AQUI JAZ (metade de) MEGAN CARTER STARK

GÊNIA. BILIONÁRIA.HEROÍNA.SERÁ AMADA ATÉ QUE A ÚLTIMA MOLÉCULA DO UNIVERSO SE DESFAÇA.

A cabeça de Megan começou a girar. 

Ela leu. Releu. Leu mais uma vez. Deixou os olhos pousados naquela lápide por vinte minutos.

Aquilo ainda não fazia sentido.

Ela olhou em volta, não entendendo o que havia acontecido com o laboratório Pym que metade de seu corpo ocupou minutos atrás. A rua parecia a mesma, a vizinhança também. Porém, o laboratório acinzentado e metálico havia dado lugar a um espaço ao ar livre, aberto. A grama verde era bem cuidada, assim como o paisagismo das árvores, arbustos e flores que ocupavam aquele pequeno jardim que parecia ser planejado até os últimos detalhes para se parecer com um pequeno exemplar do céu.

Ao pé do túmulo que deveria guardar o corpo sem vida de Megan, muitos buquês de rosas descansavam. Todas frescas, em diversas cores e quantidades. A mulher se ajoelhou à frente das flores, passando os dedos por elas de uma maneira delicada. Sentiu as pétalas tocando sua pele, uma sensação tão esquisita que parecia que ela não via algo minimamente humano e delicado por centenas de dias. Não havia nenhum cartão, nenhuma mensagem.

Apenas Megan e seu túmulo.

Ela despertou de um transe depressivo e confuso, levantando-se ainda zonza e virando-se para a saída do local.

Assim que deu o primeiro passo, notou algo ocupando o ambiente.

Uma pessoa. 

Um homem.

Seus cabelos curtos, escuros. Os olhos verdes, totalmente parados e petrificados no rosto de Megan. Suas roupas eram completamente negras, uma calça jeans e uma jaqueta de couro que parecia surrada. Sua mão direita estava parada ao lado do seu corpo, enquanto a mão esquerda segurava um buquê de rosas brancas. A mão esquerda que cintilava em tons prateados e dourados.

Bucky. Aquele era Bucky.

Assim que Megan finalmente o reconheceu; assim que seu cérebro recebeu e processou a mensagem de que James Buchanan Barnes estava bem à sua frente, vivo - e de cabelos curtos - ela não se conteve. Deu um grande passo à frente, um sorriso ensaiando aparecer em seu rosto.

Porém, Bucky levou a mão livre às costas nesse mesmo milésimo de segundo de movimento de Megan, sacando um revólver e o apontando para a cabeça da mulher enquanto as rosas caíam de maneira desgrenhada no chão.

— Buck? O que é isso? —a pose defensiva de Megan surgiu no mesmo segundo, as mãos espalmadas se levantando no campo de visão de Barnes.

— Quem é você e por que está aqui? —a voz dele soou, firme e clara como a de um supersoldado altamente treinado deveria soar.

— Que droga de perguntas são essas? Eu sou a Megan, Bucky! —assim que citou a palavra "Megan", Bucky firmou o aperto na arma e a aproximou ainda mais do crânio de Carter.

— Eu vi o corpo de Megan Carter Stark explodindo diante dos meus olhos. Bem onde você está parada. Exatamente dois anos atrás. —assim que Bucky explicou o porquê de estar tão ofensivo, os olhos de Megan pararam de prestar atenção em tudo. — Diga-me o que é você ou vou explodir seus miolos em dez segundos!

Ela não respondeu. Na verdade, ela mal ouviu. Virou-se de costas para o homem e sua arma, ficando novamente de frente para a lápide fria e brilhante. Seus olhos continuaram pousados naquelas palavras, agora finalmente podendo entender o sentido delas.

— Eu estive fora... Por dois anos!? —as palavras de Megan soaram como murmúrios, seu desconforto e abalo não causando o mínimo de convencimento em Bucky.

Em questão de segundos, sentiu algo tocando sua nuca. Algo frio, em um formato circular.

O cano da arma de Bucky.

— Dez. Nove. Oito. Sete. —a voz rouca e baixa dele começou uma contagem enquanto aquele metal gélido se enfiava mais e mais na pele de Megan. — Seis. Cinco. Quatro... —um pequeno empurrão causado pelo cano da arma. — Droga, Megan. Diga-me que é você mesma. Diga-me que não é um skrull maldito ou algum tipo de nova ameaça global. Diga-me que você voltou para mim. Para nós. Dê-me alguma explicação meia boca de onde esteve todo esse tempo e porque nos deixou de luto por dois anos sem nem mesmo termos um corpo para velar. Diga-me que todos os dias que ficamos esperando você surgir na base dos Vingadores não foi perdido e que dessa vez realmente é você, e não alguma voz que mal se parece com a sua.

As palavras de Barnes saíram de maneira rápida. Suplicantes e duras. Juntamente com as lágrimas dele, as de Megan também rolaram por seu rosto enquanto cada pensamento desse luto indevido surgia na cabeça dela.

Conforme as emoções de Carter ficavam mais e mais intensas... Conforme imagens de Buck, Sam, Tony e até Peter a esperando na porta de entrada surgiam... Com cada pensamento de um Steve Rogers desolado, deitado no quarto que era ocupado por Megan, mas que agora só abrigava uma vaga lembrança de seu cheiro... Ela sentia tudo. Sentia a dor, a saudade.

E, mesmo sem se lembrar disso ou sem querer isso... Seu corpo começou a brilhar. Começou a emanar os raios roxos de anteriormente, juntamente com algumas faixas coloridas. 

Vermelho, azul. Verde e laranja. Amarelo e roxo.

As cores das joias do infinito. 

Megan emanava as joias do infinito. Megan absorvera o que seu corpo aguentou das joias do infinito. Megan fora salva pelas joias do infinito.

Megan era as joias do infinito.

E, conforme Barnes se assustava mais e mais com o que acontecia e Megan levitava envolta por aquela descarga de energia, o cano de sua arma se afastava da pele dela.

— Eu estou aqui, Buck! Eu juro que estou aqui! —Megan gritou entre lágrimas dolorosas e raios que saíam de seu controle.

Aquela foi a prova que Barnes precisava. Ele pôde ver, ao vivo e à cores, que algo acontecera com ela nos últimos anos. Ele comprovou de perto que o sumiço imperdoável de Megan não fora a sua morte. Ele entendeu que ela havia voltado, mesmo não sendo a Megan de sempre.

— E eu senti sua falta, Megs. Dia após dia. Por todos os dias.

Quando a voz compreensiva e saudosa dele finalmente soou, não mais envolta por raiva ou desprezo, Megan pôde voltar a ter controle de seu corpo. Os raios começaram a cessar, juntamente com a bolha brilhante de energia que a envolvia. Seus pés voltaram ao chão e seus olhos abandonaram a visão de seu túmulo.

Ela se virou para Barnes, finalmente encontrando os olhos que lhe davam conforto. E foi até ele, de maneira rápida e impulsiva, envolvendo-o em seus braços como nunca antes.

Ela estava em casa.

N/A: E VAMOS DE CAPÍTULO DA AMIZADE DO MILÊNIO

A disputa do portal pelo corpo de Megan foi uma energia tão forte que quebrou as joias e absorveu parte da energia delas. O resto foi absorvido pelo corpo de Megan, o que a protegeu e refez durante esses dois anos terrestres. Agora... Ela é uma junção de todas as joias rs...

O que ela vai fazer com isso? O que ela vai fazer agora? E vamos de próximos capítulos!

EM OFF AQUI: to fazendo uma thread no meu Twitter com todas as minhas fics, informações e links, e no final vou adicionar alguns fatos e headcanons sobre personagens (principalmente sobre essa fic aqui). Se vocês quiserem ler curiosidades, conversar sobre as histórias, ler trechos que eu guardei em rascunhos mas que não saíram nas histórias... Me sigam lá e vamos conversar! É @avensherlock e vou seguir vcs tudo também <3

XX