-MELISSAAAAA.

- Já vou,mãe.

- A senhora me chamou ?

-Um rato subiu para o sótão.Quero que vá atrás e evite qualquer infestação. Entendeu?

- Sim, senhora!

Melissa sobe para o sótão em busca do rato.

Assim que adentra ao sótão, começa a escutar vozes finas e estridentes, porém, não consegue identificar de onde está vindo aquelas duas vozes.

Caixas de todos os tamanho espalhadas, um sofá velho com um pano empoeirado por cima e todo o tipo de tranqueira que você possa imaginar.

- Fica quieto, ela vai nos encontrar!- A voz estridente fala e Melissa fica procurando, esqueceu até que havia ido caçar o rato.

- Tem alguém aí? - Melissa perguntou esperando uma resposta a qual não recebe.

- Ela só deve ter algum problema- Diz uma voz mais rouca.

- Claro que ela tem problemas! Você vê como ela é tratada?- A voz estridente rebate e Melissa ainda está sem encontrar.

" Eu só posso estar louca". Melissa pensa.

- Verdade, realmente você tem razão. Ela tem mais trabalho que a gata borralheira!- A voz rouca diz e Melissa olha espantada.

" Definitivamente, tanto trabalho está me deixando louca". Melissa pensa enquanto dá um passo para trás ao perceber que dois ratinhos estavam conversando e ela estava entendendo.

O que ela não viu foi um cabo deitado no chão por isso caiu, ao cair ela se bateu em várias caixas empilhadas que caíram em cima dela.

Ao se levantar, ela encontra um cesto, com uma manta dourada, uma bússola e uma carta com um selo dourado muito chamativo.

Ela pega a carta e nela está escrito para Melissa, quando estiver com 18 anos.

Ela abre a carta e nela está escrito:

Querida, Melissa!

Sei que a todo o tempo você deve estar se perguntando porquê sua mãe lhe deixou.

Gostaria que soubesse que eu não lhe deixei, eu te amo imensamente e por isso não pude cuidar de você.

Foi necessário para a sua proteção que eu a mandasse para a Terra, pois o nosso reino, Phealodros, estava sob ataque.

O portão para o nosso reino fica muito além do oceano e para encontrá-lo será necessário usar a bússola.

Nessa altura também, você já deve estar se achando louca, pela sua força estar maior e certamente você acidentalmente já deve ter usado magia.

Não se preocupe, em breve ficará tudo bem.

Com amor, mamãe!

Ao terminar de ler a carta ela automaticamente ela se desfez como mágica e um lindo colar aparece no lugar da carta. Melissa , fica paralisada ainda chocada com o que havia lido.

"Será que isso é realmente possível? Poderia eu ser de outro reino?"

- Será que ela está bem? - Um dos ratinhos pergunta para o outro.

- Você consegue nos entender?- O ratinho branquinho da voz rouca pergunta para Melissa e ela apenas balança a sua cabeça positivamente.

Compreendendo um pouco do que estava acontecendo, ela pensa na possibilidade de ter alguma verdade naquilo tudo. Já que seus pais adotivos não teriam nenhum senso de humor para fazer uma pegadinha com isso e por não possuir amigos, também não era primeira vez que ele escutava algum animal.

Melissa corre para o celular, abre a aba de pesquisa do google e coloca Phealodoros. '' Não encontramos nenhum documento correspondente a sua pesquisa.''

Ela pega a bússola e coloca em seu bolso, olha para o colar um pouco relutante, mas no fim coloca.

Descendo as escadas escareirada ,parecendo um furacão.

- Vou para a biblioteca!- Ela grita já saindo batendo a porta.

Ao chegar naquela imensa biblioteca, repleta de imóveis antigos, todos de madeira, ela se direciona ao grande balcão amadeirado com vários livros esculpidos e com um olhar meio desesperado,a pergunta a bibliotecária onde se encontram os livros de fantasia, sendo informada do local em que se encontravam os livros seguiu andando calmamente.

Ainda sentindo sobre si o olhar da bibliotecária que certamente estava a julgando. Isso já fazia parte do seu cotidiano, sendo que parte das pessoas já julgavam devido aos seus longos cabelos roxos.

Finalmente havia chegado às estantes com os livros de fantasia, nessa estante havia subdivisões como: Alta e baixa fantasia, fantasia épica, fantasia científica, ficção mítica, contos de fada e fantasia contemporânea.

Na dúvida de quais dessas sessões poderiam ajudá-la, ela começou a descartando a científica, a alta e a baixa também.

Um, dois, três livros de ficção mítica, mais dois de contos de fada e outros dois de fantasia contemporânea.

Seguiu para uma grande mesa redonda,onde ela poderia se espalhar à vontade e colocou todos os livros e começou freneticamente a procurar uma espécie de sinal que nem mesmo ela sabia ao certo que tipo de sinal ela estava a procurar.

''Não acho nada! Como isso é possível?'' Melissa fica frustrada e transparece isso em seu olhar.

Um homem cujo suas vestes lembram a roupa do drácula, porém, sendo completamente negra e chapéu preto a estava observando. Parecia ser o mesmo homem do bosque,que á estava olhando. De repente ele começou a andar em sua direção, a cada passo que aquele desconhecido e sombrio homem dava o coração de Melissa palpitava mais e mais rápido.

Uma mesa de distância, isso era o que separava Melissa do homem misterioso, que certamente a estava olhando, era difícil distinguir com as vestes e chapéu dele se ele realmente a olhava.

Melissa encara sem nenhuma preocupação em disfarçar, ao ver que aquele homem fez menção de dar mais um passo Melissa se levanta e foge desesperadamente.

Ao chegar à saída da biblioteca, ela se depara com uma forte chuva com raios e trovões, olhando para trás e vendo o ''drácula'' ela volta a correr. Essa perseguição parece ser eterna e ele nem se quer corre, como ele consegue chegar até ela?

Coração acelerado, respiração ofegante, completamente ensopada e ainda correndo.

O raio atingiu o poste, que cai em direção a Melissa, que consegue desviar e desce uma ribanceira.

A cabeça dói, seu corpo dói, nunca havia tomado uma queda daquelas, com a altura da ribanceira ela poderia ter tido um traumatismo craniano.

Se levantando, ela olha para os lados e tudo o que vê são árvores e mais árvores. Ali estava Melissa mais uma vez, ela se recorda brevemente que foi ali bem onde ela estava que havia visto o ''drácula'' pela primeira vez, quando se achava louca por escutar o que o esquilo dizia para o outro.

"Seria aquele homem um hipnótico e eu estava alucinando?" Era o que ela pensava.

Do canto mais escuro da floresta, surge o drácula, numa tentativa de se defender Melissa pula para trás e vai levantar a sua guarda, quando o inesperado acontece.