40²
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Natasha Torres
01:35h — Lua de Mel
E começasse agora a vida de casada!
Seria um trabalho fatigoso daqui em diante, ainda me estava a adaptar á ideia de ser mulher de António e á ideia de que para qualquer lugar que fosse todos olhariam para mim, muitos felizes e outros de cara fechada.
Estava no corredor descendo as malas com Vitor enquanto S/n estava com Hannah e Sira no tablet, talvez jogando o seu jogo favorito. Se a pequena soubesse que já me estava ir embora, talvez ela se livrasse daquilo, todavia não me importava se ela ficasse lá.
— Bem! Acho que já está tudo irmãozinho, obrigada.
— Sempre ás ordens! Diverte-te bastante, manda fotos e avisa quando chegares. É para o papai ficar tranquilo.
— Eu ou tu Vitor? Não mudes as coisas, claro que eu sentirei saudades tuas, mas não mais que tu!!
— Isso é verdade irmão! Nem sei porque disse que iria para a Lapônia.
— Eu podia auto convidar-me na maior tranquilidade.
— Engraçadinho, irás te divertir aqui. Aurora deixa-vos ficar aqui na casa até ter a minha certa para morarmos quando voltar.
— Ué? Não vais morar com o António?
— Não Vitor, eu virei de vez em quando visitar o clube porém terei que cuidar da empresa em Portugal! — é António. —Mas fica tudo bem, sei que tomaram conta dela por mim.
— Isso é verdade. — ri e logo me solta um sorriso.
Me despedi deles e a última pessoa a quem queria despedir ainda tava brincando no tablet, ela era tão concentrada no seu jogo que por vezes nem nos ouvia quando falávamos com ela, todavia nunca me irritava com ela a esse respeito. Ela tinha que viver a sua vida e como hoje era um dia importante eu deixaria passar esse pequeno aviso.
— Papai! Ficas bem mesmo? Não quero que nada te aconteça, sei como tens andado ultimamente.
— Eu fico bem anjinho! Vai com Deus, nada irá me acontecer. Eu não vou te deixar tão cedo.
— Jura!
— Eu juro. — me beija na testa. —Eu ficarei bem, nada me afastará de ti tão cedo fica descansada! Até anjinho. Papai te ama.
— Eu também te amo pai.
Bem a pequena ainda não tinha notado e eu já estava na porta com todos em meu redor, digamos que ela nem se deu conta que eu e seu pai nos estávamos a ir e ela iria ficar triste se nós partíssemos sem nos despedir dela.
Chamo a sua atenção mais uma vez e logo vira a cara para mim, ela era perfeita, uma pessoa na qual eu podia confiar e falar sobre qualquer coisa. Ela era a melhor pessoa.
— Mamãe! Não me esqueci de ti, só não queria perder o jogo que estava tentando acabar faz algum tempo. E eu consegui passar, hoje eu consegui. — alegre me abraça. —Quando voltarás me conta tudo. Quero saber os pormenores!!!
— Tiveste muito empenhada estou a ver, mas deixa lá. Vá dá-nos um abraço, eu e António já estamos atrasados!!
— Não estão não, o piloto espera. Sabes que eles recebe bem, é um dos melhores pilotos e está a trabalhar para a família com mais dois!!
— Ai sim? — me faço de surpresa. —Bem terei que ir anjinho. — dou um beijo na sua bochecha.
— Papai te ama filha, toma conta da vovó, do Vitor, do Arthur, do Thor e especialmente da casa!!
— Eu tomo, fica descansado.
— Até para a semana! Fiquem bem sem nós.
— Nós ficamos estejam descansados. — Glória se pronuncia. —Se divirtam e quando voltares iremos fazer uma coisa num sítio que eu cá sei.
Glória e todos na casa sempre ateimavam que eu sairia destas férias grávida, eu não estava botando muita fé nisso. Eu queria que ele viesse no tempo indicado e sem tanta pressão, alguma coisa poderia dar errado e nenhum de nós queria isso.
— Tudo bem! Irei pensar. — solto um leve sorriso e logo se despedem de nós mais uma vez.
Entramos no carro e agora seria um novo rumo da nossa história, um novo rumo com novos desafios e novos caminhos daqui para a frente, sei que seria difícil porém com as pessoas que amava a meu lado eu ultrapassaria tudo.
Fogo no fogo, talvez ele nos mataria, mas este fogo era algo natural e intenso algo que tanto eu quanto António já estávamos acostumados e digamos que a minha única direção era ele e apenas ele, na vida era ele e eu tinha o desejo disso. Nunca deixaria ninguém arruinar os nossos RITMOS.
Primeiras horas como uma senhora Torres!
— Boa noite senhora Torres! — indaguei-o a aeromoça na entrada do jato. —Esteja á vontade.
— ...
— Senhora? — capta a minha atenção. —Entre, está tudo pronto para o descanso.
— Descanso?
— É amorzinho. Obrigada Beatrize, minha mulher ainda é nova e ainda se está a habituar com o nome Torres nela! Logo logo ela estará pronta.
— Compreendo, bem. Tem aqui umas cobertas e os assentos já estão reclinados para dormir!
— Obrigada Beatrize. - minha primeira vez falando assim. —Muito obrigada.
— De nada senhora! Irei vos deixar, até já.
— Até!
Com tanto acontecendo na minha vida nem tive tempo para parar e pensar no qual estas duas palavras "Senhora Torres" soava na minha cabeça. Quando ele me pediu em namoro e até em casamento isso ainda era um pensamento distante, porém com o tempo passando isto se tornou mais intenso e agora teria que reformular muito bem isso na minha cabeça.
Me deitei na cadeira e António se deitou na minha frente, bem....esta era a cadeira mais confortável devo admitir e era raro eu dizer isso. Senti meus músculos relaxarem até que vejo o moreno a dormir na minha frente, ele tinha bebido tanto que estava cansado e digamos que o dia de ontem foi cansativo.
Ainda não havíamos descolado pois estavam enchendo o tanque por isso António nem se importou em questionar e muito menos eu....não queria incomodar o ótimo trabalho que estavam a fazer para nos acomodar da melhor forma.
Lopez e Enrique estavam a falar mais afastado, mas mesmo assim não deu para deixar de ouvir algumas palavras. Eu não sou de me intrometer em nada, porém se fosse algo grave tinha que saber antes de António para ele não se enfurecer se algo desse errado.
Nunca tive a oportunidade de os agradecer o extremo cuidado que tinham comigo, sempre foram bastante atenciosos desde o primeiro dia, nunca soube a verdadeira história sobre o por de trás disso tudo, todavia quando tivesse oportunidade iria questionar Enrique sobre isso. Sou demasiado grata todas as vezes que ele me protegeu do perigo.
(...)
Lopez
— Qual é cara! — me fiz presente falando um pouco baixo. —Porque não paras com esse olhar, eu te conheço perfeitamente bem Enrique.
— Que olhar? Estás maluco Lopez.
— Sei! Não faças ter que te despedir a mando de António ao saber que não paras de olhar para ela assim.
— Eu olho para ela como olho para qualquer mulher, para com isso.
— Se eu não te conhece dizia que estavas dizendo a verdade.
— E é verdade eu só estou feliz por ela irmão.
— Hum hum! Claro.
— Para, me deixa descansar.
— Tudo bem zangadinho!
(...)
Me levantei, procurei a aeromoça e ela me indicou onde ficava a casa de banho, bem com tanta bebida que tinha bebido esta seria uma das minhas paragens por algumas horas devo admitir. Passei por todos, olhei para os quatro que estavam relaxados e entrei, suspirei fundo e tentando controlar meus pensamentos.
Havia um enorme conflito entre o meu coração e a minha mente e com o tempo isso iria ser remediado.
Tempo depois, voltei para o meu lugar e fechei os olhos descansando pelo menos um pouco, eu sempre soube que em aviões nunca conseguia desancar e este não seria exceção, pelo menos eu achava isso até á pouco, quando meu corpo relaxou e meus olhos queriam fechar por conta própria.
— Amor! Amorzinho.
— ...
— Ei! Amorzinho. Já estamos a chegar, acorda vá. — me beija na testa. —Dormiste bem e digamos que eu também, estou acordado á duas horas.
— Dormi assim tanto?
— A Beatrize me informou que desde que levantamos voou tu e eu dormimos!
— Ela ficou acordada este tempo todo? Tadinha, devemos dar-lhe um salário bom e um bom descanso.
— Aham Aham. Faz isso por mim!
— Eu?
— E porque não? Vá, agora vem, vamos comer aqui um pouco. Tem morangos e mirtilos!!
— Mirtilos?! — contente me sento no sofá enorme. —Desculpem. — digo olhando todos soltando sorrisos ligeiros. —Querem um pouco?! — acrescentei.
— Podes comer, tem mais ali!
— Mas podem comer também, de certo modo eu tenho a certeza que não conseguirei comer estes todos.
— Isso é verdade. — acentou Enrique deixando todos surpresos, inclusive a mim. —É....bem! Eu vou ali e já volto!
Enrique estava estranho e eu tinha que entender o porquê de ele estar a agir desta forma, nunca soube decifrar os olhares do moreno e muito menos o seu jeito de estar perante mim me protegendo.
Continuamos a comer e logo ele voltou, António estava estranho e eu não sabia qual a razão para ele estar assim. Ele era o homem que eu amava e isso não mudaria em nenhuma circunstância e nem com o passar do tempo, com ele eu realmente tinha encontrado o amor e a esperança.
Pouco tempo depois, o jato aterrizou e nos vestimos a rigor ainda mais pelo gélido tempo que se fazia sentir aqui, a paisagem lá fora era incrível e maravilhosa, nunca havia me deparado com uma tamanha obra de arte como é a neve. Talvez em outros tempos eu tivesse tido posses e vindo aqui antes porém nunca é tarde para fazer o que realmente se gosta.
Estavam 3°C! Iria congelar.
— Estão 3°C, eu vou congelar ali fora.
— Não irei deixar isso acontecer, vá vem vamos para o hotel deixar as malas!
— Veste umas luvas Torres.
— Tudo bem mandona. — sorri e logo saímos do jato. —Vês não é assim tão mau!!
— É sim, irei congelar daqui a 3 segundos.
— Vem cá anda eu aqueço-te.
— A que fofinho!
— Oh que carinho! — me beija e logo entramos no carro. —Tem aqui o itinerário para veres o que iremos fazer hoje.
— Sabes que escurece cedo não sabes?
— Sei! Qual o problema disso?! Eu gosto de fazer coisas ás escuras. — murmura e logo todos rimos.
— Só tu mesmo Torres.
Ainda bem que eu o tinha perto de mim, ainda mais num país que nem eu conhecia e nem sabia se as pessoas daqui eram confiáveis. Neste momento meu olhar era de alegria e de paixão, isto era a única forma de dizer que eu estava extremamente grata pelos momentos que estava vivendo com eles.
O caminho até ao hotel foi um pouco longe, mas finalmente havíamos chegado. Eu sabia que neste país os hotéis tendiam a serem diferentes dos outros e este não foi exceção nenhuma. Northern Lights Ranch era simplesmente perfeito.
António fez o check-in com o moço e eu fiquei observando a vista, era simplesmente maravilhoso e digamos que eu estava mais ansiosa para ver a aurora boreal e as renas do que qualquer outra coisa. Eu estava nas nuvens com tudo que estava acontecendo, António pegou nas chaves e nos dirigimos para o quarto.
A arquitetura do lugar era rústica, porém com um toque moderno ao redor. Era algo que me agradava e digamos que estava quente, provavelmente iria ficar o resto do dia aqui ainda mais para descansar e aproveitar as coisas que o nosso novo cantinho oferecia.
— O que é isto? Para quê tantas rosas? Sabes que não vamos conseguir caminhar pelo quarto!
— Para todos os dias que tiveste longe de mim e para todos os momentos que sofreste por minha causa.
— Oh querido! Es tão fofinho, mas e agora o que faremos a isto tudo?
— Ficamos com 4 ramos de rosas e o resto damos ás pessoas dos outros quartos e hotéis da cidade!
— Fofinho.
António era extremamente fofo e digamos que eu fico admirada por vezes com a sua qualidade de me amar e de demonstrar o seu amor. Nunca tive a oportunidade de me sentir tão amada como nestes últimos cinco anos e devo confessar que estes últimos anos estavam a ser os melhores da minha vida.
Organizamos tudo e logo me sentei no sofá, descansei as botas e calcei minhas pantufas.
Enfim algo confortável em meus pés!
— Amorzinho! Não vamos passear?
— Estou cansada, talvez amanhã acordemos bem cedo para fazer as coisas.
— Vou ficar triste assim, mas bem.....eu faço-te companhia aqui!
— Vês não é assim tão mau, ainda temos outro assunto a resolver! — me sento em cima dele. —Que tal resolvermos de vez o nosso assunto?
— Esse assunto! Á esse já gosto.
— Bobinho.
Começamos nos beijar e logo me joga no sofá novamente, tirando minha roupa e sentindo sua boca beijando cada centímetro do meu corpo era a coisa mais relaxante neste momento, era algo inusitado e excitante ao mesmo tempo.
Com delicadeza tiro suas calças e sua camisola e logo o moreno começa a fazer movimentos vai e vem no meu clitoris, um gemido, dois gemidos, três gemidos e o prazer só aumentava.
Os dois gostávamos disto e digamos que de explorar novos métodos para nos satisfazer aos dois também estava no cardápio para uma boa relação. Beijo o seu pescoço várias vezes enquanto nossas mãos ficavam entrelaçadas uma na outra.
Mudando de lados é a minha vez de o satisfazer, fazendo o moreno arrepiar começo a fazer movimentos vai e vem em cima dele, os beijos cada vez eram mais demorados e mais cheios de paixão e vontade. Estes eram os momentos que nunca morriam e eu amava este jeito delicado de António.
Ele era o homem perfeito.
— Acho que nosso casamento finalmente se comungou depois disto.
— Isso é dizer pouco! Vou explorar o resto do cantinho.
— Hum hum! Vou arrumar as malas lá perto da cama e depois podemos ir comer. Estou com bastante fome.
— Tudo bem, vou organizar melhor a minha bolsa e dizer aos seguranças.
— Ok.
Eu tinha a esperança que esta ia ser a melhor lua de mel e férias que alguma vez tive, era a primeira vez que saímos sozinhos para qualquer lugar e digamos que eu não me importava de estar com ele, porém eu também sabia que num momento para outro ele tinha que parar por um momento e se concentrar no seu trabalho, mesmo estando longe dele.
— Pronta?
— Sempre.
💄💋⚽️
António Torres
14:40h - Lua de Mel
Neste momento da minha vida eu só podia agradecer todos os bons momentos que tive até hoje. Natasha veio trazer uma nova luz á minha vida e essa luz não mais poderia ser apagada. Ela era a rainha da minha vida e a rainha na da pista da dança, eu a amava de corpo e alma e era para ele e para com ela que eu morreria se precisasse.
Saímos e fomos diretos ao restaurante comer alguma coisa, Lopez e Miguel sentaram-se na mesa perto de nós enquanto Enrique e Franco tomavam conta de Natasha enquanto a morena estava ao telefone a falar com S/n.
Bem....por este andar tínhamos que dar feedback todas as horas, mas bem e conheço a pequena ela iria insistir para vir para cá mesmo a Lua de Mel sendo minha e da Natasha.
— Lopez!
— Sim senhor.
— O que o teu irmão tem? Ele está estranho.
— Estranho? Ele está bem, não me informou nada! — engole seco.
— Lopez, não me enganes. O que se passa com ele, e a razão pela qual ele está a agir assim com ela.
— Ele apenas a está a proteger senhor nada além disso.
— Ele olha para ela como alguém apaixonado!! Não me faças ter que te dizer para o despedires, fala com ele antes que eu mesmo o faça.
— Sim senhor. Bom....cá estão eles novamente!
Natasha estava simplesmente maravilhosa, puxou a sua cadeira para perto da minha e ficou de frente para o bar que existia no local. Eu adorava o seu toque e o seu jeitinho de se sentir amada, ela me fazia bem de inúmeras formas diferentes e esta era uma das suas formas de mostrar que estava feliz e segura.
— S/n me perguntou se podia ver aquele filme "Hope". Eu informei-lhe que melhor não, ainda era muito nova para isso mesmo tendo uma criança de 8 anos atuando!
— Fizeste bem, esse filme não é para ela.
— Já o viste?
— Bem....pode-se dizer que sim! Chorei devo admitir, mas não falemos de coisas tristes. Vamos falar sobre nós.
— E o que temos a falar sobre nós?
— Várias coisas entre elas isto!
Colocando meu telemóvel na frente da morena em cima da mesa a mesma da um leve sorriso, ela sabia que todos nós estávamos á espera de uma esperança em nossa vida e lista de nomes de bebés seria agora a nossa rotina favorita.
A comida logo veio e como eu sabia a comida que a morena queria tanto provar aqui foi fácil enquanto ela falava com a pequena. Estava tudo maravilhoso, o espaço era acolhedor, quente, harmonioso e cheio de cheiros e sabores diferentes. Nada podia estranhar este maravilhoso momento.
Tempo depois saímos do restaurante e fomos explorar um pouco tudo o que havíamos planeado, eu sabia que ela precisava descansar, mas com a emoção que ela estava para ver a aurora boreal e ver as renas eu não podia deixar de fazer esse seu desejo.
Estes eram os momentos nos quais eu não me arrependia.
— Olha o que temos ali á frente.
— Renas!!!!! — saiu em passo apressado de perto de mim. —Vês, elas são carinhosas vem cá!
— Não acho prudente.
— Estás com medo?! — solta um sorriso. —Vem, elas não te fazem mal.
— Tudo bem! Mas tem que ser rápido, quero tirar-te uma foto que prometeste ao teu irmão.
— Tudo bem. — acaricia o animal. —Tem ali póneis, depois vamos lá também.
— Ok ok. Senhora apressada!!!
Ver uma rena pela primeira vez na minha vida também foi uma meta cumprida, eu sempre gostei destes animais, porém longe de mim. Eu sabia que eles podiam ser muito temperamentais por vezes, por isso não queria arriscar em relação a isso.
— Essa rena está prenha! — indaguei-o o senhor vindo até nós. —Faltam apenas poucos dias.
— Que bonito amor, vês ela vai ser mamãe!
— É! — vou para perto de Lopez. —Eu fico bem aqui.
— Ela é a rena mais carinhosa daqui, escolheram bem em vir ter com ela. Pode vir senhor, ela não fará mal nenhum!
— Eu fico bem aqui, estou só a ver.
— Ai António, para de ser assim. Vem, o bebezinho dela está aqui.
— Tudo bem!
Não queria! Porém fui literalmente obrigado a acariciar aquela rena, não queria, todavia eu faria qualquer coisa para colocar a minha mulher feliz. Enquanto acariciávamos e dávamos de comer ao belo animal a instrutora nos informou de todas as curiosidades sobre as renas.
Fiquei encantado com tantas coisas que aprendi!
— Minha esposa ficou encantada com tudo isso.
— Que mentiroso. — ri para mim. —Não fui só eu não!
— Para Natasha estás a envergonhar-me.
— E tu mesmo me dizes-te que o podias fazer!!
— Tudo bem sim eu disse, porém eu não quero passar por burro. Eu fui para a escola.
— Não tenha medo de sentir dúvidas e digamos que as renas são mais importantes do que o senhor pensa. Na escola não nos ensinam sobre estes animais em específico.
— Vês! Eu disse-te Torres, tudo bem. Eu também fiquei contente por saber disso tudo delas e neste meio tempo tu até estás perto do focinho dela!!!
— Eu o quê?! — me afasto.
— Ei. Quê isso era melhor nem ter dito nada.
Não queria parecer um homem com medo, porém esses animais eram enormes e eu comparado a eles iria perder de qualquer forma por isso era melhor não me arriscar tanto perante elas.
Seguimos caminho e visitamos também os póneis que tanto Natasha queria ver, cavalos para mim eram uma paixão já de criança e isso não mudaria em nenhum aspeto ainda mais por ter uma quinta e um cavalo de eleição que tinha muito amor por mim e eu por ele. Atlas para mim era o meu bebezão grande, ninguém se podia zangar com ele.
— Quando vamos ver a aurora boreal?!
— Quando ela aparecer, eu não controlo o tempo amorzinho.
— Podias! — me coloca a mão nas costas. —Bem....onde vamos agora?
— Você quer brincar na neve?
Um boneco quer fazer?
Você me podia ouvir
E a porta abrir
Eu quero só te ver - canto um trecho da música. —Vamos?
— Aham Aham. — atiro uma bola de neve para ele.
— Isso não vale, ainda não tinha dado permissão para começar!
— E quem disse que podias dar permissão? Eu mesmo a dei. — me beija e logo corre de mim. —VEM! Vamos brincar.
— Tudo bem!
— Também podem relaxar meninos! Não faz mal nenhum, estamos afastados das pessoas.
— Não acho prudente senhora, nós estamos bem.
— Quê isso Lopez, desde que te tornaste meu segurança nunca te vi brincar comigo ou com os meus filhos. Vá deixa disso.
— Senhor!
— Lopez! Tudo bem, vá relaxem. — assentiu a morena me atirando novamente uma bola de neve.
Esta foi grande e acertou bem na minha barriga!
Eu realmente não tinha errado em nem um só sentindo quando a questão era a escolha da pessoa certa para passar o resto dos meus dias com ela. Eu estava finalmente vivendo a minha vida que sempre desejei e não a pôde ter, mesmo eu tendo 40 anos isso não me impedia de ter a mentalidade e um corpo de um jovem de 25 a 30 anos.
Eu me sentia realizado com tudo isto. Ela estava feliz! Eu estava feliz!! Nós estávamos felizes!!! Nunca na minha vida me tinha sentido assim com alguém e digamos que isso me emocionou demasiado.
Fizemos o nosso próprio boneco de neve, bem....pelo menos tentamos fazê-lo. Este tempo era aquele que eu me sentia ainda mais apaixonado por ela, voltamos para o quarto e lá tomamos banho juntos e colocamos uma roupa bem quente para ficar o resto do tempo no quarto. Eu me sentia orgulhoso.
Meu coração era dela! Seu coração era meu!!
Passar estes momentos sozinhos com a morena me faziam enxergar de como a vida nos pode surpreender de diversas formas, como aqui escurecia cedo Natasha tinha trazido uma relógio que sempre dizia as horas. Pela última vez que tinha ouvido eram cerca de 20horas, nunca imaginei que pudesse ter ficado tanto tempo fora....porem com esta mudança de horário e a noite chegando mais cedo meu cérebro ainda tinha que se habituar a isso.
— Enrique se esqueceu que tu és minha mulher, minha, não dele!
— ... — fica surpreendida.
— Nem de mais ninguém. Não dou a mínima se eles são bonitos ou não, se eles tem posses ou não se eles são gente boa ou não! Tu.......és.....minha e ninguém ouse tocar em um fio de cabelo teu ou será um homem morto.
— Eu só amo a ti, não amo mais nenhum homem a não ser a ti! Eu sou tua e sempre serei, Enrique apenas é educado comigo nada além disso.
— Hum hum! — cruzo os braços perto da parede do quarto. —Ele te olha apaixonado. — faço biquinho.
— Para com isso Torres! És tu que eu quero, Enrique só confundiu as coisas..... já já isso passa vais ver.
— Não tenho tanta a certeza disso.
— Mas tens que a ter, eu e tu somos um só e sempre será assim até ao final! Não importa se as estações mudem, não importa se o tempo durante o dia diminui em estarmos juntos, não importa se faça chuva ou faça sol....................eu sempre irei te amar.
— Ai amor! Não fales assim viu. Me matas de desejo ainda mais.
— Então iremos matar essa vontade agora.
Natasha conseguia simplesmente me tornar um homem louco por ela, a deito na cama e começamos a fazer amor. Estes eram os momentos nos quais tínhamos uma conexão ainda mais forte e mais intensa, estes eram os momentos nos quais ambos nos desejávamos ainda mais e digamos que eu não me arrependia em nada de os fazer tornar-se sempre realidade.
Eu sei o quanto ela sofreu e passou por isso eu tento sempre ao máximo dar o melhor de mim todos os dias, na forma que falo com ela, na forma que a abraço, na forma que a beijo e na forma que fazemos amor. Eu sempre vou estar aqui para ela e para curar ainda as suas feridas que possam existir.......sempre serei compreensível em todas as circunstâncias.
— Olha o que está no céu!
— Não acredito. A aurora boreal. — se entusiasma e abre as cortinas das janelas. —Ainda bem que acabamos cedo!
— Engraçadinha, volta para a cama. — a abraço por trás.
— Gosto de ficar em pé. Um defeito meu desde pequena quando vejo coisas novas!
— Eu vou fazer com que nem te possas levantar daqui a pouco.
— Para com isso.
Ela se afasta de mim e digamos que disse algo que não devia, porém nem me havia dado conta sobre isso.
— Me desculpa amorzinho, eu não queria ter dito isso. Me perdoa!
— Levanta-te António, vá para de ser uma criança vamos observar a aurora boreal.
— Me perdoas?
— Irei pensar. — acaricia minha cara. —Talvez sim, daqui a pouco.
— Só daqui a pouco? Isso não é justo.
— Ai bebezão! Para com isso, vá tudo bem. Eu vejo a cortina e podemos ver na cama.
— Assim eu gosto! Ficamos os dois quentinhos e a ver o que queríamos.
Nos deitamos e logo a morena coloca a sua cabeça no meu peito, acariciando com sua mão o mesmo. Eu estava orgulhoso de mim e de como a nossa relação tinha evoluído muito em cinco anos, eu tinha a certeza de que tinha feito as coisas certas e não queria mudar isso em hipótese.
Tempo depois ia me levantar, porém Natasha havia dormido a assistir a aurora boreal. A deito com jeitinho do seu lado da cama e a cubro da melhor forma possível, apaguei todas as luzes e sai dali a deixando tranquila ainda mais quando queria falar apenas com Lopez sobre um assunto que ainda me incomoda.
— Boa noite senhores! Natasha está ali dentro, se ela acordar digam que estou no vosso quarto.
— Tudo bem senhor. — em resposta Enrique olhou para mim.
Não me conformava um só segundo de como Enrique podia estar a criar afetos pela morena, ele tinha várias mulheres do mundo á escolha. Porque razão havia de escolher a minha mulher para gostar? A noite estava gelada, mas como o quarto ficava mesmo em frente não ouve problema.
Bati a porta e Miguel a abre, bem....o quarto deles estava aconchegante e tinha acabado de preparar um chocolate quente, eu adorava "chocolate quente" ainda mais com marshmallow eu adorava isso e desde criança minha mãe fazia quando estava doente. Estás boas memórias nunca poderia ser apagadas.
— Vou deixar-vos sozinhos! Tenho que colocar as minhas roupas na gaveta.
— Obrigada. — se pronuncia Lopez após pousar uma chávena de chocolate quente na minha frente. —O que queria falar senhor?
— Sabes muito bem a razão pela qual eu aqui estou.
— Sei! Claro, bem....eu falei com ele antes de chegarmos aqui. Naquele momento em que o senhor e Natasha estavam mais á frente.
— E? O que ele disse.
— Se desculpou pelo seu comportamento e que não mais vai voltar a acontecer. Em relação aos olhares eu pedi para ele tirar uma semana longe dela e ficar com o senhor, enquanto eu me coloco com ela e o senhor fica com ele.
— Obrigada. — sorriu ligeiramente. —Bom....este chocolate está maravilhoso, foi a Patrícia que te ensinou não foi?
— Pode-se dizer que sim, além do mais estão a divertir-se imenso que nem quero incomodar.
Verdade!
— Nunca me havia sentido tão feliz como estou agora.
— Quando estamos apaixonados tudo muda.
— Isso é verdade, Natasha é e sempre será a mulher da minha vida. Tenho sorte em ter a encontrado.
— Natasha é especial para todos senhor, o seu sorriu contagia muitas pessoas e eu digo por experiência própria!!!
— Estás certo. — tomo o meu chocolate quente.
Alguém havia batido na porta, devia ser Natasha ou algum dos seguranças. Minha hora estava chegando de ir para perto dela, me despedi de Lopez e de Miguel e logo fui com a morena para o quarto. Talvez ela tivesse percebido que eu me ausentei e ficou assustada ainda mais depois de eu ter dito o que não devia.
Bem, nos deitamos, ela olhou para mim, sorriu ligeiramente e logo fechou os olhos.
A caramba!
Como pode alguém ser tão meiga e carinhosa como ela. Se ela estivesse a morrer de joelhos eu era o primeiro a resgatá-la, se ela se afogasse eu daria os meus pulmões para ela respirar. Eu FARIA qualquer coisa por ela.
— Eu te amo Torres. — suas últimas palavras.
— Eu te também te amo amorzinho! — acaricia sua cara e dou um beijo em sua testa.
[...]
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