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Natasha Torres
17:25h - do tribunal a casa

Eu estava bastante apreensiva, todos já tínhamos regressado aos nossos lugares. Meu irmão estava animado com a nova descoberta e eu estava animada por finalmente conseguir provar a minha tão acalmada inocência.

Enfim o juiz chegou e a ansiedade bateu á porta, meu corpo estava tentando raciocinar o que estava acontecendo de diversas maneiras possíveis, eu queria acabar com isto o mais depressa possível. Eu queria ir para casa o mais depressa possível.

— Boa tarde a todos novamente. Vamos dar início á sentença final!

Todos estavam ansiosos, todos os corações queriam sair pela boca naquele momento, todos nós estávamos APREENSIVOS.

— Eu perante este tribunal e todas as leis imergentes a este caso declara Natasha Vieira Costa Torres inocente de todos os crimes. Dou como terminada esta sessão!!

— Ebaaaa! — todos saltaram de alegria.

— Mamãe! Sempre soubemos, ficamos tão felizes que a senhora seja finalmente solta. Venha vamos para casa agora.

— Podemos ir para casa certo Dean?! — o questionei.

— Acho que neste momento se a minha palavra final fosse não, vocês a desobedeceriam de todas as formas!!! Vá. Fiquem felizes!

— Muro obrigada. — todos o abraçaram.

António veio ter comigo e finalmente me pôde beijar e dizer o quão aliviado ele estava propor me ter novamente perto dele. Eu não queria ter que imaginar a minha vida sem ele, sem nossos filhos e sobretudo sem toda esta energia que os demais conseguiam transmitir.

Isso seria doloroso.

Saímos da sala de audiências e nos despedimos de todos mais uma vez, os paparazzis não saíram daqui desde a hora em que chegamos. Estavam a fazer uma enorme quantidade de perguntas, porém eu não queria falar com ninguém.....eu apenas queria ir para casa e abarcar Emma. Por breves momentos eu pensei que fosse ficar sem ela durante vinte e cinco anos.

— Vamos de férias né? — Ferran nos questionou mais uma vez. —Né papai? Né mamãe?

— Iremos pensar nesse assunto com delicadeza.

— Ai meu coração magoou aqui um pouquinho sim!!!

— Não digas isso papai. Tu amas o nosso jeitinho. — era S/n desta vez. —Alem do mais a casa lá no Algarve estava espera ansiosamente por nós. Estou já ansiosa para ver o Vitor andar novamente a cavalo.

— Eu? Novamente?!

— Medo irmão?! — sorri para ele.

— Eu? Ah Hermanita! Nunca...

Todos rimos.

Estas eram aquelas ocasiões no quão eu mais prezava em todo o dia, em todo o mês, em todos os anos. Os ver assim felizes para mim já fazia completamente o meu dia. Era algo bastante gratificante! Hannah havia ficado em casa pelo que soube, a barriga já estava a pesar imenso e quase nada conseguia fazer.

Ficar grávida é maravilhoso, mas demanda imenso de nós como mulheres e futuras mamães.

Não demorou muito e logo já estávamos em casa, entramos na garagem e o ambiente dentro de casa era de alegria, estava imenso barulho lá dentro.

— Alguém sentiu a nossa falta? — Pedri falou.

— Vossas não! Sai da frente queremos a tia Natasha connosco. Venha! Sente-se conte tudo o que aconteceu.

— Ai Hannah coração de pedra.

— Deixa a minha mulher Pedri. Ela hoje amanheceu estressada!!!

— O que fizeste hem Gavira? — S/n o provocou. —Não a chateas-te pois não.

— Estressou sim mamãe S/n. Titio Gavi é um chato!! — Sophia interveio.

A alegria estava novamente reposta na casa.
Era isto que eu mais amava.

— A Emma? — António olhou para todos os lados. —Rebecca está tudo bem?!

— Está sim, ela acabou de adormecer á vinte minutos.

— Bom não iremos interromper o sono mágico dela. — falei. —O que é aquilo ali?! — apontei para perto da mesa de apoio á mesa de jantar. Torres o que fizeste desta fez?

— Eu?! É um quadro quem quer ver a bela obra de arte?

— Ui! Vindo de ti, nem quero imaginar absolutamente nada papai.

— Ai! Essa doeu.

Todos estavam animados. Todos estavam ansiosos para que eu contasse o que de facto aconteceu em tribunal, mas sem antes ver o enorme quadro que ali existia era tortamente impossível, eu de certa forma era uma pessoa bastante ansiosa.

Um!

Dois!!

Três!!!

E finalmente ele foi destapado. Era a um quadro que continha a fotografia de todos nós, era simplesmente a perfeito, mas o que mais me emocionou foi ver Aurora. Ela estava presente connosco e foi belo o gesto que o moreno teve de encaixar um retrato dela perto de nós. Era algo MÁGICO.

— O quadro é simplesmente maravilhoso.

— Vocês ainda não viram atentamente uma coisa! Notem perto da Glória por favor. Vá. — ele estava animado. —Concentrem-se.

— A vovó Aurora!! Ahhhhhhhhh. — todos gritaram.

— Shhhh! Meu Deus pessoal, pouco barulho.

Eles estavam tão felizes com este quadro que eu acho que simplesmente eles não sairiam de perto dele uma só vez, mas pensando bem é pelo que pôde observar António tinha as fotos reveladas também em tamanho pequeno já em quadros, tudo estava dentro de uma caixa de acrílico bastante bonita pro sinal.

Nos sentamos no sofá novamente e enquanto António dava a todos as fotos eu contava tudo o que aconteceu com ajuda de Eduarda, pois ela e Dean foram uma enorme pedra fundamental para que a minha INOCÊNCIA fosse provada.

— Eu ainda estou sem acreditar que isto realmente aconteceu! Alguém me belisca por favor.

— Ai Gavira! Era no sentido literário. — Hannah deu um tapa no seu braço. —Fiquei magoada agora.

— Ui! Nunca se pode irritar uma mulher grávida.

— Então o amigo aqui quebrou esse recorde tia. — era Thomas. —Ele não para de a chatear a todos os instantes e horas.

— Tenho até pena da Hannah grávida. — Gabi falou.

— Vocês são insuportáveis sabiam?! — Gavi amuou.

— Não fiques assim querido, quando menos esperares Heloísa estará connosco.

— Não vejo a hora disso finalmente acontecer!

— Eu já programei esse dia e tenho um presente para quando ela nascer. Beijinhos Gavira, não irei contar. — era S/n rindo da cara dele. —Sai pra lá Pablo.

Todos rimos.

Estas sem dúvida eram as melhores pessoas que haviam caído na minha vida. Eu geralmente não diria isto, mas pensando bem, era exatamente isso que eu expressava no meu sorriso.

Os animais estavam contentes junto de todos, todos eles tinham também aparecido na fotografia de família, pois eles sempre farão parte dela.

— Vamos comer num restaurante hoje e depois ir ao cinema? O que vocês acham?

— Eu achei uma ótima ideia princesa. — respondi. —Vamos nos preparar vá. Vamos colocar as nossas melhores roupas.

— Ai que emoção. Vem Hannita, nós te ajudamos.

— Vocês são mesmo insuportáveis eu estou cansada e fazem isto!

— Teu marido carregar-te-á ao colo não é Gavi? — Marc falou. —Gavira tens que ser prestativo.

— Não me encham a cabeça, o que tiver que acontecer acontecerá. Adeus seus encrenqueiros.

Autora Narrando 
19:59h - em Barcelona

Dean e Hector já tinham voltado da esquadra e estavam agora tentado encontrar o novo paradeiro de James. O moreno havia desligado todos só aparelhos que o encontravam, James era sem dúvida para eles o ser humano mais desprezível e terrível que eles alguma vez conheceram.

— Dean! Posso falar contigo? — Valverde entrou na sala furioso. —A sós?!

— Claro.

— Bom irei buscar café queres um?

— Sim! Obrigada Hector.

Valverde estava furioso com a atitude de Dean, ele havia descumprido uma ordem superior e foi a tribunal travar o julgamento final no qual havia conseguido 100%.

— Eu não te avisei para não me desobedeceres?

— Já! Inúmeras vezes, mas quando vejo que algo está errado e pessoas inocentes estão sendo injustiçadas eu faço o contrário que o senhor manda. Isso é o que qualquer pessoa faria em meu lugar, isso é o que qualquer pessoa com coração faria!

— Isso não justifica nada! Isso não justifica andares a conspirar pelas minhas costas para me destituir do cargo.......é Dean. Eu sei das coisas! Não duvides disso. Estou farto, eu estou simplesmente farto das tuas faltas de respeito.

— E o que senhor fará neste caso agora? Me despedir?! Quer mesmo despedir um dos melhores homens desta esquadra de polícia?

Dean não gostava de ser provocado nem desafiado e muito menos Valverde. Ambos tinham uma mente bastante ambígua e um ego imprevisível neste tipo de situações.

— Chefe! Estão a ligar-lhe do gabinete da presidente. — Liam esbravejou. —Chefe!!

— Eu já vou Liam!

— Quando tudo isto terminar podes ter a certeza que ficarás em suspensão Dean! Ouve o que eu te digo.

— Terminou? Ótimo, agora deixe-me fazer o trabalho que o senhor não quer fazer.

Saiu furioso, bateu a porta e logo Dean descarregou toda a sua raiva nas caixas que estavam em cima da mesa cheia de documentos importantes sobre os casos em que James teve envolvido.

— Dean! — Hector apareceu. —Ei! Tudo bem?

— Tudo Hector vamos continuar o trabalho.

Enfim se sentou. Bebeu o seu café e logo abriu todas as pastas novamente após alguns minutos as tirando do chão. Eles tinham fé que encontrassem alguém cada ou até outro número de telemóvel no qual eles podiam telefonar para que pudessem rastreá-lo.

Era a última chance.

— Querem ajuda? — Liam apareceu com mais cinco agentes.

— Claro! Toda a ajuda é bem-vinda.

Chegaram ambas as mesas para o centro da sala e logo puxaram todas as cadeiras para o seu redor, quanto amei o tempo passava mais em rosto Clara podia estar, mais longe James estaria. Eles sabiam disso.

Os aeroportos e os portos de navios e fronteiras terrestres já estavam avisadas para sair do país. Ninguém com esse nome tinha aparecido em nenhum dos lugares, porém Dean sabia também que com anos de experiência ele trocaria o nome e sua identidade para não ser reconhecido.

— Dean tens uma visita! — Eva fala após bater na porta. —Ela diz que é urgente.

— Ela? Quem?!

— Eduarda Rodriguês senhor! A mando entrar?

— Claro! Claro que sim.

Eric e Eduarda entraram na sala. A loira estava receosa com tudo isto, e Dean sabia que ela estava preocupada de como o pai estava, ela estava assustado com o que o próprio pai poderia fazer contra ela neste momento.

Era ridícula toda esta situação. Era um milhão de emoções dentro daquela sala, era um unifico mais de INCERTEZAS.

— Eu quero ajudar. Eu sei......eu sei que ele é meu pai, mas eu preciso disso, ele foi a pessoa em quem eu mais idolatrei e admirei na infância, porém agora isso foi tudo em vão.

— Nós entendemos. Vem sentem-se. — Hector falou.

— Meu pai tem uma casa perto na praia em Girona. Não fica muito longe daqui! Ele ama aquela propriedade, todos os verões nós costumávamos ir para lá. Será que ele lá está?

A dúvida era grande, mas fazer uma varredura na propriedade não era das piores coisas a se pensar neste momento.

— Fiquem aqui. Talvez ainda traremos o seu pai Eduarda.

— Obrigada!

Ela estava completamente de rastos, ela nunca pensou que seu próprio pai faria uma atrocidade destas, mas as coisas nunca correm como sempre queremos.

Dean logo pediu para que Eva pedisse um mandado de busca á propriedade e logo entraram não carros. O caminho era de apreensão, o caminho era de uma autêntica dor e adrenalina imensa.

— Dean! Será que Valverde vai aprovar prendermos James? Eles são grandes amigos.

O moreno olhou com cara fechada. Ele nunca imaginou que o seu amigo, o seu companheiro, o seu parceiro de trabalho dissesse algo assim, era como se o seu mundo caísse no mesmo instante.

...

Chegamos! Finalmente.

Colocaram os coletes, pegaram nas armas e nas algemas e logo adentraram na casa. Vasculharam tudo e absolutamente tudo, sem sinal nenhum do moreno.

— Dean! Aqui! — Liam estava perto da janela. —Tem ali uma luz, será?

— Vamos verificar. Cuidado senhores!!

O tempo estava neste momento contra eles, a vida de Clara podia estar em risco, a vida de todos ali podia estar por um fio.....mas o trabalho assumido era acima de tudo a maior proeza neles.

Hector arrombou a porta e logo se depararam com James bebendo vinho, o moreno começou a rir para ele mesmo todas as armas estarem aposentadas para ele. A mente psicopata era a pior!

— James Rodriguês tu estás preso!

— Pensei que nunca descobririam o meu maior feito.

Eles se olharam confusos.

— Mãos ao alto! De joelhos.

— Deixe que o relembre de uma coisa. Eu não vou preso! Eu sairei livre da prisão em menos de um dia!

— MÃOS AO ALTO! DE JOELHOS!!! Não repito novamente. — Dean estava perdendo a cabeça.

Alguns longos muitos depois James é preso e restante dos agentes foi fazer vistoria á pequena casa em que eles se encontraram. Ninguém queria acreditar no que via, Clara estava presa a correntes na cama cheia de sangue e do outro lado tinha Isabella Kane, a ex-mulher do moreno que foi dada como morta.

Dean não estava a querer no que via. A sua raiava subiu a cada instante através do seu corpo. Pediu para chamarem os criminalistas e ambulâncias.

Retornou o olhar para James, deu a arma e o seu distintivo a Hector e logo correu para ele acertando ao moreno um soco. Dean dava e dava cada vez mais até que o restante dos agentes teve que intervir.

— Elas são seres humanos seu mostro! Tu és um psicopata!!!!

— Elas tiveram o que mereceram.....agora já sabes o que faço quando alguém se mete no meu caminho. — riu.

— Seu filho da mãe!!!!!!!!!! Tu és horrível.

Ele estava descontrolado, Liam e Sérgio levaram James para o carro com mais dois agentes para a esquadra enquanto Hector acalmava Dean fora de casa. Este ambiente era o mais destruidor que os morenos viram na sua vida. 

💄💋⚽️

António Torres
01:10h - no hospital

Thomas havia telefonado várias vezes durante uma meia hora consecutiva, eu estava mais preocupado em me relacionar com os documentos na minha frente na altura, porém pro insistência de meu pai acabei cedendo e retornando as chamadas.

A sua voz ao telefone parecia preocupada e de certa forma assustada. Não sabia do que se tratava, pois todos estavam cá em casa, inclusive sua mãe e seu pai. Ele mandou-me ir ao hospital!

Quem me manda ir a um hospital á 01hora da manhã?! Apenas meu sobrinho.

Agora era a vez dele fazer-me esperar e digamos que eu merecia de facto essa proeza do moreno, havia uma enorme quantidade de agentes da polícia por todo o hospital. Incluso Dean e Hector.....eles já deviam estar em casa, algo de ruim estava acontecendo e eu era o único que nada sabia.

— Tio! — Thomas chamou por mim ao fundo do corredor. —Venha cá por gentileza.

Olhei para ele estranho e logo caminhei através do extenso corredor, todos os agentes estavam atentos aos menus movimentos.....eu estava achando tudo isto estranho, mas não tão estranho quando o moreno me para antes de chegar ao vidro para verificar quem era na verdade.

— Porque não posso ver? O que se passa?!

— Conhece Isabella Kane? — uma pergunta retórica? Ele sabia quem era, eu já havia-lhe falado dela. —Tio!!!!

— Sim, a ex-mulher do James mas o que tem?! Ela morreu Thomas.

— Bom....ela está viva, ela não morreu. O seu estado é crítico, mas nas próximas horas ela poderá melhorar.

— O quê?

Eu ficarei totalmente em choque com a notícia que ouvi, meu cérebro ainda estava processando tudo o que Thomas tinha dito, meu coração estava confuso e eu simplesmente não sabia pela qual razão James tinha feito uma atrocidade destas.

— Quero vê-la!

— Ela ainda não acordou, mas temos Clara no quarto ao lado se a quiseres ver. Ela está acordada.

— Isabella vai ficar bem? Eduarda precisa saber disso, é a mãe dela.

— Eu sei, quando isso acontecer eu preciso que ela venha cá. Como ela está grávida será melhor se ela desmaiar ou até não aguentar!

— Entendo.

Thomas me puxou para perto do vidro e a situação de Isabella era totalmente diferente do que eu já me deparei em toda a minha vida. Ela estava ligada a imensas máquinas, seu ritmo cardíaco estava baixo, mas estável para a situação em que ela se encontrava.

Ela estava a precisar de uma respirador
para conseguir sobreviver.....................

— Droga! Eu vou matar o James.

— TIO!!! — Thomas me apontou para os agentes que logo olharam para mim. —Cuidado com a língua aqui.

— Desculpa.

— Venha, vamos ver a Clara e ela nos conta tudo.

— Depois posso ir ver a Isabella? Thomas.

— Depois veremos isso tio.

Eu fazia sempre a mesma pergunta, ela foi uma enorme amiga minha e de Núria e quando era casada com James. Nós os quatro sempre fazíamos viagens em conjuntos com nossos filhos.......agora esses tempos eram apenas memórias.

— Clara, estás melhor dos enjoos?

— Sim....obrigada Thomas.

— Tenho aqui alguém para te ver.

Entrei no quarto e logo a loira virou a sua cara para o lado da janela. Ela não queria olhar na minha cara, eu entendo.....porém eu queria entender o que ela sofreu, ela podia ter feito um milhão de coisas comigo e com Natasha, mas eu precisava entender o porquê.....entender a razão para tudo isto.

— Eu vou deixar-vos a sós.

— Thomas fica....por favor!

— Tudo bem.

— Clara!!! — sentei-me no sofá. —Ei! Olha para mim....por favor.

— ...

Eu merecia o desprezo dela. Natasha tinha prometido ajudar-lhe e não o fez e agora ela também me culpava, talvez ela até acha-se que eu a tinha proibido de fazer tal coisa. Eu posso ser muito cabeça dura, mas eu JAMAIS, JAMAIS deixaria de ajudar quem quer que fosse. Todos precisavam de uma segunda chance mesmo por mais terríveis que fossem.

Falei para ela mais uma vez, porém nenhuma resposta ela me deu. Ela estava magoada com tudo eu percebo, porém ela estava aqui para ser ajudada.....eu nem quero imaginar o que ela é Isabella passaram enquanto estiveram presas.

James sem dúvida era o pior ser humano do mundo.

— O que queres que eu diga? Que fui uma idiotia em ter acredita em Natasha, que por tua culpa ela não me ajudou......ela não salvou a vida do meu filho.

Engoli em seco.

— Eu não sabia, eu juro, eu não imaginava que Natasha tinha ido ter contigo! Clara por favor confia em mim uma vez na vida, eu juro.

— Eu quero o meu filho. — as suas lágrimas finalmente apareceram. —Eu quero ver o Salvador!!

— Salvador está bem.....ele está sob a custódia tutelar. Ele ficará bem!

— James? Ele não lhe fez mal?

— Não, agora Clara confia nele, o que ele diz é verdade. Por favor!

Olhou novamente para mim e logo abocou a cara em direção ao cobertores. Encolheu as pernas para perto da sua caixa torácica e logo começou a contar tudo o que havia acontecido. Nem imagino a dor que foi ela ter visto Isabella dentro daquela casa ligada também a máquinas, era simplesmente algo DIFÍCIL de ser processado tudo isto.

Ficamos mais um pouco e logo Thomas pediu para que ela descansasse. Saindo da sala e logo coloquei minhas mãos nos bolsos do meu casaco. Natasha culpar-se-ia de certa forma pro tudo isto, mesmo que nem tinha sido ela a sequestrar a loira. Todos ficariam em choque com a revelação que eu daria.

Eu queria vomitar com toda a história que tinha ouvido. Eu estava estagnado.

— Thomas! Aqui! Isabella está em paragem cardíaca.

Thomas correu o máximo que pôde e eu só podia ver tudo de longe. Merda! Ela em nenhum hipóteses poderia morrer, ela sempre foi uma guerreira e era sim injustiça tremenda que ela agora viesse a falecer. Um pedaço da minha alma morreria junto dela.

Ela tinha que lutar. Ela tinha que ser forte, eu acredito que depois de tudo ela daqui a algumas semanas estaria muito melhor. Ela precisava de toda a nossa atenção e força. Fé! Fé, era a única coisa que a sustentava neste momento......ela sempre foi bastante religiosa.

— Ela vai ficar bem? — vejo todos os médicos e enfermeiras a saírem. —Por favor.

— Por enquanto si, mas o estado dela é bastante complicado. Estaremos sempre vigilantes toda a noite.

— Qualquer coisa avisa por favor. Eu preciso de saber.

— Eu entendo. Agora depois de tudo tente descansar um pouco, vá para casa.....diga á Isabella que hoje passadeira cá à noite!

— Claro! Fica bem Thomas. — o abracei.

Esta era uma dor irreversível, era uma dor que eu nunca fui preparado e se Isabella morresse eu teria que contar toda a verdade a Eduarda. A morena perdeu a infância e a adolescência da filha por culpa de James, Eduarda perdeu todos os momentos com a sua mãe por causa daquele animal.

...

Enfim em casa!

Fiz o mínimo barulho possível, dei carinho a todos os animais e logo subi as escadas para descansar um pouco depois de tudo o que presenciei. Entrei no quarto de Emma dei um carinho e um beijo de boa noite e logo fui para meu quarto.......eu estava exausto.

— Torres? — Natasha acordou assustada. —Está tudo bem?! Onde foste?

— Amorzinho está tudo bem confia em mim....de manhã conto. Agora vamos dormir eu estou cansado demais.

— Está tudo bem mesmo? Thomas ainda não chegou. Torres!!

— Thomas está bem, ele teve que fazer plantão no hospital está tudo bem mesmo amorzinho. Vá! Vem cá, me abraça.

Eu queria contar a ela, eu queria libertar esta ENORME angústia dentro de mim, porém isso era totalmente impossível. Ela não dormiria se eu lhe contasse eu a conheço, ela passaria a noite toda pensando nisso e culpando-se por algo que não tem culpa.

— Torres!

— Sim amorzinho.

— Eu te amo. Não me abandones!

— Eu também te amo amorzinho e nunca, nunca, nunca faria isso. Ferran e S/n nunca mais falariam comigo.

— Aham isso é verdade.

Beijei sua testa e logo acariciei o seu cabelo. Fechei os olhos, mas era complicado dormir quando a tua mente estava ainda tentando entender a razão para qual um ser humano faria isso a outro ser humano.

Era terrível tudo isto.

As palavras doem, mas as situações podem virar o teu pior pesadelo!

...

12:00h - em casa

A casa estava animada. Depois de tudo o que aconteceu nós merecíamos isso, a alegria era a melhor coisa que alguém podia ter na vida.
O calor já se fazia sentir em Barcelona e todos em excepção de mim e de Natasha estavam na piscina, o lugar que DEFINITIVAMENTE todos amam estar.

Hannah e Rebecca estavam na parte rasa da piscina. Elas amavam conversar, era simplesmente maravilhosa a harmonia que estava instalada. Também já havia contado a Natasha tudo o que aconteceu. Ela nem quis acreditar, ela culpou-se porém a culpa foi embora quando Sophia e Emma entrando no quarto.

Depois que virei adulto os anos passaram a voar, era como simplesmente metade da minha vida eu já tivesse vivido......bem.....de facto eu já a tinha vivido. Agora estava na minha última e derradeira viajem para que tivesse em fim daqui a alguns anos o descanso eterno.

— Papai! Mamãe! Não vem para a piscina? Ela está maravilhosa. — S/n grita. —Venham!!!

— Quem sabe em Portugal.

— Isso é um sim para todos irmos de viajem para a quinta da família? — era Ferran.

— Talvez.

Todos simplesmente gritaram, eram até impossível esta gritaria toda, mas a felicidade nas caras era a melhor NOTÍCIA, a melhor COISA que um ser humano podia querer da sua família.

— Bom dia tio. — Thomas falou.

Já estava rigor para ir para a piscina também.

— Dormiste bem? Soube que chegaste ás 06horas da manhã!

— Dormir poucas horas já basta, mas dormir, dormir sem ninguém para acordar é simplesmente maravilhoso e incrível.

— Nem digas nada querido. Queres levar a Emma? Ela acabou agora de acordar!

— Com todo o gosto. — a pegou. —Oi pequena!!! Titio vai ensinar-te a nadar.

— Ela já sabe. — ri. —Ela é um peixinho da água doce.

Incrível a capacidade e a sensação de estar novamente "vivo" de estar novamente cheio de energia para um dia. Tantas coisas haviam passado que simplesmente fizeram-me ver que tudo na vida tem um propósito, por vezes não tão bom.

— Isabella está bem! Já saiu do estado crítico. Liguei á minha mãe quando acordei e eu pedi-lhe que qualquer mudança para me ligar.

— Fizeste bem, além do mais minha irmã cuidará também muito bem dela.

— É! Eu sei que sim.

Vimos Dean e Hector perto da porta de acesso ao quintal. Todos nós os três olhamos e logo me levantei, era algo de James ou até mesmo de Isabella ou Clara. Tinha tantas pessoas que o moreno simplesmente tinha feito mal que de alguma forma era até impossível pensar direito.

— Bom dia senhores! — os cumprimentei. —Está tudo bem?

— É sobre Isabella e James.

— Bem....sobre o antigo relacionamento deles, sabe algo que não possa ajudar a arranjar motivos para que James tenha feito aquilo a ela? — completou Hector após beber um copo de água que Rute tinha acabado de trazer.

— Bom.....tinham discussões como todos os casais, mas nunca além disso. Pelo menos não que eu saiba.....houve uma época que ele ficou com ciúmes tremendo dela por ela falar com outro homem!!!!

— Talvez tenha sido o motivo pelo qual ela a aprisionou na sua casa de férias em Girona.

Aprisionou!!! Essa palavra amargurava-me a cada segundo, só de imaginar o que ela sofreu antes de entrar numa espécie de coma.......deve ter sido um pesadelo em si.

— Ele falsificou a morte dela, afirmou que ela tinha sido queimada na sua empresa! Pessoas morreram naquele dia.

— Eu sei, eu vi a notícia.....eu o reconfortei. Nem acredito que passei tantos anos com ele e os consegui descobrir a verdadeira face dele.

— Não se sinta culpado! O senhor e muito menos os seus amigos tem culpa disso. Passamos na casa de Ethan e ele falou a mesma coisa......briga de causais como todos tem. Nada além disso.

— De certa forma ele conseguia esconder o que ele era!

— Tem razão. — me tranquilizei.

Vi Sophia a vir ter comigo....tive que automaticamente quebrar a conversa. Era a única solução, ela era uma criança, não precisava saber de coisas terríveis como esta.

— Papai António. Titio Gavi não me quer dar o meu gelado!!

— Não pequena! Já vamos resolver isso. — peguei nela ao colo. —Obrigada senhores! Qualquer coisa que eu mais lembre entrarei em contacto.

— Nada tenham um bom dia.

— Xau senhores! — Sophia se despediu deles com um sorriso no rosto.

Gavi gostava imenso de irritar todos com as suas enormes habilidades habilidosas. Era incrível!!

— Senhor Pablo Gavi fiquei a saber que o senhor não quer dar o gelado da Sophia? Porque razão isso vem a acontecer!

— Vish Pablo. Numa enrascada das grandes. Prepara-te!!! — Marc falou.

— Ainda não comemos e minha mãe sempre me ensinou que doces era depois do comer.

— Vês papai. Ele não em quer dar.  

Todos rimos.

Me agachei perante ela e logo expliquei com simples palavras a fala do moreno. Ela enfim entendeu, Gavi ainda tinha um enorme percurso até aprender a falar com crianças.

— Agora vai! Vai lá brincar mais vinte minutos. Depois quero todos limpos para comer!!!!

— Sims senhor capitão. — gritaram todos.

— Vocês ainda me furam os tímpanos. Cruzes credo!

— Ele te ama. — Natasha abraçou-me. —Não é pessoal? Todos amamos o António.

— Exatamente sogrinha. Todos amamos né Matheus?

— Vocês são piores que as crianças sem dúvida alguma. Adeus seus encrenqueiros.

A alegria era a maior benção.

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