43

⚠️
Não recomendável para menores de dezoito anos por conter cenas de descrição explicita de violência, uso liberado de forte linguagem grosseira e armas de fogo.
Cenas fortes.
________________________________

Call and I'll rush out
All out of breath now
You got that power over me, my my
Everything I hold dear resides in those eyes

• Power over me - Dermot Kennedy •
_________________________________

Frase do Capítulo:
-Tua chance é hoje ou nunca.

Nikolas Castro, 2018

💄💋⚽️
• Fim de Abril •

Nicolas Castro
07:10h - no carro

Já tinha sequestrado Natasha e agora ela estava no porta malas do meu carro, sei que a morena estava grávida e quando a peguei o seu próprio instinto a levou a proteger sua barriga.

Digamos que eu a queria mais que tudo neste mundo, era ela ou mais nenhuma outra. A morena me fazia sentir livre, ela me tinha de corpo e alma apenas lhe faltava vir ter comigo para começarmos uma nova vida, todavia a morena nunca ouviu meus avisos e digamos que á dias atrás eu sim estava no quarto em que ela estava.

Chegamos ao meu antigo prédio, entrei na garagem na maior tranquilidade e logo desci o sub-nível para o estacionamento inferior. Abri a mala e a tirei de lá á força, eu sempre soube que neste sítio as câmaras de vigilância estavam sempre avariadas por isso meu plano estava indo na melhor das condições.

— Ainda não te acostumaste com isso? — digo entrando no elevador. —Vais fazer exatamente o que eu mandar querida! Não queremos que o nosso bebé não é mesmo.

— Ele.não.é.teu! — se esperneia. —Me solta Nikolas.

— CALA-TE!!!!

Minha paciência estava se esgotando, seguimos em frente e logo abri a porta do apartamento, fazia todos a força possível ainda mais quando ela estava irredutível. A joguei no chão e logo tranquei a porta com todos os métodos possíveis, eu havia tapado todas as janelas do local.

Arrumei uma cadeira e logo a prendi ali, sua única chance de sair dali era dizendo as umas simples palavras. —Eu quero-te! — fácil, fácil, todavia por este andar não saia daqui nem a uma semana do planeado.

Ela não parava quieta, estava com a moca amarrada, porém ela debatia-se com os pés em forma de escapatória no meio de tudo aquilo. Não iria ser fácil, a calei dando um soco na sua cara e logo tive mais tempo para pensar no meu plano.

Eu queria que António sofresse como eu sofro por não a ter perto de mim, ele pagaria por tudo o que me fez e por tudo o que ele me tirou. O moreno nunca foi uma ótima pessoa e perante a sociedade ele fazia o seu papel principal.

Eu o ODEIO!

(...)

Aurora

— Amorzinho! A Natasha?

— Não está no quarto? A deixei dormindo lá?!

— Ela não está....Antonio por favor.

— O quê?!

— Nikolas ele não...

— Como ele podia, está cheio de seguranças aqui. — se deparando com o quarto todo revirado o moreno simplesmente correu para o andar de baixo e chamou os seguranças.

— Senhores da para ver nas câmaras de segurança? — assenti em forma apressada.

— Claro senhora! Vamos, todavia devemos chamar a polícia.

— Já estou a fazer isso Lopez! — é Duarte. —Por favor temos de a encontrar.

(...)

O tempo acabou passando e a morena já estava acordada novamente, havia-lhe dado remédios que a faziam estar mais calma e não prejudicassem o bebé por isso ela ficaria calma durante algum tempo.

Vou até ao banheiro jogo água no meu rosto tentando me refrescar um pouco, até que ouço a cadeira a se arrastar por toda a sala. Ela não parava por nada e não sabia o quão mal fazia a si e ao bebé não me obedecendo, estava a ponto de perder totalmente a paciência e acabar com esta palhaçada o mais depressa possível.

Retorno e a puxo novamente pelo braço que já estava fora das cordas, ela não queria de jeito nenhum obdecer-me por isso a tirei de lá e a joguei no chão em cima do colchão que havia ao lado da grande janela do apartamento, o calor que se fazia sentir em Barcelona daria muito bem para a colocar ainda mais ofegante e a prejudicar, algo que não queria, todavia ela não me deu nenhuma escolha perante isso.

(...)

Aurora

— Então senhores já sabem de algo? — me pronunciei na porta do escritório.

— Aqui! Este BMW preto, alguém o reconhece?

— BMW preto? Que matrícula é? — indaguei-o António mais pálido que um papel. —Lopez! — em forma insistente se apresentou diante da secretaria.

— 5167 JNR!!! Conhece?

— Ninguém vê os factos?

— A matrícula do James?! — é Duarte. —Ele não.

— Aquele canalha vai aprender a estar quieto no seu lugar.

(...)

Dei-lhe de comer numa bandeja porém a morena a jogou bem longe, ela estava assustada e com raiva de mim. Talvez ela estivesse a pensar que eu nunca teria coragem de fazer algo do tipo, porém eu tive. Nunca fui como vários homens que ela conheceu e nunca iria ser como eles......pois EU sou MELHOR do que todos os homens no mundo.

— Eu nunca vou ser sua! Nunca Nikolas. — esbraveja com raiva no olhar. —Me deixa ir embora.

— CALA A BOCA NATASHA! — dou-lhe um estalo. —NUNCA MAIS FALES COMIGO ASSIM. — acrescento dando outro. —NUNCA MAIS!!!!

Estava furioso!

— António vai descobrir onde eu estou. Eu sei que sim, ele irá conseguir te colocar na cadeia!

— Em sonhos querida.

Fico totalmente indignado quando ela me diz aquilo.

Como é que ela ainda teria a coragem de acreditar em promessas que convenhamos, António descumpriu não a protegendo como devia. Tiro a coberta de sua barriga e noto que a morena estava perdendo sangue, talvez eu tivesse feito algo que não devia, porém já não mais podia voltar a trás

António pagaria por tudo, seu pequeno e indefeso filho pagaria por tudo mesmo ainda não tendo nascido. Natasha devia ser mais dos meu filhos não dele, eu a devia ter, não aquele homem que se diz o mais poderoso do mundo.

— És doente Nikolas!!

— Eu ou António? Convenhamos que esse teu filho não nascerá.

— O quê? — apavorada olha para o colchão cheio de sangue. —Nao! Não!! Nãooo!!! Vou te culpar por tudo e António vira atrás de ti para te matar se eu mesmo não o fizer.

— Tira ele da tua boca. — chuto sua barriga.

— Auch!

— Nunca mais fales nesse nome. — furioso a prendo novamente nas algemas. —Vamos ser felizes!

— Nunca.

— Para com isso, chega disso. Queres ficar pior?! — a seguro pelo maxilar apertando com bastante força. —Não sejas assim!!

Solto um suspiro e a largo.

Me sento na cadeira olhando para ela enquanto a morena não parava de chorar, não devia me preocupar com ela porém meu coração morria cada pedacinho mais quando alguma lágrimas caía pelo seu rosto. O problema é que quando eu coloco uma pessoa na minha cabeça não mais a consigo tirar até a ter comigo.

Saio dos meus pensamentos e logo me dirijo á janela após ver uma enorme multidão de carros da polícia na entrada do prédio.

Não acredito!

Eu tinha realidade tudo certo, roubei o carro de James para tentar despistar o meu paradeiro porém não foi possível e agora estava com um enorme problema na minha frente. Tenta gritar porém tapo logo a boca em forma apressada, a morena não sabia não estava a par do perigo que ela corria e estava a ser mais difícil do que eu imaginava.

— Me....larga.....Nikolas. — diz cansada. —Por favor. — desmaia.

— Natasha? Querida, Natasha!

Acho que errei na dose.

Natasha estava deitada na minha frente ao lado da enorme poça de sangue mais pálida do que devia estar, me sento tentando raciocinar o quanto eu tinha complicado as coisas. Bato constantemente a arma na minha testa, todavia nada me vinha á cabeça.

Estava assustado, estava tentando encontrar um caminho neste caos. O som das sirenes estavam mais altas e os passos dos polícias estavam no corredor do andar em que estava, comecei a entrar em desespero.

Arrumo todo o meu material e as coisas, pego em Natasha e logo entro no túnel que eu mesmo havia criado e sabia onde exatamente iria parar.

(...)

Vitor

— A minha irmã? Alguém por favor. — com o coração acelerado me apresento na sala. —Por favor, eu vi as notícias.

— Notícias?

— Sim! Está uma multidão imensa lá fora.

— O quê? Não!! — António se apavorou sentado no sofá. —Mãe! Pai!!

— Oh filho ela vai ficar bem...

— Onde está ela? Onde está a Natasha? — perguntou preocupada aparecendo por trás de mim. —Foi James afinal?

— Não sabemos.....

— Como não sabem? — em forma uníssono digo eu e Glória. —Como não sabem? — acrescentei.

Minha irmã não podia ter fugido ela estava feliz e digamos que ela já me havia falado que estava sempre com medo olhando para qualquer lado.

— Ela não fugiu! Ela não iria fazer isso.

— Natasha estava com bastante medo ultimamente.

— Mãe..................................eu não...................a quero.........perder! — a tristeza estava no olhar e na fala. —Não quero.

(...)

Já estava noutro sítio e agora ninguém conseguia me encontrar. Arrasto Natasha através da terra para a casa da montanha e logo adentro a deixando bastante confortável ainda mais quando estava desacordada e sem sentido.

— Querida! Acorda vai, já chegamos ao nosso destino final.

— ...

— Acorda Natasha. — a toco com mais força. —Vai para de ser insistente!

— Onde....onde estamos.

— Num lugar perfeito para estar. Vai correr tudo bem agora. — acaricio seu cabelo. —Vai tudo ficar bem!

— Não vai....tu tiraste-me tudo. Tiras-te!

— Eu não tirei nada agora cala a boca antes que fales dele novamente.

— António é muito mais homem do que tu alguma vez serás, António é aquele tipo de pessoa que consegue tirar um sorriso até da pessoas mais melancólica, agora não venhas dizer que és superior a ele porque isso não é verdade.

Sou obrigada a dar-lhe um estalo.

— Eu não sou tua amiga.

— Claro que és querida.....até mais do que isso! — a beijo.

Me cospe e logo lhe dou outro soco na barriga.

— Para de ser assim! A tua insistência não te levará a nada.

— Me larga Nikolas por favor.

— Não vais sair daqui tão cedo minha querida.

— NÃO ME CHAMES ASSIM!

— E tu não me trates assim, eu não te fiz mal nenhum. — com raiva argumento com ela.

A melhor descrição destes últimos cinco minutos foram Natasha estar a falar novamente melhor um pouco, antes dela desmaiar por mais de uma meia hora a morena sempre estava com uma voz fraca....porém agora estava melhor um pouco.

A prendi novamente e logo me sentei sofá observando cada movimento seu, ela era complicada e digamos que bastante insistente...não iria ser fácil a controlar da melhor forma. Para tentar se reconectar com o seu pequeno bebé, deixei a morena um pouco no seu espaço enquanto eu colocava todos os meus pertences no cimo da mesa.

Hoje especificamente é uma quinta-feira. Sempre adorei quinta-feira e hoje mais ainda pois tinha Natasha perto de mim e seríamos felizes para todo o sempre e nada nem ninguém nos podia dizer o contrário em relação a isso.

Vou até á cozinha e logo lhe trago uma salada de frutas bem deliciosa, havia comido um pouco da sala que minha mãe havia feito e claro que minha futura mulher teria que experimentar o sabor tremendo que isto fazia na boca.

— Estás com medo de mim?

— Não! Nunca tive e agora não me encolheria perante ti.

— Mulher com garra, adoro. Pega vai vos fazer bem! Tudo irá correr bem.

— Não quero.

— Queres que o teu bebé morra?! Come antes que te enfiei pela goela abaixo Natasha. — furioso lhe entrego.

— Como.....por ele, não por mim!

— Digamos que nem sei se ele está mais vivo depois de todo o sangue que deixaste no colchão.

— CALA-TE!

— Mais respeito. — viro sua cara porém ela vira para o lado oposto. —Olha para mim Natasha. Para de ser assim, irás te prejudicar ainda mais continuando sendo dessa forma.

Começando a comer, logo me sento novamente no sofá a mirando. Eu sabia que estava a fazer o possível e o impossível para que isto corresse bem, todavia a morena não me dava escolhas nenhumas sendo desta maneira comigo.

Sempre fui sincero e carinhoso com ela, mas a partir do momento que ela me tratou por um estranho enquanto eu tentava ajudá-la eu já não a respeitava....não mais como amiga.

Ela sempre o defendia e isso me deixa com mais ódio dele, sempre ele, tudo ele, não aguentava mais os ver juntos e isto tudo foi a gota de água e minha única solução foi fazer isto.........o que menos eu queria o fiz.

— Acabei. — joga a taça para longe. —Posso ir embora agora?

— Já falei que não, vais ficar aqui até António se ajoelhar perante mim!

— Ele não se submeterá a isso, ele nunca faria isso.

— Vamos ver se ele não fará isso mesmo, devias conhecer mais o teu marido querida. — falo com divertimento. —Iremos nos divertir imenso.

— Só por cima do meu cadáver! - opina.

— Não me testes Natasha.....não me coloques numa posição difícil quando ele vier.

— Vais fazer uma chamada para ele e vais dizer que James te tem como prisioneira estamos entendido? Eu que veja que tentas dizer meu nome que a conversa ficará ainda pior para o nosso lado.

—Tudo...........................tudo bem.

Peguei no telemóvel e disquei cada número que a morena me dizia, coloquei em seu ouvido e logo palavras voaram como um furacão saindo de sua boca.

Suspirou fundo e logo desliguei o telemóvel em forma voraz, eu queria que ele tivesse a consciência de que havia procedido errado com ela e agora a morena havia pagado pelos seus pecados.

💄💋⚽️

António Torres
14:40h

Após ouvir a voz de Natasha meu coração disparou mais do que tudo, a morena me disse que estava com James.

Devia acreditar nisso?

Talvez sim talvez não, eu a e a altura não mais tinha consciência de nada e estava a entrar em desespero e só de pensar que quanto mais as horas passassem pior seria meu coração morria cada vez mais um pouco.

Tudo estava desabando ao meu redor, tudo o que eu lhe dei não serviu de nada e agora estava em perigo por minha causa. Ela teve mais vezes em perigo desde que me conheceu do que quando estava sem me ter conhecido.

Eu estava péssimo, seu irmão estava péssimo todos estávamos péssimos. Eu ainda tinha aquela esperança dentro de mim de que ainda a poderia salvar onde ela estivesse, mas essas chances eram as mais mínimas que eu alguma vez tive.

Minha vida havia-se tornado um total pesado.

Eu estava morrendo, só Deus sabia o que eu estava a passar neste momento. Meus pensamentos me matavam cada vez mais, eu morreria por ela.....eu faria de tudo para a ter comigo são e salva.

Ela e o nosso bebé.

Só Deus sabe que eu sangro, mas não estava morrendo. Ter perdido novamente o amor da minha vida por não a cuidar como deveria me fazia sentir ainda mais impotente, S/n estava na casa dos primos com Ferran e eu redrobei a segurança ainda mais lá depois de tudo isto. Eles estariam seguros com Jonnas por perto.

— Irmão! Sei o quanto queres a Natasha de volta, eu também a quero perto de mim e de todos nós. Sinceramente nunca te vi tão abalado por uma mulher como estás por ela e isso é gratificante e eu admiro bastante isso mas se a queres....

Minha irmã se fez presente na casa de banho colocando sua mão sobre minhas costas.

— Olha para mim. Natasha é forte eu sei disso, ela vai conseguir sair disto.

— Eu...eu não tenho tanta a certeza disso! Tu ouviste perfeitamente o que ela disse, ela está com James. Ele novamente a testar-me a paciência e ela está por um fio!!!

— E que tal nós os dois irmos lá a casa dele para comprovar se não é mesmo ele ou Nikolas?! Pode ser uma armadilha eu sei, porém dar uma vista de olhos não custa nada.

— Eu não a quero perder Glória, eu não quero perder  a mulher que amo e muito menos a mãe dos meus filhos!

— Não vais perder.....não iremos deixar isso acontecer, mas agora temos que sair sem ninguém ver.

— Sair para onde? — nosso pai cruzou os braços. —Vocês os dois não vão a lado nenhum!

— Me perdoe pai mas eu e o meu irmão vamos sim! Não vamos deixá-la sem nem ao menos tentar fazer algo para a salvar. Não vou deixar meu sobrinho e muito menos Natasha morrer por agentes da polícia não saberem o que fazer.

— Natasha é a mulher que amo pai, não a vou largar agora. Ela precisa de mim, de nós. Eu lutarei por ela até ao final não nos obrigues a ficar aqui porque sabes muito bem que eu ando tiver oportunidade eu sairei daquela porta para a salvar.

— Vocês! Vão lá! Mas depois não digam á vossa mãe que eu vos deixei. — nos apressa.

— António! Glória!! Onde vocês os dois pensam que vão? — a voz de minha mãe se fez presente da sala. —Ei! Estou falando convosco.

Não queria saber de mais nada neste momento e depois de tudo isto meu único pensamento era ir atrás do culpado e arruinar a vida dele acabando com a vida do desgraçado bem na presença da polícia. Eu faria isso sem pensar duas vezes, Natasha merecia essa vingança, nosso pequeno bebé merecia isso e nem imaginava o que eles estavam passando no meio disto tudo.

Peguei no carro, entrei nele e logo minha irmã se coloca a meu lado no banco de passageiro, abro o portão da garagem e logo saiu feito um furacão de cada. Eu estava disposto a tudo, nossa primeira paragem era a casa de James e se ele não estivesse em casa era mais uma prova que teria sido ele mesmo em pessoa que a teria sequestrado.

Meu coração palpitava a ponto de sair pela boca, minhas veias queimavam dentro do meu corpo e estava suando frio com tudo vindo na minha mente.

Não demorou muito para chegar, estacionei o mais depressa possível e logo Glória saiu correndo para a frente do portão. Todos os carros dos seguranças que vinham atrás de nós estacionaram na berma da estrada e logo se dirigiram para onde estávamos. Eu queria entrar, eu queria saber se era verdade que ele a teria feito mal.

Eu lutaria como um leão para os salvar. 

— Abram a porta agora! — minha irmã gritou. —Não aviso novamente.

— Temos ordens para não o fazer senhora.

Um murro foi tudo o que lhe deu e logo minha mãe dá um estalo a outro, o portão foi automaticamente aberto por alguém do lado de dentro e adentramos mais rápidos que a velocidade da luz. Minha raiva transparecia no meu olhar e meu punho estava pronto para mais uns quantos socos que eu teria que dar de James fosse realmente o culpado.

— Onde ela está seu vagabundo? Me fala seu canalha. — amarro por sua camisola perto do pescoço. — FALA DESGRAÇADO!

—Me larga António. Quem tu pensas que és para chegar aqui na minha propriedade, na minha casa e fazer o maior escândalo? Nem tentes me considerar culpado pois eu não sou.

— Aham Aham! Faz-me rir James. Me fala logo.

— NÃO SOU EU!

— Como se acreditássemos nisso. — minha irmã era a mais tranquila ali dentro. —Não em obrigues a procurar Rodriguês!

— Meu carro foi roubado. É isso que querem saber? Pronto falei, agora não venham aqui achando que são os donos do mundo pois não são, eu estava aqui bem tranquilo lendo o meu livro quando entraram aqui arrebentaram a porta.

— Podia arrebentar mais coisas se não desembuchares agora onde raio o teu carro está. — minha irmã se enervou.

— James, fala quem roubou caramba. Isso custa?!

— Não vou dizer.....Natasha merece sofrer.

Um soco foi tudo o que lhe consegui dar antes de ser agarrado por Miguel, Lopez e Enrique. Eu estava a perder totalmente o CONTROLO de tudo neste tempo, minha vida havia-se tornado num inferno.

Um inferno que não tinha mais fim!

— Vais dizer antes que arrebente a tua cabeça! — minha irmã tirou a arma de Lopez e apontou para a cabeça do moreno. —NOS FALA QUEM ROUBOU!!

— Nick.....Nikolas!

— Ele?! Ele?! — minha raiva só aumentava tentando me tirar do meio dos três.

— Mulher forte devo admitir.

— Posso ser bem pior se não me disseres onde o GPS do teu carro está a mostrar onde eles estão.

— Não vou! — cruza os braços.

— Vais falar agora ou a tua chance chegará ao fim em menos de um minuto! — riu em desespero. —FALA!

— Antigo apartamento de Nikolas, a morada está aqui.

— Obrigada! — minha irmã atira contra o sofá.

Talvez tentando descarregar toda a sua pressão.

Saindo de forma apressada da casa e Lopez já havia guardado novamente a sua arma no devido lugar. Peguei no carro e fui até lá, existia uma imensurável quantidade de agentes da autorizada e também bombeiros em frente ao prédio.

Talvez ela estivesse lá.

— Senhores? — Valverde se ajeita.

Valverde é o chefe da polícia de Barcelona, não era o melhor chefe devo admitir isso porém nada podia fazer.

— Onde ela está? Onde Natasha está.

— Estamos na procura senhor.

— Não é na procura senhor! É achar se não eu e meu irmão entramos lá e procuramos pelo senhor.

E num abrir e fechar de olhos ouvimos o rádio do moreno, haviam encontrado o maldito apartamento do ruivo e minha única rota de fuga era ir atrás e ninguém me tentaria derrubar ainda mais no estado em que estava.

— SENHOR ANTÓNIO!!!! VOLTE AQUI. — ouço sua voz de longe. -ANTÓNIO!!!!!!!!!

Subi as escadas correndo e logo atrás vinha minha irmã, o apartamento era o 7C. Teria muito o que subir, porém eu arriscaria até a minha saúde para garantir a segurança da morena.

Ás vezes era difícil encarar a realidade e se eu soubesse que ele a matou ou magoou o nosso filho eu tiraria a vida dele no mesmo muito que eu coloca-se os olhos nele. Depois de todas as atrocidades que o ruiva já causou ele merecia até pior do que a lente devo ressaltar.

Enfim no sétimo andar, tinhas vários polidas forneces e agentes da autoridade. Não sabia qual a intenção disso. Minha irmã suspirou e logo deu um passo em frente, orem não muito longe foi pois havia sido barrada por dois agentes.

— Nos deixe passar! Por favor.

— É uma cena de crime.

— Crime? — dizemos em uníssono.

Crime? Não ela não.

— Senhores os deixem passar por favor, eu me responsabilizo por eles! — a voz de Dean se fez presente.

Dean era um enorme amigo meu, mesmo ele sendo da polícia não me dava o direito de fazer o que eu quisesse eu era uma pessoa como as outras perante a sociedade e perante ele quando o moreno estava em trabalho.

O mundo não era perfeito.

— Peço para que se tentem controlar e ter calma.

— Calma? Como calma?! — em forma de desespero por minha parte sinto o abraço dele. —Dean................ela não!

— Ela não estava cá, nem ela nem Nikolas. Estamos a tentar de tudo para a encontrar António tem calma.

— Podemos entrar? - é minha irmã.

— Não se aproximem muito, todo o apartamento é cena de investigação e crime.

— António! — em forma alternada pelo seu tom de voz minha irmã aponta para perto da janela.

Vendo tudo aquilo me apavorou demasiado. Vendo o colchão cheio de sangue me fazia chorar e chorar sem parar. Havia sangue por todo o lado, havia sangue na parede, sangue no colchão e sangue no balde de água que ali existia perto dele. Cacos de vidro mais adiante e cordas numa cadeira.

Nem imagina o que Natasha aqui passou e o que esteja a passar. Nikolas era o seu humano mais terrível e horrível da fase da terra, devo admitir por mim mesmo que ele até era pior que James, mas nunca pensei que o ruivo tivesse a coragem de fazer uma coisa destas ou mesmo parecido.

— O que fazemos agora?

— Nada! Sei que não é a resposta que queres ouvir porém não podemos fazer nada.

— Chefe! Encontramos pedaços de líquido ameniótico no sangue que existia no colchão. — se apresenta perante ele o loiro.

— DROGA! — soco a parede.

— Irmão! Ei, vem vamos.

— Ne deixa Glória, eles são a minha família não vou sair daqui sem ter notícias.

— Eu sei.....eu sei que sim. Vamos deixar eles trabalharem e nos sentar nas escadas vem.

Minha irmã tinha razão eu neste estado não fazia nada controlado, eu estava numa tristeza profunda eu estava contando todos os minutos e todos os segundos para ter notícias novas e boas. Porém a este andar não sairia daqui nem daqui a uma semana, eu os queria de volta. Eles não podiam me abandonar, eu não ia conseguir!

— O que acontece agora?

— Acontece? Agora?

— Sim,. Natasha perdeu o líquido que envolvia o bebé o que acontece agora.

— Nada bom!

Pois! Bem essa resposta eu já esperava porém eu queria algo mais concreto do que um simples "Nada bom!" Eu precisava de resposta. Logo vejo minha mãe e meu pai subindo as escadas, meus olhos inchados, minha cara vermelha e meu corpo tremendo mais do que tudo.

O que faltava agora mais Deus?

— Diminuição dos movimentos do bebé, o sangramento é algo ligado estritamente ao bebé, a bolsa deve-se ter rompido não vou mentir isso dificulta a entrada de ar e o bebé pode já estar....

— Estar morto dentro da barriga é isso que queres dizer não é?

— Não! Não!

— É Glória, é isso mesmo! — me levanto porém minha mãe me puxa. —Mãe deixa-me.

— António, sei que os queres de volta eu compreendo eu também quero......todos nós queremos, mas ficando assim não ajudará em nada a investigação.

— Agora a culpa é minha? — me exalto fazendo todos olhando para mim. —Agora a culpa é minha de que não tomei conta dela, de que fui um estúpido em a ter deixado sozinha no quarto mesmo sabendo que ela estava tendo pesadelos com ele e mesmo ela me dizendo que ela via ele todos os instantes e horas?

— Não é isso que a tua mãe quer dizer!

— Não? Me culpem, podem me culpar por tudo mas não digam que eu não a amo porque isso não é verdade. Eu amo aquela mulher mais que tudo na minha vida, eu não consigo respirar direito sem ela por perto, minha vida inteira esperei por uma amor que só ela soube-me retribuir e agora falhei em não lhe ter dado ouvidos!! Eu sou um monstro!!

— Não és. Todos erramos e digamos que tu não erraste fizeste de tudo que estava ao teu alcance para a te proteger e ela não te culpará por isso. Não mesmo! — meu pai. —Filho! Olha para mim, sei que é difícil encarar tudo isto e difícil ver um caminho bom no meio de tanto caos, porém tens que ser forte por ela.

— Eu estou destruído, eu preciso de ajuda eu preciso mudar.

— Todos estamos mas isso não nos faz menos humanos. Ninguém aqui te culpará por nada, todos estamos nesta juntos e a fazer o máximo para tentar ajudar nas buscas.

— Eles tem razão......... — é minha mãe. —Sei que estás bastante abalado, mas tens que ver o caminho correto para continuar lutando por ela! Natasha e aquele bebé precisam de nós, mais do que nunca.

— Se já não tiverem mortos.

— Para! Para com isso.

— Como paro, é verdade. Tu mesma viste o sangue que ali estava, a esta altura Natasha deve estar mais fraca do que qualquer outra coisa e a culpa disto tudo será daquele canalha.

Porra!

Minha raiva não me deixa em paz.

— Não digas isso......eu sei que Natasha é forte e vai conseguir ultrapassar isto.

Como minha mãe podia ter tanta a certeza disto tudo?

Minha mãe, meu pai e minha irmã me abraçam. Eu estava fraco demais, este sequestro me abalou tanto que não mais tinha a noção do tempo, Lopez e o restante dos seguranças se apresentaram no vão de escadas entre o sexto e o sétimo andar e meus olhos apenas sabiam chorar e mais nada.

— Nós a vamos encontrar amorzinho, eu sei que sim!

— Mamãe tem razão, nós vamos conseguir os reaver para nós!

Espero que isso fosse verdade.

— Chefe! — ofegante um agente correu pelas escadas acima.

Vocês devem se perguntar, porque não usamos o elevador. Ele está interditado pois também é uma cena de crime e todas as pessoas que aqui passavam para ir para os seus apartamentos tinham que ter a aprovação da polícia e mostrar que viviam aqui.

— Chefe!

— Nunez o que se passa? Aconteceu algo?

— Encontramos! Encontramos a casa no meio da floresta. — lhe mostra o tablet.

— Casa? — falamos todos.

— Nem tentem! — ordenou, porém não lhe dei ouvidos.

[...]

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top