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António Torres
01:20h - no hospital
Eu estava destruído! Natasha não queria ver o mal que ela causou na Emma e por suas próprias escolhas causou mal á nossa filha, alguém que não tinha nada haver com os nossos problemas.
Emma estava já sem as máquinas perto dela e agora estava a ser apenas medicada. Já conseguíamos colocar a nossa mão em seu corpo, ela era tão indefesa e tão pequena que qualquer coisa que ela apanhasse era terrível. Eu me sentia impotente vendo tudo o que foi causado nela.
Natasha por sua vez já tinha falado com a polícia e Hannah e S/n estavam com ela agora no consultório da minha irmã. Ela estava tentar acalmar-se depois de tudo o que aconteceu, era ela e era eu aqui sentado no sofá.
Ferran não queria nem olhar para a minha cara, era terrível isto tudo. Eu tentava por tudo conseguir odiar Natasha, mas não resultava.....eu não sabia o que ela fazia que me deixava maluco por ela.
Era terrível!
— António Filho. Vem vamos ali tomar um café e comer algo na cantina. — meu pai veio á minha frente. —Ela está bem, as enfermeiras tomam conta dela e Natasha e as meninas vem já também.
— Não tenho vontade.
— Venha cunhado! Por favor. Emma ficará tranquila, já já ela também acorda. Venha.
— Tudo bem.
Me levantei e Ferran ainda havia ficado no sofá. O moreno não falava quando eu me dirigia a ele, eu insistia, mas nenhuma vontade dele querer colaborar comigo. Eu sei que fui um pouco precipitado em pedir o divórcio a Natasha e eu também sei que eles a amam mais do que a mim para ser sincero.
Natasha para eles era como uma mãe que nunca tiveram. Isso foi maravilhoso para o crescimento deles!!
— Vais ficar aí Ferran? — me pronunciei.
— Vem Ferran vem connosco um pouco, tens que comer para melhorar. Vá vamos.
Vitor falou para ele e ele se levantou. Droga! O problema era eu mesmo, andei mais na frente para não o incomodar e logo chegamos á cantina do hospital. Havia poucas pessoas por isso foi mais tranquilo para nós ficar descansados.
Peguei no meu café e logo me sentei na cadeira em frente da mesa da porta. Eu iria correr caso algo desse errado! Eu precisava estar atento a todos os perigos.
— Quanto tempo a Emma vai ficar aqui mesmo?
— Pelo que a Glória me disse uns dois dias mais. — era meu pai. —Ela vai ficar boa.
— Espero mesmo que sim!!! — me frustei e me inclinei na cadeira. —Agora é que ela não a vai ver mesmo.
Ferran saiu irritado da nossa beira e Vitor foi logo atrás dele. Eu acho que falar assim não era a minha intenção, porém foi a única coisa que me veio na cabeça.
...
Instantes depois eu e meu pai ouvimos um alarme a tocar era o "Código Rosa" bebé desaparecido, ou seja, podia ser Emma. Corri o mais depressa para o quarto em que ela estava e ela não estava lá, apenas S/n e Hannah que também haviam chegado á pouco.
— A Emma? Onde ela está me falem. Foi a Natasha? Foi ela não foi.
— Ei! Calma aí ok.
— Natasha tem medo que eu a tire! Agora é que eu vou tirar mesmo fiquem tranquilos.
— Para com isso. — era S/n já irritada comigo.
— O que aconteceu meninas? — meu pai tentou acalmar os ânimos.
— Nós viemos para o quarto há cinco minutos atrás e eu e Hannah tivemos que sair por um momento para buscar umas garrafas de água e quando voltamos nem Emma nem a mamãe estavam aqui.
— Foi ela eu sei! Ela vai me pagar caro.
Ferran, Vitor, S/n e Hannah me olharam com reprovação, havia fúria em seus olhos e se eu não terminasse esta noite de discutir Natasha podia ter a absoluta certeza que mais cedo ou mais tarde uma conversa com ela não faltaria.
Reunimo-nos com os agentes da polícia e os seguranças do hospital no gabinete da minha irmã para tentar fazer algo para a achar. Eu estava totalmente desesperado, meu pai me sentou e me oferecia garrafa que S/n lhe tinha dado. É, eu precisa de me acalmar o mais rapidamente possível.
— Procurem em todos os lugares até na ortopedia antiga! Ela poderá está lá. Encontrem elas agora. — minha irmã os ordenou imediatamente.
Eu não podia ficar aqui parado, eu simplesmente tinha que fazer alguma coisa por isso fui com Vitor e com mais três seguranças e três agentes da polícia fazer buscas. Eu não iria acalmar até achar a minha filha, não iria.
— Ela vai aparecer não vai? Vitor!!
— Elas vão! Eu prometo isso.
Eu apenas me limitava a querer minha filha, desta vez Natasha havia errado demasiado agindo desta maneira comigo.
(...)
Thomas
Estava vendo uma paciente quando de repente soltaram o chamado "Código Rosa", ou seja, bebé desaparecido á uns quinze minutos atrás. Fiquei aflito no mesmo instante pois eu sabia que os meus tios estavam aqui com Emma curando ela de uma gripe severa que a pequena havia apanhado.
Decidi ir ao meu escritório buscar o meu telemóvel e no meio do caminho me deparo com vários seguranças andando de um lado para o outro. Entrei e logo fecho a porta, algo estava estranho, meu escritório estava remexido e o pano da Emma estava aqui.
Olhei atrás do grande armário e lá estava Natasha segurando a pequena com todas as suas forças. Desde que Natasha chegou aqui ao hospital eu observei que ela não estava bem, algo nela estava diferente, não era a mesma que eu conhecia.
— Tia! Ei, tudo bem eu não vou fazer-lhe mal eu prometo. — se encolhe.
Ativei o alarme silencioso para aqui virem.
— Eles vão tirar ela de mim! António vai tirar ela de mim, eu não quero. Thomas me ajuda, Emma é tudo para mim.
— Ninguém vai tirar ela de ti tia, eu prometo isso, mas agora a Emma precisa ser medicada. Por favor, me dê ela!!
— Não! — grita fazendo Emma chorar ainda mais. —Ela é minha! Minha filha, minha preciosidade. Ninguém a vai tirar de mim.
— Ninguém vai eu prometo vá tia, me dê a Emma.
Os seguranças logo chegaram e Natasha se levantou protegendo ainda mais Emma, talvez a abraçando com ainda mais força. Ela estava irredutível e nem queria mais olhar para nós, António e Vitor estavam entre os seguranças.
— Tia! Por favor, sei que é complicada a situação que está a a passar e tudo mais, mas a Emma tem que receber cuidados....ela só está a piorar. Vá!
— Não! Eles a querem tirar de mim. Eu não vou deixar.
— Droga Natasha me dá a minha filha!! — António se exaltou. —Assim é que eu vou tirar mesmo.
— NÃO!!!!
— Tio assim não! Me deixe falar. — o acalmei. —Natasha olha para mim, desde que entraste no hospital estás diferente. Sei que passar por um evento traumático recentemente possa afetar o teu psicológico, mas assim não resolves as coisas. Vá tia, me dá a Emma....ninguém a vai tirar de si eu prometo.
— Hermanita, ouve ele, nós só queremos ajudar, todavia agora a pequena precisa de cuidados.
— Thomas. — deu um passo em diante. —Cuida dela! Só tu por favor.
— Eu prometo que sim.
Peguei em Emma e logo os agentes da polícia algemaram Natasha. Eu não queria isso, ela não era assim e tinha algo nela que eu queria descobrir. Todos estavam tensos mas mesmo assim não tinham o direito de a tratar assim e nem António queria saber disso.
— THOMAS! Tu me prometes. Não!!! — se remexe. —THOMAS.
Dei a Emma a Alice e logo a levaram para a UTI pediátrica do hospital onde lá estavam Ferran e S/n á espera dela. Eles talvez não quiseram vir para não amontoar mais pessoas.
— Ei! Larguem ela.
— Doutor, ela está presa, sequestrou uma criança.
— Aquela criança é filha dela. Soltem a minha irmã agora!!
Meu tio não fazia absolutamente nada.
— Tio! Vai prestar queixa?! Isto não precisa vir a público não é mesmo?!
— ...
Natasha o olhou com um olhar de choro. Ela realmente tinha errado sim, todavia não era ela que estava a agir, seu estado era de imensa irracionalidade.
— Não! — falou e logo saiu dali.
— Venha Tia! Vamos ali tratar de si, vem connosco Vitor.....ela precisa de ti.
(...)
Voltei para perto de Emma e agora não mais sairia de perto dela. Não iria deixar mais ninguém magoá-la, ela já estava mal e se ela não tivesse piorado neste meio tempo foi porque Deus não deixou.
Fui para perto da pequena e com minha mão peguei na sua a acariciando. Seu ritmo cardíaco havia tranquilizado neste momento, sua cor de pela estava mais cheia de vida. Ela ia ficar bem logo, eu sabia que sim.
04:00h - no hospital
Horas passando e gente vinha e voltava para o quarto, S/n e Ferran já tinham regressado e apenas estava aqui Hannah comigo. Meu pai também tinha ido, eu fiquei sozinho, já não mais ninguém se interessava comigo.
— Olha quem chegou novamente pequena! — Vitor fala baixinho. —Mamãe chegou.
Vi Natasha e Thomas logo atrás e logo retornei o meu olhar para Emma. Ela sim precisava de mim, não Natasha, seus atos poderiam ainda ter-la prejudicado mais e mais.
Eu não tinha dormido absolutamente nada! Eu estava exausto mas ver que Natasha estava perto de Emma novamente fez com que meu corpo ficasse ainda mais alerta.
— Tio podemos falar a sós? — Thomas me colocou as mãos nas costas. —É rápido, por favor.
— Não quero!
— Tio!!!
Ele era a autoridade aqui e mesmo eu sendo muito mais velho do que ele eu tinha que o obedecer, era assim que acontecia. Quem mandava era ele, apenas ele.
— O que aconteceu de facto? Natasha está um caco, sua saúde também não está bem.
— Problema dela! Que não agisse como uma criança, agora minha filha está assim.
— Vossa filha! Caramba tio, não queres passar pelo menos, mas fazes com que passes. Vais mesmo fazer com que Emma cresça sem mãe como Ferran e S/n cresceram? Não seria justo para ela!!!
— Eu aqui é que sei o que acho justo para a minha filha! Não tu.
Minha filha! Minha educação! Emma era tudo para mim neste momento.
— Tio! Nós não vamos deixar isso acontecer, nem tente.
— Isso é o que veremos nós.
Retornei para o quarto e Natasha beijou a testa de Emma e logo sentou-se no sofá. Hannah foi ter com ela enquanto eu ficava perto da pequena, Vitor já estava chateado comigo e também não era para menos.
Natasha para ele é como uma mãe e qualquer coisa que lhe acontecesse atingia também a ele. Era desolador ver ele neste estado.
Passados dez minutos olhei para o monitor e os batimentos cardíacos da pequena estavam a cair já drasticamente até que a máquina começa a tocar fazendo com que todos nós ficássemos preocupados. Natasha abraçou- se a Emma e começou a chorar, sua única utilidade agora era essa.
TUDO DESABAVA!
Os médicos entraram no quarto com as enfermeiras e logo fomos obrigados a sair, Thomas e Glória vieram logo ter connosco. Todos estávamos desesperados e a tremer, não queríamos que Emma passa-se para uma pneumonia, isso seria terrível.
Controlaram a situação e logo deixaram Thomas e Glória entrar fechando novamente a porta. Algo bom não era eu sentia isso, Emma agora estava correndo risco de vida!
— Temos notícias! — o primeiro médico falou. —Não muito boas.
Olhei pra Natasha zangado e logo a moreno retornou o seu olhar para Thomas.
— Emma está com o início de uma pneumonia! Eu sinto muito, ela terá que ficar no hospital por uma semana.
— Vamos dar a medicação e fazer todos os cuidados com ela, mais tarde voltaremos para vos explicar como devem dar banho e amamentá-la tudo bem?
— Obrigada doutor! — Vitor o cumprimentou.
Voltamos para o quarto.
— Oh pequena! Papai está aqui, nada vai acontecer enquanto eu aqui estiver eu prometo.
— Torres! — a morena se dirigiu a mim. —Podemos falar?
— Não tenho nada o que falar se me deres licença.
— António.
Chamou mais uma vez por mim, mas eu não quis saber. Ela agiu errado e agora estava sofrendo as consequências como eu estava, todos estávamos sofrendo pelos atos dela.
💄💋⚽️
• 1 semana depois •
António Torres
07:40h - em Barcelona
Emma havia voltado para casa, não para perto de mim, mas junto a Natasha e a Vitor. Eu fiquei totalmente chateado com a atitude de todos agindo desta forma comigo e não lhes serviram os avisos agora a história mudaria completamente.
Emma viria comigo para casa, ontem pelo noite mandei mensagem a Samuel, o advogado da família para adiantar os papéis do divórcio e os papéis da guarda da pequena. Emma jamais sairia da minha beira novamente.
Sai de casa e fui me encontrar com Samuel no parque da cidade, a este horário havia lá pouca gente e ninguém precisava de facto saber o que realmente estava acontecendo por trás de tudo.
Não acho nada justo separar os filhos das mães, todavia á sempre motivos pelo qual elas não conseguem os manter. Núria vivia viajando e Natasha fez de tudo para que a minha confiança nela fosse quebrada depois de 12 anos juntos.
Cheguei ao parque e logo me sentei no banco perto do lago, era o local mais vazio e contando com tudo o tempo hoje em Barcelona conseguiu a sua maior conquista, fazer sol depois de um mês inteiro chovendo.
Já havia tirado os seguranças de proteger Natasha, como Vitor não me fez nada por isso ele ainda ficava com eles.
— Bom dia senhor!! — Sam apareceu.
— Bom dia, sente-se por favor.
— Já tem aí os papéis?
— Tenho sim, tudo como o senhor pediu e tem uma alínea a dizer que como Emma ainda não completou um ano ela passará todos os fins de semana com Natasha.
— Ótimo! Ótimo!!
Eu não era tão ruim assim, eu podia estar a agir desta forma querendo proteger a minha filha, mas eu sabia o quanto Emma amava Natasha e Natasha a amava.
— Quando tudo estiver assinado iremos agendar para colocar como público obrigada Samuel.
— Tem mais um papel senhor!
— Papel?
— Sim sua mãe deixou uma carta, acho melhor ler antes de entregar.
— Tudo bem! Obrigada.
— Nada.
Me retirei e logo entrei no carro, dirigi até ao prédio onde Vitor vivia e logo deixei o carro fora. Não me limitei nem a tocar na campainha para ele abrir a garagem....não estava disposto a ouvir uma bronca dele.
— Pai! — S/n falou ao fundo. —Que porcaria é esta hem? Porque Franco hoje está comigo?! Porque ele não está com a mamãe?!
— Natasha não passará mais a ser tua mãe, perdeu a minha confiança e agora está a arcar com as consequências.
— Chega! — me travou. —Não podes fazer isto, não podes simplesmente desistir de tudo o que construíram. Não podes.
— Quem sabe da minha vida sou eu! Agora se me dás licença.
— Nós ainda não terminamos.
Veio atrás de mim e queria por tudo ter uma conversa comigo, era irredutível e eu não podia simplesmente brigar com ela. Era injusto para a morena pois ela não tinha culpa do que estava a acontecer.
Bati na porta e logo Natasha abriu-a. A morena se assustou e logo se desviou para trás para nos deixar entrar. S/n não se calava um só segundo e já estava a começar de um jeito absurdo.
— Vim buscar a Emma!
— Não podes fazer isso, António por favor não me faças isso. Ela não! Eu prefiro mil vezes perder a empresa do que ela, por favor. — implorou perto de mim. —Não deixa ela! António!!!!
— Tira a mão.
Estava furioso.
— Pai não! Para.
— O que se passa aqui?! — Vitor apareceu na porta de entrada. —Onde pensas que vais com ela?!
Me fez frente e em nenhum circunstância os três me deixavam sair. Era avassalador esta situação, chamei Lopez e Miguel e logo o moreno apresentou o papel da guarda de Emma a Natasha.
E foi neste momento que o mundo de Natasha desabou.
— Não António eu imploro! Por favor eu faço qualquer coisa, eu mudo, eu me arrependo, mas ela não por favor.
— Tarde demais.
— Para pai! Não é justo isso! Vamos supor que o Pedri fosse teu filho e não eu e nós tivéssemos na mesma situação que vocês e Matheus ficasse com ele. O que o senhor diria?
Fiquei sem palavras. S/n me colocou entre a espada e a parede, suas palavras eram corretas e objectivas e de certa forma bastante acertadas neste momento.
Tudo havia mudado em mim. Natasha morria por dentro e apenas Deus podia ver isso, Emma era tudo para ela.
— Me fale porra!!!
— Temos que ver as duas partes, mas se tu errasses o Matheus seria do Pedri já se fosse o contrário Matheus seria teu. Melhor agora?!
— Dá ela António! Tu não queres isso, eu sei que sim.....por favor cunhado.
— Podem me chamar de qualquer coisa, mas nunca digam que eu não te amei. Tu és o homem da minha vida, o pai da minha filha e o amor da minha vida. Não me faças dizer que eu não te amo porque isso é mentira.
— Acabaste? Ótimo agora se me dêem licença. Lopez, Miguel peguem nas coisas de Emma mais tarde por mim por favor.
— Senhor!
— Eu já falei! — alteei a voz assustando a pequena. —E não me encham mais a cabeça.
Sai de casa e todos vieram atrás de mim. Lopez e Miguel tentavam trava-los, mas eu sei que Natasha neste momento e quando era pelos filhos ela lutava com todas as suas forças para se libertar e era isso que estava a acontecer. A morena pegou no meu braço no fundo das escadas e colocou-se em frente da porta.
— Por favor! Pelo menos deixa-me despedir dela.
— Pai! — S/n estava zangada. —Vai por favor.
Eu queria chorar neste momento, eu estava chateado demais com Natasha para a amar direito. Eu não deixaria de a amar.....mas saber que ela errou foi a pior coisa para mim. Ela sabia disso.
— Oh pequena! Mamãe vai visitar-te eu prometo tudo bem?! Fica bem, vais só uns dias com o papai. Eu te amo muito pequena. — Emma sorriu para Natasha.
— Mamã!
Com sete meses Emma disse suas primeiras palavras, não foram bem ditas, mas "mamã" foi a única palavra de amor que ela disse.
Natasha encheu-se de esperanças neste momento, todavia não por muito tempo sai do prédio e logo entrei no carro. Agora eu teria que trabalhar e levar Emma comigo era a melhor coisa do universo. Ela amava demais ver as coisas.
(...)
Autora
S/n se despediu de Vitor e de Natasha e logo seguiu seu pai no carro atrás. Pela cara da morena a conversa não seria nada boa, já Natasha estava completamente sem chão.
Vitor a levou para o apartamento e a colocou no sofá e logo buscou uma água para sua irmã. Neste momento Natasha precisava se acalmar se de alguma forma queria sua filha de volta. Ela teria que fazer isso pela pequena.
— Pega vai fazer-te bem.
— Dói irmão, dói!!! — fala com uma voz ofegante. —Ela não, porquê ela.
Vitor a abara ou é logo começou a acariciar levemente sua cabeça e suas costas tranquilizando assim sua irmã.
— Nós vamos resolver isto eu prometo-te isso.
— E se não der certo! António fez de propósito, já não basta pedir-me o divórcio e agora faz-me isto. Faz isto á nossa filha. Emma.....ela não consegue viver sem mim.
— Vem! Vem aqui vem. Deita aqui, vamos.
Natasha se aliviou após deitar no colo de seu irmão. Estes eram aqueles momento onde ambos tinham uma conexão tremenda.
(...)
Finalmente já tinha chegado ao CT do Barcelona, estacionei o meu carro e logo tirei Emma do carro. S/n travou a minha mão na mesma hora.
— Não podes simplesmente resolver do dia para a noite fazer isso. Natasha ano tem culpa de que as coisas acontecem de repente. E aliás foi Rafael quem mandou sequestrar Emma, ele a queria como filha.
Meu mundo caiu! Ouvir aquilo foi uma enorme decepção, não estava preparado para ouvir tais palavras e eu também sabia que minha filha fazia isto apenas para me irritar ainda mais. Digamos, colocar as coisas na minha cara.
— Sai para lá S/n! Não quero discutir contigo e muito menos te deserdar por falta de respeito.
— Podes fazer isso, não me importo com nada. Agora pensa bem, vais perder todo o mundo agindo desta forma....ouve o que eu te digo.
— Teu irmão já me colocou isso na cabeça obrigada pela informação.
Me desenvencilhei dela e logo subi para o campo de treino. Acho que desta vez iria ter um pouco de sossego, bom pelo menos por enquanto as meninas estavam aqui para acompanhar o treino.
Mais perguntas neste momento eu não queria.
— Tio?! — Hannah estranhou eu estar com Emma. —O que a pequena faz aqui?
— Emma agora está comigo. A guarda dela será minha.
— Vem prima não adianta em nada falar com a cabeça dura do meu pai. Vamos ali para cima!!
S/n gostava imenso de me provocar era simplesmente a melhor qualidade que a morena tinha em suas posses
O treino já estava quase acabando, faltavam poucos minutos. Hoje Ferran não tinha vindo por ter tido bastantes dores durante a noite, este estresse todo não fazia nada bem a pessoas que haviam realizado cirurgias nem á menos de um mês.
Logo voltei para casa á quinze minutos e pelo caminho todo Emma não parava de chorar, tentei colocar a sua música favorita e durante um tempo havia resultado, a pequena segundos depois começou a chorar. Não sabia o que era, quando saímos troquei lhe a fralda e também não era comer....ela tinha comigo frutas quando via os meninos treinarem.
Droga! Estava a começar a desesperar. Telefonei a Thomas e avisei que a pequena não parava de chorar, ele chegaria aqui em dois minutos. Ele estava perto do condomínio, mas ouvir minha filha chorar por mais dois minutos era avassalador.
...
— O que se passa de facto tio? — Rute abriu a porta a Thomas que logo veio acompanhado de Ferran e S/n e Matheus. —Me dê a Emma deixe-me avalia-la aqui mesmo.
— Tudo bem.
Thomas a observou e não era dores e muitos menos uma nova gripe. Eu já não mais sabia o que fazer, não eram cólicas e muito menos a fralda suja e até fome. Só restava apenas uma coisa!
— Que tal chamarmos a mamãe, talvez ela sinta falta dela. — é S/n.
— Mamã! Mamã.
— Vê pai! Ela quer a mãe, Emma nesta fase precisa dela e não ficar longe dela. Por favor pare de ser tão duro consigo mesmo.
— Tudo!! Tudo bem. Mas só por um pouco.
— Ótimo irei buscá-la! Até.
Thomas logo saiu e coloquei Emma para engatinhar um pouco pelo tapete da sala. Matheus estava encostado ao sofá brincando com as orelhas de Thor tentando de alguma forma as morder.
Thor era tranquilo com crianças, sempre o foi e quando Levi por vezes mordia as suas orelhas sem querer ele se desviava dele, mas de forma alguma o mordia. Ele sabia de alguma forma que eles eram bebés, já Pingo não posso dizer a mesma coisa.
Tentei controlar a minha ansiedade ao máximo enquanto eles não chegavam, porém estava totalmente sem chances disso acontecer.
— Chegamos.
— Mamã! — Emma engatinhou até Natasha que logo a pegou no colo.
A cena era linda, ambas se abraçaram do seu jeito e lágrimas caíram dos olhos de Natasha. Vitor tinha apenas entrado com Rebecca em casa, depois do acidente ela havia ficado até hoje no hospital. Talvez a tivessem ido buscar e agora cuidariam dela até recuperei.
Pelo que sei a babá de Emma não tem ninguém no mundo, ela se mudou muito cedo com seus pais para Barcelona, mas logo foi para um orfanato bem novinha após seus pais morrerem em um acidente de carro.
Era trágico.
— Vês pai! Ainda queres deixar a Emma longe dela? — Ferran veio ter comigo murmurando. —Estas a cometer um erro grande.
— Conte tio! O que aconteceu de facto.
— Emma ela não parava de chorar e não era nada de necessidades, talvez ela sentisse a tua falta.
— Pai!!! — era S/n.
— Sim tudo bem, ela sentia a tua falta. Ela quer ficar contigo quem sabe não fiques aqui até ela adormecer.
— Não a posso levar? — me questionou.
— ...
— Tio!
— Levar?! Tudo bem....mas amanhã quero-a aqui bem cedo estamos entendidos?
— Tudo bem. Obrigada. — sorriu ligeiramente.
Agora nós apenas somos uma memória.
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