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Este capítulo é recomendável para +18 pois contém cenas explícitas de sexo e linguagem forte.
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So shut your mouth and run me like a river
Shut your mouth, baby, stand and deliver
Holy hands, will they make me a sinner?
Like a river, like a river
• River - Bishop Briggs •
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Frase Capítulo:
-A cada passo que me envolvia em teu corpo me fez ainda mais entrar no paraíso.
António Torres, 2012
💄💋⚽️
Natasha Costa
22:45h - no evento
António e eu nos sentamos na enorme mesa redonda e logo outros convidados se sentaram connosco, eu perdidamente apaixonada em meus pensamentos nem percebi que bem na minha frente estava ele Ethan e logo ao lado o presidente da FIFA, sinceramente António sabia o que estava a fazer.
Ele não me pertencia, mas logo iria ser domada por ele!
Eu era livre para fazer o que quisesse dentro das leis, mas dentro daquela festa não era bem assim que isso ocorria. Logo vejo a senhora misteriosa e logo cutuco António para ver se ele também a vê, o mesmo acena com a cabeça que sim e a vejo sentando á minha direta e num abrir e fechar de olhos ouço Enrique a dizer que também a vê e que ela era a dona do espaço.
Tudo estava acontecendo tão rápido que nem pensava direito, totalmente eu tinha perdido todo o senso da realidade á pouco, eu era uma linha ténue pronta a ser cortada.
Tudo estava a ir tão bem, pedimos pouca comida tudo estava a ir conforme o planeado. António parecia um adolescente novamente que estava aproveitando cada minuto do momento, pelo que a sua mãe me havia dito, o moreno nunca sonhou em ser este tipo de pessoa importante como é hoje em dia, mais novo era reservado e não aparecia muito nos jornais e na televisão, todavia quando começou a namorar Núria e a se candidatar á presidência do Barcelona tudo mudou.
— Quem ganhar vai ganhar oquê? — convicto do que dizia, Ethan fez com que António ficasse tenso e eu percebia isso pela sua expressão corporal.
— Um rodada de bebidas sem pagar! — diz Lopez o vendo aquilo sendo levado para algo maior.
E como uma provocação incentivada António se levanta da sua cadeira e vai até ao moreno. Olhando para mim, António sorri enquanto falava em seu ouvido.
— Certo Torres, me desculpa.
Eu já não mais entendia o contexto para qual aquilo estava a ser levado, num momento estávamos bem e noutro a receber provocações de alguém que não se alegrava com a felicidade de um homem e de uma mulher. Eu me apaixonei por António num abrir e fechar de olhos, eu tinha a sensação de que aquele homem á minha esquerda foi feito para mim.
O moreno não era como os outros homens que só queriam saber do corpo das mulheres para satisfação, o moreno não se interessava com nada disso, o caráter e a lealdade era o que ele mais prezava quando se queria relacionar com alguém e parece que era isso mesmo que eu tinha sem mesmo eu saber. Eu estava rendia e totalmente de joelhos perante ele, ele dizia e eu obedecia, era como se o meu corpo não fosse mais controlado por mim.
Com cuidado António chega a sua cadeira para perto de mim após o comer, todos nos pareciam julgar no meio daquilo tudo mas nada me podia expressar hoje. Num abrir e fechar de olhos sinto sua mão sobre o encosto das minhas costas me fazendo arrepiar com o carinho que os seus dedos davam sobre elas.
Respiro fundo e tento controlar o meu temperamento para não o acabar beijando, ele me levava á loucura.
— Fica calada! — ele manda. —Não quero te levar para casa antes da hora marcada. — suspira em meu ouvido me beijando o canto da mesma.
— Tu tens um fetiche pelo meu amor senhor Torres.
Ele abre a boca para falar mas logo eu coloco o meu dedo sobre ela, todas as pessoas daquela mesa estavam tão distraídas a falar sobre assuntos diversos que nem deram conta da situação em que António me estava a meter.
— Per... — ele tenta falar. — Perdão..... — sua fala me pegou de surpresa.
Entrelaço a sua mão vazia na minha e logo dou-lhe beijos delicados o fazendo inclinar a sua nuca contra o meu ombro. Ambos sabíamos o que estávamos a fazer naquele lugar, mantendo nossos olhos nos senhores em nossa frente nos ríamos do que ambos estávamos a fazer.
— Eu nem sei se deveria estar fazendo isto tão perto de ti. — se afasta e logo coloca as suas mãos sobre a mesa. —Eu prometo me comportar mas é complicado! — me mira novamente e murmura perto de mim.
— Está tudo bem connosco, não tenhas medo! Digamos que eu não me sinto confortável mas tu fazes com que eu esqueça que existem pessoas em nosso redor.
— Eu sei que doeu em ti, porque eu fui a única pessoa que te olhou dentro dos olhos e pediu calma, porque todas as outras pessoas pediram pressa!
Aquela fala me havia pegado de surpresa, a vontade de começar tudo de novo e agora da forma correta era algo que eu queria fazer. Eu não queria passar por nada daquilo, me vendo sendo puxada para ele fui obrigada a puxar a minha cadeira para perto dele enquanto António conversava com os senhores.
— Eu ainda não decidi, tenho que ver com o Gabriel mas logo dou uma resposta. — diz Ethan em resposta a um assunto que nem eu sabia no qual estávamos.
— Prometo que talvez amanhã terão as duas resposta em cima das vossas mesas sobre os próximos passos da FIFA!
— A Champions podia ser um campeonato que pudesse abrigar ainda mais equipas.
Futebol! Pois só podia ser sobre futebol, todos os assuntos que os homens falavam tinham que vir dar a futebol. Eu não sei qual era a piada que tinha em falar disso em jantares, tudo bem podemos ter o presidente da FIFA e o presidente do Barcelona á mesa mas tinha mais assuntos a serem falados do que futebol.
— Quando irá fazer 10 anos da tua entrada para o Barcelona António? — questiona o senhor pegando no seu copo de vinho.
— Daqui a 10 dias! Estou orgulhoso de estar já á bastante tempo na presidência do clube.
— Temos que fazer uma enorme festa para comemorar, chamar os jogadores, sócios e entre outras pessoas mais.
— Não! Me dar os parabéns só basta, não gosto de extravagâncias quando assunto é o clube.
— Entendo.
António não me havia dito que tinha entrado a 7 de dezembro de 2012, fiquei admirada de como o moreno me havia ocultado essa enorme informação, mas como eu havia dito ele não gostava de e amostrar.
— Quando me irias contar?
— No dia em que realizasse esse feito, não gosto que as pessoas estejam sempre a dizer isso!
— Hum! Vou pensar em alguma coisa.
— Em alguma coisa? Nem tentes fazer uma festa pois eu não vou deixar.
— Quem disse que era uma festa? — a vejo franzir as orelhas. —Tinha outra coisa em mente, todavia como não queres eu ficarei em casa mesmo!
— Hum! Assim já gosto mais. — fala colocando a sua mão sobre a minha perna. —Bem senhores, o jantar foi ótimo, eu está bela donzela vamos para outro espaço do evento. Até mais!!
O evento tinha sido maravilhoso, mas o que era mais lindo era o que iria acontecer a seguir. Eu estava nervosa de que algo corresse mal, António estava lá em baixo falando com os seus seguranças enquanto eu vim para cima para preparar tudo e talvez respirar um pouco antes da bobagem que ambos iríamos cometer.
Era o crime mais lindo!
Ontem, eu pensei o dia todo se eu queria mesmo isto com ele ainda mais tão cedo. Meu coração sempre dizia que sim desde que nos conhecemos mas eu ajo pela mente e ele quem me controla e é a ele que eu obedeço, eu achava que estava maluca e que iria ser mais um sonho por isso me belisquei mais de uma vez neste minuto.
Entrei no quarto e acendi cada vela que tinha comprado para este momento, isto era romântico, algo que eu sempre sonhei. Este amor intenso que eu sentia por ele era surreal, possível de ser explicado era como um bafo de ar quente vindo até mim todos os dias. Ele sabia e eu também sabia que precisava disto tanto quando o girassol precisa do sol e com o consentimento um do outro eu não pude resistir, ele fazia-me voar nas nuvens.
— Amorzinho! Vi que já tinhas tudo preparado. — afirmou ele sorrindo na porta do quarto e jogando o blazer para o chão. —Estás mesmo preparada?
— Hoje nós seremos pecadores!!!!
A minha fala tinha demonstrado sinceramente que eu queria aquilo tanto quanto ele, num ápice ele sorri e me puxa para a cama fechando a porta até que, começa a tirar a sua camisa. Aquilo era o que eu queria.
Sorrio e envolto uma das minhas mãos na sua nuca iniciando um beijo intenso e cheio de emoção, ele aperta com uma leve força as minha coxas me puxando mais para a sua beira e eu o beijo novamente. Num momento me vi em meus mais profundos pecados, sentindo a boca de António passeando sobre o meu pescoço, fazendo com que eu curvasse as minhas costas. Só aquilo e eu já estava á beira da sanidade.
— Vamos diretos ao assunto. — o lembrei e logo ele me joga para cima dele. —Tens a certeza de que eu deva estar por cima?
—Porque razão não teria? Eu quero isto tanto quando tu!
Eu tinha cada perna de um lado do seu corpo, e me abençoando com a bela imagem dele tirando o meu vestido e o vendo morder o lábio inferior enquanto eu aproveitava cada minuto era incrível.
Precisava ser levada á igreja depois do que iríamos fazer.
No segundo em que o meu vestido voou para algum canto do quarto continuamos novamente a envolvermos num beijo intenso ao mesmo tempo em que ambos gemíamos de prazer. Invertendo as posições novamente comecei a sentir o seu volume entre minhas pernas.
Ao mesmo tempo em que ele me enchia de beijos, eu o presenteia feliz, ouvindo os seus gemidos roucos sobre o meu pescoço. Aquilo era o paraíso, nem nos meus quatro anos de namoro que tive com Rafael ele nunca me fez isto. António era um sonho, uma das suas mãos foi até ás minhas coxas me fazendo tremer pro completo enquanto a outra descia pela minha barriga.
Com tudo aquilo, António me jogou para trás fazendo com que eu geme-se alto quando ele pegava no meu cabelo e me jogou mais um pouco para trás. Eu tinha perdido totalmente o juízo. Percorrendo todo o meu corpo com a sua língua me fazia estremecesse e e curvar novamente as costas, ambos éramos pecadores.
— Antó.....
Era impossível formular uma única frase naquele momento.
Ambos estávamos a gostar do prazer que nos envolvia, algo que tanto eu quanto António estávamos a precisar estava finalmente a concretizar-se, me estremeci por inteira vendo a sua mão descendo pela minha barriga até que ele se senta comigo em cima. Tirei meu rosto do seu pescoço e logo beijei seu corpo, aquilo era ilegal de ser pensado neste momento, mas tanto eu quanto eu não nos importávamos com mais nada.
Sem aviso adentrou com dois dedos sobre a minha parte íntima, gritando alto tudo o que eu pude absorver naquele momento foi me agarrar nos lençóis e os apertar com todas as minhas forças. PRAZER! Ele fazia movimentos de vai e vem no meu clitóris sem parar, fazendo com que eu não parasse de gemer um minuto só. Quando eu estava prestes a gozar, António retirou os seus dedos e me beijo.
Ele sabia o que fazia! Algo nele me excitava.
Nos beijávamos enquanto ouvíamos a cabeceira da cama batendo na parede e em um beijo profundo, António me agarra pelas mãos e as entrelaça ficando em um só, o vendo colocar novamente o seu membro sobre mim me fez com que eu deixa-se cair lágrimas, fazendo movimentos de vai e vem ele me deixava nas nuvens. Tudo aquilo era simplesmente maravilhoso!
A noite foi longa, paramos por um momento e eu andei pela casa só com a sua camisola que ele me havia dado de presente, era a sua preferida por isso não a podia manchar nem a estragar. Entro na casa de banho, olhei para o espelho e percebi logo o estrago que havia feito, mas aquela foi o melhor estrago da minha vida.
— Então amorzinho! Ainda nem quatro horas da manhã são, volta para a cama.
— Aham e que tal ali?
Apontando para a banheiro o moreno fechou a porta e ligou o chuveiro, era a hora errada para fazer aquilo ali era, mas eu estava tão excitada que nada mais me importava. Tirando a minha camisola novamente António me joga na parede me beijando intensamente, só estas quatro paredes sabiam dos pecados que cometíamos.
Adentramos e logo senti seus músculos relaxaram com a água morna, e logo seu corpo se tornou mole fazendo-o relaxar e em um curto período de tempo depois de um ato tão intenso como o de á trinta minutos atrás me encostei sobre a banheira e fechei os olhos soltando um suspiro satisfeito e logo coloco o seu membro dentro de mim.
— Admita, só eu te faço sentir assim totalmente perdida. — sussurra em meu ouvido e em seguida morde o lóbulo da minha orelha.
— Especial como o senhor só eu mesmo!!!
Aquilo cada vez ficava mais intenso, sentindo nossos corpos fazerem o trabalho sozinhos nos deixamos envolver pelo momento, as paredes e os vidros ficavam embaciados de tanto calor humano. Aquilo era a glória completa, eu lutei e lutei mas aquilo me deixava ainda mais satisfeita. Invertendo os lugares me vejo a obrigada a parar e nos beijar contra o vidro da divisória da banheira.
Selvagens!!!!!
Em um momento éramos desconhecidos e noutro estávamos aqui um em frente do outro totalmente nus. Nem nos meus mais bonitos sonhos, sonhei em tamanha perdição que me ocorria a cada minutos e tirando os seus beijos de tirar o fôlego e das mãos vivas em torno dos nossos corpos eu me rendia aquilo.
Pouco tempo depois, retornamos para a cama após um banho e logo nos deitamos, encostei a minha cabeça sobre o seu peito e lá ficamos. Eu estava tão cansada que acabei por adormecer ali mesmo e sem pensar em muito coisa me rendi.
💄💋⚽️
António Torres
08:40h - em casa
É impressionante como uma pessoa te pode trazer novamente o amor em tua vida, Natasha fazia isso acontecer todos os dias sem nem quase pedir nada. Apenas a sua existência no mundo me alegrava, como é que eu não a encontrei antes, Deus tinha já a minha vida toda traçada e o momento certo para a encontrar e esse tal momento e ocasião foram este ano.
A mera presença dela aqui, foi mais um motivo para revirar a minha vida completamente do avesso. Mais uma vez. Ela foi a primeira mulher com quem eu me abri profundamente amorosamente depois do meu desgraçado casamento cheio de mentiras e traições, tudo o que me sustentava era os meus filhos e apenas eles me faziam querer lembrar dos seus nascimentos e dos aniversários.
Era tarde e eu já devia estar a caminho da empresa, mas não, estava eu aqui na cozinha a preparar um bom café da manhã para a mulher que amava, para a mulher com quem eu queria passar o resto da minha vida, para a mulher com quem eu queria compartilhar um lar e com a mulher com quem eu queria ter filhos.
Porém mesmo Natasha tendo ocupado todos os meus pensamentos, eu tinha sempre um cantinho que me alertava que tinha pais e filhos para ver. Juntamente com a morena, eles eram as pessoas de quem eu me importava com a sua segurança. Existia inúmeros problemas em minha vida, mas problemas esses que minha mãe os conseguia resolver todos.
Ando em todos os armários á procura das chávenas do leite até que de repente ouço passos atrás de mim, era a morena, ela estava perfeitamente bonita. Me abraçando por trás sentia uma paz interior maravilhosa, ela era com quem eu queria estar e devo confessar que hoje nem estava com nenhuma vontade de ir para a empresa, mas Lopez me informou que o meu pai me queria pelo menos até ás 09:30h lá.
Digamos que eu obedecia bastante ao meu pai, mesmo tendo 40 anos era ele quem comandava todo este império e mesmo todas as minhas empresas que eu tinha fundado por mim ele sempre me ajudava a tomar as decisões mais importantes.
— Eu sou louco pelo teu toque, eu perdi totalmente o controlo quando os nossos corpos se sentiram pela primeira vez. Tu sempre soubeste que era eu desde o início.
— Digamos que eu tenho dons senhor Torres! Além do mais eu troquei as chávenas do lugar, estão no vitral bem á beira da janela. Achei mais bonito aquele sitio, não achas?
Me contendo-me, suspiro e logo roubo-lhe um beijo.
— Porque ainda estás com a minha camisola que te dei e as calças de pijama? Temos que ir para a empresa.
— O senhor tem que ir! Eu não, além do mais eu não trabalho lá e os diretores de cada setor não gostam nada de me ver na sua sala. Além do mais eu ia ficar em casa hoje, para recuperar da noite que tivemos.
— Estás a referir-te á Clara? Eu posso despedi-la se te sentires desconfortável...posso arranjar um homem desta vez para não te sentires mal.
— Não precisas eu sei a controlar. Ela que toque no meu homem que o aviso não será apenas por palavras!
— Eu sou teu homem? — a questionei e logo ela abana com a cabeça e sai do local. —Quero te pronta em 15 minutos amorzinho.
Observo cada movimento dela. Ela fazia isso de forma intencional, mexendo com a minha mente como uma montanha-russa em alta velocidade. Não queria que ela mudasse quem era apenas por se sentir ameaçada por outra mulher. Eu só queria Natasha, somente ela e Clara era apenas uma funcionária da empresa, nada aconteceria entre nós, não permitiria.
Minutos depois, ela aparece novamente na cozinha. Como não tivemos tempo para tomar café da manhã em casa, coloquei o leite com chocolate em garrafas térmicas e embalei os pães com presunto que eu mesmo havia preparado. Fiquei admirado comigo mesmo, pois conseguir fazer tudo isso em menos de 15 minutos foi uma conquista pessoal.
O tempo passava tão rápido quando estava com ela que nem tinha dado conta que já estava na empresa, comemos pelo caminho por isso peguei nos papeis que estavam dentro do carro e os joguei eu próprio no lixo, logo adentramos no local e vi meu pai falando com Patrícia e Clara e num ápice roubo um beijo a Natasha para ela entender que eu queria somente a ela.
— Fazes mesmo de propósito não é António! — sendo acariciado com a sua mão na minha cara me rendo e logo cumprimento todos e vou inspecionar o trabalho dos trabalhadores.
Natasha estava certa, eu agia intencionalmente, mas isso era a minha forma sutil de mostrar que eu queria somente ela e exclusivamente ela. Muitos homens acreditam que dormir apenas uma noite com uma mulher em um hotel e, em seguida, abandoná-la, faz deles os machões e heróis do mundo.
E cada máquina e cada trabalhador se movem, enquanto eu verifico o relógio e percebo que já se passaram mais ou menos vinte e cinco minutos. Meu pai precisava que eu estivesse em sua sala em cinco minutos, mas antes não podia deixar de passar pela minha sala sem me despedir dela, a mesma, a verdadeira, a encantadora Natasha Costa, que um dia se tornaria minha esposa.
Eu sinceramente enfrentava um grande dilema quando se tratava de me apaixonar cada vez mais por ela. Caminhei pelo corredor até perceber Patrícia se aproximando de mim com o tablet contendo os gráficos financeiros da empresa. Desde que ocorreu aquele enorme contratempo, Patrícia tem me auxiliado significativamente nesse aspecto.
Sempre desejei que ela fosse minha assistente, mas ela insistia em manter o cargo que ocupava há mais de 10 anos. Podia depositar total confiança nela quando se tratava de solucionar grandes problemas, inclusive com a ajuda de meu pai. Aos poucos estávamos a levantar novamente a empresa e espera fazer isso antes de viajar para Barcelona daqui a quatro dias.
Adentrei na sala e lá vi a morena sentada na mesa em frente ao seu computador, eu queria ajudá-la na sua licenciatura, mas ela insistiu porque insistiu em querer fazer sozinha. Todos nós precisávamos de alguém em quem nos apoiar, e eu era o que ela precisava no momento.
— O que achas de nos beijarmos? — sorrindo vejo a morena arqueando as sobrancelhas. —O que foi já não se pode fazer uma pergunta?!
— Nós nos beijamos nem tem trinta minutos e agora queres me beijar novamente?
— Eu podia passar o resto da minha vida beijando-te de dois em dois minutos, se eu pudesse fazer isso eu faria com toda a certeza. Já demonstrei que é isso que eu quero! — com minha voz rouca me aproximo da morena, giro a cadeira para o meu corpo e coloco os meus braços sobre o apoio da cadeira. —E então não recebo um beijo antes de ir falar com o meu pai?
— Sabes que tu queres isso quanto eu neste momento, mas estamos no teu local de trabalho quem sabe logo.
— Eu não vou aguentar em não te beijar durante o dia todo, vou dar em maluco por favor não faças isso.
— Eu vou pensar no seu caso! Agora.... — olho através do vidro e vejo Núria e Ferran vindo em nossa direção. — António!!
— Meu nome?! - a questiono já a vendo levantar da cadeira. —Foi sem querer amorzinho, não resisti! — roubando-lhe um beijo me encosto sobre a mesa.
— Pareces uma criança.
Reviro os olhos vendo a minha ex-mulher entrar, aperto novamente o meu casaco e a encaro. Eu não sabia o que ela queria aqui e muito menos em novembro, ela sempre vinha no início de dezembro quando eu ia para Barcelona, mas parece que este ano tinha que ser diferente para ela, a loira definitivamente ainda não tinha aceitado que eu já não mais gostava dela.
Me abraçando, eu cedo ao doce olhar do meu filho. Ele era importante para mim, sendo o meu primeiro filho ele sabia que o meu amor tanto por ele, como pela sua irmã era igual.
Só Deus sabia o que ela vinha aqui fazer nesta altura do campeonato, poderia ser algo bobo como estar com a família, todavia eu conhecia muito bem Núria ou não mas ela fazia isto tudo para me provocar e ela sabia muito bem que eu e Natasha estávamos num caminho certo para namorar.
— Papai tenho um montão de desenhos para te mostrar. Natasha fiz um colar de miçangas que a Joana, a minha ama me ajudou a procurar as mais bonitas!
— Oh pequeno que fofinho. Já foste ter com o teu avô? Ele tem saudades tuas, o papai tem que falar com a mãe podes ir?
— Tudo bem! Natasha queres vir comigo? — exclama o moreno com um sorriso no rosto e pousando a sua mochila.
— Vai amorzinho, eu já vou lá ter com vocês!
Natasha não gostou nada disto, mas eu não podia fazer muito mais. Núria fazia de propósito e queria simplesmente desmoralizar tudo. Estava sendo um inferno ter que olhar para a cara dela depois de cinco meses sem a a ver, nem um telefonema fez para saber como estava a sua filha, o nosso filho era quem se importava todos os dias em fazer vídeo-chamadas.
— O que fazes aqui Núria? Tenho mais que fazer!
— Mais que fazer?! Estou a ver que sim não é mesmo, deu para notar tudo.
— Notar o quê? Que eu encontrei a felicidade novamente? Sim eu encontrei e nunca estive tão feliz na vida, agora por favor eu tenho coisas da empresa em que pensar.
— Encontraste algo com que te distraíres não é mesmo? António eu conheço-te perfeitamente e sei bem que homens como tu só querem sab....
— NÃO TERMINES A DROGA DA FRASE!!!! — assenti.
— Eu sei que posso ser muito melhor do que ela, por favor me dá uma segunda chance.
A vendo aproximar de mim, sou obrigado a andar para o lado oposto da sala. Ela sabia muito bem que o que ela estava a pedir eu não o iria concretizar, eu estava feliz agora e não era com ela e nunca mais seria. Pegando num copo de uísque, a loira se sentou no sofá e encarando novamente, aquilo estava seriamente fora do controlo.
— Quando paras de provocar as pessoas Núria?
— Núria não! Teu amor, António eu ainda te amo dá-má uma chance porra.
— ...
— Não vais falar mais nada querido? — me olhou com devoção.
— Sai! — sussurrei abrindo a porta.
— É sério mesmo que me vais expulsar da sala em que tivemos boas recordações?
— Vou como já o estou a fazer, essas recordações que dizes serem verdadeiras as deixei no passado! Agora sai, preciso trabalhar. — me aguentei para não ir ao encontro dela e a puxar para fora da minha sala.
— Duarte! Que saudades, queria saber se posso ir lá á sua casa ver como está Aurora e S/n.
— Elas no momento não estão lá, a pequena foi para a escola e a minha esposa foi para o SPA!!
— Que pena, bem eu e o António terminamos aqui não é querido? — a encaro e logo noto Natasha e Ferran perto da porta de meu pai. —Depois temos que falar sobre os nossos filhos. — a vejo dar leves batidas em meu peito e logo me afasto, vendo Natasha com cabeça baixa. —NÚRIA SAI!!!
Núria fazia isto totalmente de propósito, me provocando e ainda mais deixando desconfortável a mulher que eu amava. Meu pai interveio bem na hora, pois eu muito provavelmente iria fazer uma loucura se ele não tivesse chegado tão cedo. Eu podia ser o mais paciente do mundo, todavia quando alguém me desafiava sem ser os meus pais e filhos eu virava o verdadeiro diabo.
Pois isto não era o fim.
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