Prólogo + Book Trailer
A noite estava quente. Era fim de julho e o suor que escorria da testa dele era mais brilhoso do que os lábios da garota à sua frente. Ele se agachou, os dedos tocando a superfície arredondada e seca, alguns pequenos cortes indicavam mordidas constantes de alguém com extrema ansiedade.
Por um momento, ele se ergueu, respirando profundamente, os olhos fixos no corpo dela, a maciez de sua carne cortada provocara-lhe um orgasmo mental. Os gritos dela criaram uma sinfonia harmoniosa com os batimentos acelerados do peito dele. Ele sorriu. Não esperava tamanha quantidade de sangue jorrando das orelhas decepadas da garota. Como resultado de sua inexperiência, suas roupas estavam ensopadas do mais escuro vermelho, pingando em direção ao assoalho.
Atraí-la até ali fora fácil, afinal, ela era uma mulher. Fútil. Fantasiosa e, principalmente, arrogante. Bastou comprar-lhe um engradado de bebidas que ela se entregara a ele. Álcool. A chave para os problemas, certo? No início, ela ria exageradamente como se aquele som irritante fosse a chave que abriria a porta para um quarto interminável de pura cerveja barata com cheiro de mofo. Mas, quando ele retirou a faca, seu sorriso desapareceu. Ela o perguntou o que ele iria fazer, mas ao invés de responder, ele apenas preferiu demonstrar. Com um arco por cima de sua cabeça, ele decepou a primeira orelha. A garota berrou. Ele riu. Estavam longe o bastante para que nenhuma ajuda viesse. Ele se certificara disso ao apanhar o celular dela. Em meio ao álcool fluindo em suas veias, a garota nem ao menos o questionara.
Segundos depois, ela já estava imóvel, o corpo estirado no chão enquanto ele montava nela, o braço esticado para cima enquanto a faca cortava o ar, decepando a segunda orelha. Ela já não gritou mais, porém ele ainda fez questão de lhe tapar a boca, sentindo seus dedos pressionando sua estrutura dentária, sua pele forçando as gengivas perfeitas da garota.
Pobre Clary...se talvez, e apenas talvez, tivesse ouvido seus pais, não estivesse nessa situação. Bem, isso se você considerar morta como uma situação. Ele a levara até uma propriedade antiga em West Sevington Farm, numa casa vazia, de piso de madeira em frangalhos e janelas quebradas. O ar no interior era frio, embora o exterior estivesse uma fornalha.
Ele admirou sua obra de arte novamente, o sangue escorrendo em direção aos seus pés, sendo retardado pelas diversas fendas que o guiava para o solo fértil das terras. Ele riu ao imaginar alguém comprando os alimentos daquela terra. Talvez uma idosa parasse para perguntar: o que faz estas maçãs tão vermelhas, meu caro? O vendedor apenas responderia: não gostaria de ver? No fim, ele cortaria a mão da velha. O sangue jorraria sobre uma pilha de maçãs no interior da casa e, em meio aos gritos dela, o homem iria rir. É uma bela história, não?
Com os braços firmes, ele agarrou os tornozelos da garota, puxando-a pelo piso, formando uma trilha sangrenta até a porta da frente, onde ele simplesmente deixou que o corpo dela rolasse livre pelos três degraus que o afastavam do caminho cimentado construído para uma passagem sem obstrução daqueles malditos matos que arranhavam suas pernas.
As poucas estrelas da noite vislumbraram o horror. Não havia nem sinal do vento. O ar por si só parecera deixar de existir enquanto ele tentava retomar o folego, as mãos apoiadas nos joelhos enquanto tentava controlar seus pensamentos.
O corpo de Clary parou com um braço sobre o rosto. Ele a apanhou pelo pulso e voltou a arrastá-la, levando-a para os fundos. Lembrete mental: construir uma porta que de acesso aos fundos pelo interior da casa? Conforme caminhava, a grama começou a tingir-se de vermelho enquanto ele permanecia etéreo, os ombros rígidos e os lábios colados. Ninguém realmente sentiria falta de Clary Freemont.
Vaca desprezível!
*Não percam o capítulo um!!!!! Ele será postado amanhã e, se gostaram do prólogo, não se esqueçam de votar :D
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