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[...]
António Torres
13:20h - em Barcelona
Barcelona era um lugar cheio de energia para mim. Um lugar onde eu podia descansar e desfrutar da vida, era um ambiente cheio de alegria. Nada podia abalar o meu dia, nada.
Bem....talvez até pudesse, Natasha não gosta de me contar o que se passa com ela, mas mesmo assim Franco não deixava de avisar o que se passava no seu dia á dia e Lopez também sempre me dizia tudo o que eu devia saber.
O facto de Rafael ainda procurar a minha mulher sempre me tirava do sério, eu conheci numa época da minha vida totalmente diferente de agora. Os anos mudaram, todavia o mesmo rancor e desprezo que eu sentia por ele era o mesmo desde aquela época.
— Papai! — S/n apareceu no escritório do CT com Matheus. —Vamos sair para almoçar juntos?
— Não íamos almoçar com as meninas ou com o Pedri?
— Disse que queria estar com o senhor esta tarde e eles concordaram ainda mais quando daqui a poucas semanas irei de viajem com seu neto preferido.
— Ah filha. Matheus terá um orgulho de saber que tu és a mãe dele.
— Eu sei, por isso eu o amo tanto. Agora venha vamos a um restaurante comer!! Á tanto que não o fazemos vá.
— Sério isso?
— Vai fazer-lhe bem! Além do mais o senhor está a precisar de uma vitamina D a mais.
S/n conseguia ser sarcástica quando queria, bom....todos os dias em suas palavras tinha sempre um pouquinho disso, mas também não a julgo ela tinha o mesmo pensamento e feitio de seu bisavô devo concordar.
Me levantei praticamente contra a vontade de minha mente, peguei nas minhas coisas e logo saímos de carro. Depois que tudo aconteceu eu tinha medo voltasse a acontecer por isso pedi que fosse eu a dirigir em seu carro, ainda mais quando fui eu que lhe dei quando ela completou 18 anos.
Colocamos a música "Mockingbird" e convenhamos esta música fazia sentir-se muito connosco. Simplesmente ela amava e eu também, ela era o meu tudo e eu faria de tudo para a ver feliz e momentos como estes entre pai e filha e agora com meu neto era magnífico.
Eu por vezes ainda a imaginava pequena quando resolvi ir para Portugal, ela ainda tinha 6 anos de idade. Droga! Agora ela tem quase 20, o tempo passa a voar numa maneira totalmente descontrolada.
And if you ask me to
Daddy's gonna buy you a mockingbird
I'ma give you the world
I'ma buy a diamond ring for you
I'ma a sing for you
I'll do anything foi you to see you smile
...
Ela era perfeita!
— Será que está bem mesmo pai? Está bastante distante do mundo.
— Estou que ideia é essa?! Nunca estive tão bem.
— O senhor mente muito mal sabia? Não me engana, já não sou mais uma criança pai.
— S/n, minha filha. Eu estou bem ok! Se eu estivesse aqui morrendo tu saberias eu prometo-te isso.
— Eu amo muito o senhor. — olhou para mim. —Nunca deixe que ninguém abale o brilho que tem em si. — acrescentou beijando minha mão. —Por favor!
— Eu também te amo princesa do papai. Eu também te amo.
— Nunca me abandone! — me abraçou forte. —Eu peço, só isso. Só lhe peço isso.
— Jamais! Jamais faria isso.
— Promete-me?!!!!
— Eu prometo. — sorri
Chegamos ao restaurante e logo estacionamos os carros. S/n tirou Matheus do carro e a ajudei colocando o pequeno no carrinho, ela sempre achou desconfortável ele dormir no be be conforto, eu também por isso mesmo que ele acordasse ele logo voltaria a dormir instante depois e foi exatamente isso que aconteceu.
Entramos e logo a morena foi mais á frente procurando uma mesa para nós e os seguranças. Ela era perfeita, agora mesmo eu a via mais uma mulher e uma mãe do que a sua verdadeira mãe. S/n era diferente de Núria, sempre o foi e continuará a ser quer as pessoas queiram ou não.
Olhei para o lado direito e vi quem menos queria. Rafael estava lá junto a seus homens na mesa perto da janela, se eu soubesse que ele aqui estaria não a teria deixado entrar. Merda! Ele ainda tinha a instinto lata de rir sarcasticamente para mim. Ele fazia isto completamente de propósito.
Fui até ele.
— Surpreso em me ver Rafael? — sussurro em seu ouvido. —Não me abalas e muito menos á minha mulher.....minha!
— António, António! Gostas do perigo não gostas?! Emma é linda devo admitir e digamos que a tua filha ali também o é.
— Tira elas da tua boca imunda seu cretino. Não te dirigias a ela como bem entendes.
Os homens deles ficaram tensos e Lopez e Miguel perceberam isso.
— Ninguém está acima de mim! Ninguém!!!
— Não tenho medo das tuas ameaças, nunca tive e não será agora que terei.
— Vai sonhando....vamos ver quem no final vence.
— Vamos ver quem no final não fica com Natasha não é mesmo?
Ele me irritava.
— Natasha! Há bela Natasha. — falou e logo apertei sua mão. —Calma, calma, calma.
— Nós ainda não terminamos.
— Sério isso? Já vais terminar a conversa? — aleita um pouco a voz quando me afasto dele. —Pensei que não tivesses medo.
— Nunca começamos. Boa refeição! Ou talvez não.
Ri para ele e logo me sentei perto de S/n, a morena havia acabado de pegar em Matheus para lhe dar de comer. Para ela o filho era o bem mais importante na sua vida, era por ele que ela prezava a segurança 24horas do dia.
Não falei uma única palavras desde que me sentei perto dela, apenas ficar a observando era tudo para mim. Qualquer passo em falso eu poderia perder-lhe, podia perder todas as pessoas que me eram importantes.....eu não aguentaria tal dor.
— Pai!
— Sim.
— Tudo bem? Porque razão o senhor foi falar com aquele senhor? Rafael se não em engano.
— Nada não, foi só colocar a conversa em dia, nada além disso.
— Se o senhor o diz. Já escolheu?
— Não! Bem o que tu escolheste?!
— A minha comida favorita é claro. — sorriu para mim.
— Então pede para mim também, eu amo.
— Claro. Fique com o Matheus também tenho que ir no banheiro.
Ressaltar o quão bem ela me fazia era simplesmente difícil, ela curava-me de diversas formas diferentes era simplesmente magnífico de como alguém conseguia salvar a tua visão do mundo de formas diferentes. Eu e ela tínhamos uma conexão incrível.
19:19h - no Loft de Vitor a casa
S/n tinha tirado o dia para me fazer feliz. Ela era perfeita, á pouco a tinha ido levar a casa e estava indo em direção ao loft de Vitor para falar com Natasha. Eu precisava de falar, ouvir a voz dela simplesmente me alegrava imenso.
Subi e logo toquei á campainha. A morena mesma a abriu, fiquei contente por isso. Logo me deixou entrar e apenas estava ela e Emma na sala, sem sinal de Vitor ou Rebecca. Talvez eles tivessem saído para comemorar mais uma vez, eles mereciam essa benção.
— Precisamos conversar amorzinho. — me sentei no sofá. —Sei que tenho andado distante estes últimos dias, eu sinto muito, mas tenho tentado mudar como já havia referido. Eu conseguirei isso! Eu sei que sim.
— Não tens que mudar por mim Torres, apenas por ti. A tua felicidade e a tua saúde mental está acima de qualquer coisa.
— ...
— Não me olhes assim. — retornou o olhar para Emma novamente. —No fundo sabes que eu tenho razão.
É! Eu sabia! Ela tinha as palavras certas, ela no fundo estava tentado fazer com que eu mudasse mesmo que não se notasse.....eu não conseguia notar, era avassalador isso.
— Ninguém me ama! Ninguém me ama mais.
— Não é verdade amorzinho, eu te amo. Faria tudo para te ter comigo novamente. Eu.......eu estou a fazer isso.
— Um ano atrás tudo era diferente. Agora tudo olhas para trás, e pensas o quão este ano te mudou até agora. Tudo mudou, nós mudamos..as coisas nunca são como queremos.
— Eu sinto muito, sinto muito em magoar te.
— Não peças.
— Amorzinho. — me aproximei. —Volta! Por favor.
— Torres, não! Não me faças isso, não em peças algo impossível. Sabes muito bem que quando eu achar melhor eu volto. Por favor.
Eu simplesmente não conseguia arremediar as coisas, era horrível isso. Eu me sentia cada vez mais impotente sempre agindo de forma a que os outros ficassem mal, jamais me perdoaria se Natasha não volta-se para mim como antes. Jamais!!
Ela se levantou e foi em direção á cozinha. Era impossível ter uma conversa com ela pelo menos cinco minutos, ela estava redutível de qualquer maneira.
— Amorzinho! Um dia eu vi tu a sorrires e irá me custar imenso se algum dia eu te perder.... — olhei para ela. —Lembraste daquela vez que foste sequestrada, é, pois é. Meu coração parou por segundos quando te vi na minha frente com uma arma apontada na cabeça. Não me perdoaria jamais se eu te perdesse nem naquela altura nem agora.
— Me fale uma pessoa que eu verdadeiramente amei...vai...fala.
Veio até mim e segurei pela sua cintura. Ela me deixava completamente obcecado com ela, seu olhar me matava, sua pele era perfeita e a cada suspiro que ela dava meu coração pegava nessa chance de que as coisas daqui para a frente melhorariam.
— Eu! Eu te amo amorzinho. Por favor.
Uma porta foi aberta, era Vitor e Rebecca chegando. Nos afastamos e logo Natasha voltou para a cozinha, Vitor ainda estava de certa forma chateado comigo quando Natasha estava por perto e ficava com receio que sua irmã se magoasse novamente.
Eu não iria desistir dela.
— Bom...boa noite!
— Boa noite.
Sai e logo desci as escadas, a esta altura eu amava demais descer as escadas. Não sei, mas quando chegava de noite minha energia aumentava demais. Eu ficava feliz com isso.
Cheguei em casa, mas logo vi o carro do advogado na frente de casa. Não sabia qual a intenção, todavia eu também sabia que coisa boa não era pois quando Samuel aparece assim e ainda por cima durante a noite era porque algo estava errado, bem....algo estava muito errado.
Abri a porta e vi meu pai com um semblante totalmente triste, eu acho que ele entendia que esta notícia iria acabar comigo. Eu nem queria imaginar o que estava por vir, mas se fosse com um dos meus filhos eu preferiria não saber até amanhã de manhã.
— Filho vamos nos sentar é melhor vem.
— O que se passa? — me recusei. —Me digam caramba. É o Ferran ou a S/n não é?! Me digam bolas.
— Bem...não são eles, mas com toda a certeza não ficaram felizes em saber.
— Saber o quê? Falem logo porra.
Samuel me apresentou um papel do tribunal e eu estava ainda sem acreditar que Sebastian e Veronika me tinham feito isto, eles sabiam muito bem o quanto isto me magoava e com toda a certeza não sairiam vitoriosos desta vez.
— Marcaram para daqui a uma semana, 15 de maio senhor!
— Um dia após o aniversário da Gabriela? Meu Deus isto não.
— Calma, tudo vai sair como planeado. Foi uma pena que as provas tivessem sido queimadas no incêndio ano passado, na mesma altura que o senhor estava no hospital.
— Começo a achar que isto tem não ainda maior nisto tudo!!
— Senhor! — falou Samuel.
— Sim!
— Sei que o documento que continha a prova da paternidade foi destruído no incêndio e agora não mais podemos fazer. Ele não deixará.
— É! Eu sei.
Me frustrei completamente, coloquei minhas mãos sobre minha cara e num impacte de raiava gritei para mim mesmo o quão derrotado eu estava nesta altura. Eles ganhariam com toda a certeza, eles tinham mais provas do que eu, minha vida estava prestes a mudar e se Natasha....
Não! Ela não, a morena jamais me perdoaria se ele fosse mesmo meu filho e eu ocultei isso dela. Meus filhos não quereriam mais olhar na minha cara e tudo isto era culpa minha, eu devia ter pensado muito bem antes de fazer a asneira que eu causei.
Me sentei no sofá de vez e ambos foram para a minha frente, eu sabia que Samuel fazia o seu trabalho e apenas estava a me informar daquilo que iria acontecer. Merda! Isto era doloroso.
— Não podemos juntar provas de que talvez eles estejam a sabotar?
Meu pai a questioná-lo com algo tão concreto que apenas eu falaria? Bom.....as coisas haviam mudado, porém nunca pensei que fosse assim tão drasticamente.
— Será difícil senhor, precisaríamos de mais tempo em apenas uma semana nada podemos fazer.
— Compreendo!!!
— Eu já não compreendo mais nada. — me levantei. —Obrigada Samuel, obrigada pelo aviso.
O vi saindo minutos depois e logo subi para meu quarto. Eu precisava processar tudo isto sozinho e alguém me incomodando seria simplesmente horrível.
💄💋⚽️
Natasha Torres
09:09h - na casa de Ella à loja de brinquedos
Finalmente sábado! Não aguentava mais ver papelada na minha frente, era bastantes assuntos a resolver, mas por outro lado eu estava bastante feliz de que a empresa estava novamente no top 50 das melhores empresas do mundo, obviamente atrás da de António e das de Duarte. Eles eram insuperáveis.
Estava já há uns trinta e cinco minutos na casa de Ella a morena estava simplesmente radiante com a sua gravidez e convenhamos entrar o Mason na sua vida foi das melhores coisas que podia ter acontecido.
Levi estava no quarto vestindo-se junto a Alejandro. Eles iriam sair novamente, eles eram a melhor dupla eu diria....ambos gostavam um do outro e eles faziam muito bem a si mesmos. Talvez eles saíssem para passear com Zeus já que Gigi teve que ficar no veterinário por ter passado por uma cirurgia.
— Como vai a gravidez?
— Bem....bom, mais ou menos. De noite sinto umas pontadas no pé da barriga, mas acho que isso é normal eu falei com a Gabi e ela diz que também sentiu.
— Lexus deve estar esperançosa para sair devo ressaltar. Todos vão ser grandes amigos no futuro.
— Vão sim, não vejo a hora disso acontecer....mas por vezes eu só quero que o tempo passe devagar, eles crescem tão rápido.
— Isso é verdade! Ainda me lembro quando vocês eram pequenos até Emma. Agora ela já está com quase um ano de idade.
— Verdade!! — sorrimos uma para a outra. —A Emma entrou na sua vida no momento indicado. Ela é a luz da sua vida.
— É ela é.
— Mamãe Natasha!!!!!!!
Levi correndo me abraçou ainda sentada no sofá. Ele estava bastante bonito devo ressaltar, Alex tinha boa escolha na roupa e sempre o ajudava quando precisava, mas pela roupa devia achar que eles iriam para uma trilha no meio da floresta.
Levi pede para ir a cada sítio que até eu por vezes tenho até medo que ele vá. O pequeno ainda pequeno para pensar 100% em sítios tranquilos e não em sítios onde teria até talvez animais selvagens.
— Vamos para uma trilha na floresta, vai ser divertido.
— Juízo viu meninos, não aparecem aqui com machucados.
— Nós? — riu. —Nunca! Brinquinho da vida né titio Alex? Zeus irá connosco.
— Exato, nada vai acontecer voltaremos antes de anoitecer.
— Onde vão comer?
— Tem comida no carro, nós ficaremos bem fiquem tranquilas.
— Quero notícias quando chegarem lá. — era Ella se levantando. —Aliás eu também irei sair.
— Nós vamos! Vamos a uma loja de brinquedos. Adeus crianças.
Entrei na brincadeira. Eles seriam para sempre as melhores pessoas da minha vida, eu os tratava como filhos, eles eram anjos que me ajudaram na pior fase da minha vida e com toda a certeza eu não tinha nada a esconder quando era demonstrar os meus sentimentos por ele.
Nos despedimos deles e logo entramos no carro em direção á loja. Já fazia algum tempo que queria comprar novos brinquedos para a pequena, ela simplesmente tinha o dom de os partir ou os estragar nem sei como, mas sua promessa era exatamente isso.
— Mason quer comprar uma bicicleta para a Lexus mesmo sem ela ter nascido! Ele deve ter batido com a cabeça, ele não está bem a ver o que causará quando Levi a vir.
— Mason será um excelente pai, já o é com Levi e com Lexus será a mesma coisa.
— É! Eu sei.
Ella havia melhorado bastante nestes anos, talvez a pandemia lhe fez bem. Ela evoluiu em um nível totalmente absurdo, ela já não era mais a mesma que tinha saído do hospital um mês depois de tudo. Mason com toda a certeza a veio salvar quando ela mais precisava e fazia de tudo para que ela se sentisse aconchegada.
...
Finalmente chegamos. Eu amava conduzir, porém este calor era até insuportável, o sol era instantâneo e aparecia de todos os ângulos diferentes. Estacionei o carro na sombra e logo a morena me ajudou a tirar o carrinho de Emma, ela seria uma excelente mãe. Com certeza ela seria.
— Finalmente chegamos! Por vezes eu fico tão cansada que tenho que andar.
— Normal minha querida, já com a gravidez da Emma era a mesma coisa. Nesta reta final tudo é difícil.
— Pois é, mas o que a pequena aqui não sabe é que ainda falta dois meses. Terá que aguardar mais um pouquinho.
— Ela vai! Eu sei que sim. Bom, vamos entrar está imenso calor.
— Ainda bem que não existir muitas pessoas aqui.
— Aleluia.
Suspirei fundo e logo um ar fresco se fez sentir. A loja era o local ideal e o mais fresco para esta altura do ano, Alex também já tinha mandado mensagem a Ella a dizer que já haviam chegado. Tudo estava tranquilo.
Dei o carrinho de Emma a Ella e logo ela começou a andar pela loja vendo tudo e mais um pouco, mas se fosse pela minha filha em tudo o que ela tocasse ela teria que comprar. Seu pai tinha-a habituado muito mal.
— Amorzinho! Ella!!
Falando nele. Droga! Nem um minuto de paz eu tinha dele, mas eu acho que simplesmente ele fazia isto de propósito.
— Tio! Que saudades. Emma quer comprar tudo, ainda bem que o carrinho está no meio do corredor e não encostado ás prateleiras.
— Deixa ela pegar o que quiser, eu mesmo pago.
— Tu habituas mal a tua filha sabias?!
— Meu jeitinho. — veio até mim e sorriu.
Ele era irresistível, seu charme era absolutamente irresistível. Ele conseguia mesmo contornar a minha mente por uns instantes, eu era incapaz de decifrar o que ele sentia.
— O que vieste aqui fazer?
— Eu vou ali comprar algo para a Lexus, ficam bem sem mim e a Emma?
— Ficamos!
— Meninas.
— Amorzinho.
Damn it!
— Aliás! Leva o Enrique e o Miguel contigo.
— Tudo bem....eu levo. — sorriu.
António era terrível. Ele conseguia se tornar uma crianças mesmo nestes momentos. Então era por isso que Emma tinha este feitio de encrenqueira e de sapeca todos os instantes e horas.
Agora eu irei me vingar. Sou uma MENINA MÁ.
— Ontem me esqueci de te falar. Vi o Rafael quando fui comer a um restaurante com a S/n e o Matheus.
— ...
Olhei para ele sem entender nada.
— Nós falamos! Calma....nós apenas falamos e ele vai ficar longe. — sorriu. —Me dá um beijo agora vai.
— Não!
— Não? Amorzinho vá! Estamos em público.
— Sou uma mulher má agora, além do mais fiquei também a saber pelo teu pai que terá uma audiência de julgamento dia 15 deste mês, mas pensando bem, acho que nem irias referir isso. — peguei num brinquedo e segui em frente.
— Eu ia! Bem....no seu tempo claro mas eu ia.
— Hum hum!
Eu não estava com ciúmes eu apenas estava com....tudo bem eu admiti-o eu estava com um pouco de ciúmes. Tinha medo que António se aproximasse de Veronika e Sebastian se por acaso ele fosse mesmo filho dele e ela o fizesse apaixonar por ele.
— Estás com ciúmes?
— Eu?! António, António tens muito o que aprender.
Droga!
Me agarra no braço e logo me rouba um beijo em frente da Emma e de Ella! Ele era terrível sinceramente nem sabia o porque de eu ainda estar aqui falando com ele.
— Eu apenas te amo a ti! Ninguém me vai tirar de ti, eu juro.
— Jurar não vale anda neste mundo Torres! Devias já saber disso.
— Pessoas tem inveja do nosso amor. — ficou na minha frente tapando a visão delas.
Pegou em um peluche e logo me deu.
— Agora! Vamos dar isto para a nossa filha na maior alegria.
— Tu fazes isto para me provocar não fazes?
— Bem...Talvez sim, mas tirando isso eu te amo. Agora vem.
Me segura na mão e logo nos agachamos no carrinho em frente da pequena. Nós parecíamos ausências crianças quando tínhamos filhos perto, não julgo isso eles eram tudo. E ambos sabíamos que os preferidos de Emma eram os peluches.
O apresentamos e logo o abraçou. Ela era perfeita o raio da nossa vida era ela, a pequena vez com que Ella deitasse lágrimas pelo seu rosto.
— Agora somos felizes vês! Não é assim tão mau.
— Nós já terminamos a nossa conversa Torres.
— Já? Acho que não eu ainda nem paguei isso tudo.
— Pagar?
— Hum hum. Me deem cá isso. Pequena papai já devolve tudo bem?
António era mais crianças que as próprias crianças. Fomos até ele e logo saímos da loja, a pequena já estava com o seu peluche e não demorava muito para adormecer agarrada a ele.
17:40h - no parque
Ella passou o dia inteiro comigo. Eu amava que eu e Ella tivéssemos esses momentos, há duas horas atrás Vitor e Rebecca vieram buscar Emma na empresa e agora eu a morena estávamos apenas dando o nosso passeio de final de dia.
Ela precisava deste momento, ela precisava exercitar-se ainda mais quando faltava menos de dois meses para Lexus nascer. Digamos que Lexus já era uma bebé bastante amada e quando nascesse seria mais ainda. Sua mãe já transmitia uma energia perfeita e com toda a certeza a pequena também a teria.
O tempo passava a correr, estava ficando velha e os vendo todos a formarem família era maravilhoso. Antigamente queria que o tempo passa-se depressa, agora, agora isso é totalmente diferente. Depois que os conheci tudo mudou, minha vida girou em 360° graus tão rápido que até mesmo eu nem acreditava.
— Será que o Levi e o Alejandro estão bem? — a morena fez uma questão pertinente. —Eles ainda não telefonaram e já deviam ter saído de lá.
— Eles já devem estar a caminho e o trânsito talvez não ajude.
— É! Mas....
— Mas? Ella sério tudo está bem, eles estão bem além do mais eles vão vir cá sem nenhum arranhou acredita em mim...
— Maninha!!!! Mamãe.
A voz de Levi foi pronunciada ao fundo, viramos nossos corpos em direção ao som e lá estava o pequeno correndo até nós. O pequeno era aquele tipo de criança que podia-se falar todos os instantes e horas, ele tinha tempo e disponibilidade para tal coisa. O anjo da vida da ela sem dúvida é ele.
— Vimos muitos bichinhos! Tinha vários sapos e rãs no lago, mas não encontramos lobos.
— Lobos? Senhor Alejandro Balde Martinez me explica isso direito. — Ella se irritou até ficar vermelha. —Que conversa é essa de lobos hem?
— Lobos que lobos?
Apenas a mim me bastava rir na enrascada que Alex estava metido. Ele nos tinha confirmado que não havia animais perigosos para a zona em que iam, todavia no final sempre existia.
— Meu irmão falou.
— Falou?
— Acho melhor agora dizeres a verdade Alex!!
— Bem...sim existia, mas era mais afastado e eu não o levei lá. Calhava de eles sentirem o cheiro do Zeus, seria ainda mais perigoso.
— Acho bom que isso seja mesmo verdade senhor.
— É! Bom eu não sei, mas eu não queria que nada acontecesse ao Zeus né garoto? — Levi colocou seus olhos a brilhar. —Estamos seguros isso é o que mais importa.
— Nunca perdes a graça né pequeno? — falei.
— Não mamãe, além do mais quando daqui a pouco iremos buscar a Gigi no veterinário.
— Não mais precisam.
Tudo estava melhorando de facto tudo estava. Mason também havia aparecido aqui e eu não sabia de onde ele tinha tirado a informação de que aqui estávamos, porém acho que eu tinha uma ideia de quem tinha dito e essa mini pessoa estava correndo para ele nesse exato momento com Zeus a seu lado.
Eles amavam demais Mason, Zeus foi um presente de Mason para Levi e digamos que ele ama ou e agora eram inseparáveis. Grandes amigos eu diria.
— Gigi já está melhor vês. Está dentro da caixa transportadora para não apanhar novamente um resfriado.
— A pequena vai ficar bem! Né pequena?!
— Levi! Vem aqui amorzinho.
O chamei. Ele tinha uma tarefa enorme a ser realizada logo pela noite quando Ella fosse dormir, era mais um presente que eu daria a ela. Ela precisava disso, minha filha precisava disso, eu sabia que as dores dela durante a gravidez eram mais agressivas do que as outras gravidezes das meninas.
João ainda me pagaria bem caro pelo que ele lhe causou.
— Durante a noite vais dar este creme á tua irmã tudo bem?
— Para quê isso mamãe? Posso usar também?!
— Não é indicado a ti pequeno apenas a mulheres grávidas, diz para ela que é para colocar na barriga.....ela sabe a região tudo bem?
— Tá bom! Farei sim mamãe. — me abraçou. —Te amo.
— Eu também anjinho! Eu também.
Os ver felizes era a minha maior meta já conquistada. O trabalho árduo que tive que lidar para colocar novamente na cabeça de Ella que tudo finalmente estava bem foi bastante difícil, o caminho foi longo, mas deu bastante resultado. Comparado a antigamente a morena havia melhorado bastante, ela merecia a felicidade eterna depois de tudo.
Ambos eram alegria.
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