Após tanto chorar, Melissa, adormeceu nos braços do príncipe Otávio.

  A noite já estava caindo e eles nem sequer haviam entrado na Ilha. Otávio tirou a sua camisa e cobriu Melissa.

  Otávio também possuía poderes mágicos, porém, os dele estavam mais ligados à natureza. Não podia controlar os elementos como Melissa ao invés disso poderia sentir as árvores e plantas ao seu redor pedindo assim ajuda a elas para revitalizar alguém ou algo entre outras coisas.

 Ele montou uma pequena fogueira, próximo de onde Melissa estava, só faltava ascender. 

  Bate a pedra aqui, bate ali e nada de conseguir ascender, ele estava começando a sentir frio e Melissa também estava tanto que acordou.

 Ao acordar percebeu que a camisa do príncipe estava sobre ela. Ficou encarando um pouco mesmo no escuro.

“ Quem me dera fosse dia”

— Está mais calma, princesa? — Otávio pergunta ainda tentando acender o fogo e finalmente consegue. Ele também entrega uma bolsinha que a pertencia e ele achou na praia enquanto preparava a fogueira.

— Estou sim, obrigada!— Ela sorri docemente para ele que retribui.

— Obrigada por usar a sua camisa para me cobrir, mas é melhor você colocar, está frio.

  Otávio apenas assente com a cabeça. A noite passa e eles dormem ao relento na fogueira.

Melissa se treme de frio, Otávio a agarra por trás, para esquentá-la. E assim eles passaram o resto da noite dormindo de conchinha.

  Pela manhã ao acordarem ambos decidiram que seria uma boa ideia entrar na floresta em busca de alimento. Otávio usou seus poderes com tanta naturalidade pegando um cipó e transformando em uma espécie de arma, junto com paus entre outras coisas, que Melissa ficou completamente encantada e ele se esqueceu que ela não sabia dos poderes dele.

  Caminhando pela floresta, Melissa teve a brilhante ideia de tentar flutuar como naquele dia no barco.

  Parou de andar, fechou seus olhos, cruzou os dedos e começou a repetir no pensamento:

"Flutuar" 

"Flutuar"

Nada aconteceu, ela persistiu.

"Quero levitar"

"Quero flutuar"

Nada aconteceu.

"Será que preciso de vento?" Ela pensou.

 Otávio já estava bem mais na frente, quando se deu conta de que Mel havia ficado para trás. Rapidamente ele voltou feito louco atrás dela.

  A encontrando teve uma crise de riso, ela ainda estava com os olhos fechados tentando flutuar, dessa vez repetindo o seu pensamento em voz alta.

  Os risos de Otávio acabaram assustando Melissa.

— Que raios, Otávio! Posso saber a graça?

— O que você está fazendo, Mel?

— Naquela tempestade eu voei!

— Olha,Melissa, isso pode até ter sido o vento mesmo, até porque ele estava muito forte!   Eu sei que você está impressionada com a manipulação da água e o fato de você ter soltado bolas de fogo, mas acho que você não iria voar. — Ele explica calmamente.

— Além do mais você já tem dois poderes que são bem opostos: Água e fogo. Está querendo o ar também? Daqui a pouco você quer controlar os quatro elementos. — Ele explica, mas não resisti e começa a rir no final.

— Ok, que seja. Vamos procurar alguma fruta.

— Certo. E vamos descobrir como te ajudar a controlar a água e o fogo. Irei te ajudar!

  Eles seguem quando Melissa para de repente.

— Otávio!!! Os ratinhos!

— Nossa, demorou para lembrar deles. 

— O que importa é que eu lembrei. Vou  voltar e procurar por eles.

— Eles estão aí com você, os encontrei e eles decidiram entrar na sua bolsa. Esqueci de te avisar.

— Que alívio. 

 Ela tira os ratinhos da bolsa e começa a  conversar com eles, Otávio a olha com um olhar melancólico. 

 Os ratinhos então saíram mata a dentro.

— Para onde eles foram? 

— Eles me pediram para viver aqui, sei que é perigoso mas não podia aprisioná-los.

— Entendo.

   Otávio e Melissa voltaram a caminhar.

— Sabe, Mel, quando fui colocar os ratinhos na sua bolsa, notei que dentro tem dois pergaminhos…. Sobre o que eles são?

— Um deles se trata de um mapa, para eu conseguir voltar para as minhas raízes.

— E o outro?

— Boa pergunta, Otávio,  só agora me dei conta de que não cheguei a abrir esse pergaminho.

— Vamos continuar, lá na frente nós abrimos.

 Eles continuam a caminhada, no caminho eles comeram, riram e observaram os pássaros.

 Preparam tudo para uma fogueira e encontraram uma caverna para se abrigar.

 Otávio juntou tudo para uma fogueira, ainda não havia escurecido.

— Acenda a fogueira, Mel.

— Eu não sei como fazer isso.

— Tenta!

  Ela começa a tentar e nada, enquanto Melissa tenta, Otávio, abre o pergaminho.

  O pergaminho era muito grande, ele ensinava como controlar os quatro elementos.

— Consegui, Otávio! Uma faísca bem pequena, porém, consegui!

— Meus parabéns, Mel!!!— Otávio da um abraço nela.

— Sobre o que fala o pergaminho?

— Ele basicamente ensina como controlar os quatro elementos. Sabemos que você controla a água e o fogo, então amanhã poderemos tentar decifrar e te ajudar a controlar eles completamente.