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I never needed you like I do right now
I never needed you like I do right now
I never hated you like I do right now
'Cause all you ever do is make me
• Make me (Cry) - Labrinth ft. Noah Lindsey Cyrus •
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Frase do Capítulo:
-Mesmo que estejas chateada comigo meu coração não consegue pensar em outra pessoa.
António Torres, 2019
💄💋⚽️
• 3 semanas depois •
António Torres
15:20h - em Inglaterra
— Não acredito!!
Já fazia uma meia hora que estava em solo Inglês, todavia em nenhum momento em dava vontade de sair deste avião para me encontrar com meu filho e Natasha e depois que descobri que ela anda a falar mais com um homem tudo isso me pesava demasiado.
Lopez havia-me enviado uma fotografia, mas não o conhecia e era isso que me preocupava. Não sabia as suas reais intenções com ela e por vezes chegaria até a um pouco que tanto ela quanto eu não gostaríamos de ser colocados.
Era simplesmente impressionante a qualidade que a morena mexia comigo, em nenhuma ocasião eu pedi nada disto, porém nem eu sei o que acontecia comigo direito quando meu corpo era posto á prova em todos os sentidos.
— Senhor! Venha assim acompanhará o seu filho no treino. — Enrique se fez presente.
— Claro que cabeça a minha.
Com tanto na minha cabeça até me havia esquecido por um momento que meu filho tinha-me convidado para ver uma sessão de treino sua. Ele era importante para mim como também S/n o era e eu não perderia a chance de os ver a concretizar os seus sonhos por nada neste mundo.
Sai entrei no carro e dirigi pelas ruas de Manchester escutando a minha playlist favorita, digamos que de um ano para o outro meus gostos mudaram não iria dizer drasticamente mas superficialmente isso sim mudou.
O tempo estava agradável, era início de abril e o sol se fez presente na bela cidade de Manchester e digamos que acompanhar o jogo do Manchester City contra o Chelsea onde o namorado da minha filha jogava era uma coisa que ainda estava a aprender de facto, muita coisa mudou.
Finalmente chegamos ao, Etihad Campus, campo de treino de Manchester.
— Papai? — Ferran saiu do carro surpreso após o estacionar. —Não acredito que vieste.
— Não perderia o grande jogo por nada. Além do mais tua irmã vem amanhã com os avós ver o grande jogo.
— Mason claro né! As apaixonetas dela são tudo. — ri e logo Natasha aparece atrás dele com um sorriso no rosto. —Mamãe, olha quem veio.
— Boa tarde Torres!
— Boa tarde amorzinho.
— Vem ou vai ficar aí no sol quente?
— Vamos entrar sim.
Talvez eu estivesse um pouco tenso com tudo, devo admitir, todavia saber que alguém podia estar a roubar o coração da minha mulher para ele era desastroso.
Nunca me canso de dizer que Ferran fez uma ótima escolha vindo para este clube, eu o apoiei em cada momento de sua vida e acima de tudo nas suas escolhas.
Entramos e aqui dentro estava um ar fresco, pelo menos uma notícia positiva nisto tudo. Ferran não apresentou a todos e no final estava Guardiola esperando por um grande abraço meu. Digamos que ele foi um excelente treinador quando esteve no clube, foram os melhores anos da minha vida devo admitir.
Nós levou a um lugar especial e esperamos que os jogadores viessem para treinamento. Acompanhar Ferran neste tipo de situações era a melhor coisa que eu alguma vez podia fazer.
— Está tudo bem?
— Porque não estaria? Ferran tem sido super atencioso comigo!
— Não é disso que eu falo.
— Já sei que não se consegue esconder nada de ti, olha Nunez é um investidor para a minha nova empresa de moda! Está bom assim?
— Porque não falaste comigo? Eu podia ser.
— Irias aprovar? Não! Claro, agora por favor não vamos começar a discutir os jogadores estão entrando para o treino.
Contendo tudo isto, talvez eu estivesse a ser um pouco paranóico com toda a situação. Em nenhum momento quis dizer algo deste género, mas parece que meu corpo e minha mente estava contra tudo e todos neste momento.
O treino digamos que foi maravilhoso e ver que Ferran concluiu tudo minimamente bem e que a probabilidade dele ser titular no jogo de amanhã me admirava bastante. Fomos para casa e uma surpresa que não estava á espera era que meus pais e S/n já estivessem aqui.
Pensei que eles chegariam amanhã.
— Papai! Mason vem aqui jantar vovó deixou.
— Ótimo filha, assim coloco o assunto em dia com ele.
— Hum!
— Para maninho, ainda continuas a ser o meu homem favorito.
— Ainda bem. — faz-lhe cócegas. —Agora tenho uma coisa para ti no quarto vem vamos lá.
Eles os dois todo o tempo que estavam juntos pareciam como gato e rato, nunca paravam de implicar um com o outro e confesso que eu gostava imenso de os ver felizes um com o outro. Foi para isso que eu os criei.
— Mamãe! — a voz de Levi se fez ouvir da entrada esperneando no colo de Vitor. —Tito me larga! Quelo a mamãe.
Levi a criança prodígio.
— A que horas se janta aqui mesmo?
— Daqui a pouco mãe, pedimos ou fazemos?!
— Eu voto em colocar a S/n e o Mason para cozinhar. — Ferran desce as escadas atrás de S/n que vestia uma camisolas do City. —Além do mais ela tem que ser uma boa cozinheira para encantar o seu namorado.
— E tu por acaso sabes cozinhar Ferran? — me encosto no sofá. —Que eu sabia até fritar um ovo é difícil para ti.
— Pai!!! — todos rimos.
Implicâncias, carinhos e amor era o que Ferran sabia mais dar á sua irmã caçula.
— Eu abro! Eu abro! Eu abro!
— O príncipe encantado da donzela chegou. — senta-se vendo água. —Olha se não é o meu adversário amanhã.
— Boa noite! Que bom vos ter aqui para assistir o jogo de amanhã.
— Agora me fala S/n, para quem vais torcer?
Ferran de novo com suas questões que colocavam qualquer um duvidando até da sua insistência na terra. Era impressionante a qualidade que ele havia adquirido após sair da casa da mãe.
— Não lhe faças isso Ferran. — meu pai deu um tapa nas costas dele. —Alem do mais ela gosta dos dois.
— Hum!
— Isso Ferran me deixa, deixa a minha pessoa ser feliz pelo menos um pouco.
— Eu hem! Já não está mais aqui quem falou.
— Acho bom mesmo! Fica com a Sira que eu fico com o Mason. Até!
— Aham.
Eles eram os melhores sem dúvida alguma, conseguiam colocar-me a rir mesmo eu não estando bem. Eu sem dúvida alguma tinha os melhores filhos do mundo, disso eu não posso negar, eles eram os meus dias felizes.
Ella estava no quarto com Levi por isso não a quis incomodar e fazer ela conhecer Mason por isso a deixamos mais tranquila em relação a isso.
O mesmo não podia dizer dos meus sentimos por Natasha, eu queria tanto que ela me perdoasse, todavia eu sabia que ela teria que ter o seu tempo para fazer tal coisa.
— Eu tenho que ir a uma reunião importante! Volto em 1h tudo bem?
— Claro querida, não faz mal nenhum. — é minha mãe.
Eu estava ainda totalmente incrédulo com isto tudo por isso deixei passar alguns minutos e decidi também sair de casa atrás dela. Não devia fazer uma coisa assim, mas ninguém me dava escolhas e eu tinha que conhecer o homem com quem Natasha estava se encontrando.
Como o carro dos seguranças tinham GPS foi mais fácil de os encontrar. Um restaurante?! Bom, se isto não fosse um encontro não sabia o que de facto seria, eu tinha que descobrir o que tanto eles escondiam e digamos que eu não podia deixar ninguém roubar o coração dela do meu.
Não era justo isso.
Não demorou muito tempo para chegar e logo em modo apressado avisto Franco do lado de fora do local, era lá que ela estava por isso adentrei dando boa tarde ao mesmo e me sento na segunda mesa atrás dela. Ela ainda não me havia avistado, ainda bem.....apenas Lopez sabia que eu ali estava e sorriu ligeiramente para mim.
Talvez ele estivesse-se perguntando o que raios eu aqui fazia, mas eu tinha que saber o que tanto eles falavam e Lopez não me dizia nada sobre. Ficava CHATEADO com isso.
(...)
Autora
— Bem senhor Nunez sei que tem investidores por todo o mundo e eu agradeço demais se fizer parte desta jornada comigo.
— Jornada? — nos pensamentos de António o moreno esbraveja.
— Seria um gosto imenso trabalhar com a senhora, sei o quanto lutou para chegar aqui e não são as notícias que pararam os nossos negócios.
— Bem e o que acha sobre a minha proposta? Para já algo simples era o que queria e conforme os anos iríamos aumentando a empresa.
— Ótimo! Gosto de pessoas que se contentam com pouco. Não são muitas mulheres que eu encontro que dizem isso.
— Muitas mulheres que encontra? — mais uma vez António. —Que raios ele está ali a falar?!
— Fico contente em saber que confia em mim senhor Nunez. Então amanhã poderemos assinar o contrato?
— Porque não agora?! Já o tenho aqui.
— Verdade? Ah que ótima notícia. — com um sorriso Natasha retribui a bondade de Nunez. —Vamos já assinar.
(...)
Eu sabia que podia confiar em Natasha a 100%, mas em homens isso já era bastante diferente. Me intrigava cada movimento que ele fazia facialmente e fisicamente para ela, eu o julgava até á alma e se aquilo não terminasse o mais rápido possível eu iria lá.
Natasha é uma mulher encantadora, convence todas com suas palavras e convencer homens com suas palavras era muitos dos seus inúmeros dotes. Um passo em falso que ela desse podia prejudicar toda a sua carreira e eu não queria que isso acontecesse.
Me levantei, me aproximei e colocou minha mão sobre o ombro da morena fazendo-a a estremecer. Ela não me esperava e digamos que até mesmo eu não me esperava encontrar-me neste local.
— Amorzinho! Não me apresentas o teu novo amigo? — Lopez segura o riso enquanto me sento. —Prazer! António Torres, marido dela.
— Vais começar? — Natasha murmurou com fúria na fala. — Nunez, este é António meu marido já o deve conhecer de certo.
— Sim! O maior empresário da Espanha e de Portugal e o presidente do Barcelona, como não acontecer.
Ainda por cima de tudo era debochado, meu pai alguém me segure que eu partiria para uma confusão muito brevemente.
— Sou sim e com muito gosto. Já o senhor porque não me apresenta o seu nome? Seria interessante que eu soubesse.
— Para quieto. — Natasha estava a ficar irritada comigo.
Não era para menos.
— Robert Nunez, investidor de diversas empresas conhecidas. Consigo leva-las ao auge em seis meses.
— Não admira que o chamem de Nunez. — Natasha belisca minha perna.
— Como é?
— Senhor Nunez, desculpe o meu marido ele ás vezes tem muito sentido de humor. Mais uma vez peço perdão.
— Eu tenho e muito.
— Se for para continuar assim não invisto na empresa, não é nada contra si, mas com pessoas assim não consigo trabalhar.
— Por favor Nunez não faça isso. Me deixe falar com ele a sós e eu consigo reverter toda esta situação.
— Tudo bem. Vou ficar na espera.
Ficar na espera?
Eles ainda estavam convencidos que iriam assinar esse contrato para a nova empresa de moda da morena? Natasha podia escolher muitas pessoas como investidores, entre elas mulheres de grande renome no mundo empresarial e logo tinha que escolher um homem, não me cabia na cabeça nada disto.
Natasha me puxou para perto do acesso dos banheiro e me deu um tapa no braço, ela estava furiosa de o confessar, porém meu jeitinho mandava fazer isto.
— Onde tu tens a cabeça?
— Em cima dos ombros eu estou bem, além do mais não sei para quê tanto estresse eu estou perfeitamente bem.
— Deves estar a brincar comigo. O senhor Robert Nunez veio da Argentina para falar comigo presencialmente após termos algumas reuniões online, não sei o que tens na cabeça de facto!
— Tenho muitas coisas entre elas a tua segurança, quem não te dizia que ele não pode ser tu sabes muito bem.
— Os homens não são todos maus António tens que aprender isso. És mais velho do que eu e muitas vezes eu tenho que te colocar juízo na cabeça.
— Olha se queres assinar esse contrato assina para mim já não me importa mais nada. Faz da tua vida o que quiseres! Adeus Natasha.
— Não vais não! O senhor ainda me irá ouvir ainda mais. Vais pedir desculpas a ele.
— Não vou não. — cruzo os braços. —Além do mais esse contrato não vai durar muito e não.
— Como é? — arqueia as sobrancelhas para mim. —Ouve só, posso até ser muito mais nova e inferior a ti neste mundo, mas não me faças desistir dos meus sonhos porque isso nunca irá acontecer......An.tó.nio!
Ela chamou-me de António? Quem ela pensa que é para me chamar pelo primeiro nome quando sempre me chamou pelo último? Não gostei e nunca vou gostar desta atitude dela.
— Senhores tudo bem aqui? — Lopez interveio.
— Tudo! — em uníssono eu e Natasha respondemos.
— Obrigada pela preocupação Lopez. Eu até costumava dizer que se nada disto desse certo eu partiria para outro. — sussurrando ela pensa que eu não a ouvi.
— Mas você pertence a mim!!!!!!!!
— Chega António, faz como quiseres para mim também já deu. Tu não queres ver e eu não consigo meter nada na tua cabeça. Passar bem!
A ouço e ficamos cara a cara, nossos olhares se sincronizarem juntos com as batidas dos nossos corações. Isto era o paraíso.
— Me larga.
Eu não entendia as mulheres, todos dos dias elas acordavam e encontravam uma maneira de nos irritar ainda mais. Era impressionante a qualquer que Natasha tinha para fazer esse tipo de coisa e não me conformava em nada isto tudo, ficava até tristes por vezes.
Saindo de lá disparada e se sentando novamente na mesa em frente a ele eu via que não tinha mais volta a dar. Já tinha feito de tudo para que ela notasse que era eu quem merecia a sua atenção não outros homens.
Sai do restaurante totalmente de rastos, eu sempre tentava manter a minha mente ativa.......era a única coisa que não conseguia fazer e meus pensamentos me corroíam ainda mais, as lembranças vinham aí de cima e tudo dificultava. Suspirei fundo e logo a Enrique estaciona o carro em frente do restaurante e partimos para o destino que havia escrito por papel para ele.
Eu estava totalmente quebrado na cadeira do carro e tudo piorou quando começou a chover, indicando que tudo nesta vida nem sempre é certo e até o amor por vezes tem altos e baixos, mas o meu estava mais baixo do que o normal, um penhasco isso sim.
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Natasha Torres
19:55h — de volta a casa
Eu queria simplesmente gritar por duas razões, pelo menos uma delas era feliz. Eu havia conseguido o contrato dos sonhos, finalmente consegui consegui alguém que investisse na minha ideia, meu coração quase que saltava pela boca......já a outra........................bem a outra era um pouco mais dura e triste, António havia-me magoado novamente e quase estragava tudo, novamente.
Tomei o último café no restaurante e logo entrei no carro quando a chuva passou e pedi a Lopez que dirigisse até casa. Eu estava feliz, porém cansada de sempre discutir com o homem que amava por ele estar a agir como uma completa criança.
Entrei em casa e não havia nem uma alma viva nem na sala de jantar nem de estar, subi as escadas pousei minha bolsa na cadeira do quarto em que estava a partilhar com Ella e logo a vejo dormindo com Levi, eles ainda continuavam a dormir este meio tempo, por isso com tudo o carinho do mundo decidi acordar e saber se tudo estava realmente bem.
— Já é de manhã? — Ella murmurou tentando se mexer. —Levi está aqui?
— É pequena, parece que ele não acordou enquanto estavas a dormir! Ele percebe tudo. Agora vem vamos lá para baixo, devem estar todos na cozinha.
— Vamos sim! Pequeno, maninho, vem vamos jantar um pouquinho pequeno!!
— Mamãe! Tô com fome. — em graça ri tapando a boca. —Quelo comer um poquinho.
— Já vamos querido, vá vamos trocar essa fralda e colocar uma nova. Vem vamos!
— Vou procurar um casacos quentes mamãe.
— Vai sim querida! Obrigada.
— Quelo um baco.
— Um barco pequeno? De brinquedo né?
— Não mamãe, um de verdade!
— Mas?
— Meu irmão ainda acabou de acordar, Levi já falei que não temos dinheiro para isso.
— Eu quelo! Eu quelo! Eu quelo!!! — começa a chorar. —Pu favô! Que quelo.
— Vou pensar no assunto tudo bem pequeno?
— Xim! Eba.
Vestia novamente a sua roupa.
— Bem agora podemos ir!
Vesti um casaco fino em ambos e logo descemos as escadas e almas que na sala não se encontravam quando cheguei lá se encontravam agora, Vitor e Aurora estavam lá junto com Ferran e S/n, sem nenhum sinal de Mason.
Talvez tivesse acontecido alguma coisa com o clube e ele não pode ficar para o jantar.
— Querida! Vitor estava aqui me contando que tens vindo a falar com um investidor para a tua ideia de empresa de moda. Fico bastante contente querida.
— Vitor e sua boca grande não é mesmo? — me sento no braço do sofá perto do moreno. —Além do mais, sim eu consegui o contrato.
— Parabéns mamãe! — todos me abraçam.
— Sempre soube. Mamãe é a maior. Papai vai ficar contente!
— É mesmo princesa, meu filho ficará contente quando souber.
Se elas soubessem que ele não ficou quando me encontrou com o investidor no restaurante elas não acreditariam em mim. Não me podia abalar com isto ainda mais quando António em pessoa me disse para fazer da minha vida o que quiser.
E falando nele o moreno acaba de entrar em casa.
— Natasha? — sua voz falha. —Amorzinho? — esfrega seus olhos. —Ainda bem que estás bem, aí amorzinho pensei que tivesses tido um acidente de carro. Ainda bem que eras a salvo. — me abraça com todas as forças.
— Acidente? — sua mãe o questiona. —Ela chegou aqui inteira querido, do que elas a falar?
— Não viram as notícias? Eu vim direto para cá! Oh Natasha. — me abraça mais uma vez.
— Estou bem, além do mais á muitas Natasha no mundo.
— Ainda bem que sim. — se aliviou de vez e logo sentou-se perto de sua mãe. —O meu pai ele saiu?
— Está no escritório filho.
— Hum! Vou lá ter.
Depois que discutimos no restaurante tudo mudou, nada voltou a ser o mesmo e tanto eu quanto ele estávamos com o coração ainda mais apertado um com o outro.
Qualquer um de nós simplesmente podia estar morrendo que o outro não saberia e isso era culpa minha, eu ainda não o havia desculpado pelo que ele fez e era difícil para mim fazer isso ainda mais ele sabendo do passado que tive.
A nossa DINASTIA estava a desabar pedacinho por pedacinho, nosso amor já não era o mesmo e o carinho que antes existia estava morrendo aos poucos sem nos apercebermos.
Tudo o que demos um ao outro estava agora sendo trespassado por uma espada que não mais tinha fim.
Tudo desabaria ainda mais se eu e ele não tomássemos uma posição como adultos civilizados que somos. Tínhamos que tornar o nosso amor novamente inquebrável.
— Vamos comer? Tivemos que atrasar o comer por causa de vocês os dois.
— Vitor! — Aurora assentiu. —Vamos colocar a mesa todos juntos venham. Vem pequeno Levi vamos escolher um dos teus pratinhos de plástico para comer.
— Eba! Comê.
O pequeno era simplesmente perfeito, consegui sem querer liberar uma risada até nos momentos tristes. Era gratificante.
— Mamãe, vais chamar o papai e o vovô? — S/n com um sorriso de orelha a orelhas vem até mim me abraçando. —Vai mamãe. Hum.
— Deixa de ser chata irmã!
— Eu vou tudo bem. E Ferran não fales assim com a tua irmã.
— Tudo bem mamãe! — me beija a cabeça.
Se eu estivesse a morrer de joelhos eram os poucos que me salvariam e com tudo o que anda a acontecer eles sim, eram das poucas pessoas que fariam isso para me salvar.
Não queria ter que admitir que "Mãe é quem cria.", mas de facto eu estava a ser mais mãe do que a verdadeira mãe deles.
Me dirigi ao escritório, bati na porta e logo me deram permissão para entrar, mesmo eu sendo da família ainda tinha um pouco de receio de entrar enquanto eles estavam conversando, apenas não achava isso correto, mas mesmo Aurora já me dito que o podia fazer eu não queria deixar nenhum dos dois desconfortáveis.
— Senhores, desculpem a intromissão. Vim avisar que o jantar já está na mesa.
— Ótimo Natasha. Obrigada pelo aviso, já iremos obrigada!
— Pai! — António fez sinal para seu pai. —Amorzinho. Espera!!
Esperar seria o correto?
— Claro! Bem vou indo, até. — Duarte se aproxima de mim. —Tem calma com ele neste momento.
Eu estava até pensando o que ele iria dizer depois de tudo o que ele me fez passar estes dias especialmente hoje no restaurante.
— Podemos conversar! Resolver as coisas.
— Torres, por favor agora não.
— Alguma vez teremos que o fazer, vá Natasha por favor.
Eu estava com um sério problema, meu impulso era ir lá o beijar e remediar as coisas, todavia a outra era esperar e ouvir um pedido de desculpas sincero. Ele era a pessoa mais difícil quando pedia desculpas, ele era convencido demais.
— Eu sei que agi errado em tudo este tempo todo e convenhamos que este tempo sem ti na minha vida está a matar-me por completo. Eu vim para Inglaterra não só para o jogo do Ferran, mas sim também por ti! Eu acordo pensando em ti, almoço pensando em ti, a tarde toda penso em ti e durmo pensando em ti e o quão bom eu tinha que ter sido.
— Torres! — me tapa os lábios.
— Sei que posso ter este tipo de ações, mas um homem como eu está sujeito a tudo de homens rivais. Não quero que nenhum deles te roube de mim, não quero que eles tirem de nós o que demorou para ser. Posso sim ter demorado a pedir em namoro e em casamento, todavia tu sabes que foi a escolha acertada a fazer.
Damn it!
— ...
— Algo em ti me cativou desde o começo, compreendo se ainda quiseres ficar chateada comigo. Eu o mereço como até mereço que acabes tudo entre nós, mas por favor......não me faças viver sem ti! Cada minuto que não passo perto de ti me mata por dentro....eu e tu fomos feitos um para o outro.
Nunca deixes de amar uma pessoa com um coração imenso, já uma pessoa me tinha dito.
— Ninguém. Ninguém irá tomar o seu lugar!
Um suspiro foi liberado de seus lábios através dos seus pulmões, nossas mãos se juntaram e nossos olhares trocavam emoções em palavras codificadas que apenas nossos cérebros tinham a capacidade para tal coisa.
— Eu.......eu!
— Tudo bem, vamos com calma. Por favor!
— Prometes, prometes não voltar a fazer isso?
— Prometo.
Quando nossas bocas se iriam juntar meu irmão nos interrompe batendo na porta, Duarte se havia esquecido de fechar a porta e se uma das meninas tivesse aparecido iria ser tudo mais complicado.
— Eu volto noutra altura!
— O que foi irmãozinho?
— Avisar que estamos á vossa espera, Levi não para quieto.
— Tudo bem nós já lá vamos. — diz António em resposta.
— Vamos agora.
Regressamos á sala e todos com um sorriso no rosto nos receberam e eu já sabia que não se conseguia esconder nada nesta casa especialmente das crianças era a tarefa mais difícil a ser cumprida. Elas tinham uma qualidade para saber de tudo que até eu ficava admirada.
— O que estavam fazendo papai?
— Numa reunião de negócios filha.
— Reunião de negócios sei papai.
— Vamos comer crianças vá, assim a comida esfriará. — Aurora arqueou as sobrancelhas. — Nem tentem mais falar sobre isso.
— Então deveriam prestar mais atenção na mancha de gloss que tem no seu dedo indicador papai. — Ferran falou incomodando não só sua avó como também a nós. —Cuidado viu!
— Eu aviso quando estiver tudo resolvido! — resultou ele ainda debochando.
António hoje havia acordado diferente, estava com cada uma e a debochar para todos que até eu tinha medo de falar com ele por causa disso.
— Chega! Vamos comer. Vocês vão parar, não notam que estão deixando desconfortável algumas pessoas aqui.
— Desculpa Ella! — S/n e Ferran ressaltaram junto a António.
— Acho bom mesmo. Vamos, sirvam-se. Á esqueci de avisar Mason como sabem já não está aqui á algum tempo, ele teve um problema com a sua estadia no hotel e teve que ficar por lá!!!
— Já havíamos percebido sim, não tem mal isso. Da próxima estaremos todos juntos.
Eu estava a comer se a sentir-me novamente feliz.
Quando se tem bebés aqui em casa sempre damos prioridades nas horas mais difíceis e Levi era apenas um bebé de 1 ano e 6 meses, ainda tinha algumas dificuldades de comer sozinho tanta comida por si próprio, seu braço cansava demasiado rápido por isso sempre largava um pouco de comer para o ajudar.
Eu estava a ser uma excelente mãe para ele!
Deus ainda não me havia concedido a chance de ter um filho com meu marido, porém cedo ou mais tarde ele concretizaria o nosso desejo. Eu estava ciente disso, nada é impossível para o ALTÍSSIMO.
— Quem preparou este comer? Está maravilhoso.
— Mason um pouquinho, mostrou-me os temperos que ele usa em cada comida e logo a vovó me ajudou na parte do fogão. Está bom né!
— Tens que o trazer mais vezes viu maninha, ele já encantou o cunhado com o paladar.
— Sabia Ferran, logo logo te adaptarias.
— Hum! Eu ainda estou para descobrir como começaram a namorar filha! — pela primeira vez a chamei de filha.
Bem depois disto nem eu estava á espera e muito menos ela o estava, seus olhos brilharam mais que diamantes valiosos e todos ficaram surpresos.
— É mamãe sou tua filha. Bem....começando foi quando o meu irmãozinho querido foi para o City né e digamos que eu sou stalker até ao ponto de procurar os perfis dos jogadores que ele segue.
— Mas eu nem o seguia até namorares com ele e além do mais tu mesmo me obrigaste a segui-lo.
— Ferran então. Tua irmã merece o teu amor.
— Claro papai. Continua vá com essa linda história de amor!
— Bom! Continuando, eu como uma boa menina procurei e procurei e vi que tinha um jogador que era o Mason né e eu achei ele bonitinho e comecei a seguir.....nunca pensei que ele me retribuísse o follow, começamos a falar e tudo mais e depois descobri que eles jogariam pela Liga Europa com o Benfica e adivinhem o que eu acabei por fazer!
— Ele te convidou né?
— Digamos que sim mamãe, perguntei se ele iria para o jogo pois eu não sabia se ele estava lesionado nem nada e digamos que comprei bilhetes com a ajuda do vovô e depois eles foram comigo ver o jogo e no final eu fui ter com ele.
— E foram logo namorados?!
Ferran gostava imenso de incomodar a sua irmã.
— Não é assim que as coisas funcionam irmão. Bem digamos que depois ele me convidou para a segunda mão em Londres e eu fui com a tia Glória quando ela veio a Portugal, a Hannah também foi e viu vários gatinhos.
— Aham deixa só o Gavi saber disso!
— Hannah e Gavi? Meu Deus dois marrentos como são nunca daram certo.
Histórias lindas de amor era o que eu gostava de ouvir ainda mais de pessoas com tanto significado na minha vida, S/n nunca deixou que os comentários negativos a seu respeito enquanto namorava com Mason a afetassem e isso era lindo para uma jovem na idade dela, com apenas 15 anos ela conseguia ter maturidade de uma mulher de 18 anos.
Simplesmente perfeito!
— E tu maninha que dizias que nunca irias namorar um jogador de futebol e agora namoras com o Mason á quatro meses.
— Para de ser mala Ferran, as coisas mudam!
— Disso eu tenho que concordar com o teu irmão princesa, tu disseste isso de pés juntos!
— Como eu não me lembro não posso comprovar nada disso. — termina de beber o sumo de seu copo. —Além de mais eu e Mason seremos felizes para sempre.
— Também eu queria ter sido feliz com o Pedri.
— Quem sabe quando tudo isto passar princesa. — fiz carinho na cabeça de Ella. —Eu sei que sim.
— Digamos maninha, Pedri quase que infartava quando descobriu que estavas a namorar! Ele nem acreditou quando lhe contei.
— E tinhas que lhe contar isso Ferran! Que chato também ele.
Implicando um com o outro durante o jantar todo os dois não perdiam um só instante de incomodar um ao outro com pequenas provocações, era natural na idade deles não os julgaria por tal coisa, todavia estava a falar tanto que até Levi estava a sentir-se incomodado e fez-me ausentar para o adormecer no quarto.
O andar de cima era o mais calmo, porém ainda se conseguia ouvir tudo o que ele falavam e a minha única solução foi apenas fechar a porta para ele conseguir adormecer descansado no meu colo enquanto eu estava sentada na poltrona a ver a chuva lá fora.
— Querida! Tudo bem? — Aurora veio ter comigo com meu jantar. —Quase não tocaste na comida, vem eu o adormeço, tenta comer o resto.
— Não estou com tanta fome sogra. Tudo está controlado aqui, quem sabe mais logo não belisco algo antes de dormir.
— Tens que ser forte por eles. Eles precisam de ti, sabes que estás com pessoas que gostam de ajudar, mas não podes fazer sempre isso! O pequeno também tem que ganhar e força no braço para comer.
— É eu sei. Quando eu olho para o Levi penso no filho que nunca pôde ter, ele me faz tão bem que nunca mais o quero largar.
— Eu compreendo que sim querida! Normal quando se passa por um acontecimento traumático, não te julgo por isso. Levi claro tem o seu jeitinho e te considera uma mãe, mas chegará ao dia que alguém lhe terá que conter a verdade.
— Esse dia será doloroso para mim.
— Eu entendo querida. — me abraça com Levi no colo. —Va descansa um pouco também.
— Será que de vez eu conseguirei perdoar António até ao fim desta temporada em Inglaterra? Faltam poucos dias para voltar.
— Eu sei que sim, vocês amam-se imenso nunca duvides disso querida. Tudo na vida tem um propósito e esse propósito por vezes pode ser muito complicado de entender, mas se os dois tentarem mutuamente tudo dará certo.
— Espero que sim Aurora.
Quem ama nunca desiste, suporta tudo com fé, esperança e paciência.
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