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And when I'm walk in, all
that I wanna hear
Is you say, "Daddy's home,
daddy's home for me"
And I know you've been
waiting for this love in your day

• Daddy's Home - Usher •
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Frase do Capítulo:
-Vencemos! Finalmente vencemos família.

António Torres, 2013

💄💋⚽️

— 1 de janeiro de 2013 —

Natasha Costa
09:20h - do hospital a casa

Hoje era um dia bastante especial, além do meu pai ter alta era o dia em que António tinha dito que ele podia ir lá para a sua casa ficar até se recuperar 100% e fazer suas tarefas diárias sozinhos. Meu pai, não tinha a sensibilidade do lado esquerdo do corpo ainda ativado por isso acho que tanto eu como todos naquela casa teríamos um trabalho imenso pela frente.

Eu não sabia a última vez que tinha dormido uma noite inteira. Sempre ficava com o meu pai todo o dia no quarto, eu simplesmente queria sumir ainda mais vendo o amor da minha vida neste estado...meu pai, o homem que sempre teve um ombro carinhoso, um colo quando chorava e o homem que me ensinou a falar estava agora deitado nesta cama.

Eu simplesmente estava devastada com tudo isto, António vinha aqui sempre que podia e estava a ser um enorme apoio tanto para mim como para o meu pai. Ele era simplesmente um homem perfeito sem dúvida alguma, ter um homem destes na vida é sempre complicado de arranjar, mas Deus foi benevolente e fez com que ele entrasse na minha vida.

— Natasha Costa? — se pronuncia o médico após entrar no quarto. —Aqui estão os papéis da alta médica e o teste de ADN que seu pai pediu.

— Ele insistiu nisso?

— Filha, está tudo bem. — meu pai sorridente me dá sua mão. —Está tudo bem se não fores!

— Obrigada doutor! Obrigada por toda a ajuda.

— Sempre que precisarem. Se cuide Arthur, fique bem logo!

— Fique descansado doutor, tenho as melhores pessoas comigo. — diz meu pai, e logo vejo António entrar no quarto. —Bom dia genro! — acrescentou rindo.

— Pai!

Meu pai quando queria conseguia ser insistente em um assunto, era inevitável falar para ele que ainda demoraria imenso tempo para eu namorar e casar, porém ele sempre insistia nisso todas as vezes que António estava perto de nós.

O melhor que aconteceu na vida da minha família foi sem dúvida, aparece a família Torres no caminho. Eles estavam sempre dispostos a ajudar quem mais necessitasse e neste momento era o que mais precisávamos. Eu não gostava de pedir nada, mas ter a companhia deles seria a coisa mais importante neste nova etapa.

Tanto eu quanto António ajudamos meu pai a vestir e logo Lopez trouxe uma cadeira de rodas para o quarto.

— Eu não acredito que compraste isso António! — incrédula vendo aquilo na minha frente o moreno sorri para mim. —Não quero nem chatear-me hoje.

— Não precisas filha, homens como ele á poucos aproveita.

E lá estava de novo meu pai me enchendo a cabeça com sonhos e promessas que nem sabia se iram se tornar realidade. Meu pai sempre quis o melhor para ambos os filhos e ele sempre conseguia fazer isso e ás vezes até não comprava algo para ele para nos dar a nós. Eu queria mudar isso, meu pai precisava de uma vida que nunca a teve.....ele precisava ser feliz.

Ajudando meu pai a subir para o carro logo partimos para a quinta, lá era o local escolhido tanto por António como para a família dele como o local mais indicado pra tomar conta do meu pai e ele sempre teria supervisão durante este tempo de uma recuperação mais severa. Eu acho que nunca iria esquecer a ajuda que eles me tem dado.

Era o primeiro dia do ano, era o primeiro dia de novos começos, nova vida e de novos propósitos. Já há uns dias para trás o moreno estava bastante contente ainda mais quando eu colocava a sua mão sobre a sua, eu não sabia o que ele planeava mas boa coisa não devia ser já que ele faz surpresas grandiosas.

— Bem-vindo Arthur! — é a Aurora.

— Prazer é todo meu, obrigada por nos receberem. — em resposta o moreno retribui-o com um sorriso ligeiro.

— Está com fome? Eu, o meu irmão e o Vitor fizemos um bolo de chocolate para o senhor.

— Hum uma jovem prendada gosto disso. Secalhar vou querer sim um pouquinho, menina?

— S/n, pai! E o seu irmão é o Ferran.

— Nomes bonitos.

— Papai que os escolheu. — diz o pequeno indo até ele. —É para o senhor!

— Muito obrigada crianças. Que tal me contarem algumas coisas?

— Sim! Vamos temos muito que falar, podemos conduzir a cadeira de rodas para o sofá?

— Cuidado meninos! Ele ainda está muito debilitado.

— Não tem mal papai, nós cuidamos muito bem dele.

Os filhos de António eram uns anjos em pessoa sem dúvida alguma. Eu precisava de descanso por isso pedi permissão a Aurora se podia subir para o quarto de hóspedes dormir um pouco, eu precisava nem que fosse uma meia hora de descanso. Minha meta era dormir, dormir e dormir.

Paro a meio de escada com todo o meus dedos a tremerem, todo o meu corpo tremia, era algo inevitável. Eu não sabia o que estava acontecendo comigo mas de uma coisa eu tinha a certeza, este estresse não me fazia nada bem, subo mais um pouco mas era impossível. Meu corpo me prendia para o local em que meu pai estava.

— Amorzinho estás bem?

— Eu....eu! Eu estou cansada António.

— Vá vem, dorme um pouco no meu quarto irá fazer-te bem.

— Tensa a certeza?

— Em breve ele será teu também amorzinho! Vem estás acabada.

— Aham obrigada pelo elogio viu Torres.

— Ai ai amor tu me amas eu sei.

— Sei? — me aproximo dele e logo roubo-lhe um beijo. —Claro que sei.

Me levando até ao quarto me deito na cama da forma mais normal e sem grandes rodeios. A casa estava quente por isso queria ficar fora das cobertas, ainda mais para não desarrumar os lençóis caríssimos do moreno.

António quis porque quis ficar, sentado perto de mim até adormecer eu avisei que ele me podia deixar sozinha, mas parece que o moreno não conhecia essa simples palavra. Minha bolsa cai da mesa de cabeceira e logo com ela cai também o envelope que continha o testa de ADN......eu não o queria abrir de forma alguma, não queria saber se era a verdade ou não.

— Um teste de ADN? — indaguei-o o moreno perto do meu ouvido, já me vendo com olhos fechados.

— Hum Hum! Abre e vê não quero saber disso para nada.

A mim não me importava se aquilo era verdade ou mentira o que estava escrito naquele papel, o que me importava era o homem que lá em baixo estava. O homem no qual me deu um ombro carinhoso toda a minha vida e não seria agora que um simples papel fizesse para eu parar de cuidar dele como ele sempre me cuidou.

Adormeci, mas por muito tempo. Logo estava acordada de novo e já lá não estava António....o papel estava novamente no envelope, saí da cama e logo abri a porta do quarto e dei de caras com Lopez e António a ajudarem o meu pai no quarto em frente.  Eles era bastante carinhoso com todo o mundo devo admitir, eles eram as melhores pessoas do planeta.

Perguntei se queriam ajuda, todavia não obtive resposta alguma perante isso. Pensei que talvez não quiserem falar comigo ou até mesmo não me tivessem visto por isso desci as escadas e dei de caras com S/n brincando com Vitor no final das escadas, a pequena estava a ser uma enorme ajuda para o meu irmão neste meio termo.

Ela fazia a questão que a re-intrigarão do pequeno na quinta fosse das melhores possíveis, dei um beijo em ambos na testa e logo perguntei onde poderia encontrar Aurora e Duarte. Eu queria falar com eles e agradecer a tamanha hospitalidade que eu e minha família recebemos, no escritório disse a pequena. Claro como fui tonta, eles sempre estão lá nem sei porque havia perguntado isso.

— Entre!! — se pronunciou uma voz vinda do fundo. —Natasha? Não devia estar a descansar?

— Obrigada por tudo!

— O querida não precisas agradecer além do mais já fazes parte desta família.

— Eu só queria saber quanto tempo acham que eu e minha família ficaremos aqui, eu não quero incomodar ninguém além do mais vocês tem a vossa vida!

— Que dispara-te Natasha. Sente-se. — me chamou Duarte e logo me sento perto de Aurora. —Não tem problema quanto a isso, agora fazes parte da família e a família se ajuda mutuamente!!!

— Família? — confusa bebo um pouco de água.

— Sim! Agora fazes parte desta família para sempre!

— Desde que António colocou seus olhos em ti sempre soubemos que algo em ti o tinha cativado bastante e vimos que a sua personalidade, o jeito de tratar as pessoas e as situações!

— O nosso filho, querida....ele tem um orgulho enorme em ti!

Eu já estava a entender onde eles queriam chegar com toda esta conversa, mas como é que um homem se poderia apaixonar assim tão rápido por uma pessoa muito mais nova que ele e que tem idade para ser irmã do moreno? Era impagável a gratidão que eu sentia por eles, esta família me corou de diversas formas possíveis e inimagináveis que nem mesmo eu estava pronta no começo para este amor todo.

Pedi permissão para sair depois de algum tempo conversando e logo Aurora saiu comigo e demos de caras com António contando um história para as crianças na sala. O moreno era sem dúvida um excelente pai para eles, sempre disposto a ajudar e a curar cada ferida deles sem nem gaguejar perante a sociedade.

— Natasha! Que bom te ver acordada, vá senta-te.

— Podem contar a história de como se conheceram?? Por favor?!? — fala S/n e logo os três fazem olhinhos de gatinho. —Por favorzinho mamãe.

— Contas tu ou conto eu?

— Contamos os dois que tal? Seria engraçado.

— Contar o quê? — nos olhos com reprovação Núria atrás das crianças. —Vá crianças venham, vamos passear um pouco pela cidade!

— Nos não queremos ir, queremos ficar em casa hoje!

— Meninos não repito novamente venham, tenho bilhetes para um filme.

— Nós não queremos. — acentou Ferran já furioso e se colocando em minha frente. —Eu não saiu daqui nem obrigado por ti!

— Eu sou vossa mãe caramba! Venham agora.

— Núria acho melhor não, eles já disseram que não queriam ir e ateimar com eles não levará a lugar algum.

— E quem tu pensas que és para falar com toda essa autoridade para cima de mim? Hem interesseira!

— CHEGA NÚRIA! SAI DA MINHA CASA AGORA. Passaste de todos os limites plausíveis e inimagináveis.

Aquilo estava pior que uma novela mexicana. Tinha medo que António se descontrola-se e arranja-se mais confusão onde não precisava, o moreno estava vermelho como um pimento. Sem dúvida, Núria o colocava no limite de todos os limites e em qualquer dia iria perder a cabeça com ela.

— Eu não saiu daqui nem que chamem a polícia.

— Tu queres ir arrastada é isso não é? — já furioso o tento controlar, mas sem sucesso sua mão estava tensa demais. —Mãe! — grita António e logo, Aurora aparece.

— Aurora por favor me ajude ele não quer que eu leve os meus filhos para passear.

— E eu também não, sair daqui agora é a melhor solução.

— Também está contra mim? Aurora por favor não me faça isso.

— Eu não estou contra si Núria. A partir do momento que tu fazes a tua própria escolha terás que viver com as consequências dela sejam elas boas ou ruins.

— Gente por favor! Não me façam isso.

— Ainda estás aqui Núria? Pensei que já tinhas saído caramba. — Vai Núria não fazes nada aqui.

— Eu vou mas isto não vai ficar assim! Além do mais eu tenho que vir buscar o Ferran amanhã á noite.

— Isso é amanhã não hoje por isso estou tranquilo aqui!

Ferran se continuasse assim dedo duro iria sair ao pai sem nem reclamar, o pequeno tinha uma garra enorme e se exaltava também muito rápido perante tudo isso. António com tudo o que aconteceu achou melhor contar a história outro dia e logo subimos para o quarto, eu não sabia o que ele queria, todavia eu imaginava o que ele mesmo me queria falar.

— Senta-te amorzinho. — me mirou e logo colocou o envelope perto de mim. —Vê!

— Eu não quero, eu não quero saber disto.

— Vais querer! Por favor faz isso pelo teu pai pelo menos.

— Tudo bem então!

Abrir aquele envelope me custava demasiado, eu não estava preparada psicologicamente para aquele resultado que fosse apresentado em minha frente. Meu coração acelerou e eu comecei a tremer, eu só queria rasgar isto e esquecer que por alguma vez na vida meu pai tinha feito uma maluquice destas.

— Eu abri vem cá! — percebendo meu corpo tremendo o moreno se pronuncia e eu entrego-lhe a carta.

Abrindo de vagar o moreno estava me matando, eu queria logo saber se era ou não mas parece que não demorou muito para o resultado ser dito em voz alta por António.

Eu era filha verdadeira do meu pai!

Eu nunca duvidei dele por isso, pedi para ver atentamente e logo corri para o quarto onde meu pai estava, como estava acordado foi mais fácil abraçar e lhe mostrar que de facto eu era sua filha. Eu nunca duvidei disso nem um só minuto, eu me senti mais feliz depois de tudo o que me aconteceu.

💄💋⚽️

António Torres
20:30h

Desde que conheci Natasha este sempre foi o dia escolhido para lhe pedir finalmente em namoro, eu sei que o momento exato não era este...todavia eu queria que ela ficasse feliz pelo menos um pouco tirando todas as circunstâncias presentes e já abordadas anteriormente por todos nós.

Seu pai era um homem de muito garra e lutou diariamente para sair daquele hospital o mais cedo possível, não me admiro que seus filhos tanto Natasha como Vitor tenham a personalidade idêntica á dele. Ele era o melhor pai existente para a morena e como havia dito, aquele papel não significaria nada perante tudo o que ela viveu com ele.

Era quase hora do jantar e eu estava mais nervoso do que quando assisti ao parto dos meus filhos devo confessar. Aurora, minha mãe era a única que sabia disto e confesso que precisei bastante da ajuda dela e como eu sei que a morena ama bolo de chocolate as crianças o fizeram sem mesmo saber esse real motivo.

Minhas mãos tremendo a arranjar meu cabelo estava só Deus na causa para me ajudar nesta hora. A caixinha das alianças estava na minha frente na cómoda, todavia não tinha visto ninguém a entrar até eu perceber pelo reflexo do espelho. Era minha mãe.

— Estas preparado António?

— Se dizer que sim estarei a mentir mãezinha querida! — digo e logo beijo suas doces e suaves mãos. —Estou assim tão nervoso?

— Não, nem é para tanto. Vá deixa-te disso, só vim aqui dizer que o comer já está na mesa e estão todos lá em baixo!

— Hum. Como vou levar a caixinha? — a questionei e logo ela a coloca no bolso do seu casaco. —Tens sempre uma solução para tudo mesmo mãe.

— Por isso que tu me amas.

— E nunca vou deixar aviso-te deste já!!

— Amor! Filho, estamos vos esperando. Vocês vem? — murmura meu pai e logo sorri. —Estás animado viu filho.

Meu pai sabia desde á alguns dias que eu andava a tramar alguma com a minha mãe, hoje Glória também veio com a família passar aqui estes últimos dias de férias e digamos que estávamos todos bastantes contentes por ela ter vindo.

Ok! Admito, minha irmã e Natasha davam-se super bem. Parecia até que se conheciam desde pequenas, faziam tudo juntas e digamos que ás vezes nestas duas horas eu que queria um tempo com Natasha e claro minha irmã chata como sempre não a deixava vir comigo. Eu era sentimental nesse tipo de situações, já quando era pequeno foi sempre assim e era irredutível....meus pais bem me tentaram mudar mas sem sucesso nenhum. 

Descemos as escadas e eu estava cada vez mais nervoso, ao ver Natasha sentada perto de seu pai me fez repensar em tudo o que tínhamos vivido e como que eu iria pedir a permissão do seu pai para namorar com a morena. Eu não estava preparado para tal coisa, nunca estive e nunca estarei. Digamos que assistir a partos é menos extressante do que isto.

— Papai está tudo bem com o senhor? — acrescentou minha filha me vendo sentar de uma forma estranha. — Papai?

— Hum! Tudo bem filha relaxa vamos comer estou com fome.

— Fome sei né paizinho.

— Ferran! Então, modos na mesa.

— Desculpa vovó. — falo rindo e logo as crianças riem. —Teve piada devem admitir.

— Não teve e chega desse assunto, vá sirvam-se o comer está uma delícia.

As crianças não paravam de rir me deixando ainda mais desconfortável como tudo isto por isso sem pensar duas vezes pego no braço da S/n após lhe dizer ao ouvido para se sentar no colo de Natasha e logo me apresento na ponta da mesa em frente ao meu pai.

— Ele vai fazer o que eu estou a pensar? — murmurou meu pai.

— Acho que sim amor! Acho que sim!! — murmura minha mãe de volta. — Vai filho tu consegues?

— Consegue o quê mãe?

— Mãe! Por favor coloca o refrão da música.

A música escolhida para esta cerimónia toda era "Rude Magic" eu simplesmente gostava do refrão e acho que tinha muito a minha cara esta melodia por isso não pude deixar de a cantar, ou pelo menos tentar.

— Posso ter a sua filha para o resto da minha vida, diga sim...diga sim eu preciso saber. Você diz que eu nunca vou ter a sua benção até eu morrer.

— Azar meu amigo, mas a resposta é sim!!!

— Porque é que tem que ser tão ru..... — já cantar a parte mais importante, mas logo minha mãe para a música. — Mãe.

— Ouviste a resposta dele pelo menos cunhado? — se pronuncia Jonnas rindo. — Acho melhor limpar-lhe os ouvidos.

— Eu disse sim António, eu aceito que a tenhas como namorada e esposa um dia.

— Ai meu coração, necessito me sentar um pouco aqui.

— Calma aí filho, vai buscar aquilo. Aquilo que só nós sabemos.

— Só vocês sabem vovó? — acentou S/n indo até ela. —Eu também queria ter sabido disso!

Eu simplesmente não estava a acreditar que isto estava simplesmente a acontecer, ele tinha aceitado. Arthur tinha aceitado, eu não cabia de felicidade naquele momento. Como sou um filho bem mandado fui buscar a surpresa na cozinha e logo minha mãe se prontificou em tapar os olhos de Natasha.

Eu estava contando os minutos todos os dias da minha vida e este momento finalmente tinha chegado. O tão momento chegou e eu estava vivendo um sonho, colocando tudo em perfeição, tiro a caixa do bolso do casaco de minha mãe e logo ela lhe retira as mãos. Pela expressão da morena eu tinha a absoluta certeza de que ela não estava há espera de nada daquilo, nem um minuto levou para ela aceitar.

Eu me sentia um homem realizado com tudo aquilo, ela finalmente tinha aceitado. Eu finalmente estava a encontrar o amor, o amor que sempre precisei estava bem diante de mim e ao meu lado e não mais o iria largar. Além do mais minha mãe sempre me havia dito ao longo dos anos que o tempo nada cura. O que nos cura é a nossa decisão de mudar e não querer mais sofrer, por pessoas que não nos dão valor.

— Papai está namorando! Papai está namorando!!Papai está namorando!!! — contente S/n bate com os talheres na mesa e logo Ferran e Vitor e também meus sobrinhos fazem o mesmo. —Eu avisei, eu sou o melhor cupido do mundo.

— Devo admitir que sim filha, sem ti hoje ainda estaríamos ainda naquela loja a tentar procurar informações!

— Vê pai! Estas crianças de hoje em dia, não tem limites mesmo nenhuns.

— Mas tu amas-nos mamãe. — a aborda Thomas com um sorriso na cara. — Mamãe, também conta histórias muito bonitas quando conheceste nosso papai né?

— É mesmo tia Glória? Podia contar?

— E que tal depois do jantar não acham crianças? Ainda nem comemos nada. — respondo pois já estava com fome á 15 minutos atrás e ainda continuava.

Tudo aquilo estava a ser maravilhoso, já tínhamos visto um filme e as crianças tinham dormido todas umas em cima das outras no sofá. Ninguém os podia controlar pois eles hoje se esforçaram demais para crianças da idades e adolescente da idade deles, ninguém nas normais circunstâncias os criticava por isso com todo o o caído do mundo acordamos os mais velhos e levamos as meninas para o quarto dormir.

Aquilo era a melhor sensação do mundo, minha filha era a menina mais meiga que alguma vez podia existir na vida, a coloquei na cama e logo puxei os cobertores a deixando bem quentinha, liguei o humidificador com luz e logo dei um beijo como sempre faço todos os dias. Era raro perder estes momentos com ela, apenas quando estava em Espanha, porém eu sabia que isso era inevitável.

Natasha já estava arrumando a nossa cama e eu fiquei admirado com a sua prontidão em hetero ficar aqui comigo, digamos que eu gostei que ela tivesse esta mesma iniciativa. Eu não a queria forçar em nada em relação ao seu pai por isso o que fiz foi me deitar e logo dormir como a morena havia feito.

Já de manhã quando acordei não notei a presença da morena em meu lado, fiquei preocupado, admito. Eu tinha medo que ela tivesse ido para outro sítio durante a noite. Me levanto da cama todavia não a vi no corredor e ninguém ainda tinha acordado da casa, bati na porta do quarto de minha mãe e perguntei-lhe se sabia de Natasha, mas sem sucesso.

-Procura no quarto de hóspedes amorzinho, o pai dela está lá a dormir! — diz minha mãe na porta. —Tens vergonha de perguntar pela tua namorada filho?

— Mãe! Não se diz isso, o que vão pensar de mim?

— Senhor! — diz Lopez subindo o último vão de escadas. — Enrique afirmou que Natasha está no apartamento da morena pegando umas roupas, ele disse que ela lhe deixou um recado.

— Um recado?

— Vês filho assunto resolvido, vai ter com ela e a ajuda.

— Ok! Obrigada, assim farei. Lopez prepara o carro por favor.

Faço minhas higienes, visto uma roupa bem quente e parto em direção á casa da morena. Não demorou muito a chegar ainda mais por ser uma simples manhã depois do ano novo, não me lembrava da última vez que tinha subido tantas escadas. O elevador do prédio estava avariado.

— Cheguei para ti amor!! — digo tentando colocar um humor no início de conversa. —Como está a minha princesa? Natasha....

— Oi! Aqui no quarto Torres.

— Hum! Pensava que tinhas desaparecido, não vi quando te acordei.

— Vim cedo para arrumar as malas, tu mesmo me dizeste que querias que eu morasse na tua casa a partir de agora!

— Disse e é verdade! Vá deves admitir que eu tenho excelentes ideias.

— Bombásticas. Mas deixa de rodeios, não me digas que deixaste o meu pai sozinho!

— Ele não está sozinho, ele tem os meus pais, a minha irmã e cunhado e as crianças.

— Fala sério Torres! — diz ela me encostando na parede e começando a rir. —Calma selvagem, olha já a tremer logo de manhã.

— Me deixas nervoso apenas isso.

— És perfeito sabias. — digo retornando ao trabalho e logo ele me puxa para a cama. —Logo de manhã António?

— Uma das minhas qualidades, posso te mostrar outras.

— Eu sei das outras bobinho! Me deixa continuar para sair daqui o mais rápido possível, além do mais tenho ir buscar as roupas do meu pai e do meu irmão.

Natasha fazia de mim um homem totalmente rendido aos seus pés sem nem mesmo fazer grandes coisas. Eu me controlava em uma confusão se ela tivesse ou eu a visse, eu gostava imenso dela e digamos que foi a morena quem me tornou este tipo de homem que eu sou hoje.

Perto dela era difícil controlar minha respiração, meu coração acelerava a cada minuto, meu corpo fazia movimentos que nem mesmo eu sabia como os classificar e meus olhos brilhavam cada vez que a via ou falavam dela para mim, eu me rendia apenas a ouvir seu nome.

Como Natasha tinha muito que fazer esta manhã, a ajudei em casa do seu pai dobrando as roupas na mala e escolhendo alguns eletrónicos que Vitor gostava e tinha no quarto, eu acho que o moreno iria sentir imensas saudades do seu quarto. Até eu sentia de vez e quando do meu quando estava em Espanha, não é a mesma coisa que a sua própria casa.

Entrar no quarto dele foi como eu me deparasse com os meus 15 anos novamente. Ver aquele monte de objectos insignificantes para muita gente, mas para nós tinha bastante significado. Eu me relembro de que não deixava ninguém tocar neles, apenas eu os podia limpar. É sempre triste pois eu sabia que o tempo passou rápido demais e eu já estava com os meus completados 40 anos, minha infância e adolescência foi boa devo admitir.

Meus pais sempre me proporcionaram boas coisas e eu amava estes momentos que eles me traziam naqueles anos. Nunca me senti tão bem neste quarto como me sinto agora.

— Tudo bem?!

— Tudo, apenas a relembrar os meus momentos quando adolescente.

— Hum, devem ser bons provavelmente.

— Muito. — falo a puxando para mim. —Me faz carinho na cara, estou quase chorando revivendo tudo isto.

— Oh bebezinho, vem cá vem!

Minha vida tinha mudado drasticamente de um momento para o outro.

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