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I just want you close
Where you can stay forever
You can be sure
That it will only get better
No one, no one, no one
Can get in the way of what I'm feeling
No one, no one, no one
• No One - Alicia Keys •
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Frase do Capítulo:
-Fale uma pessoa que verdadeiramente amei.
António Torres, 2024
💄💋⚽️
• 2 semanas e 3 dias depois •
António Torres
08:45h - de casa ao Psicólogo
Insistiram tanto comigo que não tive outra opção a não ser ir à uma consulta com um Psicólogo. Jamais pensaria que iria chegar neste ponto, nunca pensei que tão mal eu ficasse que precisaria de ajuda para passar todos os meus problemas, os meus instintos e até os meus impulsos
Existia uma sensação estranha em mim. Meu pai ficou sempre comigo e a qualquer lado que iria ele iria junto, talvez se certificando com ele mesmo que eu não faria nenhuma loucura.
Já não visitava Emma e Natasha à mais de três semanas, bom....á três semanas não a via, por vontade minha mesmo. Eu não queria que ambas sentissem que eu estava morrendo por dentro que estava a ser um egoísta comigo mesmo por não querer ser ajudado. É! Talvez lá no fundo eu quisesse.
Estava arrumando as minhas coisas e em pouco menos de um minuto iria tomar o meu pequeno-almoço antes de sair de casa.Meu pai marcou esta sessão para mim, recusei-me a fazer isso....e jamais me vi indo a um psicólogo.
— Vai correr tudo bem vais ver!!
— Será mesmo? E se não gostar? Acho que vou ficar em casa.
— Nem pensar, o senhor vai nem que o obrigue a fazê-lo!!! — ouvimos a campainha. —Eu abro.
Minha mente recusava-se a receber tal tratamento, meu coração por outro lado estava alertando para eu o fazer. Nunca vivi em paz, toda a minha vida foi sempre complicada após o meu avô morrer....era ele quem me ajudava em tudo e agora estava mais difícil do que eu imaginava.
Me viro para trás e logo vejo Vitor, o moreno estava contente. Não sabia qual a razão, talvez por estar namorando....mas eu sabia que algo mais existia. Não conseguia de forma alguma decifrar os olhos de alguém neste momento. Era complicado demais.
— Tenho uma notícia bombástica! Estão preparados?
— Fala logo caramba não me mates de coração agora.
— Eu!!! Á Deus! Eu...eu vou ser papai.
— Quê!!! Já assim? Tão rápido?
— Sou um ás cunhado! Eu vou ser papai, meu Deus eu ainda estou sem acreditar. Eu acordei e Rebecca foi fazer o teste no hospital sozinha sem mim e quando voltou ela quase desmaiava contando.
— Natasha deve estar feliz. — falei.
— Parabéns ao novo papai Vitor. Vais ser um excelente pai, já o foste com Levi e agora a Emma também te ama muito.
— Bebés nossos são mais complicados do que dos outros. Será que darei conta?
— Claro que sim. — o orientei até á cozinha. —Vá! Senta-te aqui! Serve-te.
— Eu ainda estou a processa tudo. Eu realmente não estou a acreditar que seria papai. Eu! Papai! EU VOU SER PAPAI THOR! Amigão! EU SEREI PAPAI!!!!
— Serás um excelente pai. — meu pai respondeu. —Bebés só trazem alegria.
Vitor estava mais feliz do que eu, não era apara menos, eu sempre soube que ele queria construir família, porém ele sempre dizia mais tarde. A energia nele me cativava bastante, seu sentido de humor era estrondoso, ele era uma pessoa virtuosa.
O moreno sempre amou bebés, sempre brincou com eles e sempre se desenrascou bastante bem com as necessidades deles. Eu tenho a certeza absoluta que Vitor seria um excelente pai para os seus filhos.
Continuamos a comer e logo nos despedimos. Meu pai iria comigo nesta primeira consulta, talvez ele não entrasse, porém sabendo que ele estaria á minha espera do lado de fora do consultório dava-me uma energia positiva.
Meu pai me avisou que o percurso era bastante curto e não demorou menos de 10 minutos para lá chegarmos. Eu estava relutante, ou seja, minha mente lutava contra o meu coração para não ir, todavia eu sabia que esta era a melhor coisa que eu podia fazer neste momento.
Nos sentamos na sala de espera e não deu nem cinco minutos adentrei após o médico me chamar. Eu estava tenso, minha face mudou e meus olhos ficaram atentos a tudo e mais um pouco. Me sentei na poltrona e logo cruzei meu braços, de certa forma eu não queria estar ali.
— António Torres, correto?
— Sim! Eu próprio. Não queria estar aqui, mas insistiram tanto comigo que não tive outra escolha.
— Fizeram bem eu fazê-lo! Me conte o que o trás aqui?!
Nem eu sabia o que me trazia aqui, em alguns aspetos eu sabia, todavia eu estava relutante e não queria colocar a minha vida nas mãos de outra pessoa, porém eu sei que este é o trabalho deles.......AJUDAR pessoas.
— Minhas atitudes no dia à dia! Querer resolver os problemas sozinho, mas no fundo eu sei que não o consigo fazer e estar sempre a discutir com a mulher que amo.
— Vamos por cada ponto! Feche os olhos e me conte.....me conte o que sente quando se vê nessas situações. Imagine que está lá e me conte exatamente o que o seu corpo lhe transmite.
— Quando penso em tudo o que fiz de mal e não ter remediado os problemas do passado sinto raiva, fúria e tristeza por não ter sido uma pessoa melhor.
Eu não queria continuar a lutar contra meu interior, porém eu sabia que era a melhor coisa a se fazer neste momento.
— Já quando de alguma forma discuto ou alteio a voz para a mulher que amo, a minha esposa eu me sinto mal....uma vontade enorme de bater em mim próprio e uma dor que não consigo em palavras descrever. Eu tento remediar as coisas, mas no fundo eu não consigo fazer tal coisa.
— Pode abrir. Vamos fazer o seguinte exercício todos os dias tudo bem?
— Claro.
— Quando se sentir a ponto de explodir perante as pessoas, relaxe, conte até dez e tentei se afastar pelo menos uns trinta segundos para que seu corpo reaja da mesma forma e controle todas as emoções e pensamentos ruins dentro de sim.
— Tudo bem.
— Quer me contar algo mais que o aflige? Algo do seu passado?!
— Se falar do meu avô é mau?
— Ele foi importante para o senhor e de alguma forma a sua partida precoce o abalou?
— Sim!!
Assentiu com a cabeça e comecei a contar o quão extraordinário tinha sido o meu avô. Meu avô Matheus para mim foi alguém na minha vida que me ajudou, que me conseguiu colocar direito perante o mundo dos negócios e acima de tudo uma ajuda enorme quando eu me apaixonei. Sua partida doeu e ainda dói até hoje, não tanto como antigamente devo ressaltar.
— Seu avô morreu de que forma?
Nunca tinha falado deste assunto a ninguém. Eu estava no mesmo local que ele quando ele morreu, o ver morrer foi a pior coisa do mundo.
— Acidente de carro, estava bastante escorregadio e de repente o carro começou a deslizar e acabou por embater nas rochas fazendo com que a parte da frente do carro ficasse totalmente desfeita. Ele ainda tinha muito a viver, ele morreu bastante novo.
64 anos! Ele era jovem, ele era um jovem quando estava comigo. Ele me ajudou em tudo e mais um pouco. Eu me senti horrível naquela época, eu me senti com uma mágoa enorme quando ouvi os médicos a dizerem no local que não mais podiam fazer. Eu desabei, eu simplesmente desabei no chão.
— Sente-se melhor depois de desabafar esse assunto comigo?
— S-sim!
Na verdade eu me sentia mesmo, guardar isto todos os anos da minha vida foi um erro. Nunca o voltarei a fazer.
— Bom! A sessão de hoje está terminada, para a semana haverá e vamos reduzindo até o senhor achar que acha bom.
— Tudo bem! Muito obrigada.
O cumprimentei e logo sai do escritório, meu pai na mesma hora se levantou para saber as novidades, bom...não havia. Eu simplesmente quis me manter firme e foi o que fiz. Eu consegui o impossível desde o início de 2024z
— Podemos ir ver a Natasha e a Emma á empresa? — o surpreendi.
— Claro! Claro que sim.
11:00h - na empresa de Natasha
Eu já estava melhor, minha face e meus olhos haviam melhorado ainda mais depois de ter falado um assunto complicado até para mim. Meu avô ainda estaria vivo se tivéssemos tomado cuidado, eu ia no carro atrás naquele dia....12 de fevereiro de 1997. A pior dor e o pior dia da minha vida!!
Logo chegamos e logo vimos Emma vindo na nossa direção engatinhando, meu pai a pegou e começou a brincar com ela. Ele amava as crianças, ou seja, ele amava os netos.
— Torres?! Sogro? — se surprendeu. —Não vos esperava aqui. Venham, vamos para a minha sala.
— Vim dizer-te uma coisa!! Eu fui....lembraste que eu comentei com o teu irmão sobre ir a um psicólogo ver se melhorava? Pois é, eu fui, hoje eu fui na minha primeira sessão. Eu irei melhor por ti!!! Por mim!!! Por nós amorzinho.
— Que bom Torres. Aliás já sabem da novidade?
— Que Vitor será pai? É ele nos informou hoje de manhã. — era meu pai. —Aliás não o vi? Ele não veio?!
— Acho eu nem virá pelos próximos dois dias depois que descobriu a notícia.
— Ele merece....de facto ele merece.
— Pelo que eu pude observar a Rebecca está! O que Vitor andará a tramar?!
Era uma questão pertinente. O moreno nunca saiu de perto da sua irmã para nada desde que eu o conheci e de um momento para o outro a abandoava assim sem mais nem menos, algo não cheirava bem, tinha medo que ele estivesse em perigo.
— Que tal fazermos um jantar para comemorar? Irei telefonar ao Vitor depois que sairmos daqui.
— Ele amaria isso, além do mais pelo que eu conheço o meu irmão ele já deve estar a contar para meio mundo.
— Deve estar mesmo. — ouvimos porta a bater. —Vitor!!! Estávamos agora mesmo falando de ti!!!
— Espero que coisas boas.
Ele trazia um monte de sacolas de lojas de bebés em suas mãos, o moreno não perdia nem um minuto do seu tempo. Ele estava mais empolgado do que a própria mãe que gerava a criança. Rebecca e Vitor mereciam esta benção, ele passaram por muito e este bebé iria devolver-lhe a verdadeira felicidade.
— Nunca perdes tempo.
— Não me contive cunhado. Tinha tantas coisas bonitas que não consegui!!!
— Ainda bem que ainda é tudo neutro imaginem só quando descobrir o sexo.
— Acho que a partir daí ele não parará nunca. — Natasha o acarinhou. —Tens que ter calma, se não não dará pra esperar. Descobriste hoje que ele ainda tem duas semanas imagina esperar nove meses.
— NOVE MESES??? — se assustou. —Ah Deus eu vou morrer.
— Que dramático. Vai passar rápido vais ver, quando menos esperares ele estará contigo.
— Vitor está incomodando? — Rebecca apareceu. —Vitor! Meu Deus.
A morena começou a rir de desespero com a enorme quantidade de sacolas que existiam em cima do sofá. Emma estava explorando tudo e mais um pouco, acho que tínhamos outra pessoa empolgada como o pai do bebé. Com toda a certeza, Emma e o priminho ou priminha seria bastante unidos.
— Alguém aqui está grávida? — S/n apareceu. —Mamãe? A senhora e o papai se resolveram e não me contaram?!!
— O quê? Não não querida, estas roupas são do papai do ano.
— Vitor vai ser papai? Parabéns Vitor!!! — o abraçou.
S/n e Vitor tinham uma amizade de outro mundo, sempre o tiveram e ninguém podia desfazer o que foi para ser. Ela estava contente, pois ela sempre disse que Vitor tinha bastante a cara de pai. Agora seu sonho se concretizou.
— Deixem só o mundo todo saber! Imagina o Levi saber disso. Ele vai enfartar ao descobrir.
— Vai mesmo filha.
— Imaginem só o bebé nestas roupinhas? Ah Deus já estou imaginando isso.
— Vocês estão apressados. — meu pai inclinou a cabeça rindo. —O tempo passará como deve passar o que temos que fazer agora é relaxar.
— Se eu conheço o meu namorado. Nossa! Nunca pensei dizer isto, bem...se eu o conheço bem ele contará todas as semanas restantes.
— Faltam 38 semanas e três dias! Nunca irei esquecer.
— Vamos todos com calma, tudo tem que acontecer no tempo que ele pede.
— Meu pai tem razão!
Wow! Nem mesmo eu imaginei que diria algo desta forma, o tempo mudaria bastante. Eu iria mudar daqui para a frente eu tinha a certeza disso. Meu coração até já tinha acalmado e minha mente estava mais relaxada.
Eu estava SATISFEITO.
— O jantar pode ser hoje na sua casa papai, é a maior assim os animais vão todos juntos. Até a branquinha, a Sophia não a larga para mais nada.
— Será bom! Será boa essa comemoração o problema é o Vitor aguentar até contar como ele e a sua boca grande são vai ser difícil.
— Eu o controlo fiquem tranquilas, porque se não ele não ria mais ver a Emma durante os restantes nove meses.
— Ah hermanita não me faças isso eu morro sem ela. Pequena titio não dirá porque te ama tudo bem?
Acariciou a sua cara.
Vitor era um homem magnífico, uma pessoa maravilhosa a acima de tudo um ser humano com um enorme coração e alegria para dar. Ele ainda iria viver por muitos e muitos mais anos e Emma e seu priminho ou priminha iriam conviver todos os dias da vida....convivendo como irmãos.
💄⚽️💋
Natasha Torres
18:20h - em Barcelona
Era uma noite de comemoração. Desde que soube que meu irmão ia ser pai tudo simplesmente mudou, nosso pai com toda a certeza estará orgulhoso de como eu era Vitor nos tornamos....formamos nossas família e agora estamos a continuar a geração que nosso pai nos deixou.
Estávamos prestes a sair de casa, Vitor não parava de um lado para o outro. Já tinha ido ao quarto umas cinco vezes desde que eu estava com Emma no carrinho pronta a sair de casa, Rebecca já estava vindo na minha direção e ele ainda continuava no andar de cima.
Meu irmão sempre foi impaciente e não sei como ele iria aguentar os nove meses de gestação de Rebecca, já os meus foram difíceis para ele e ainda bem que ele não estava muito comigo nesse tempo....o moreno só fazia viagens e mais viagens pela Espanha, mal me vinha visitar na época.
— Vitor caramba! Despacha-te. — gritei.
Já estava ficando entediada com a sua espera e digamos que Emma não parava nem um só segundo dentro do carrinho. Rebecca também já não aguentava a espera e com toda a certeza todo o pessoal já devia estar lá em casa.
— Conhecendo Vitor ele deve estar a passar o perfume, a ajeitar o cabelo, bem...o pouco cabelo que tem e a escolher umas sapatilhas. Ele ainda estava descalço quando desci.
— Eu vou lá!
Finalmente o vi descendo.
— Finalmente sim! Já eram horas, vamos embora vá.
— Calma calma hermanita!!! Provavelmente ninguém chegou, vamos com calma.
— Eu estou calma, agora vamos.
Vitor era complicado, Vitor era alegre, Vitor era vida, Vitor era energia e tudo mais. Meu irmão conseguia tem simplesmente cinquenta personalidades dentro dele era um absurdo isso. Ele sempre foi o meu maior suporte e agora estava ser o maior suporte de outra pessoa, ele amava demais Rebecca.
Eu sempre os deixava indo mais atrás, eles mereciam.
Entramos no carro e logo fui a trás junto a Emma enquanto os novos papais do ano iam nos bancos da frente. Distrair-me com a pequena era a melhor coisa que eu tinha a fazer no momento, meu irmão agora estava mais virado para outro patamar de sua vida.
O caminho foi uma autêntica alegria, logo chegamos ao condomínio e uma enorme quantidade de carros existia em frente da casa. Bom....S/n não errou quando disse que convidaria meio mundo, porém esses meio mundo era a nossa família, amigos que tratávamos como família. Ethan e sua família aqui também estavam.
Tirei Emma do carrinho e como já não mais existia espaço para o carro na garagem o deixamos fora do portão....Rute nos abriu o portão e logo adentramos. Bem....eu entrei, Vitor e Rebecca vinham uns metros mais atrás. Meu irmão com toda a certeza neste momento suava frio.
— Boa noite! — falei mais alto que todos. —Alguém sentiu a nossa falta?
— Mamãe. — as crianças me abraçaram junto a S/n e Ferran.
— Vê mamãe, minha gatinha! Ela é linda como a senhora. — a pequena Soso me abraçou a perna. —Venha vamos nos sentar enquanto o comer não está na mesa.
— Vamoe jogar um jogo! — António se pronunciou. —O jogo da força que tal, terão que adivinhar.
— Queres fazer as honras irmão? — falei perto de Vitor. —Vai coloca os espaços necessários.
Este seria um jogo engraçado devo admitir, e com a empolgação de meu irmão era ainda capaz de soltar a notícia antes do tempo. Não via Ella nem Levi....Mason tinha ido para Inglaterra e eles ainda não tinham chegado.
Fiquei preocupada, ontem a morena me avisou que começou a ter pesadelos novamente e tinha medo que ela tivesse feito algo mal.
— Não esperam por nós? — aparecem eles junto a Alejandro. —Nem para não avisar que chegaram mais cedo!! — acrescentou a morena.
— Titio Vitor!
— Pequeno Levi. Vem senta-te vamos jogar a um jogo interessante, cada um dia uma letra e eu vou colocando até formular as palavras tudo bem?
— Acho que devemos começar com os mais pequenos! Sophia és a primeira. — me pronunciei.
Era uma boa ideia de facto começar sempre pelas mais jovens, eles mereciam isso. Sophia estava tão empolgada que disse a letra "a", só três letras.
A palavra completa era "Eu vou ser papai". Eu que escolhi e era até mais prático com as palavras já que muitas dessas todos geralmente diziam.
Tanto Levi quanto Sophia era excelentes neste jogo, fico até surpreendida com isso, o pequeno também conseguiu com a letra "p" decifrar mais duas letras.
Mesmo eu, António, Duarte e S/n sabermos da notícia nós jogaríamos também. Dizendo obviamente parlavas que ali não estavam.
Tudo estava correndo perfeitamente, o tempo ia passando e cada vez mais perto de acontecer o grande anúncio. Eu estava ansiosa demais devo admitir, algumas meninas estavam a suspeitar, todavia nada diziam para não quebrar a sequência incrível que os meninos estavam a ter tentando descobrir o que de facto dizia.
— Não estou a acreditar! — pronunciou Ferran.
— Que foi Ferran.
— Pensem mais um pouco e já iram ver.
— Ver que?
— O titio Vitor vai ser papai? — Levi saltou de alegria. —Isso e verdade?! Eu vou ser um titio maior?!
— É pequeno tu vais. Vês que lindo!!!
— Isso é mesmo verdade?
— É!
Todos o abraçaram e logo S/n puxou Rebecca para o abraço. Ninguém estava triste neste momento e digamos que o pequeno Levi quase enfartava quando descobriu que seria tio maior do bebé de Vitor. Ambos tinham uma enorme coligação, Vitor para Levi era uma um pai....pai esse que Diego jamais conseguiria ser.
Eu estava feliz, meu coração se encheu de alegria e minha felicidade estava a mil. Vitor merecia demais esta felicidade e acima de tudo este filho, bem....Rebecca e Vitor mereciam.
Juntos eram inabaláveis.
— Vamos comer! O jantar já está feito venham. — tentei captar a atenção de todos. —Pessoal! — acrescentei falando um pouco mais alto. —Vamos comer, á meninas aqui que precisam comer mais.
— Vamos sim, não quero que minha namorada passe fome e muito menos meu filho.
— Ah Vitor! Que fofo. — Ella o abraçou indo para a mesa. —Vai ser um pai maravilhoso.
Dia Seguinte
10:55h - do parque á empresa
Um dia de sol eram os melhores dias, pelo menos para mim. Eu ficava feliz, Emma ficava mais alegre e convenhamos quando ambas estávamos felizes meu irmão até se abençoava. Estávamos andando pelo parque e Vitor empurrava o carrinho da pequena, ele amava estes momentos e eu sempre lhe dei essa oportunidade.
Os pássaros cantando, os patos nadavam e as crianças brincavam num parque mais à frente, talvez meu irmão fosse para lá. Ele gostava imenso de ajudar Emma a desenvolver-se mais rápido.
Emma, a minha pequena Emma estava com 8 meses.
O tempo passava a voar e eu que o dia, ainda parecia ontem que meu irmão era uma criança e agora está a ponto de completar 28 anos no final de junho. Eu o amava tanto mas tanto.
— Vou ali brincar com a Emma, fica aqui tranquila sentada que não vamos brincar muito né pequena? — o moreno se pronunciou e logo Emma ri.
— Juízo!!
— Nós temos né princesa?
Eles eram uma peça juntos. Em personalidade Emma sai muito a mim, já em questão de pedir coisas para os outros era a António, mas as baboseiras que fazia com o tio eu até às vezes me assustava.
Havia uma sombra por isso me sentei no banco mais á frente. O calor em Barcelona nesta época do ano começava a mostrar a sua verdadeira cara e mês que vem seria ainda pior, eu sempre realçava que a partir daí eu necessitava ficar em casa ainda mais com Emma.
S/n e Pedri sairiam em viagem na última semana do mês de Maio e eu aqui ficaria com minhas duas famílias. Famílias essas que eu tenho orgulho, todos eles eram perfeitos.
— Querida! — ouvi a voz de Rafael.
O moreno sentou-se perto de mim e os seguranças nada conseguiram fazer. Droga! Se António descobrisse que ele estava aqui ele me prenderia em casa com toda a certeza.
— Acho bom vocês não fazerem isso!! — ri ironicamente. —Como estás sem mim? Um desgosto autêntico não é? Eu soube, António não consegue se controlar.
— Não tens nada haver com a minha vida Rafael, não mais.
— Será mesmo? Emma esteve muito contente quando ela ficou comigo por um tempo, eu avisei para eles a devolverem a ti....mas parece que eles não fizeram o que mandei! Já os castigue por isso.
Olhei para ele totalmente magoada e amargurada. Ele não tinha sentimentos nenhuns com as pessoas isso eu já sabia, mas por bebés e crianças eu fiquei até admirada. Ele não tinha nada que fazer aquilo e muito menos tratar a minha filha como um "pacote descartável".
— Não deixei ninguém chegar perto da Emma. — virou a cara para mim. —Eu te amo Natasha!
— Adeus!!
— Nós ainda não acabamos querida.
— Nós acabamos sim, nós acabamos sim naquele dia em que querias abusar de mim como bem entendes. Tu e eu não temos nada mais. Adeus Rafael.
— Natasha!!! — fala entre os dentes. —Não te livras de mim tão facilmente. — me agarrou pelo braço.
— Hermanita! — Vitor aflito veio á cerca com Emma ao colo. —Esta tudo bem?
— Fala.
— Tudo! Tudo bem Vitor.
Rafael era aquele tipo de pessoa que não sentia remorsos das pessoas. Ele passaria por tudo e por todos para ter o que quer, nem que isso custasse a vida das pessoas e até os empregos.
Rafael nestes últimos anos tornou-se o maior traficante de drogas da Espanha e muitas pessoas já haviam ido parado ao hospital por causa disso, Thomas me confirmou isso. Eu fiquei totalmente assustada.
— Pai! — um menino de cinco anos aparece. —Podemos comprar aquele carrinho?
— Natasha, ainda não te apresentei, este aqui é o Jason meu filho.
— Prazer senhora! Muito bonita, meu pai sempre fala de si.
— É! Que bom...
— Vem Jason vamos embora. Estamos entendidos nós os dois?
— Estamos.
Suspirei fundo quando Rafael e seus companheiros estavam bem longe de mim. Enrique e Franco vieram ter comigo e me acalmaram pegando a garrafa de água que havia no carrinho de Emma, neste momento eu só precisava de paz......mas em nenhum momento as pessoas me queriam dar.
Vitor logo saiu e me abraçou fazendo com que lágrimas caíssem sobre meu rosto, Emma quis o meu colo e logo a abracei com todas as minha forças. Se algo lhe acontecesse novamente jamais me perdoaria, era inesquecível aquele terrível dia.
...
Já nos encontrávamos na empresa e Rebecca também já tinha vindo da sua consulta do médico. Vitor quis deixá-la ir sozinha já que não eram os ultra-sons que ela faria. Acho que a cada mês Vitor não largaria do pé dela a perguntar quando é a próxima consulta.
Vitor foi buscar um chá mais forte ao restaurante na frente da empresa e Rebecca estava com Emma brincando na sala ao lado, de última hora eu havia montado um pequeno cantinho para a pequena. Era estressante para bebés ficar muito tempo presos no mesmo local ainda mais da idade da pequena.
— Senhora! Posso entrar?
Enrique bateu à porta.
— Claro entra. O que desejas? Está tudo bem com a tua mãe? A tua tia?
— Está sim não era isso que vim falar!
— E o que seria?
— Desculpe não podermos intervir quando ele chegou, nós queríamos, mas não iria ser bom causar um alvoroço ali.....em frente ao parque das crianças.
— Compreendo isso, não os repreenderia por tal coisa. Além do mais o que passou passou, ninguém precisa saber.
— Sim! Mas eu.....bom.....eu senti medo! Eu sei o que ele lhe causou no passado e sei bem que ele poderá voltar a fazê-lo caso não esteja segura. A sua segurança é a principal para mim e para Franco.
Sorri ligeiramente para ele.
— Sei disso Enrique fiquei descansado a próxima fez que eu quiser fazer uma maluquice eu aviso.
— Que não seja necessário isso senhora. — inclina a cabeça. —Eu a amo.
— Enrique!! — me levantei. —Ja falamos disso, chega. Eu amo apenas um homem e não é porque estou nesta complicação com ele que irei fazer com ele o que bem me entende. Por favor.
— Compreendo! Bem desculpe, irei voltar ao meu posto. Até.
— Até Enrique.
Olhei pela janela e suspirei tranquilizando assim meu corpo totalmente tenso. Havia amanhecido bem e agora aconteceram coisas que me deixaram completamente tensas, era inevitável estas situações, todavia eu em momento algum consigo controlar o amor das pessoas................de homens.
— Hermanita. — entra. —Aqui o teu chá, comprei um para a Rebecca ela pode tomar este né?
— Pode sim, não vai fazer-lhe mal espero que não seja chá preto.
— Não gosto desse e acho que ela também não por isso um chá de cidreira fará bem nela né?
— Claro! Claro que sim.
— Está tudo bem mesmo?!
— Está porque não estaria?!
— Parece que viste um fantasma, a tua cara está diferente depois que viemos para cá.
— Nada não esquece. Vai vai lá dar o chá antes que esfrie por completo.
— Verdade! Já venho tá.
Vitor era um anjo em minha vida. Ele sempre estava disposto a fazer tudo pela pessoas que ama, eu nem lhe havia pedido um chá e ele na maior vontade desceu novamente de elevador e foi buscar,
bem...dois. Depois que ele descobriu que seria pai ele tem constantemente cuidado da alimentação de Rebecca.
Não consigo estar quieta e fui á sala de Rebecca, Vitor estava na maior graça e devo admitir. Se eu não os conhecesse diria que Emma era filha deles, eles tratavam tão bem dela que eu ficava admirada.
— Se eu não vos conhecesse diria que são uma família e Emma é a vossa filha.
— Achas mesmo? Isto sou eu demonstrando carinho nos meus dias mais calmos!
— Engraçadinho sabias. Para de ser chato.
— Eu não sou chato, eu apenas sou....
— Chato! — eu e Rebecca dizemos em conjunto e Emma começa a rir. —Ate Emma ri porque é verdade. — acrescentou a morena.
— Ela tem razão.
[...]
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