Capítulo 3

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Olá meus amores, espero que estejam gostando!
Vim avisar que próximo ao final do capítulo a nossa querida Melissa estará tendo crises de ansiedade.

Eu não descrevi muito, porém, vim avisar para aqueles que se sentem incomodados ou geram gatilhos

Desejo a vocês uma boa leitura! 😘

—Ótimo, maravilhoso isso!  Realizar um ritual, minha família biológica é o que?

—Nós podemos ir com você?— Os ratinhos perguntam, juntando as suas pequenas patinhas na frente do peito.

— Vocês estão querendo ir comigo, sendo que eu nem sei ao certo para onde eu vou? É isso mesmo?—Eles assentem com a cabeça.

— Ok, podem ir. Mas antes me digam uma coisa. Vocês tem nome? —Eles negam com a cabeça. 

—Os exterminadores mataram os nossos pais. Vivemos só desde então.

— Amanhã vou arrumar as coisas para a viagem enquanto isso irei pensar em um nome para vocês! Não saiam deste quarto.

  Já era manhã, Melissa se levantou, banhou-se, seguiu com as suas higienes matinais, pegou a sua bolsinha redonda que estava com os pergaminhos, colocou a sua carteira e saiu para o mercado. 

  Milagrosamente nesta manhã, pela primeira vez,desde a morte do seu falecido avô, ela saiu com as suas lindas madeixas roxas onduladas, soltas.

 Pegou diversos enlatados, biscoitos, iogurte e também uma geladeira portátil. Voltou para casa e arrumou tudo. Agasalhos, comida, algumas roupas mais frescas para ficar na embarcação durante o dia e por fim passou o resto do dia costurando duas almofadas.

—Para onde pensa que vai?

— Vou cruzar o oceano.—Ela responde sem um pingo de emoção ou respeito a sua mãe adotiva.

—Você definitivamente está louca e ainda me responde assim? Você é uma ingrata, isso sim!

—Eu te criei, te dei comida, um teto! Como ousa a me tratar assim sua aberração? O que o seu avô diria?—Sua mãe grita aos quatro cantos, com toda certeza parte do quarteirão ouviu.

—Não fale dele! Ele foi um homem bom, íntegro e de princípios. Você não é digna de ser chamada de filha dele! — Melissa, brada.

—E te digo mais, eu ia ficar calada mas que se dane! Você acha que eu não sei o real motivo de ter sido adotada? FOI TUDO PELA HERANÇA, VOCÊ NÃO É UMA BOA PESSOA. — Agora foi a vez do quarteirão conhecer a voz de Melissa.

 Assim que terminou a última palavra recebeu um tapa no rosto, ficou a marca da mão certinha.

— Vá embora sua aberração,  tomara que você seja engolida pelos tubarões!— Disse se virando e retirando-se da presença de Melissa.

   Que por sua vez foi para o quarto, se abaixou  apenas com a cabeça na cama e começou a chorar, estava com tanta raiva, que cogitou até em colocar fogo na casa, porém, não sabia como fazer aquilo de novo. 

  Mesmo se posicionando da mesma forma do que antes ela não conseguiu liberar nenhuma faísca se quer, os ratinhos a olhavam de cima da sacola com os seus pertences sem entender absolutamente nada.

—Vamos embora agora!—Ela diz, mas depois retifica o seu pensamento. Ela sente que merece sair pela porta da frente.

— Amanhã partimos!


 

Assim que amanhece, ela pega os seus pertences e vai para a porta da frente. Sempre usou a dos fundos, mas hoje não.

—Bom dia, senhor e senhora Cortês! Vim agradecer por tudo que fizeram por mim, e dizer que estou indo embora da vida de vocês para sempre.

—Você é uma ingrata mesmo. —Se pronuncia o senhor Cortês, o homem cujo minha certidão de nascimento consta como meu pai.

—Some da minha frente garota, você é o castigo que Deus nos deu!

Aquelas palavras a machucaram, mas seguiu em frente mesmo assim. Foi para o porto e pegou uma embarcação, já tinha acertado com um homem no dia em que foi  pegar os mantimentos.

 Seu falecido avô havia deixado uma boa quantia e assinado um contrato que permitiria Melissa escolher uma embarcação e também a ensinou a navegar aos nove anos.

—Para onde você vai e como vai 
manter a comida? Não tem tomada no barco!— Diz o rapaz  um pouco preocupado.

—Eu sei, a geladeira pega a energia solar!— Ela responde com um sorriso meigo.

—E de noite?

—A geladeira, tem uma espécie de bateria, ela guarda parte da energia que é captada de dia e usa a noite.

—Ah, então está certo! Boa viagem minha jovem!

—Obrigada!

   Ela entra na embarcação e se lembra de como aprendeu a navegar com seu avô aos nove anos de idade.
  E começa a refletir, sobre o lado negativo de fazer uma viagem desse tamanho sozinha e que não pode dormir por muito tempo. 

    Um dia navegando, pela quentura do sol ela se baseia e chega a conclusão de que deve ser ou estar próximo de meio dia. Tira um dos seus enlatados para comer, abre a geladeira e retira um suco de garrafa coloca no copo, come e bebe

  Tirando a blusa ficando apenas com o top que estava por de baixo. Ela vai olhar o oceano, mas se arrepende ao ver um tubarão.

  Rapidamente aquelas palavras ecoam na sua mente: "tomara que seja engolida pelos tubarões"

"Boca de mãe é uma praga" Ela pensou e em seguida riu esteticamente.

"Ela não é minha mãe" Pensou e continuou rindo. Os ratinhos saíram da bolsa e ficaram a olhar.

— Por que você parou de navegar?—Um dos ratinhos perguntou.

  Melissa se abaixou  e os colocou mais alto para eles verem, no mesmo instante ela pularam e voltaram para a sacola.

— Não tenham medo! Se ficarmos quietos eles saem de perto.

  Eles concordaram com a cabeça, Melissa, lhes disse que já havia escolhido um nome para eles.
 A mais baixinha  ela chamou de Lala e o mais alto chamou de Logan. 

  Os tubarões saíram e ela corrigiu o curso, tirou a bússola da bolsa a pendurou na cintura. Sempre tendo como base aqueles pergaminhos.

   Ao anoitecer o vento estava muito forte, os ratinhos entraram na bolsa, Melissa se agasalhou e colocou a bolsa e seus outros pertences no compartimento debaixo e travou.

  Parece que Melissa estava adivinhando, pois, em meio a raios e trovões a tempestade virou o barco.

  O desespero a dominou, escuro, sem mais ninguém ali, a única luz que ela tinha era a luz do luar.

  De um dos lados ela avistou várias barbatanas, grandes e pequenas e entre elas havia o que parecia ser um corpo boiando.

    Seria os tubarões? Esse seria o seu fim?

   Tentou subir no barco virado a todo o custo, mas não conseguiu, apavorada e começando a ter uma crise no pior momento, a falta de ar, a dificuldade em nadar por não conseguir mais controlar os seus membros.

   A medida que eles se aproximavam mais, mais ela piorava.

— EU VOU MORRER, ESSE É O MEU FIM!— Gritou para o nada.

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