𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟏𝟐 • A próxima noite
QUANDO VIPERINE SAIU da floresta, a mão de Riven e a dela entrelaçadas como se fossem duas pessoas apaixonadas, elas sabia que tinha algo estranho acontecendo.
Ela estava certa, seus instintos nunca falhavam. Ao se aproximarem de Alfea, notaram as portas do SUV roubado por Beatrix escancarados e gritos dela e de Bloom. Viperine a ouviu perguntar o que eram aquelas coisas no pulso da fada, que a estavam machucando.
Viperine cortou caminho pela multidão ansiosa sussurrando sobre assassinato e segredos. Bloom estava pálida, Beatrix estava com amarras metálicas acorrentadas em seus pulsos — limitadores rúnicos. Merda, eles deveriam doer mesmo.
Terra, Aisha e Musa avançaram como um bloco único. Bloom se afastou do pai de Terra e se jogou contra as amigas, abraçando-as.
— Estávamos preocupadas com você — disse Aisha.
— O que a Beatrix e a Viperine fizeram com você? — perguntou Terra, preocupada. — As duas juntas mataram o Callum.
— Vocês não tem provas disso, meninas — cortou Dowling, junto de Silva e Harvey. — E Viperine não estava com elas.
Terra e suas amigas ficaram de boca aberta, balançando a cabeça sem acreditar.
— Não — exclamou Terra. — Não. Viperine estava junto. Eu a vi saindo da assembleia da rainha Luna.
— Eu também a vi sair — afirmou Aisha. — Bloom, fala para ela que a Viperine estava junto.
— Ela com certeza não estava na escola — comentou Musa.
Viperine bufou, apertando a mão de Riven com em um sinal de que era a hora. Eles deram um passo a frente, Viperine com a maior cara de sem entender o que estava acontecendo.
— Eu estava sim — se pronunciou. — Não me senti bem na assembleia e sai mais cedo.
— Eu te vi saindo com o Riven — acusou Terra, mais histérica do que nunca.
— Talvez porque ele é o meu namorado e estava cuidando de mim — sibilou. — Fala para elas, Riven amor.
Riven engoliu em seco. Ele não deveria estar com medo, já fizera aquilo tantas vezes. Como planeja pedir desculpas?, perguntara ela, sedutora. Viperine era mais do que uma namorada normal, ela era intensa, e sexy, e determinada... Ela era o poder em pessoas. Quero que minta por mim.
— Estivemos juntos na assembleia e assim que saímos dela — respondeu ele. — Viperine estava com dor de cabeça. Eu a levei para o meu quarto e acabamos adormecendo.
Aquilo não fazia sentido para Sky que ouvia tudo mais atrás. Viperine não estava com dor de cabeça. Ela e Riven saíram da assembleia e foram para a Ala Leste. Depois de discutirem, Viperine sumira com Bloom e Beatrix.
Sky já a conhecia bem, sabia exatamente do que ela era capaz de fazer. Automaticamente ele sabia que ela estava mentindo para se livrar de algo. Mas e Riven? O que ele tinha a ganhar mentindo por Viperine?
— Estão mentindo — afirmou Terra, sem aceitar aquela resposta. — Viperine nem mesmo estava em Alfea. Ela tem que estar envolvida com o sumiço da Bloom.
— Por que eu mentiria? — perguntou Viperine, dando de ombros. — O que eu ganharia com isso?
Sky cruzou os braços. Aquela era sua mesma pergunta. Viperine estava aprontando algo grande, ele tinha certeza. O que ela estava aprontando, então, Sky descobriria...
Custe o que custar.
◈
BEATRIX NUNCA IMAGINOU que Alfea ainda teria alguma utilidade de quando fora um lugar militar. Entretanto, ela percebeu que eles ainda mantinham tudo igual, mas agora tinham aulas.
Ela estava presa em uma enorme cela num galpão nos fundos da escola, vigiada por vários especialistas. Aparentemente, agora ele deveria ser algum tipo de criminosa.
A cela vazia ecoava seus melhores gritos de dor, fingidos enquanto Dowling tentava vasculhar sua mente. Raios raiam lá fora. Mesmo assim, talvez seus gritos fossem ouvidos, ou não. Não importava desde que ela tinha certeza que os especialistas postos fora do galpão sussurrariam sobre eles pela manhã.
— Farah, ela não vai falar — disse Silva, ligeiramente desconfortável com os gritos.
— Posso obrigá-la — retrucou, os olhos brilhando
— Está machucando ela — insistiu.
— O que estou fazendo é abrir caminho pelas defesas mentais dela, é indolor — explicou. — Isso é cena.
Beatrix abriu seu maior sorriso malicioso, levantando-se da cama e encarando a diretora de Alfea e o diretor especialista. Calafrios subiram pelo corpo de Silva.
— Será que alguém vai acreditar em você? — perguntou Beatrix, malvada. — Eu duvido. A minha história é melhor. É o que vão sussurrar pelos corredores quando isso acabar. Vão dizer: " Beatrix era problemática, todo mundo sabia, mas a diretora estava totalmente obcecada."
— O Callum estava tentando te ajudar — cortou Dowling, severamente. — Por que o matou?
— "Dowling foi à cela dela todas as noites e cutucava violentamente sua mente frágil" — continuou sibilando.
— Você não tem nada de frágil — avançou. — Aonde foi com a Bloom? Ela te ajudou a invadir meu escritório?
— "Os gritos da Beatrix ecoavam pela escola".
— Os queimados apareceram desde que chegou — lembrou, ignorando-a. — Tem algo a ver com eles?
— "Daí uma noite, os gritos pararam" — concluiu. — "Ninguém sabe o que houve com a pobre garota, mas todos sabem a culpada."
Beatrix sabia que não conseguiria impedir Dowling de ver suas memórias, já sabia muito bem por onde ela havia passado, quem havia visto.
— Quem é a cobra? — ordenou Dowling. — Levou Bloom para Aster Dell e tinha uma cobra junto.
A mesma cobra que tentou me estrangular, pensou Silva. Era uma Medusa, criaturas malignas que já deveriam estar extintas. Não havia nenhum registro de uma Medusa na última década. De onde aquela aparecera? E como chegara em Alfea? Mas por quê?
— Sabe que tem uma Medusa andando por Alfea, não sabe? — disse Dowling, Beatrix não respondeu. — Quem é ela?
— Eu não sei — sibilou.
— Sabe sim — não aceitou. — Terra insistiu tanto em dizer que Viperine estava com vocês. Devo investigá-la a seguir?
— Medusa não existem mais — disse Beatrix. — Todas foram assassinadas a sangue frio por gente como você.
Dowling deu um passo para trás, as palavras de Beatrix a pegando de surpresa. Silva engoliu em seco, um série de arrepios estranhos lhe atingindo, ele se sentia como se fosse observado... mas não tinha ninguém ali sem ele, Farah e Beatrix.
— Não era essa a história que queria ouvir, diretora? — provocou Beatrix. — Vou me esforçar mais para a próxima noite.
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13.11.21
𝐍𝐎𝐓𝐀𝐒 𝐅𝐈𝐍𝐀𝐈𝐒:
Nossa, estamos chegando tão perto de um ponto do livro... Estou ansiosa para ele. Quero ouvir suas teorias, ok? Então não esqueçam de me contar o que está achando, porque são os comentários de vocês que me motivam a continuar escrevendo.
Minhas aulas presenciais voltaram essa semana e eu acho que nunca me senti tão acabada, mas vida que segue e vamos em frente. Bom final de semana!
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