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• 3 meses depois •

Natasha Torres
08:55h - em Barcelona

Estava já bastante atrasada para ir para a Empresa. Droga! Nunca me havia adormecido e esta foi a  primeira vez em 36 anos, eu devia ter colocado o despertador a tocar....ontem havia dormido tarde pois havia ficado a responder emails até tarde.

Peguei na minha bolsa e logo sai do apartamento, sem sinal de Enrique. Ele nunca foi assim, sempre quis trabalhar e hoje não veio? Algo estava mal. Teria que descobrir a razão pela qual ele não se fez presente hoje.

— Enrique falou contigo hoje?

— Não senhora, desde ontem após o nosso expediente não mais tive contacto com ele.

— Será que lhe aconteceu algo? Sabes onde fica a casa dele não sabes?

— Sei sim quer que a leve lá?

— Claro! Obrigada Franco.

Entrei no carro e Franco havia-me avisado que o caminho até a casa do moreno era bastante longo. Enrique vivia muito longe, ele devia ter escolhido um lar mais perto para morar. Seria até melhor para ele e para a sua mãe, eu sabia que ele morava ainda com ela.

O tempo ia passando e cada vez parecia que o caminho final nunca mais acabava. Era uma infinidade de curvas e estradas sem fim. Tentei me distrair com qualquer coisa. Impossível!

Tentei ligar para Enrique, mas a chamada sempre ia para a caixa postal. Não sabia qual a razão, ele podia ter tido um acidente e nós não sabíamos de nada. Eu estava já a ficar preocupada.....pois o moreno sempre foi bastante prestativo com o trabalho.

Logo chegamos e sai feito um furacão para a casa em que ele vivia com a mãe, toquei na campainha e depois de uns longos dois minutos a porta de entrada se abre. Era uma senhora com os seus 57 anos sorrindo e logo veio cumprimentar-me.

— Bom dia! Enrique está?

— Está sim senhora, ele não sai do quarto por nada. Tentei chamar-lhe mas sem sinal algum.

— Ele falou alguma das vezes com a senhora?

Entrei em casa. Era simples, porém aconchegante e até bastante bonita. Eu amava este estilo mais antigo nas casas....a minha antiga casa de infância que vivia com meu pai e meu irmão era exatamente assim.

— Sim umas duas vezes a última foi á cinco minutos atrás!!

— Poderia me indicar o quarto dele?

— Claro, o segundo á esquerda. Esteja á vontade....talvez á senhora ele abra a porta.

— Senhora não! Por favor trate-me por Natasha.

— Tudo bem! Meu nome é Anna!

— Ótimo! Obrigada.

Andei pelo corredor fora, todavia havia um absoluto silêncio na casa. Enrique não estava mesmo disposto a fazer nada hoje e parece que tudo piorou quando terminou o namoro.

Franco sempre vinha atrás de mim.

Bati na porta uma, duas, três, quatro e só na quinta e última vez Enrique a abre. O moreno ficou surpreso com a minha presença em sua casa, ele não contava que eu aqui estivesse e muito menos eu contava com isso.

— Que bagunça é esta aqui? — me deparei com o quarto totalmente destruído. —Enrique!

— Senhora.

— Vá! Temos que continuar, a vida nem sempre é como queremos....nem sempre é fácil encarar os problemas, porém eu mais do que ninguém sei o que é passar pelo que estás a passar. Vá! Reaje.

— Não quero. — se senta novamente na cama.

Limpou as suas lágrimas e logo retorna o seu olhar para o meu. Seus olhos estavam completamente inchados e vermelhos, suas mãos tremiam e o moreno sempre fazia um movimento repetitivo com a perna. Ele fazia isso quando estava nervoso.

— Enrique vá. Por favor.

— Não! Senhora me perdoe, mas hoje esqueça.

— ...

— Não quero falar e muito menos ter que encarar o mundo lá fora. Não quero ter que ver as caras de julgamento das pessoas para mim. Não quero!!!!

Ele estava certo! Encarar os problemas nesta situação era complicado, mas isso não lhe leva a nada.

— Eu também já passei por isso e não me levou a nada reagir assim.

— Que bom para a senhora.

Ele estava irredutível.

Franco se encontrava na porta, talvez tentando perceber o próximo passo de Enrique ainda mais depois de ver todo o quarto destruído.

O moreno finalmente se levantou e ajeitou seu abjuar que havia caído ao chão. Jogou as suas almofadas novamente para a casa e eu apenas observava isso de camarote........com minhas mãos entrelaçadas perto da barriga.

Um! Dois! Três! Quatro! Cinco!

— Desculpa-me Natasha! — falou com voz fraca e se aproximou de mim.

— Porquê?

Me beijou sem consentimento e logo o empurrei para trás. Ele não tinha esse direito e se António ficasse sabendo disto ele acabaria tanto o nosso casamento e até faria algo com Enrique que eu não queria. Droga! Estava com um enorme impasse.

Sai do quarto sem dar uma palavra sequer e logo Franco veio atrás de mim....meio segundo depois Enrique veio atrás de nós pedindo desculpas pelo ocorrido.

Já era tarde! Desculpas já não adiantavam de nada.

— Natasha quer uma água? — Anna apareceu com um copo de água. —Natasha?

— Obrigado, mas já estou de saída! Quem sabe na próxima.

Desci as escadas e logo abri o portão em direção ao carro. Caramba! Enrique veio atrás de mim e me pegou ao de leve em meu braço. Talvez tentando numa tentativa furada de se desculpar.

Nos olhamos mais uma vez e logo pedi a Franco que fosse em direção para a empresa. A meio do caminho telefonei a Lopez para ele vir ter com o irmão e expliquei-lhe exatamente tudo o que tinha ocorrido. Ele tinha que resolver disto sozinho! António não se podia envolver de forma alguma.

...

Entrei na empresa, subi de elevador até ao quarto andar e logo entrei na minha sala feito um furacão. Joguei minha bolsa e meu casaco para cima do sofá e
Logo me sentei na minha cadeira.

Inclinei minha cabeça para trás e fechei meus olhos. O que eu queria agora era paz, mas tudo o que havia acontecido hoje veio na minha cabeça.

— Vai embora Vitor não quero falar com ninguém. — meu irmão bateu na porta.

— Está tudo bem mesmo?

— Está? — falei em um tom mais alto e logo liguei meu computador.

(...)

Lopez

Enrique havia feito asneiras. Meu irmão sempre soube que esta loucura de amar Natasha iria dar errado e foi exatamente o que acabou por acontecer, á uns tempos para trás ele estava diferente e depois que terminou com Laura tudo isso mudou ainda mais.

Já estava em casa de minha mãe. Abri a porta e logo perguntei a ela onde Enrique estava....no quarto ela me informou. Depois de tudo o moreno não se limitava a sair de lá.

— Posso? — bati em sua porta. —Enrique!

— Se vens me puxar as orelhas podes dar meia volta.

— ENRIQUE!!!

Eu estava furioso devo admitir.

Ele sabia que tudo isto poderia dar errado, tudo isto podia se tornar algo ainda maior.

— Eu lutei o máximo que pude! Eu sobrevivi a tudo e mais alguma coisa, porém eu não consegui sobreviver ao amor que sentia por ela. Eu lutei para que o amor por ela não me consumisse, mas eu estava enganado em todos os aspeto. — sua tristeza era pesada. — Eu a amo! Eu amo a mulher do meu chefe! Eu amo a Natasha irmão!!!

— Enrique!

— Eu fui um idiota em pensar que talvez ela me amasse. Eu pensava que ela mesmo estando assim com António faria diferença....não o fez! Ela o ama.

— Sabes muito bem o que António fará se descobrir não sabes?

— ...

— Enrique sabes não sabes?! — virei sua cara para a minha. —Irmão!!!!

— Eu sei! Ele...ele me mata.

— Não vou deixar isso acontecer e iremos fazer de tudo para ele não descobrir confia em mim.

— Confiar em alguém? Estás de brincadeira.

Ele não levava nada a sério! CARAMBA!!!

Chega! Estás a ser um idosos agindo desta forma. Natasha veio aqui porque se preocupou contigo! Preocupou-se em saber como estavas após não ires trabalhar. Vais pedir-lhe desculpas estamos entendidos?

— ...

— Enrique!!!!

— Ok! Ok!

(...)

11:20h — na empresa

Estava sem trabalhar já á 1h30minutos desde que aqui cheguei. Não conseguia de forma alguma resolver nada e ainda mais quando tinha o meu a vir aqui na porta certificar-se se eu estava bem.

Sai da sala e fui buscar café para arejar minhas ideias, esquecer era impossível, mas de alguma forma a minha vida tinha que continuar e não ficar estagnada no passado.

— Senhora! Podemos? — Lopez falou na porta.

— Claro. Senhores podem não dar licença?

Todos se levantaram e o último a sair fechou a porta.

— Meu irmão tem que lhe falar uma coisa não é mesmo Enrique?

— É! Pois é. Bem....eu venho aqui pedir desculpas pelo o que aconteceu á pouco. Não foi a minha intenção e muito menos querer estragar o seu casamento. Me arrependo profundamente de haver-lhe roubado um beijo. Mais uma vez mil desculpas.

Eu tinha que aceitar! Droga meu coração mandava.

— Eu aceito! Mas.........António.

— Sabemos António não poderá saber.

— É!

Continuamos a falar por mais um tempo e ofereci-lhes também um café. Enrique se sentou até que eu e Lopez terminássemos nossa conversa.

Enrique havia ficado mesmo mal depois dó TRÁGICO acontecimento.

💄💋⚽️

António Torres
13:20h — em Barcelona

Estava a trabalhar, mas não 100% como todos os dias e desde que Natasha saiu da minha vida com Emma os 100% tornaram-se logo 70%. A morena fazia uma enorme falta que eu nem com palavras conseguia descrever o quão ela era importante para mim.

Me dedicar 90% ao clube em meu trabalho era a melhor coisa que alguma vez eu podia fazer. O Barcelona foi sempre a minha paixão desde criança, desde que eu me entendo como gente eu amo este clube até há minha alma. Todos os jogadores que oro aqui passavam tornaram este clube o melhor de si.

Nós formamos excelentes estrelas de futebol.

Lopez ainda não havia regressado da emergência familiar que teve com sua mãe. Será que ela estava bem? Será que algo de ruim havia acontecido?! Tinha que averiguar. Não podia simplesmente ficar parado sabendo que alguém podia estar mal e precisando da minha ajuda.

Estava sentado só frente à minha secretária e Ferran encontrava em frente a elas. Depois que o moreno teve o acidente que lhe custou o restante da temporada inteira sem jogar ele passava os seus dias aqui em meu escritório ou no sofá ou frente á secretária ou até a ver os rapazes jogarem quando era hora do treino.

Os primeiros dias foram os piores para Ferran além de ter dores ele tinha perdido a chance de ter a guarda de Sophia. Á três semanas atrás ele a conseguiu. Eu estava tão orgulhoso dele pois ele tratava a pequena Sophia como uma filha, meu filho tinha um amor enorme.

— Talvez se fizermos o da S/n dia 13 e da mamãe dia 14 ou até os dois juntos seria interessante. Nunca fizemos isso, fazer dois aniversários em conjuntos seria lindo.

— ...

— O tema podia ser simples e elas gostam disso e quem sabe não tivesse também o lançamento dos produtos de verão dela. Vai ser bonito e agora que tenho também a minha filha vai ser ainda melhor. Eu estou com pena da Sira, além de estar com dores por causa do parto e de cuidar da Safira tem que cuidar de mim também.

— Eu disse que se quisessem ir lá para casa podiam, mas ninguém me ouve.

— Também não é bem assim não não queremos incomodar. Tu e o vovô trabalham o dia todo, mas bom continuando....

— ...

— Acho que devemos organizar isso bem e chamar quem realmente importa pois dois dias depois é o Europeu.

— ...

Ele estava tão animado falando sobre os aniversários e eu aqui sem a mínima intenção de continuar uma conversa com ele. Eu tinha mudado drasticamente depois de todas as polemicas, isso era aterrorizador.

Meu filho era um livro aberto, por vezes eu tinha medo que as pessoas o magoassem. Ele era carinho até com quem não devia ser, isso era maravilhoso....porém muito vezes era eu quem devia colocar juízo na cabeça dela e o avisar em seguida.

Será que Ferran me perdoaria por não estar a prestar atenção ao que ele dizia?

— Papai! Ei me ouve. — Ferran fala. —Tu ouviste algo desde que eu aqui cheguei?

— O quê?

— Sabia. Eu estava falando da da festa de aniversário da S/n e da mamãe.

— Não sei Ferran agora não.

— Pai!

— Falta muito tempo, deixa isso pra lá, depois falamos melhor.

— Mas papai! Andas muitos mal comunicativo comigo e com a S/n, nós não temos culpa do que se passa entre o teu coração e a tua mente. Nós não conseguimos mudar isso.

— Tens razão me desculpa filho.

Ferran e S/n eram os únicos que me entendiam. Sempre foi assim e isso não mudará em nada.

— Já que a minha irmã vai de férias até ao dia de aniversário da mamãe podíamos fazer as festas dia 12 e dia 13 que tal?

— Na Alemanha? Ferran não faz mal não fazer festa parabéns e bolo já chega. Tudo não é como antigamente.

— Papai! Eu quero fazer algo, falta pouco para eu tirar esta bota imobilizadora até ao joelho e isto cansa. Quero fazer algo.

— Sabes o que fazes bem? Ir ver os meninão treinarem.

— Tudo bem eu hem! Vou ver se os rapazes chegarem para treinar. Até!

— Até filho. Eu te amo.

— Eu também te amo papai. — se despediu e logo fechou a porta.

Eu sabia exatamente onde a mãe de Lopez vivia, por isso peguei nas minhas coisas e pedi para que Miguel dirigisse até lá. Iria demorar imenso a lá chegar, a casa de sua mãe ficava muito longe.

Natasha já não falava comigo direito á um mês e quinze dias e quando queria ficar com Ema tinha que falar com Vitor para tal evento. A morena tinha medo ficado um pouco chateada de eu ainda não lhe ter assinado o papel. Bom....não o assinei até agora e não vai ser hoje que o irei fazer.

Tentei contacto com Lopez mas sem sucesso algum. Telefonei para o telefone de casa, mas sem sinal algum. Eu tinha o percebimento que algo estava errado. Disso eu tinha certeza.

...

Falta um curva para estar na antiga casa do moreno. Finamente....após uns longos 40 minutos aqui estava eu, vinte e oito anos depois em frente á sua antiga casa. Que memórias boas.

O portão estava aberto e logo entrei, subi os três degraus que existia de acesso á porta, porém nesse momento minha preocupação subiu para um nível de raiva enorme. Enrique estava a conversar com seu irmão de que havia beijado Natasha sem o seu consentimento.

MERDA!

Sua mãe logo saiu de casa e se surpreendeu por eu estar frente a frente com ela. Andei em passo curto e cada vez as coisas iam ficando pior. Deixei mais um tempo eles falando e logo voluntariamente dou uma tossida forçada.

Ambos se surpreenderam com a minha presença.

Nenhum deles estava a querer que eu de facto estava ali e não demorou muito para que Enrique se levantasse do sofá. Lopez apenas se levantou dois minutos depois.

— Chefe!!! — é Lopez. —Tenha calma por favor. — veio ter comigo.

Meu olhar de raiva era tremendo, minhas veias estavam tremendo dentro de meu corpo e meu ódio por Enrique só havia aumentado mais e mais a partir deste momento.

— Calma? Que calma Lopez? Calma o caralho.

— Senhor.... — Enrique abaixou sua cabeça. — Me desculpe.

Meu instinto foi ir até ele e lhe acertar com um soco bem na sua cara. Ele merecia já há bastante tempo isto, ele sempre gostou de Natasha apenas a morena que não queria ver isso.

Comecei a partir para cima dele e de todas as formas Miguel e Lopez tentavam me travar. Não resultava, tentavam de tudo, mas eu me soltava mesmo quando eles me prendiam contra eles.

Neste momento minha testosterona havia subido para níveis superiores ao normal. Minha raiva estava acima do limite e meu corpo fervia por dentro só em pensar na cena do beijo. Droga!

— Que porcaria tens na cabeça hem Enrique? Me fala.

— Porra! Eu amo aquela mulher, eu amo a Natasha desde que comecei a ser seu segurança....aquela mulher, a sua mulher me faz sentir vivo. Sua mulher me faz querer acordar todos os dias para mais dias satisfatórios a seu lado.

Eu já estava furioso e Enrique continuava a provocar-me não adiantaria talvez a sua "sentença de morte" já estaria marcada comigo.

— Enrique chega.

Ela tem um poder sobre mim totalmente sobrenatural, seus olhos são talvez os mais lindos que eu alguma vez observei....sem nem falar meu coração foi roubado. ROUBADO POR ELA!!!

— Enrique chega.

Natasha é minha mulher, Natasha é e continuará a ser minha mulher não importem às circunstâncias nem o tempo e nem a distância conseguem mudar isso. Ela não mente estes assuntos..............Natasha não mente sobre quem ela ama!!!

— Será? — debocha de mim.

Meu coração estava batendo a um milhão por hora. Esta confissão só demonstrou agora para ele o quão Natasha estava bem comigo e com mais nenhum homem, todavia ele não queria enxergar isso.

Natasha era a minha razão.

Lopez me tirou fora de casa junto de Miguel e logo me trancou dentro do carro. Apenas ele era autorizado a fazer isso para me controlar.

Retornou par casa á espera de sua mãe e logo partimos para a cidade. Eu tinha que fazer de tudo para falar com Natasha neste momento, eu tinha que ouvir a sua versão nesta história.

Merda! Eu estava chateado com a morena, mas em nenhum momento a consigo odiar. Que raiva que eu tenho de mim, de meu cérebro e de meu coração em conjunto fazerem meus sentimentos e emoções se baralharem.

O caminho sempre de volta era sempre mais curto. Não sabia qual a razão nem o sentido disso, mas na minha cabeça isso procedia assim. Começou a chover dois minutos antes de chegarmos á Rambla.

...

Tivemos autorização para entrar na garagem da empresa e em passo apressado entrei pelo elevador dentro. Neste momento não me interessava a segurança, apenas saber a verdade.

— Abigail! Natasha está?

— Está sim senhor, foi apenas falar com os designers no andar abaixo! Quer que a avise que aqui está?

— Muito bem obrigada e não eu espero, quero fazer-lhe uma surpresa.

— Claro.

Droga não conseguia estar com raiva nestas horas. Porquê? Nem eu sabia a razão! O que Natasha me fazia que as outras mulheres não me faziam?!

Me sentei á espera dela e eu estava tentando acalmar-me de diversas formas e feitios diferentes. Meu ato de perceber as coisas faziam com que minhas pernas fizessem movimentos repetitivos. Droga! Não conseguia controlar nada disso que raiva.

— Cunhado que surpresa! — Vitor esbraveja com Emma a seu colo. —Emma também já vem trabalhar. — acrescentou sorrindo.

— Estou a ver que sim.

Acariciei a cabeça da pequena e logo cumprimentei Vitor. O moreno era simplesmente o melhor cuidador que Emma tinha, mesmo estando a trabalhar o moreno conseguia ter tempo para tudo era perfeito.

— Queres falar com a minha irmã? Ela tem muita coisa a fazer, talvez ela não esteja disponível.

— É! Mas é urgente sabes.

— Entendo! Bem....vida de casados não nem de relacionamentos, mas entendo que um homem e uma mulher que se gostem queiram falar sobre as coisas.

— Pois é. Bem....eu ficarei aqui na espera.

— Então fazer-te-ei companhia. — se sentou. —Não tenho nada para fazer no momento também.

— Ai Vitor és um máximo!

— Eu sei. Todos me dizem isso.

— Acima de tudo sincero. — me sentei no final. —Emma não ficou mais doente?

— Não tudo tranquilo por aqui.

Conversar com Vitor era a melhor coisa, talvez era até melhor conversar com ele do que com sua irmã. A morena não prestava a atenção em metade das coisas quando estávamos chateados um com o outro e isso era desolador.

Vitor por sua vez estava disposto a tirar um pouco de seu tempo e falar com as pessoas, ele podia estar atarefado, mas não perderia uma chance de conversar comigo.

Continuamos a falar e Natasha não vinha. Eu tinha medo que ela tivesse sabido que eu aqui estava e ido embora, todavia sua mala e seu casaco estavam no sofá totalmente jogados para cima. Acho que ela havia ficado com raiva do que aconteceu com ela.

Quando ela me viu sua cara mudou completamente. Passou reto por mim e deixou a porta aberta. A morena estava acabado devo admitir, seu olhar não era mais o mesmo e já se havia passado três meses desde o início do ano.

Era um sinal para eu entrar ou ainda pedir licença para tal coisa?

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