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Your love, my love
I can see my baby swinging
Bis parliament's on fire
and is hands are up
on the balcony and I'm singning
Move baby, move baby
• West Coast - Lana Del Rey •
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Frase do Capítulo:
-O melhor dia da minha vida!
Natasha Torres, 2019
💄💋⚽️
• 11 de junho •
Natasha Torres
14:20h - em Barcelona
Hoje acordei triste, nenhuma pessoa me tinha felicitado pelos meus 32 anos....isso era simplesmente doloroso. António acordou e me deu bom dia fez suas coisas e nem uma palavra a esse respeito ele deu sobre meu aniversário e mais nenhuma pessoa tinha dito nada a respeito nem mesmo o pequeno Levi.
O único que estava empolgado comigo era o Thor, apenas ele me entendeu e sempre me fazia companhia. Durante o pequeno almoço o tema era outro, talvez eles já não mais me amassem.
— Parabéns mamãe. — o pequeno me abraçou as pernas. —Fui o único que me lembrei.
— É pequeno pois foi. — dei um beijo. —Já te preparaste para o jantar da empresa do titio?
— Não! Me ajuda....quero ir bem vestido.
— Claro que sim vem amorzinho.
Eu era a única com Levi em casa, ou seja, mais ninguém se importava com este dia e nem me disseram onde de facto eles tinham ido. Ele tinha um apego enorme a mim que recusou sair com eles, o pequeno Levi era um amor.
O arrumei bem lindo e logo fiz o mesmo, coloquei o meu perfume e ajeitei o meu cabelo enquanto ele brincava com o Thor. Bem....digamos que ambos gostavam de estar juntos, o Thor viria connosco para o jantar, Levi insistiu tanto que António autorizou que o trouxesse.
— Cunhada! — Glória apareceu. —Pronta? Vamos temos que passar num local antes na Rambla para buscar um vinho para o jantar.
— Tudo bem então. Vem pequeno dá a mãozinha.
— Sim mamãe.
Eu sempre desconfiei de alguma coisa, todavia essa desconfiança foi deitada abaixo hoje pela manhã. Nem se importaram em me parabenizar, eles falaram comigo como nos dias normais.....meu coração se despedaçou, todavia eu não me deixaria abalar por isso, talvez a lembrava de todos voltassem em relação ao meu aniversário.
Saímos de casa e era Glória quem dirigia o porshe, eu estava feliz com ela, além de a morena ter uma energia inabalável ela sempre sorria para mim me deixando ainda mais confusa com tudo isto.
— Mamãe vai ter festa surpresa. — Levi ri para nós. —É mamãe tu vais.
— LEVI!!!
Glória o repreendeu e ainda bem que eu não entendi nem metade das palavras que ele falou, porém eu sabia que algo eles me escondiam e eu tinha que descobrir o que de facto era.
Este era o meu segundo ano de aniversário sem o meu pai, era doloroso pois foi sempre ele que estava disposto a gastar o pouco de dinheiro que tinha para fazer tanto a mim como a Vitor uma festa decente. Nós não crescemos ricos, lutamos e agora estamos neste patamar pelo nosso esforço.
Não demorou muito para chegarmos á Rambla, a rua mais movimentada de Barcelona. Estar aqui tão recentemente era a pior sensação do mundo, tirei Levi no carro e logo ele me abraçou e fez carinho na minha cara.....apenas ele era solidário comigo.
— Cunhada! Terás que tapar os olhos, sei que não gostas de passar ali na frente por isso.
— O que tu vais tramar Glória? Não me jogues no meio da estrada.
— Eu? — ri para mim. —Que calúnia. Vem, Enrique segura no Levi por nós.
— Levi vai com calma pequeno.
— Sim mamãe.
Sinceramente! Já não mais ligava para nada neste dia, ontem o dia foi maravilho e a festa da S/n foi extraordinária....quem me dera nos meus quinze anos ter tido uma festa como ela teve. Ela tinha muita sorte na família onde nasceu e cresceu rodeada de amor e admiração. Todos gostavam dela.
Começamos a andar e Glória havia posto uma venda roxa em meus olhos, ou seja, eu não conseguia ter a percepção de onde eu estava. A morena me avisou que existia um degrau e logo subimos, bom.....espero que eu não estivesse em perigo.
Não ouvia completamente ninguém e a música que antes tocava não mais se ouvia, eu estava com medo devo admitir.
— Podes abrir.
Ver todos na minha frente e na loja que eu tanto sonhei foi a melhor coisa que a vida alguma vez me proporcionou, eu estava tão realizada e chateada ao mesmo tempo. Podiam ter pelo menos me parabenizado pelos meus 32 anos.
As luzes eram rosa e roxo com um pouco de branco pelo meio, coexistia um pequeno palco no centro um bar á direita e o Dj ficava a poucos metros atrás do palco. Estavam pessoas que até eu nem conhecia ali, mas esta surpresa valeu o esforço deles.
— Parabéns amorzinho! — António em abraçou. —Gostaste da surpresa?! Eu mesmo a preparei.
— Sei!
— É verdade mamãe, papai só nos avisou do que ia fazer. A tua empresa agora está completa?!
— O quê? — António me encarou rindo. —Não é verdade isso.
— É verdade sim amorzinho, tudo aqui foi com o dinheiro do investimento que fizeste com o senhor Robert.
— Você! — ri para o Vicente. —O senhor sabia desde o início e desde que falámos quando vim cá?
— É eu sabia! O seu marido me disse para não lhe falar nada, sua empresa agora está maravilhosa.
— Eu ainda estou sem acreditar.
— Acredita querida. — é Aurora. —Isto está simplesmente perfeito como tu o sonhaste.
— Vem eu levo-te a conhecer.
— Mais tarde pequena, agora vem vamos nos divertir um pouquinho!
— Tudo bem, então vem fazer o discurso.
— Discurso? Que discurso?!
Me surpreendi.
Nunca fui boa para discursos e muito menos para falar há frente de inúmeras pessoas, mas eu também sabia que mais cedo ou mais tarde eu tinha que perder esse meu medo, aliás agora teria uma empresa para comandar.
Subi ao palco e logo Levi veio atrás de mim engatinhando, o pequeno ainda não conseguia subir as escadas a pé, isso era extremamente bom pois assim não corria o risco de ele cair caso ele subisse.
Estavam todos aqui, as pessoas mais importantes da minha vida e mais algumas que aqui estavam e tinham feito deste sonho realidade sempre com um brilho e um sorriso no rosto.
Comecei a falar e digamos que poucas palavras saiam da minha boca era como se estivesse paralisada no tempo, eu fiquei tão feliz e realizada com esta surpresa e com as coisas que aqui estavam que nem me dei conta que havia até câmaras a filmar para fazer um vídeo.
Será que eu me sairia bem no meio de tantas pessoas?
— Não sei como agradecer simplesmente isto foi um sonho realizado. As pessoas que convivem comigo diariamente sabem o quanto isto me faz feliz, eu sempre sonhei com esta empresa a minha vida toda e agora ela está aqui fora dos papéis.
...
— Eu sempre me identifiquei com moda, foi sempre um dos meus sonhos e quem me conhece desde adolescente sabe que eu tentava com minhas roupas as transformar e dar novas vidas a elas.
— É maravilhoso mamãe.
Todos riem.
— É pequeno. Bom....espero que gostem da festa e que desfrutem ao máximo cada minuto! Obrigada a todos os envolvidos mais uma vez e especialmente um muito obrigada a toda a minha família.
— E eu?!
— PAPAI! — gritam S/n e Ferran.
— Há tudo bem eu aceito isso. — cruzou os braços.
Era simplesmente o melhor dia da minha vida, em todos os meus sonhos eu sonhei com cada coisa que aqui estava, apenas estávamos no primeiro andar da loja, porém eu sabia que mais cedo ou mais tarde as meninas me arrastariam para os próximos andares, elas conseguiam fazer tudo para deixar-me sem António.
— Vem mamãe, vamos explorar. — Ella me pega na mão.
— Sim! Vai ser divertido, nós exploramos á pouco antes de isto tudo começar e está super bonito.
— O mais bonito é a sua sala!
— Onde as meninas pensam que vão?! — Ferran se pronunciou. —Quem ordenou subir?
— Eu ué. Deixa de ser mala Ferran sai da frente.
— Chata! Vou com vocês então.
— Ótimo querido.
— Eu também vou esperem por mim. — corre Hannah para a nossa beira. —Venha titia, o segundo andar da loja está perfeito.
— Que ótima notícia querida.
Estar com tantos adolescentes juntos já não era para mim, antigamente quem sabe quando era mais nova, todavia neste momento os anos começavam a pesar e depois de tudo o que eu passei meu corpo já não era mais o mesmo de antes.
Talvez precisasse descansar um pouco, todavia com eles perto de mim isso seria até impossível de ser realizado.
Elas não erraram, o segundo andar estava maravilhoso, nunca tinha visto algo tão bonito na minha vida e sempre foi tudo que eu pedi, cada material e cada cor era algo genuíno, neste aspeto devo admitir que isto possa ter um dedo de minha sogra.
As meninas não paravam quietas sempre a explorar tudo já que o Ferran não saiu nem um segundo perto de mim, devo supor que alguém o tinha mandado vigiar quando eu não estivesse perto dele.
— Quem te mandou vigiar-me? Os seguranças não estão aqui, por isso acho que isto tem dedo do teu pai.
— É talvez. — sorriu para mim. —Mas não ligues, ele só quer a tua segurança, além do mais eu também a quero.
— Que fofinho querido! Vá vai explorar com elas eu fico bem sozinha, vou vendo cada detalhe sozinha.
— Certeza mãe?
— Sim vai.
— Tudo bem. — beija a minha testa.
Cada segundo que passava era o melhor, cada momento era duradouro e eu com toda a certeza passaria aqui os dias trabalhando para evoluir e fazer com que a empresa fosse reconhecida mundialmente e não só na Espanha. Era também um propósito de vida quando falava da minha nova criação.
Glamify by Natasha Torres.
— Amorzinho. — António me abraçou pro trás. —Gostaste? Foi tudo pensado no mínimo detalhe.
— Vou te bater seu idiota eu a pensar que tinha sido outra pessoa a comprar e no final foste tu. Eu a falar aquilo contigo e tu disfarçando na maior vontade.
— Meus dotes! Mas afinal gostas da tua empresa?!
— Eu amei Torres, quem sabe daqui a pouco não conheça o terceiro e o quarto andar.
— Vais amar o quarto andar.
— Vou?! O que tem lá?
— Só vendo para descobrir. Vem, eu te levo lá.
— E as crianças?!
— Eu avisei ao Ferran caso não nos encontra-se aqui estávamos não andares acima, vem eu te levo amorzinho.
— Tudo bem, mas desta vez sem olhos vendados.
— Claro!! — riu para mim e logo me agarrou na mão. —Porque isso nós podemos fazer logo quem sabe!
— Engraçado.
António sem dúvida foi um anjo caído do céu disso eu tinha a certeza. No momento em que eu mais precisei lá estava ele aparecendo na minha vida e a mudando completamente. Talvez o nosso destino já estivesse traçado desde o primeiro segundo que os nossos olhos se tocaram.
O terceiro andar estava perfeito, várias salas de fotografia e de fazer as roupas que até a mim me emocionava, meu sonho estava a se concretizar e amanhã já começaria uma nova etapa da minha vida.
— Agora neste andar tens que fechar os olhos! Por favor.
— Mas?!
— É rapidinho amorzinho eu prometo.
— Tudo bem então.
Um! Dois! Três! E António em autorizou a abrir, eu não estava a acreditar que realmente eles tinham conseguir fazer um jardim de inverno dentro da empresa e com alguns espaços do telhado sem vidro.
Meu sonho estava cada vez mais se tornando realidade. Fomos ver todas as salas e por último António em levou á minha, me avisou que todos os quadros já estavam sem o pano.
— A última surpresa. Gostaste amorzinho?
— Isto está perfeito Torres, eu nem sei como agradecer sem dúvida foi o melhor presente de aniversário que eu alguma vez tive!!
— Eu sabia que ias gostar, eu tenho ótimas ideias admite lá.
— Convencido!
— Posso ser logo á noite quando te engravidar.
Engravidar? Não esse assunto novamente não, eu sinceramente não estava preparada para tal coisa e muito menos engravidar....o médico me havia alertado que podia correr riscos tanto para mim como para o bebé se engravidasse tão cedo depois de tudo.
Me afastei dele.
— O que se passa? Falei alguma coisa de mal? — seus olhos mudaram completamente.
— Tenho que te falar sobre um assunto! É melhor sentares-te.
— Tudo bem então! O que aconteceu? Alguém te desrespeitou?!
— O quê? Não não. É outro assunto, sobre engravidar.
— O que tem?! Aconteceu alguma coisa?!
Respirei fundo e logo coloquei minhas mãos sobre suas pernas eu sabia que isto mais cedo ou mais tarde chegaria, porém nunca imaginei que fosse tão cedo e muito menos neste dia.
— Bom, eu não quis contar na altura para não te magoar. Bem.....eu marquei alguns exames e de seguida uma consulta com o médico.
— Está tudo bem contigo?! — se desesperou.
— Comigo sim.....mas com meu útero não muito. Lembraste daquele desastre que aconteceu á um ano atrás onde perdemos o Gustavo ainda na barriga?
Assentiu com a cabeça.
— Bom os pontapés que o Nikolas me deu afetaram demasiado a região e também os remédios que eu ingeri não colaboraram em nada! Bom....o médico me avisou que durante quatro anos em hipótese alguma podia engravidar para que ele recuperasse 100%.
— ...
— Me perdoa Torres!!
Saiu da sala frustrado e ficou em frente do jardim tentando pelo menos aliviar um pouco da dor que estava sentindo. Eu não queria ter-lhe dito isto nesta altura, porém eu também sabia que ele tinha que ficar a saber mais cedo ou mais tarde.
O abracei.
— Aquele filho da mãe me paga!
— Ei, não se resolvem os problemas com violência Torres. Eu também estou com raiva dele mas isso não não levará a nada agindo desta forma.
— Como não? Ele podia ter-te tirado o direito de ter filhos Natasha.
— Eu sei, mas daqui a alguns anos nós teremos os nossos filhos.
— É tens razão. — me beijou acariciando minha cara. —Vamos para a festa, vem.
Ele era um homem em quem eu podia confiar 100%! Eu era devota a ele e fazia com que ele me desse também essa sua devoção, ele era a PERFEIÇÃO! A minha ÚNICA DIREÇÃO.
Fogo no fogo!
💄💋⚽️
Autora Narrando
18:18h - da festa a casa
António e Natasha, mas também as crianças já tinham voltado para o andar da festa. Tudo estava a ir conforme o planeado, e não demoraria muito para cantar os parabéns a Natasha.
Seu sonho havia-se realizado, sua empresa estava agora pronta e em seu nome.
Nada nem ninguém poderia manchar esta noite, boas vibrações tinham sido feitas e atos de bondade gerados para que esta noite fosse a mais especial da vida da morena.
— Mamãe! Encontrei o Sebastian e a sua mãe ali na porta de entrada.
— Sério pequeno! Que máximo, vamos lá ter com eles então. — Natasha pegou em sua mão.
— Sebastian pode brincar comigo? Nenhum titio quer brincar comigo.
— Eles estão ocupados arrumando um probleminha no jogo, mas com certeza quando terminaram eles brincaram contigo.
— Tá bom.
— Pega uma bolacha! A tua favorita.
— Bolachinha da patrulha canina.
— É já viste que lindo.
Todos os convidados estavam felizes, cada passo que Natasha passava recebia olhares de felicidade e de amor por todos ali presentes.
— Veronika! — a cumprimentei. —Sebastian! Que prazer tudo bem?
— A senhora Glória havia convidado o Sebastian e de última hora ele também tinha que vir cá para um ensaio da produtora dele.
— Que máximo!
— Sebastian faz música? — Levi indaguei-o. —Eu amo música.
— É pequeno que coisa linda, eu faço música sabias.
— Sério? Quero ouvi.
— Amorzinho! — Antonio apareceu na porta. —O que fazem aqui?
— Torres! — Natasha deu um tapa no braço. —Nao se fala assim eles só vieram não ver já já estão de saída.
— Titio, sabia que o Sebastian faz música? — é Levi.
— Hum! Que bom pequeno. Bem, estavam de saída não é? Obrigada!
— Parabéns Natasha. — o moreno sorriu para mim. —Tenha um dia feliz.
— Obrigada!!
— Bom já vamos indo, os meus parabéns Natasha.
— Claro! Muito obrigada.
Natasha não sabia ainda o problema de António quando Veronika e seu filho apareciam na frente dele, todavia a havia-se prontificado a descobrir o que de facto estava acontecendo.
Mais tarde já seria um enorme prejuízo!
Indo para a beira das meninas com Levi em seu colo Natasha apenas pôde tentar entender e raciocinar o que se passava na cabeça de seu marido para agir de tal modo com eles anteriormente.
Pegou no vinho á sua frente e logo o ingeriu pela metade surpreendendo todas que estavam ao seu redor.
— Está tudo bem amiga? — Vitória exclamou. —Estas meio tensa, daqui a pouco é a hora dos parabéns. Não podes ficar assim!
— Eu estou bem não se preocupem comigo, ficarei bem até lá.
— Ouvi uns murmúrios que estavas com a Veronika e o Sebastian lá na porta.
— Sebastian estava cá? — S/n levantou a cabeça do telemóvel. —Queria ter visto ele!
— Na próxima quem sabe fofinha!
— Tudo bem.
— Não devias tanto confiar neles.
— Porquê minha mãe? — arqueou as sobrancelhas Glória.
Nem Aurora, nem António lhe diziam o que de facto se passava entre eles e Veronika, quando Natasha tocava nesse assunto eles sempre arranjavam uma desculpa para não falar. Isso a irritava, todavia ela também percebia o facto de isso os incomodar de alguma forma.
— Nada não, apenas isso. Ela saiu da empresa sem dizer nada e arranjou alguns problemas após isso! Não quero ninguém se magoando por isso.
— Que problemas vovó Aurora? — Levi riu. —É de pessoas grandes?!
— Sabes maninho, á sempre aquelas assuntos de adultos que nos mais jovens não devemos saber.
— Isso mesmo querido, tua irmã tem razão.
— Meninas venham! Vamos jogar um jogo divertido.
— Que jogo Ferran, minha beleza não está para isso agora.
— Grossa eu hem! Também ninguém te convidou.
Todas riram.
— Tem o jogo do tapete de dança! Quem quer?
— Eu quero! — é Natasha.
— Nós também. — todas assentiram, exceto Aurora e Ella junto a Levi.
— Então vamos, o jogo será bem fácil tem outros que outras pessoas estão jogando. Agora venham.
Natasha amava jogar jogos em família e especialmente neste dia era o momento perfeito. Começaram o jogo com a aniversário e logo do mais novo ao mais velho foi jogado, tantos pés e tantas mãos tinha no tapete que jamais imaginaram que não caberia mais, porém eles sempre davam um jeito.
No final tudo deu certo!
— Papai e mamãe estão quase se beijando! — S/n dá uma gargalhada. —Beijo! Beijo! Beijo!!! — afirma com todos.
— Vocês planearam isto não foi??
— Nós? Como nós podíamos fazer isso, o tabuleiro já joga com o destino e tudo. Eu amo este tabuleiro, tornou-se agora uma relíquia.
— Metirosos! — Antonio fala. —Além do mais que a vontade seja feita.
Num abrir e fechar de olhos tanto António como Natasha derma um beijo fazendo-os desequilibrar com os empurrões da meninas para o chão. Bom....era uma sensação e um momento único, os lábios nunca mudaram e muito menos o sabor tinha amargado.
O Gloss de Cereja da morena sempre cativava António.
— Eu também quero. Eu também quero. — Levi os separou. —Mamãe Natasha é minha! — começou a fazer olhos de choro. —Não maltrata ela.
— Levi! Eles estavam num momento único.
— Ninguém rouba a mamãe de ti pequeno, fica descansado. Agora vem, vamos cantar os parabéns.
— Eva hora do bolo!!! Amo bolo.
— Só de pensar que ainda faltará comer o teu filha. — Natasha a abraçou. —Vamos lá então.
Subindo a família toda ao palco era uma recordação maravilhosa, não importava o tempo nem as circunstâncias Natasha sabia perfeitamente que seu pai estava presente neste dia para ela, sempre o teve e sempre estará.
Recebendo uma sensação de paz imensa e um frio amoroso por sua espinha acima era a única coisa boa neste mundo. Artur, seu pai, nunca a deixou.
— Peço a atenção de todos por favor. — é António. —Desculpem interromper a vossa diversão, mas agora chegamos ao momento mais importante, a hora dos parabéns. Estejam preparados.
3!
2!!
1!!!
O bolo era o idêntico ao pedido de Natasha, seu dia foi completo neste momento, vendo que tudo o que ela gostava estava presente numa sobremesa a admirou bastante e a sua felicidade havia sido aumentado para o triplo.
Os parabéns foram cantados e as velas sopradas. Um bolo de 5 camadas nunca foi fácil de apagar as velas, todavia ela também sabia que tudo isto tinha sido feito de coração e de bom grado por toda a sua família.
— Para quem vai ser o primeiro pedaço cunhada? Espero que para mim claro.
— Que mentirosa irmãzinha! O primeiro claro que vai ser para mim.
— Sinto muito em informar...........mas o primeiro pedaço vai para uma pessoa muito especial na minha vida, uma pessoa que me ajudou no momento mais negro da minha vida e numa fase que autodestruição de mim mesma. Prazer vos apresento Levi Branco! Pega pequeno para ti.
Levi mostrou a língua e logo riu saindo correndo.
Todos riram da sua atitude e ficaram alegres por ele ter sido o primeiro. Toda a família sabia que as palavras que Natasha diziam eram verdadeiras e melhor do que ninguém Levi lá no seu íntimo sabia disso.
— Isso eu já sabia! Bom mas quem será de verdade o primeiro pedaço? — é António.
Tentando disfarçar o fracasso?
— O segundo, quer dizer o primeiro.....vai para uma pessoa bastante inteligente, linda, perfeita e que me ajuda todos os dias. Aurora, para si!
— O quê?
— Ei calma estressado, vem o terceiro é teu.
— Acho bom mesmo.
— Papai! Uma pergunta. — Ferran pegou no microfone. —Estava a tentar ser ator ou comediante agindo assim?
— Comediante titio Fefe!
— Que isso Levi, o que as pessoas irão pensar do tio. — Natasha o pegou. —Além do mais estás a gostar do bolo?
— Sim!
O tempo ia passando e todas as pessoas já tinham comido o bolo, muitas delas já tinham ido para casa e a festa estava para acabar. Não faltava muito para que isso acontecesse e o prazer que foi para Natasha ver que tudo ficou perfeito e seu sonho se realizou foi a melhor maneira possível de a homenagear.
— Amiga! A festa foi maravilhosa, os nossos parabéns mais uma vez. Também está na nossa hora de ir embora, Guilhermo deve já estar sentindo nossa falta.
— Claro amiga compreendo. Obrigada por terem vindo.
— De nada Natasha o prazer foi nosso. Parabéns. — é Ethan. —Quem sabe nos próximos dias não vos fazemos uma visita novamente não é amor?
— Claro! Bem obrigada.
— De nada. Fiquem bem.
Todos já tinham ido, apenas havia ficado a família e digamos que não muito mais havia para fazer a não ser ajudar nas limpezas.
O pequeno Levi já havia dormido e Ella estava com o pequeno cuidando e o supervisionando no sofá.
Arrumaram tudo minimamente e logo voltaram todos para casa. Estavam completamente cansados, Vitor estava com Levi em seu colo e subindo as escadas com Natasha a morena os acompanhou até ao quarto.
— Hermanita, gostaste?
— Tu sabias não sabias?! Fala a verdade Vitor.
— É! Digamos que sim, mas isso não vem ao caso António fez-te esta surpresa porque quando eu era pequeno e ele foi lá em casa para se resolverem eu mostrei o quarto livre que tinhas com os designs das roupas e ideias para a empresa.
— Vocês os dois estão bem juntos isso sim!
— Tu és dele e eu sou meu. Fácil, fácil!
— Engraçadinho. — Natasha lhe dá o pijama do pequeno. —Va coloca, tu consegues.
— Tudo bem.
Levi se remexeu e abriu suavemente seus pequenos olhos os esfregando ainda totalmente cheio de sono.
— Titio Vitô? MAMÃE!!!!
O pequeno se assustou.
— Oi pequeno tudo bem, mamãe está aqui, titio Vitor vai trocar a tua roupa para o pijama tudo bem?!
— Tá bom. Acabei de acordar.
— É nós reparamos. Vá descansa pequeno, eu já estou quase terminando.
— Sim. — Natasha lhe dá o dinossauro. —Obrigado mamãe.
— De nada pequeno.
O trocaram e o colocaram a adormece e meia hora depois saíram do quarto após Ella também vir para ficar com ele durante a noite. Vitor ainda ficava preocupado todas as vezes, o pequeno era tudo para ele e desde que Arthur, seu pai morreu, Levi se tornou o seu principal companheiro.
— Tudo bem Vitor?
— É que.....eu tenho pena deles hermanita!
— Eles vão crescer sem pai, já tentamos contacto com o batalham que partiu para a guerra, mas não atenderam.
— É eu sei irmãozinho, porém nós também sabemos que teremos que mais cedo ou mais tarde dizer a verdade ao Levi.
— É eu sei. — limpa suas lágrimas. —Vou ter que ser forte nesse tempo.
— Nós teremos, apenas nós o podemos dizer.
— Sim!
Se abraçam.
— Tudo bem por aqui? — é Aurora. —Não chores Vitor, a festa foi perfeita.
— É eu sei. — um sorriso foi liberado. —Bom irei dormir, boa noite!
— Boa noite.
— Tudo bem sogra? Queria falar comigo quando saímos da festa!
— Eu sei que te vou pedir depois neste assunto.......mas não quero que interajas tanto com Veronika e Sebastian. Sei que talvez não concordarás comigo, mas por favor faz isso por mim, por António.
— Tudo bem!
— Tudo bem? — se surpreendeu.
— Sim sem problema, não tocarei mais nesse assunto. Bem, agora terei que ir, António deve estar me esperando. Obrigada mais uma vez por hoje.
— Nada! Deixa disso, vá até amanhã.
— Até!!!
Se retiraram para os seus quartos e logo Natasha viu S/n conversando com seu pai. Ela gostava imenso de os admirar falando e como ainda não a tinham visto a morena fez o mínimo barulho possível para que eles continuassem a sua enorme conexão.
— Mamãe! Não te vimos, estás aí á bastante tempo?!
— Não muito. Eu gosto de vão ver conversando.
— Bem já estava de saída também. Amanhã vamos comer dois tipos de bolo. Que animação caramba. — a beijou na bochecha. —Até amanhã papais.
— Até princesa. — dizem em uníssono.
Natasha se trocou e logo António a esperava na cama enquanto mexia no seu telemóvel. Bom ela sempre gostava de momentos antes de dormir quando falava com ele, seus pesadelos iam embora e seu amor ficava ainda maior a cada momento.
— Ti sempre soubeste não soubeste? — Natasha o questionou colocando seu creme. —Meu irmão me contou.
— É! Digamos que sim, naquela época que ficaste longe de mim isso me fez refletir o que u podia fazer para ser melhor e num dia em que não estavas em casa Vitor me mostrou o quarto extra que tinham.
— Meu irmão e sua boca grande. — o beijou. —Além do mais meu irmão está a acabar o mestrado em Marketing quem sabe ele não passa lá um tempo na empresa a trabalhar.
— Que ótima notícia amorzinho, ele ficaria imensamente feliz por isso.
— É ele ficaria, mas eu também sei que ele não quer deixar o Levi nem a Ella sozinhos.
— Pois! Compreendo, não é fácil para ele ainda mais...
....
— Podes falar está tudo bem Torres.
— Bem....ainda mais depois do vosso pai falecer. Eles eram bastante unidos e faziam tudo juntos.
— Verdade, todavia eu também sei que o meu pai está sempre connosco.
— É verdade.
Um dia inesquecível!
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