém audíveis.
– Eu não estou conseguindo. – sussurrei no mesmo volume que ele, vendo-o desencostar da parede.
– Igual da outra vez. – suas palavras extremamente baixas só foram ouvidas pelo ambiente estar em um silêncio total, mas nem seus passos foram ouvidos quando o mesmo se aproximou de mim, parando a uma distância considerável.
– E Young, como está? – tentei aliviar uma tensão forte que se instalou. Apoiei meu corpo na parede, tentando me manter firme quando sentia a intensidade do olhar de Jimin sobre mim.
– Ele está bem. Seu estado de saúde é estável, mas seu crescimento ainda está sendo demorado. Ele é muito pequeno para a idade. – Jimin pronunciou, parecia um pouco mais abatido, o que fez meu coração se apertar. Seu olhar se estendia sobre seus pés quando me aproximei, captando a atenção dele.
– Não se preocupe, ele vai conseguir se desenvolver bem, será um garoto saudável e pronto para viver bem junto de todos nós. – sorri em sua direção, cauteloso e singelo, recebendo um tilintar brilhoso de seus olhos e um sorriso simples, porém extremamente bonito.
Seus lábios esticados em um sorriso era como observar a beleza mais extraordinária que o nosso antigo mundo proporcionava. Seus olhos brilhantes e esperançosos trazia calmaria, e todo aquele peso de memória que eu sentia caiu no esquecimento quando o vi abrir mais ainda seu sorriso, tendo em seus olhos uma fina linha bem desenhada.
Hipnotizei-me pelo seu estado e isso foi percebido por Jimin, que abaixou a cabeça em um sinal claro de vergonha. Tentei dizer algo para descontrair.
– A minha irmã nos viu naquele dia, no quarto dela.
Recebi a atenção imediata de Jimin.
– Viu? – seus olhos se arregalaram, me fazendo rir soprado.
– Não se preocupe, ela conversou comigo e não contará para ninguém. – vi seus ombros relaxarem e sua expressão suavizar, mas logo ele pareceu tenso novamente. – Algum problema?
Ouvi seu suspiro baixo antes dele erguer um pouco mais a cabeça e encarar meus olhos.
– Eu não consigo parar de pensar no que fizemos.
Sua voz parecia mais sussurrada do que qualquer outra coisa, e se eu não estivesse tão perto, nunca ouviria.
– No que, exatamente? – perguntei, curioso.
– Nos nossos toques. Em como eu me sentia bem fazendo aquilo, mesmo sabendo que é contra as regras. – Jimin parecia tirar forças de um lugar desconhecido para conseguir pronunciar cada coisa. – Em como nós nos tocávamos, em como você me tocava e como eu queria que você tocasse mais.
Paralisei ao ouvir tais palavras.
Senti um choque percorrer desde o início do meu pé até a ponta da minha cabeça, me fazendo ficar tonto. Jimin realmente falou aquilo?
Reparei no seu rosto e em como ele estava ansioso por uma resposta minha, sua expressão cheia de expectativas.
E em um lapso de coragem, aproximei nossos corpos, fazendo Jimin tensionar seus ombros, mas não se afastar. Ele encostou a parte de trás de seu tronco na parede no momento em que me posicionei em sua frente, tão perto que eu conseguia observar seus pequenos traços e linhas em seu rosto, perto da boca e ao lado dos olhos.
– Você queria que eu lhe tocasse mais? – sussurrei, vendo Jimin fechar os olhos. – Como queria que eu te tocasse? Assim? – levei uma de minhas mãos a sua cintura, pousando-a delicadamente. A outra posicionei um pouco mais acima, perto de sua costela, percebendo Jimin relaxar e suspirar baixo. – Ou assim? – perguntei antes de pressionar meus dedos em seu corpo, por cima do pano fino de sua roupa, fazendo o corpo de Jimin dar um solavanco e se grudar em meu tronco.
Suas palmas se estenderam sobre o meu peito coberto quando minhas mãos passearam pelas suas costas enquanto eu fazia questão de manter as pontas dos meus dedos pressionados, massageando a pele sob a blusa. Jimin pressionou sua testa em minha clavícula e deu vida as suas mãos, levando-as dos meus ombros até os meus cotovelos, trazendo-as de volta e enfiando seus dedos pelo meu cabelo quando afundei o meu nariz na pele quente de seu pescoço.
Seu cheiro impregnava suas roupas, pele e cabelo, me deixava atordoado e eufórico. Sua pele quente trazia calor ao meu rosto e lábios após tocá-los levemente ali, vendo Jimin inclinar sua cabeça para o lado, me dando um acesso a mais.
Seus suspiros começaram quando depositei beijos pela pele de seu pescoço e suas mãos desceram, apertando meus ombros. Afastei meu rosto de seu pescoço, encarando sua expressão totalmente perdida em meus toques. Seus olhos fechados e seus lábios um pouco abertos soltando suspiros fortes.
Seus lábios.
Pareciam tão bonitos e chamativos. Eles pareciam chamar por mim.
Vi Jimin abrir um pouco os olhos e me encarar. Lentamente, seus dentes se cravaram em seu lábio inferior, repuxando-o e soltando da forma mais dissimulada que eu já fui capaz de presenciar.
"Sensual."
Exatamente o que Jimin era.
Meu choque não demorou muito, logo levei meus dedos para seu queixo, inclinando seu rosto em minha direção, e eu já podia sentir sua respiração batendo em meus lábios.
– Eu preciso fazer isso, Jimin. – sussurrei, com uma fina linha de visão que me direcionava aos lábios mordidos de Jimin. – Me deixa fazer isso, me deixa beijar você.
Observei Jimin fechar os olhos e sibilar quase sem som:
– Então beije, Jungkook.
E como um raio estrondoso que caiu em cima de mim e passou toda a eletricidade pelo meu corpo, meus lábios encontraram os de Jimin em um encostar suave. Seus lábios levemente úmidos se pressionaram mais nos meus quando sua mão subiu pelo meu pescoço, pressionando seus dedos no início da minha coluna.
Eu estava perdido, totalmente alucinado por aquele contato, totalmente leve e sensível. Por instinto, abri levemente a boca, sugando o lábio inferior de Jimin, sentindo ele fazer o mesmo com o meu superior. Abrimos mais a boca, o contato ficando mais intenso, os lábios de Jimin eram tão macios quanto veludo. Eu precisava senti-lo melhor, aprofundar mais aquele contato, foi quando um flash de memória invadiu a minha mente, a memória da balada, da vez em que o beijei nela. Lembro de cada detalhe, de como minhas mãos se posicionavam, de como eu usava a boca, de como Jimin parecia gostar de cada coisa.
Reagi. Lentamente, assim como o beijo, encostei minha língua na dele de leve, me causando outro choque forte, um arrepio grande. Sua língua reagiu, entrelaçando com a minha e a sugando antes de sugar meu lábio junto. A cada segundo que se passava, um novo arrepio percorria meu corpo, o próximo mais forte do que o anterior, e eu já sentia minhas pernas fraquejarem. Minhas mãos inquietas se rastejaram por baixo de sua blusa, sentindo sua pele fervente em contato com minhas palmas frias, se apertando contra o corpo de Jimin, que bagunçava meus fios enquanto suspirava em minha boca.
Desci as mãos pelas suas costas até aquele local. Sua bunda. Meu corpo fervia pela intensidade do sentimento de finalmente tocar aquele lugar, tocar da maneira que eu sempre quis, e não perdi tempo, apertei meus dedos no volume atrás de si, ouvindo o maravilhoso som romper no silêncio do cômodo.
O gemido de Jimin veio baixo, porém audível e intenso. Pressionei minhas palmas mais forte em suas nádegas, impulsionando levemente seu corpo para cima, o grudando mais ainda no meu, enquanto batia suas costas mais firmemente na parede, tentando encontrar algum apoio.
Uma das mãos de Jimin desceu pelo meu ombro, apertando o local antes de escorregar seus dedos pelo meu abdômen, entrando por baixo da minha blusa e arranhando minha pele com suas curtas unhas.
Nossas bocas já tão dormentes não se desgrudavam em momento algum. Meu pulmão ardia pela falta de oxigênio, mas isso só me incentivava a continuar beijando Jimin. Esperei tanto por aquele momento, eu precisava manter aquilo até o limite.
Eu não queria que aquele momento acabasse, de forma alguma.
Mas minha respiração estava pesada, sem fôlego, e em um estalo de um selinho molhado e uma leve mordida de minha parte, separamos nossas bocas, ainda mantendo nossos narizes juntos. Eu sentia Jimin ofegar, sua respiração forte batia em meus lábios. Eu não estava diferente, meu coração latejava dentro do meu peito, sentia o sangue correr rápido por minhas veias. Sentia minha testa levemente suada e a de Jimin estava da mesma forma.
Afastei meu rosto dele e abri os olhos, reparando em sua feição. Seu rosto estava brilhante devido ao pouco resquício de suor que ele exalava. Seus olhos se mantinham fechados, suas bochechas rosadas e sua boca no mais profundo e vivo tom de escarlate, além de em volta de seus lábios também, indicando ali a intensidade dos nossos beijos.
Observei Jimin abrir os olhos bem lentamente, tentando colocar seus sentidos em ordem quando seu olhar foi da minha boca até meus olhos, e foi quando reparei na forma espantada que ele me olhava. Me preocupei e tirei minhas mãos espalmadas em sua bunda, direcionando-as em seu rosto, analisando sua expressão.
– Jimin? Aconteceu algo? – sussurrei entrecortado, reparando na grossura da minha voz.
Observei ele engolir em seco e levar uma de suas mãos a minha bochecha, tocando com o polegar ao lado do meu olho, por cima da têmpora.
– Jungkook, s-seus olhos...
– O que tem meus olhos? – após não receber respostas de Jimin, dei dois passos para o lado para me posicionar à frente de um espelho desenhado que decorava o corredor, foi quando eu vi.
Meus olhos.
Eles também eram azuis.
Tão azuis quanto os de senhor Bonhwa e de Young.
Como eu nunca havia reparado naquilo?
– Espera... – após me dar conta do que havia acontecido, voltei meus olhos assustados para Jimin. – Jimin, você está vendo a cor azul em meus olhos?
– Cor azul? – Jimin parecia confuso. – Eu não estou vendo mais nada, tudo voltou ao normal, mas... Estava diferente.
Refleti sobre sua declaração.
– O senhor Bonhwa tinha razão, quanto mais contato eu tenho com você, mas eu desperto seus sentidos humanos do nosso antigo mundo.
Vi Jimin juntar as sobrancelhas, totalmente confuso. Soltei o ar pelos meus lábios e arrastei minhas mãos por sua cintura, abraçando seu corpo enquanto ele me abraçava pelos ombros.
– Eu vou te explicar tudo, mas precisa ser no momento certo, tudo bem? – falei baixo em seu ouvido, vendo-o se arrepiar e suspirar, logo assentindo e apertando mais seus braços em meus ombros quando depositei um selar na pele de seu pescoço.
Senti seu corpo relaxar em meus braços, me trazendo uma paz interior arrebatadora.
xxx
QUEM É VIVO SEMPRE APARECE NÃO É MESMO????????
MEU DEUS QUE SAUDADE DE VOCÊS.
como vocês estão bebezinhos da lola? espero que estejam todos bem.
gostaria de me desculpar por ter ficado tanto tempo sem atualizar. como alguns sabem, eu tive problemas com meu notebook, e é por ele que eu corrijo, procuro mídias e posto as atts, então fiquei com minhas mãos atadas. espero que vocês não tenham ficado com raiva e me entendam, por favor.
sobre o capítulo: O BEIJO SAIU!!!!!!!!!!! eu tentei ao máximo deixar ele o mais sentimental e detalhado possível, tentei captar os momentos de toques porque isso é fundamental pros dois, esse reconhecimento é algo bem importante. outra coisa é que SIM, o jungkook tem olhos azuis na fic, assim como o senhor bonhwa, um detalhezinho de quem é portador das memórias. espero que tenham gostado (:
VOU RECOMPENSAR VOCÊS POR ESSE ATRASO. o próximo capítulo (que postarei daqui a pouco) será grandinho e, bom, acho que recompensará pelo conteúdo dele rs.
nas notas do outro capítulo eu falarei um pouco mais com vocês. desculpem qualquer errinho.
beijos *:
lola.
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