x. t a e h y u n g

"don't you dare say my daughter's name."

ooo

– Senhor Bonhwa, tenho algo para lhe contar. – pronunciei alto o suficiente para que o senhor Bonhwa ouvisse, enquanto eu descia as escadas em passos apressados.

– Não precisa me contar, eu já sei. – o mesmo disse enquanto passava calmamente a página de um livro que estava em suas mãos. Parei no último degrau da escada, confuso ao final das palavras do mais velho.

– Como assim já sabe?

– Eu já sei, apenas isso.

– Mas, como sabe?

Senhor Bonhwa fechou o livro e pousou em sua perna antes de olhar para mim.

– Quando eu lhe disse que estávamos conectados, eu quis dizer conectados de todas as formas. – me aproximei calmamente de uma das poltronas e me sentei, atento as palavras do outro. – Eu consigo ouvir seus pensamentos, Jungkook.

– Consegue?

– Consigo.

– Então o senhor já sabe que eu abracei o Jimin?

– Não só sei como vi, em minha mente, tudo o que você viu também, e ouvi todos os seus pensamentos.

Fiquei um pouco chocado. Eu não imaginava que isso era possível.

– Não sabia que estávamos tão conectados dessa forma. – suspirei enquanto olhava para algum lugar daquele salão.

– Isso te incomoda?

– Não, de forma alguma, eu só estou surpreso porque não achei que fosse possível.

– Que bom. – senhor Bonhwa pronunciou. – Porque mesmo que incomodasse, não é algo que se controla, isso faz parte do sistema de doação das memórias, teria que aturar mesmo não querendo.

– Que legal, hein. – falei, sendo sarcástico pela primeira vez na vida.

Senhor Bonhwa riu e se levantou, indo em direção à outra mesa, onde estava um livro que ele havia tirado de uma das estantes dias atrás. O pegou e voltou para sua poltrona, perto de mim.

– Eu quero que leia este livro. – senhor Bonhwa estendeu o livro de capa vermelha e dura. Linhas douradas moldavam palavras em sua capa e me chamaram a atenção, me fazendo passar os dedos por cima.

Romeu e Julieta.

Era o que estava escrito.

– O que tem nele? – perguntei enquanto ainda analisava a capa.

– Tem um romance, uma história de amor.

– Amor?

– Sim, amor.

Amor.

Era uma palavra bonita e que me trazia sensações boas.

– Eu lerei.

Senhor Bonhwa acentiu.

– – –

[narration on]

Bonhwa se mantinha pensativo. Jungkook vinha evoluindo com o tempo e isso o alegrava, ele via esperanças no garoto. Sua curiosidade o levaria longe e isso orgulhava demasiado Bonhwa.

Seus pensamentos foram desligados quando ouviu um sinal no salão. Suspirou e foi em direção ao mesmo, vendo um holograma da silhueta da líder Sook se moldar ao meio do espaço. Bonhwa sentou em uma das poltronas e esperou paciente até Sook pronunciar algo.

– Como vai, Bonhwa? – Sook pronunciou educadamente.

– Bem. – respondeu indiferente, observando suas unhas bem cuidadas.

– Sempre tão mal-humorado. – líder Sook sorriu contido. – Como anda as aulas com Jungkook?

– Andam bem. – Bonhwa pronunciou secamente, aquilo já estava o estressando.

– Soube que ele anda agindo de uma forma inapropriada, acredito que você deva saber o porquê.

Bonhwa direcionou seus olhos ao holograma, observando o olhar sugestivo de Sook, o que o fez rir, negando com a cabeça.

– Aposto que a mãe do garoto anda enchendo o seu ouvido de coisas.

– Ela é um membro do conselho e mãe dele, sabe o que está acontecendo e achou estranho algumas atitudes do mesmo. – Sook dizia calmamente, o que só estressava mais Bonhwa.

– Não acha que ela está aumentando as coisas e enchendo o seu ouvido de besteiras, não? – Bonhwa se levantou da poltrona, começando a andar de um lado para o outro.

– Por que ela faria isso?

– Será que é por que ela é sua queridinha e obsecada por essas regras estúpidas? – aumentou o tom de voz, irritadiço.

– Mais respeito comigo, Bonhwa. – Sook alterou a voz, deixando-a mais firme, porém longe de conseguir intimidar Bonhwa. – Você sabe bem o porquê de eu ter criado essas regras, é por u...

"...Um bem maior", ah, me poupe, Sook. – Bonhwa estalou a língua no céu da boca, sem paciência. – Você sabe bem que eu odeio todas essas regras, nunca concordei com isso.

– E foi por isso que te isolei da sociedade, para que você não fizesse besteiras e acabasse com tudo. – Sook silabou. – Não quero que faça com Jungkook o mesmo que você tentou fazer consigo mesmo e com a Moon.

– Não ouse pronunciar o nome da minha filha. – Bonhwa gritou, estava cansado de tudo aquilo.

– Então preste atenção no que está fazendo com o Jungkook. Não quero que ele acabe como você, ou pior, como a sua filha.

– Suma daqui, Sook. – Bonhwa pronunciou com os dentes trincados, fervendo de raiva da cabeça aos pés.

– Você foi avisado, Bonhwa. – e após isso, o holograma sumiu, deixando apenas Bonhwa e seu ódio enraizado em suas entranhas.

Ele fungava de rancor, tudo aquilo era errado a níveis absurdos, toda aquela palhaçada precisava de um fim.

– Você vai cair, Sook, você e esse mundinho que você criou. – Bonhwa passou a mão por seus cabelos grisalhos, bagunçando-os.

Estava mais disposto do que nunca. Ele iria fazer tudo aquilo acabar.

Na verdade, Jungkook faria.

Ele era o único que seria capaz de conseguir acabar com tudo aquilo.

– Ninguém mais será seu fantoche, Sook. – pensou alto antes de entrar em uma das portas.

[narration off]

– – –

Estava sentado no sofá da sala, segurando o livro que o senhor Bonhwa pediu para eu ler em mãos. Analisava sua capa, as letras douradas, as folhas em um tom creme e as letras pretas organizadas delicadamente em cada página. Aquilo parecia valioso demais, meus olhos brilhavam ao observar cada detalhe.

– O que é isso? – olhei para o lado e vi minha irmã sentada no sofá, me observando. Sorri para a mesma e passei minha mão nos seus cabelos macios.

– Isso é um livro. – respondi calmamente.

– E para que serve?

– Para ler.

– E o que tem dentro dele?

– Quando eu terminar de lê-lo, eu te conto. – observei-a concordar com a cabeça e se acomodar no sofá, balançando suas pernas. Sorri para a mesma antes de voltar a analisar o livro.

Um silêncio bom foi instalado no cômodo até eu ouvir novamente a voz da minha irmã.

– Eu vi você e o Jimin. – ela pronunciou baixo, mas alto o suficiente para eu ouvir e gelar da cabeça aos pés. Minha cabeça se movimentou rapidamente em sua direção, meu semblante assustado emoldurava meu rosto.

– O que viu? – perguntei, tão baixo quanto ela, enquanto me ajeitava no sofá e ficava de frente a ela.

– Vocês dois no meu quarto, um perto do outro, muito perto. – me mantive em silêncio. Eu não sabia o que responder, ainda tentava engolir o fato da minha irmã ter visto eu e Jimin abraçados. – Eu não contarei a ninguém.

– Não mesmo? – perguntei, chegando mais perto e segurando em sua mão.

– Não contarei. - ela sorriu graciosamente. – Vocês pareciam tão bem juntos, pareciam aproveitar o momento. E eu sei que é contra as regras, mas eu nunca estragaria um momento que parecia bom para vocês. Eu sou uma criança ainda, mas eu confio em você, Jungkook, acredito que saiba o que está fazendo.

Meus olhos quase se fecharam por conta do sorriso que abri ao ouvir cada palavra dita pela minha irmã. Eu estava me sentindo feliz, muito feliz, a ponto de querer gritar. Ter o apoio da minha irmã era muito importante, mesmo ela não sabendo o que de fato acontecia, decidiu confiar em mim, e eu não poderia estar mais feliz.

– Obrigado por confiar em mim, Daehwon. – a puxei para um abraço, fazendo-a rir alto.

– – –

– O que? Não vai? – Jimin pronunciou, abatido.

– Desculpa gente, mas eu não acho isso certo, não mais. – Taehyung pronunciou calmo, mas suas sobrancelhas franzidas mostravam o quanto estava sendo difícil para ele também. – Antes, quando éramos adolescentes, era legal, ir contra as regras parecia... Bom, mas hoje somos adultos, temos responsabilidades. Não parece certo.

– Mas Taehyung, é o nosso lugar de encontro, sempre foi. – Jimin falava indignado. Nem ele e nem eu estávamos conseguindo engolir aquela história. – Vamos, por favor, nós fizemos tanto isso, por que quer acabar com tudo agora? – perguntou triste.

– Porque não somos mais crianças. – pronunciou baixo, dando um suspiro alto e desgostoso, enquanto encarava qualquer coisa que não seja nossos rostos.

Jimin suspirou frustrado.

– Jungkook... – me olhou com expectativa.

– Ele não quer, Jimin, não podemos obriga-lo.

Seus olhos brilharam de angústia.

– Mas... – tentou dizer algo, encontrar alguma coisa que fizesse Taehyung mudar de ideia, mas quando não encontrou, suspirou pesado e saiu andando em passos pesados em direção a praça central.

Meus olhos seguiram seus passos até voltar aos olhos de Taehyung, que olhava para mim tão angustiado quanto Jimin. Seu olhar me pedia desculpas silenciosas, mas eu não estava em momento de aceitá-las.

Balancei a cabeça em negação e passei a andar rápido na direção que Jimin havia ido. Cheguei à praça central e, ao adentrar o monumento das paredes de arbustos, observei Jimin no canto dela, em pé. Me aproximei dele devagar, queria consola-lo.

– Jimin... – o chamei baixo.

– Por que ele está nos deixando, Jungkook? Por que ele está fazendo isso? – sua voz falhava e era carregada de angústia. Ele virou para mim e eu pude ver suas bochechas e nariz vermelhos, seus olhos úmidos e seus lábios trêmulos.

"Tristeza."

Minha mente pronunciou, esclarecendo um pouco mais o que estava acontecendo.

– Eu não sei Jimin, não sei porque ele está fazendo isso. – senti meus olhos pesados, eu estava tão triste quanto Jimin.

– Nós fizemos uma promessa, prometemos nunca nos abandonarmos, sempre estarmos aqui um para o outro, mas ele não está cumprindo isso, ele não se importa conosco, ele não é mais nosso amigo, ele...

Puxei Jimin pelo pulso, arrastando-o rapidamente até mim, envolvendo seu corpo molhado em meus braços e o abraçando fortemente. Jimin parou de falar assim que seu corpo se chocou ao meu e sua preocupação passou a ser me abraçar tão forte quanto seus braços conseguiam.

Seu nariz fungava e percebi que seu choro se iniciou fortemente.

Chorar.

Jimin estava tão triste que chorava desesperadamente. Seus braços apertando minha cintura e seu rosto enterrado na altura do meu peito.

Minhas mãos passeavam pelas suas costas no intuito de acalma-lo. Estava sendo difícil para mim também, mas meu objetivo no momento era apenas consolar Jimin da melhor forma possível.

Sempre soube que Jimin era o mais sensível de todos nós, e após aquilo, minha certeza só se concretizou. Passei a lembrar da memória que o senhor Bonhwa plantou em mim, quando eu salvei Jimin, aquilo mostrava o quanto Jimin era o mais frágil e o que precisava mais de ajuda, de proteção.

Meus dedos afundaram em seus fios molhados e passaram a se mover delicadamente ali. Meus lábios foram em direção ao topo de sua cabeça, deixando leves selares na mesma. Jimin parecia ter se acalmado, mas suas lágrimas ainda escorriam pelo seu rosto vermelho. Levantei seu rosto com minhas mãos, observando o tom escarlate que moldava seu nariz, bochecha, olhos e boca.

– Para de chorar, ok? – sussurrei calmamente, limpando as lágrimas que escorriam livremente pelas bochechas de Jimin. O mesmo fechou os olhos e suspirou, seus lábios se abriram minimamente enquanto ainda passava meu polegar suavemente por sua pele.

Os braços de Jimin saíram de minha cintura e foram em direção ao meu pescoço antes de enfiar seu rosto no mesmo. Me assustei um pouco com o ato, mas logo relaxei ao sentir a respiração quente em minha pele. Meus braços se apertaram na altura de seu quadril, trazendo seu corpo para ainda mais perto.

A sensação de ter a respiração de Jimin em meu pescoço era relaxante, mas ao mesmo tempo me deixava tenso, minha pele queimava, se arrepiava e deixava minhas mãos inquietas.

Elas se movimentaram por toda a extensão das costas de Jimin, até adentrar a sua blusa. Meus dedos gelados tocaram a sua pele quente, o que arrepiou não só a mim como a Jimin, que mexeu seus braços, os apertando um pouco mais e arrastou seu nariz pelo meu pescoço. Eu sentia a carne macia de seus lábios em minha pele e aquilo estava sendo deveras bom.

Passei a lembrar da memória do beijo, de como eu tocava em Jimin e de como ele parecia gostar de tudo aquilo. A vontade de reproduzir tudo o que vi era insana.

Mas eu não podia, não naquele momento.

– Obrigado por estar aqui. – Jimin sussurrou um pouco embolado, parecia absorto do que realmente falava.

– Eu vou sempre estar aqui com você. – pronunciei baixo e fechei os olhos quando senti os lábios de Jimin se prensarem delicadamente contra a pele do meu pescoço. Um arrepio descomunal passou por cada entranha e eu quase perdi as forças das pernas. Seus lábios selaram algumas outras vezes meu pescoço, enquanto uma de suas mãos tocava sutilmente nos curtos cabelos da minha nuca. – J-Jimin, o que est-tá fazendo?

– Eu não sei. – sussurrou fracamente, continuando a selar minha pele. - Só me deixa continuar, por favor.

Assenti suavemente antes de dar um passo pra trás e me apoiar em uma das pilastras que sustentavam as paredes de arbustos. Os selares de Jimin passaram a demorar mais e ficavam cada vez mais fortes, e minhas mãos não conseguiam ficar paradas, se arrastando por toda a parte de trás de seu tronco, tocando a sua pele macia. A respiração de ambos parecia começar a dar sinais de fraqueza, pesava e estava consideravelmente mais alta, e tudo só me remetia à memória que recebi, de como a respiração pesada de Jimin e seus suspiros fortes me incentivavam a continuar beijando-o e tocando-o.

Meu lábio inferior ardia com a força depositava nas mordidas que eu dava nele, e o mesmo foi repuxado e soltado rudemente quando Jimin subiu os lábios para minha mandíbula, beijando cada linha marcada naquele local. Minhas mãos desceram até a elevação abaixo de seu quadril, apalpando aquele local, apertando com meus dedos longos, fazendo Jimin soltar o que nunca saiu da minha cabeça por dias e dias desde que entrou: um gemido.

Mas após isso, ele pareceu acordar e se afastou um pouco. Sua testa franzida e seu olhar perdido me causaram preocupação.

– Está tudo bem? – perguntei calmamente, levando minha mão aos seus fios, tirando-os de sua testa.

– O que estávamos fazendo? O que aconteceu? Por que eu estava fazendo isso? – Jimin pronunciava cada pergunta de maneira afobada, e quando o mesmo fez menção de se afastar, eu o puxei de volta, fazendo-o olhar em meus olhos.

– Eu sei que parece confuso agora, mas eu prometo que vou explicar tudo depois, está bem? – vi os olhos de Jimin vacilarem, ele parecia envergonhado. – Ei, não precisa sentir vergonha, eu prometi que ia explicar, não prometi? – assentiu. – Então não se preocupe com isso.

Vi Jimin assentir novamente e suspirar. Selei sua testa demoradamente e o abracei novamente, percebendo como o meu abraço parecia acalma-lo instantaneamente. Sorri ao pensar nisso.

Tudo o que eu mais queria era ser o porto seguro de Jimin.

E eu estava conseguindo.

xxx

oi gente (:

as coisas estão ficando tensas, tanto de maneira ruim quanto de maneira boa e eu espero que esteja tudo correndo de maneira agradável.

eu não tenho muito o que dizer sobre a fic, mas como eu não consigo ficar quieta, queria dizer algumas coisas sobre o fandomship:

jikook é uma parte de mim que eu não consigo explicar, eles me fazem felizes e eu amo amar o amor deles, acredito que muitas jikookas sintam o mesmo que eu, mas parece que algumas outras só estão aqui por interações, e apenas isso. por que eu to dizendo isso? no show de nagoya, eles não interagiram, realmente, mas foi um show ótimo, eles estavam felizes, tanto o jungkook quanto o jimin, e os mesmos interagiram com todos os outros meninos, foi lindo, mas parece que isso não foi suficiente.

nós, acima de jikookas, somos armys, mas eu senti muita falta das pessoas felizes por todas as outras interações e momentos. existiram pessoas também que acharam que jikook tinham brigado ou terminado por falta de interações e gente ?????? jikook nunca nos deu motivo pra duvidarmos deles nem do seu relacionamento, então por que isso? eles só estão de bem quando interagem? só vale shippar quando eles estão falando um com o outro? isso é tão fútil.

eu entendo que existem pensamentos que não dá pra controlar, mas reflitam um pouco, entendam o que jikook faz na vida de vocês, respeitem tudo o que eles nos passam. tudo bem se você é uma shipper, é normal pessoas que entraram agora no fandomship se sentirem meio inseguras, ou pessoas que nem acreditam muito não levarem tanto a sério tudo o que eles nos proporcionam, mas existem pessoas que se chamam de supporters e tem esse tipo de pensamentos e cara, você está fazendo isso completamente errado.

enfim, eu só queria dizer que jikook nunca nos dá abertura pra duvidarmos do amor deles porque eles são inspiradores, e eu juro que não quero ver nunca mais uma jikooka tendo algum tipo de pensamento ruim quanto a relação deles só por causa de interações porque ELES SÃO MAIS DO QUE ISSO!

okay, terminei, juro kkkk

espero que tenham entendido o que eu disse e não me levem a mal.

qualquer coisa, me chamem no twitter e vamos bater um papo sobre como jikook nos ensina todo dia o que é o amor <3333 o link ta na minha bio.

beijos *:

lola.

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