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Cause when you unfold me
and tell me you love me
And look in my eyes
You are perfection,
my only direction
It's fire on fire,
It's fire on fire

• Fire no Fire - Sam Smith •
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Frase do Capítulo:
-Vamos recomeçar aos poucos!

Natasha Torres, 2025

💄💋⚽️
• Fevereiro de 2025 •

Natasha Torres
23:00h - do concerto a casa

Eles haviam-nos feito uma surpresa em tanto. Eles sabiam que tanto eu quanto António não queríamos ir a nenhum show, mas vendo por outro lado eles fizeram de tudo para nos juntar aos dois.

Adele era uma cantora excelente e bastante extrovertida. Uma surpresa no meio do show para mim e para António com as nossas fotos desde o tempo que nos conhecemos foi até mais um motivo para chorar.

António ria da atitude deles, mas eu vendo que todas as memórias felizes voltavam sempre para nós era um recomeço. Eu queria remediar tudo eu queria me dispor a segurar este casamento e o amor que sinto pelo moreno até ao último fôlego.

Nós os dois nos amávamos e não estávamos a ser nada justos connosco mesmo. Eles eram tudo que eu tinha, eles eram a alegria e fizeram com que uma esperança não só em mim como em António nascesse novamente.

A partir deste momento iríamos construir um novo recomeço! Iríamos pegar numa folha em branco e construir uma nova etapa da nossa vida. Convenhamos, depois de tudo o que sofremos nós merecíamos.

— Gostaram? — S/n sorriu ao colocar as coisas na mala. —Bom...podem dizer eu e o meu irmão temos ideias maravilhosas.

— Só podia ter vindo de vocês mesmo viu!!!

— Diz lá papai! O senhor gostou. Diga! — é Ferran.

— É! Mas eu queria ter sabido. Calha de que tudo tivesse corrido mal.

— Ah sogrão, não diga isso. O senhor até se emocionou quando viu todas as fotos. Nós até aparecemos em algumas.

— Tens razão Pedri! Eu e António ainda temos que processar tudo o que aconteceu, mas no fundo nós os dois amamos a surpresa não foi Torres?!

— Isso! Isso mesmo amorzinho. — deu um leve sorriso. —Vamos tentar remendar as coisas entre nós.

— ALELUIA!!!!! — todos ficam contentes e nos abraçam. —Eu ouvi um amém. — Sira completa.

— Vamos tentar não é Torres?

— É amorzinho. É isso mesmo. — me beija e acaricia o meu cabelo. —Agora desandem o caminho! Está tarde e queremos descansar. Vamos!! 

— Apressado tio? Tem várias coisas interessantes para fazer em casa né!

— Podia deixar a Emma comigo e com o Gavi, assim já íamos treinando. — Hannah me abraçou.

Eles eram todos uns malucos, mas sem dúvida os nossos maluquinhos que mais amávamos. Eram eles que colocavam um sorriso no nosso rosto e quando eles também precisavam nós também lhes dávamos esses pequenos sorrisos.

Entrei no carro junto a António e o restante do pessoal foi na Van. Ferran não tinha mentido quando comprou uma, mas o ver aparecer com duas em casa era sem dúvida algo de outro mundo.

...

Entramos na garagem de casa e logo vimos Rute ainda cá tomando conta de Emma. Meu irmão estava tão animado e preocupado com Rebecca e que o filho deles nascesse que não queria que ela fizesse esforço algum, eles haviam ficado em casa. Duarte tinha ido de viagem, por isso era apenas eu e António que ficaríamos em casa.

Acho que não foi uma boa ideia essa!

— Não tem a certeza que querem passar cá a noite?

— Não tia! Fique. — Gavi me abraçou. —Aproveite ao máximo a sua reconciliação. Nós tomaremos muito bem conta de Emma.

— Eu tomarei Gavi, eu ainda estou para ver se acordarás de noite quando Heloísa nascer. Tu não acordas por nada, nem mesmo quando estourou um cano da água na cozinha no meio da noite tu acordaste.

— São coisas distintas gata! Bem... nós vamos indo. Até mais fiquem bem.

Eles nos fizeram rir.

Gavi era aquele tipo de pessoa que conseguia arranjar um pouco do seu tempo para alegrar as outras pessoas, ele era genuíno, divertido, alegre, bobo e sem dúvida um belo amante da bola.

Nos despedimos e logo subi para o andar de cima. Depois do dia de hoje eu necessitava extremamente disso, meus pés estavam-me matando. Tirei os meus saltos altos e logo me joguei na cama, relaxar era tudo o que eu mais necessitava, uma boa noite de sono já melhorava para mim.

— Amorzinho! — António bateu na porta. —Vais ficar aqui?

— Estou cansada Torres nem venhas. Meus pés doem, minhas pernas estão a matar-me.

— Problema resolvido.

Me pegou pelo colo e logo me levou para o nosso quarto. Ele era perfeito, seu único defeito era ser sem defeito. O moreno me encarava enquanto eu dava leves risadas, me colocou do meu lado da cama e logo fez pequenas e leves massagens nos meus pés.

Um! Dois! Três! O alívio estava novamente de volta.

— Vamos superar isto juntos! Por favor.

— Nós vamos. — respondi. —Agora juntos, não gosto nada de me zangar contigo e muito menos estar afastada de ti.

— Eu quase ia morrendo longe de ti. — para de fazer massagens. —Só meu coração para me acalmar.

Eu ri.

— Que foi?!?! — riu junto.

— Nada só me veio algo na cabeça. Tu dizes-te que "só o teu coração para te acalmar", bem....ainda bem que tens coração não é Torres.

— Ainda bem né amorzinho.

Me joga na cama. Ele sobre mim era uma visão privilegiada, a visão dos deuses era ver António e eu tentarmos colocar nossos orgulhos de lado e superar tudo isto juntos. Era isso que os casais faziam e era isso que iríamos fazer em conjunto.

Beija levemente meu pescoço. Sua delicadeza era maravilhosa, seu jeitinho de remediar as coisas comigo era diferente. Eu não sei o que ele fazia comigo, mas com toda a certeza me fazia uma mulher louca pro ele cada vez mais.

— Será que teu irmão está bem mesmo?!

— Porque razão dizes isso? — me sento novamente.

— Não sei, ele está tão eufórico que ainda fará com que o Arthur nasça antes da data prevista.

— Ui Torres, até parece que ainda falta muito. Só mais uns três dias ele virá.

— Se Vitor não desmaiar no parto eu juro que o taco no chão quando o vir. Ele tem muito cara disso.

— Meu irmão é forte eu sei que sim.

...

10:00h - de casa ao hospital

Novos dias era como novas metas para cumprir. Eu amava acordar e ter que fazer algo para mudar a vida das pessoas ao meu redor, sorrisos e gargalhadas era o que eu mais amava devo admitir.

Estava na mesa de jantar enquanto António ainda se vestia, o moreno demorava uma eternidade para se arrumar que até eu por vezes me chateava em relação a isso ainda mais quando era apenas a única nesta enorme mesa de vinte lugares.

— Senhora! Quer algo mais?

— Não Rute obrigada. Obrigada por ontem teres que ter tomado até tarde conta da Emma. Podias ter vindo mais tarde hoje, sei que o Steve está um pouco doente.

— Ele está melhor senhora obrigada pela compreensão. Em relação á Emma foi um gosto imenso ficar com ela, ela é bastante calma.

— É! Ela é mesmo.

Rute era um amor de pessoa. Eu já tinha tido a chance de conhecer seu filho pessoalmente quando ela o trouxe para cá em um dia quando ele estava bastante doente e não foi na escola. Ele era bastante educado e pelo que ele me contou ele quer ser como o pai quando maior.

— Steve ainda te dará cabelos brancos mais cedo Rute! — esbraveja António descendo as escadas. —Querer ser polícia como o Dean.

— Nem diga nada senhor. Bom...vou indo. Fiquei bem.

— Obrigada.

A morena sabia que podia contar comigo e com António para tudo que ela e sua família precisassem. Eles praticamente faziam parte da família á tantos anos que estão connosco nos ajudando em tudo.

O som da campainha foi liberada e logo a morena a abriu. Era agentes da polícia e logo Samuel veio correndo bastante ofegante numa tentativa de os alcançar. Conseguiu!!

— Deixe entrar Rute! Obrigada.

— Dean? — António se surpreendeu. —Passa-se algo?

— Não responda a nada senhor.

Isto estava estranho, não sabia o que aqui se passava e muito menos o intuito de ter vindo agentes da polícia cá a casa, mas vendo pela cara de Samuel coisa boa não era.

— Mas o que se passa aqui? Alguém me pode explicar?!

— Esta detido por não pagar a pensão alimentícia a Sebastian Montenegro.

Nós rimos!

Isto estava ser um pouco irónico até de se pensar, mas quando a carta do tribunal apareceu cá em casa a primeira coisa que António fez foi ir no banco junto de Samuel e seu pai para pagar a quantia que devia ao moreno. Não sei de onde tiraram tal coisa, mas vindo de Sebastian e Veronika tudo podia acontecer.

— Meu cliente pagou. Não sei de onde tiraram a informação que não, e ou, quem deu as ordens, mas Dean por favor.

— Ordens são ordens!

— Ordens malucas não acha Dean? Meu marido pagou no mesmo dia em que recebeu o aviso do tribunal. Por favor! Está a ser um pouco estranho esta história.

— Aqui o papel. A confirmação de que foi pago. Agora está tudo bem Dean?! — Samuel apresentou o documento na maior calma. —Vá! Não tem que fazer nada mais aqui.

— Este documento é verdadeiro.

— Quando foi a primeira vez que eu te dei algo falsificado. Eu trabalho com documentos verdadeiros, já outras pessoas.

— Outras pessoas?

— James....Rafael.....Nunez! Era esses que deviam ir atrás e não de mim. Por favor Dean.

— Bom....não ocuparemos mais do seu dia. Obrigada!

— Nada! Fiquem bem.

António não tremeu e muito menos se enfureceu quando aqui estavam os agentes. Ele me PROMETEU que iria mudar e era exatamente isso que ele estava a fazer.

O moreno estava a cumprir. Meu coração estava cheio de alegria novamente.

Nos sentamos na mesa, porém não por muito tempo, meu irmão ligou desesperado perguntando se contrações de dois em dois minutos era um sinal forte de Arthur estar a vir. Me fez rir de desespero, se Rebecca já não estivesse a ter aquela criança Vitor faria com que ela nascesse em casa.

Perguntei onde ambos estavam e o moreno me avisou que estava no carro em direção ao hospital. A voz de alergia e de desespero ao mesmo tempo era algo fantástico, a vontade de rir era tremenda. Desliguei o telemóvel e logo arrumei minha bolsa. António já estava á minha espera dentro do carro.

Meu irmão neste último mês deu comigo em doida. Suas questões eram pertinentes, mas sempre a perguntar a mesma coisa cansava.

Chegamos ao hospital e logo vimos o pessoal lá. Gavi e Hannah estavam lá com Emma também, tudo aqui estava um máximo. Todos estavam contentes e se Arthur ainda não tivesse nascido faltaria bem pouco para o grande momento, o grande amor da vida de meu irmão e de Rebecca nascer.

— Já sabem de algo?

— Vitor estava a tremer tanto que eu nem sei como ele vai aguentar o parto normal.

— Parto normal? Em que quarto eles estão?!

— Ali no fundo. Olha mamãe, Thomas está a vir pergunte se pode ir também. — Ferran veio ter comigo. —Priminho! Natasha pode ir?!

— Claro, venha tia. Vitor está quase tendo um ataque de tanta alegria. Rebecca já não o aguenta mais ouvir.

— Bom fiquem bem e não se matem!

— Nós? Nunca. — falaram em uníssono.

— Eu controlo amorzinho. Vai.

Coloquei a vestimenta adequada e logo entrei na sala de partos, Vitor segurava a mão de Rebecca com toda a força. Me aproximei dele e coloquei a minha mão sobre as suas costas o acalmando enquanto Rebecca fazia mais uma vez força. Ele estava prestes a nascer, isto era emocionante em todos os aspetos.

O maior sonho de meu irmão estava finalmente a concretizar-se.

— Rebecca! Força, mais um pouco, ele está quase cá fora. Só mais uma força vá. — o médico falou.

— Ouviste sunshine! Nosso filho vai nascer. Vá. Força.

— Vai querida! Vá. Um....dois....três. Força.

Sustentei a mão que Vitor segurava em Rebecca enquanto observava a mulher corajosa que a morena estava a ser. Parto normal nunca foi fácil para ninguém e eu que o diga por experiência própria, pois ter Emma demorou cerca de trinta minutos.

— Aqui está o bebé! Parabéns papais.

Meu irmão desmaiou.

Eu ri, não tinha como. A ansiedade dele falou mais alto, enquanto uma pequena equipa médica o atendia Rebecca segurou em Arthur. Ele era perfeito devo admitir, tinha traços idênticos aos de Emma quando nasceu, mas o que mais me emociono é que ele tinha uma mancha peculiar que meu pai tinha embaixo do olho.

Um minuto depois meu irmão acordou. Ainda confuso se dirigiu para perto de Rebecca e de Arthur e sua alegria aumentou, o seu sorriso era nítido e o olhar brilhando de concretizar o seu maior desejo era maravilhoso.

— Maninha! O meu filho, caraca. Eu tenho um filho agora.

— Vês seu ansioso! Valeu a espera não foi?

— Se não o controlasse Vitor faria de mim uma grávida maluca. Já não o aguentava ouvir nesta última semana. — Rebecca deu o pequeno a Vitor.

Meu irmão estava contente que saiu simplesmente cantarolando pela sala fora até o colocar em cima da mesa para as enfermeiras o examinarem. Meu irmão não saiu um só segundo de perto dele.

— Vitor será um excelente pai.

— Ele será. Ele é ótimo com crianças. Eu tenho a certeza que ambos se daram bem.

— É! Ainda bem que não terei que ouvir Vitor tantas vezes como quando estava grávida. Suas perguntas matavam-me!

— Tenho uma proposta para vocês. Meu irmão com toda a certeza apoiará isso!

— Proposta?

— Sim! Bem eu e António estivemos a conversar estes últimos dias e termos a vossa companhia lá em casa no primeiro mês seria ótimo, assim Emma e Arthur ficavam juntos e eu sei o quanto a pequena também sente falta do meu irmão.

— Obrigada Natasha!

— Nada.

— Sunshine! Aqui olha ele, ele é perfeito. — Vitor o entregou. —Decorei tudo.

Eles eram uma família perfeita. O carinho que Vitor transmitiria nesta fase era a mais importante não só para Rebecca como também para Arthur.

💄💋⚽️

António Torres
14:45h - do hospital ao CT do Barcelona

Estávamos todos animados, saber da notícia que o pequeno Arthur ja tinha nascido á poucas horas era maravilhoso. Natasha já estava connosco e contou cada detalhe, mas os meninos não pararam de rir quando ela lhes contou que o moreno desmaiou e eu logo pensei em mim quando Núria teve o Ferran, fiz a mesma coisa.

É uma sensação diferente, mas a mais maravilhosa da vida.

— Gavi fará a mesma coisa eu tenho a certeza!

Pedri tinha razão, vendo pelo lado positivo e de como Gavi era ansioso como Vitor ele iria desmaiar na sala de parto mesmo se fosse normal ou cesárea. Estes momentos era os que nós nunca esquecemos.

— Não serei assim. Eu sei em controlar.

— Porque mentes hem? — S/n o abraçou. —Vá Gavi, não sejas assim.

— Eu ficarei bem, além do mais falta só quatro meses.....passará bem rápido.

— Nunca disseste algo tão acertado. Passa mesmo.

— O que foi tio? — Ansu me questionou.

— Nada! É que eu vi o Vitor em mim no dia 28 de fevereiro de 2000. Eu também desmaiei.

— Sério papai? O senhor nunca contou essa história, mas logo logo conta isso.

Eles estavam todos animados. A liberação para ver os novos papais e Arthur estava prestes a conhecer. Natasha já havia chorado umas duas vezes quando falávamos em Arthur, mas eu sabia o quanto ela estava feliz pela concretização do seu irmão. Ele sempre mereceu esta alegria.

— Estão preparados? — Thomas nos assustou. —Desculpem, não vi que estavam distraídos.

— Eu não estava titio Thomas, os adultos sim.

— Soso tem razão titio, eu e Ella não estávamos. — Levi completou.

Que a EUFORIA aumentasse.

— Venham vamos lá.

Um!

Dois!

Três!

Entramos no quarto e logo Sophia e Levi correram em direção á cama onde a morena estava, Vitor colocou ambos perto dela e logo observaram o pequeno Arthur primeiramente que nós. Eles estavam mais entusiasmados do que nós devo admitir, eles faziam tudo conforme o planeado, falar baixo e não tocar nele até ordem contrária. Eles se comportavam PERFEITAMENTE.

Vitor sentou-se novamente na poltrona processando tudo o que tinha acontecido. Ele levaria um tempo até isso acontecer, mas ver o seu olhar de concretização era a melhor sensação que alguém podia sentir.

— Olha quem foi papai. — as meninas mexeram com ele. —Parabéns aos dois! — Ella completou.

Apresento-vos Arthur Júnior Muller Costa!!

— Oi pequeno Arthur. — Gavi chorou. —Titio já ama viu.

— Ele tem a mesma marca embaixo do olho que o vosso pai tinha. — S/n estava alerta. —Ai gente que emoção.

— Ele nasceu com 3.500kg e com 52 cm. Ele é grande tá.

— Nem digas nada e se eu te disse-se que ele nasceu maior do que tu dois centímetros tu nem acreditarias.

— Acredito! É meu filho né hermanita.

— Vitor ainda ficará um tempo na poltrona depois de desmaiar não é campeão? — Ferran se sentou no braço da poltrona.

— Eu ainda me lembro do Matheus. Ele nasceu tão perfeitinho.

— Nem digas nada Pedri, eu quase chorava cada vez que pegava nele.

— Os filhos são a melhor coisa que acontece na nossa vida!

E mais uma vez Ansu a pegar com Gavi. Os rapazes gostavam imenso de o incomodar em relação a filhos pois eles sabiam que a pequena Heloísa ainda não havia nascido e era simplesmente algo de outro mundo para os acalmar. O moreno por vezes até se distanciava deles para não ter que os ouvir a todos os instantes e horas falando de filhos.

— É mesmo.

— Fala o experiente não é Gavi? — era Gabi. —Quando cada um pegar no pequeno Arthur por um pouco aí a ficha caíra de que ele nasceu mesmo.

— Parem de ser chatos, quando chegar o meu momento vocês verão o quão forte eu sou.

— Estamos ansiosos. — Hannah riu dele. —Mal posso esperar para tu desmaiares.

Não tinha ninguém triste neste momento, o tempo era o único que simplesmente podia passar devagar, ele era o piro nestes momentos. Eu não queria que acabasse nunca esta alegria, isto era amor, genuinidade, companheirismo, felicidade e tudo mais que nós possamos sentir dentro de nós.

— Vitor Costa?! — uma enfermeira questionou.

— Sim sou eu.

— Tem duas pessoas para o ver na recepção! Dizem que são amigos seus.

— Amigos meus?! Obrigada já lá irei ter.

Vitor não gostou nada quando soube que recebeu visitas, ele havia terminado a sua amizade de anos á bastante tempo e tanto eu e Natasha sabíamos que Nuno seu colega de apartamento estava em outro país com a namorada, por isso não poderia ser ele em hipótese alguma.

Se levantou desconfortável e abriu a porta. Parando feito uma estátua eu vi seu corpo estremecer, ele estava extremamente desconfortável com a situação.

(...)

Vitor

Eu não acredito o quanto isto estava a ser um pesadelo. Eu já os tinha avisado para nunca mais se aproximarem de mim quando estava com companhia, eu me sentia impotente e sabendo que mal conseguiria proteger a minha nova família era catastrófico.

— O que vocês querem?!

— Ei, ei, ei Vitor. Vamos com calma. Boa tarde para começar, em segundo felicidades pelo teu filho.

— Hum!

— Bom....queremos mais um último trabalho para tudo estar quitado connosco.

— Não vou! Eu já avisei. — alteei um pouco a voz. —Por favor saiam daqui, estou com todos lá dentro. Por favor.

— Vitor Vieira Costa não nos provoques. Nós iremos atrás do prejuízo se não houver um consenso entre nós. — me segurou pelo braço.

Me soltei com raiva. Eles não tinham o direito nem de estar aqui dentro, eu me arrependo amargamente até hoje de os ter conhecido.....foi sem dúvida a minha pior decisão.

— Posso pensar?!

— Tens até hoje á noite para dar uma resposta. Aqui o meu número! Tive que colocar um novo como sabes.

— Contamos contigo. — fala o loiro. —Não nos decepciones.

Eu paralisei quando ouvi a voz no fundo, António estava vindo para cá. Guardei o cartão no bolso e logo me despedi deles, coloquei um sorriso no rosto e fui andando até ele. Eu não queria que eles soubesse o que eu fazia e muito menos o que eu era obrigado a fazer.

(...)

— Tudo bem Vitor? Quem eram?!

Ele estava estranho, seu corpo tremia e o seu coração disparou na mesma hora que eu perguntei quem eles eram. Nada me descansaria até eu saber a verdade e o que de facto o moreno está escondendo.

— Tudo sim cunhado!

— Não me respondeste á outra pergunta. — segurei pelo seu braço. —Vitor!!!

— Não são ninguém.

— Ninguém?! Esse ninguém deixou-te nervoso. Vitor vá relaxa diz o que se passa.

— Não se passa nada confie em mim. Eles são amigos que conheci no começo do ano tudo bem para o senhor?!

Ele estava a mentir. Eu sabia que sim, todavia deixando-o desconfortável não daria em nada por isso quebrei por definitivo o ciclo das perguntas, mas nada me relaxaria sabendo que ele podia estar correndo algum tipo de perigo.

Entramos novamente no quarto e quem estava agora com Arthur era Natasha, a morena estava tão entusiasmada que teve que se sentar. As crianças não paravam quietas, todas queriam vê-lo, o pequeno Arthur Júnior Muller Costa já era bastante amado por todos.

Nosso pequeno diamante da temporada da PRIMAVERA.

— Quem aí já pegou no meu filho hem crianças?

— Todos nós titio Vitor! Menos o pequeno Matheus, ele ainda está a dormir. — Sophia sorriu com um sorriso de orelha a orelha. —Ele vai amar mais um amiguinho. Eu já amo. Todos vamos crescer felizes.

— Vamos sim Soso.

— Eu queria tanto ter visto o Vitor a desmaiar. — Ella se senta finalmente. —Alguém devia ter filmado.

— Filmamos. Depois mostramos, agora o vídeo está para edição com o Jonathan!

— Jonathan estava cá?

— Sim. — riu. —Ninguém o viu. Ele deve estar agora no CT a editá-lo.

— Então bora! Eu não quero perder essa pérola. — Ferran bastante entusiasmado se levantou.

— Onde vão?!

— Para o CT temos que treinar também. — Pedri respondeu.

— Vamos juntos! Ficam bem?! Colocarei seguranças aqui no quarto!!!

— Eu fico cunhado. Nada vai acontecer. — Vitor cruzou os braços entusiasmado.

Vitor era uma peça autêntica. O moreno era alegre e fazia-nos a todos rir sem o mínimo esforço. Rebecca tinha que descansar agora, ela estaria mais do que segura agora ainda mais com Natasha por perto. Ela não deixaria ninguém se aproximar dela caso ela não conhecesse.

Os meninos tentavam de tudo para arrastar Vitor para fora do quarto, estava um pouco difícil devo admitir. O moreno seria rara a vez que não saía de perto de Rebecca e do seu filho.

— Vem logo seu chato! — S/n falou perto da porta. —Rebecca agora tem que descansar e aqui não farás absolutamente nada.

— Não os quero deixar sozinhos. E se acontece algo? E se Arthur engasgar, se Arthur.....

— Elas ficam bem. Vamos logo. — o empurramos para fora. —Vá! Vamos embora daqui a pouco estarás de volta.

— Ficam bem mesmo?!

— Nós ficamos. Vai. Tudo tranquilo.

— Mesmo?!

— Sim.

Todos rimos.

Vitor fazíamos rir todos os instantes mesmo nos momentos apertados ele sempre tirava um pouco do seu tempo para nos ver sorrir para alegrar o seu dia também. Ele era perfeito.

Entramos nos carros e logo dirigimos até ao CT. Eu tinha que garantir que ele não tinha mais um ataque de ansiedade e resolvesse voltar por isso o moreno veio em meu carro. Ele tremia e estava constantemente a olhar para o telemóvel.

Eu de certa forma o percebo, eles eram importantes. Era a primeira namorada, o primeiro filho, uma experiência nova para ele, mas com o tempo tudo isso acalmaria dentro de seu corpo.

Isto são apenas FASES!!!!!!

...

Finalmente chegamos. Com tanta alegria que Vitor estava este era o lugar ideal para ele descontrair e passar toda a sua ansiedade que viveu pela manhã. Eu nunca pensei ver o moreno tão feliz da vida, mas ele merece tudo neste mundo....ele é uma pessoa especial e um amigo maravilhoso.

— Parabéns novo papai. — dizem todos os jogadores em uníssono.

—Vitor papai! Meu Deus como o tempo muda tão rápido. —Eric falou.

— Ainda não me caiu a ficha por completo.

— Imagino! Imagino!!

— Agora da vontade de ter um filho. — Marc o abraçou.

— Faz com a Any qual é. — Pedri riu com todos. —Fácil, fácinho!

— Essas duas palavras são minhas tio Pedri. —Sophia o parou.

— Ah pequena. Titio só as pediu emprestado, logo ele te dá um pirulito tudo bem?! — a pequena sorriu.

— Vocês sabem das novidades?! — Sira nos parou.

— Vitor desmaiou quando Arthur nasceu.

— E ele decorou o peso e os quilos que ele veio ao mundo. — completei. —Ele não decora nada e isto ele decorou.

— Arthur Júnior Muller Costa, nasceu com 3.500kg e com 52 cm. Ele é grande tá. Dia 14 de fevereiro de 2025 vai ser em dúvida o melhor dia da minha vida para todo o sempre! Todos os anos não em esquecerei.

— Já tenho várias fotos! Depois do treino eu mostro. — S/n riu deles. —Terão que ficar ansiosos até lá. Beijinhos para quem não gosta.

Eles pegavam uns com os outros na maior tranquilidade, seu dia á dia era exatamente assim e eu não queria que eles mudassem por nada neste mundo. Eles eram a alegria da minha vida e nada nem ninguém podia mudar isso.

Caminhamos mais um pouco até que ouço vozes vindo até nós. Era Ernesto e Luka Sierro seu filho. Eles eram muito divertidos devo admitir e há mais de sete anos que não os via. Sentia saudades devo admitir, bom....espero que Ethan não soubesse que eu pensei isso.

— S/n?! — o moreno gritou no corredor. —S/n!!!

— Luka?! Lukaaa!!! — a morena correu para o abraçar. —Tive tantas saudades tuas, como vai tudo?!

Pedri ficou estranho, ele jurava que não sentia ciúmes, mas eu simplesmente conheço muito bem os homens e sinceramente ver ele desconfortável com toda esta situação era até de fazer rir.

— O que eles tem?!

— Não o conheces? — Gavi respondeu. —Eles se conheceram na escola e foram amigos nada além disso. Tio António não deixava eles namorarem.

— Hum!

— Calma seu estressado! Minha irmã te ama cara. Deixa de ser marrento.

— Ernesto que saudades! Luka que bom te ver.

— O mesmo digo eu meu amigo, a última vez foi á sete anos atrás. Luka falava todos os anos da S/n e do quão ela feliz está agora.

— É ela está! — Pedri abraçou minha filha pela cintura. —Prazer Luka, sou Pedri marido dela.

Todos rimos.

— Pedri para. Luka, Pedri! Pedri, Luka. Vem, agora vocês irão se trocar e treinar e nós iremos ver-vos.

— Isso! Bem Ernesto vamos tenho muito para te contar.

— Estou já ansioso. Fiquem bem.

— Nós ficamos senhor Sierro!

— Sei! Luka, daqui a pouco teremos que sair do dez minutos aqui.

— Claro pai.

Pedri estava com ciúmes. Eu o sabia, homens tinham uma linguagem própria quando queria demonstrar ciúmes, todavia eu nunca vi o moreno com ciúmes nem mesmo quando homens chegavam perto dela. Acho que isso mudou quando a morena o abraçou. Droga! Tinha que resolver isso de homem para homem.

Entramos na sala e logo lhe ofereci um café. O moreno era uma pessoa bastante gentil e eu divertia-me imenso com ele quando podia.

— Não sei que tiveste tempo de ver as notícias sobre o meu nome, mas podes ter a certeza que nada é verdade!

— Eu confio em ti! Tu nunca trairias a Núria e muito menos agora Natasha. Eu conheço-te, mas também tem que ter muita cara de pau para afirmar uma coisa dessas.

— Nem digas nada. Quero fazer um teste de ADN com o Sebastian e agora nem posso.

— Quem disse que não podes?! — riu. —Conheces-me bastante mal nesse aspeto António. Meu filho tem dotes e digamos que ele poderá se aproximar dele e tirar sem ele ver fios de cabelo da escova do moreno.

— Mas para isso era necessário Sebastian estar com todos eles! E por experiência própria eles não gostam dele.

— Iram gostar por um tempo. Fica tranquilo eu darei o meu jeito!!

— Nunca duvidei. — retribui o sorriso. —Caramba! Não sorria assim á mais de um ano.

— Faltava eu. Eu sou interessante diz lá.

— Nada direi.

Á coisas que nunca mudam!

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