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But don't make me your enemy
Your enemy, your enemy
So you wanna play with magic?
Boy, you should know what you're fallin' for
Baby, do you dare to do this?
'Cause I'm coming at you like a dark horse
• Play with magic - Katy Perry •
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Frase do Capítulo:
-As vezes é retribuir o mal que te fazem é o que mantém as suas bênçãos chegando cada vez mais.
António Torres, 2012
💄💋⚽️
António Torres
no tribunal
Ainda estávamos no tribunal e já estávamos lá faz muito tempo, James estava sempre dando cartadas para me derrubar ainda mais...já me chamou de louco na frente de todos, já tinha-me irritado e os meus amigos e familiares fizeram a questão de se eu for preso que também seriam e isso eu prezava cada palavra que eles disseram. Bem a parte mais emocionante estava prestes a acontecer quando Enrique entrou em cadeira de rodas com os pais para dentro da sala de julgamento.
Sua mãe guiou a cadeira de rodas até á barreira e ele ficou perto de Natasha, a juiz perguntou quem o mandou entrar e ainda por cima o liberar do hospital naquele estado e ele respondeu que assinou os papéis da alta e que estava por sua conta em risco, a juíza persegui falando mas ele estava ansioso para falar ele se remexia de todas as formas para a juíza lhe dar atenção mas nada.
Desviou-se de Natasha ao puxar com uma só mão a cadeira de rodas onde estava e foi mais á frente da barreira até que o agente o parou, a juíza não queria saber pois devia achar que ele nem lá devia estar e ela já estava nervoso...olhou para mim e em piscou-me eu não sabia o que estava prestes a acontecer eu só rezava para que ele não fizesse nenhuma asneira.
Pelo tempo que Enrique estava impaciente não faltava muito para que ele começasse a falar em direção á juíza, quando ele está impaciente eu sabia que ele mexia os dedos em em torno da perna no sentido anti-horário e isso o acalmava mas acho que naquela momento isso não acontecerá.
— Senhora meritíssima a senhora tem um tempo para me escutar? — exclama ele gritando mas logo abaixo o tom. -Por favor, eu vim aqui para fazer isso se me ouvir eu agradeço bastante!
— Senhor Enrique o senhor devia estar no hospital a receber atendimentos médicos e não numa sala de audiência que começou á cerca de uma hora e vinte minutos. — seus olhos estavam levemente arregalados em um misto de surpresa e indignação e estes fitavam intensamente o seu rosto. —Por favor agora se não se importa tenho que fazer o meu trabalho corretamente. — acrescentou.
— Desculpe o incomodo senhora meritíssima eu acho que devia pelo menos ouvi-lo ele veio de muito longe para estar aqui. Por favor, peço-lhe! - diz Sam o meu advogado e amigo do meu pai.
— Muito bem então! Prossiga senhor Enrique.
— Muito obrigada senhora meritíssima. António está a ser acusado injustamente por crimes que ele não cometeu e eu sei muito bem disso, ele é um dos homens mais leais e companheiros do mundo um homem maravilhoso eu diria. Os seus pais e os seus filhos são a sua maior segurança, o amor que ele tem pelos filhos é algo de outro mundo, o amor que ele tem por eles é indiscutível!
— Desculpe interromper, mas o senhor está muito debilitado e confuso e não sabe do que está a falar!
— Prossiga senhor Enrique por favor. — diz a juíza insistindo.
— Bom...para quem está com dúvidas eu não estou com o efeito de remédios nem nada do tipo. Em segundo lugar António é o homem mais incrível do mundo todos os seus negócios são legítimos e ele conquista as pessoas pelo seu carisma. Em relação á minha situação esse é um julgamento á parte mas quero que sabia António eu o defenderei até ao fim do mundo.
— Obrigado Enrique. — sussurro para ele dando-lhe um breve sorriso.
— Muito obrigada pelo seu depoimento senhor Enrique! Bem continuando a audiência, senhor Rodriguês nos conte a sua verdadeira versão da história.
James estava a fazer de tudo para me colocar na prisão ou até me colocar com pulseira eletrónica em casa, ele não perdia tempo nenhum e parece que estava a funcionar, eu não sabia mais o que fazer o moreno não parava de sorrir olhando para mim e isso me deixa com cada vez mais raiva dentro de mim, mas só bastava olhar para Natasha que tudo logo melhorava.
Não havia descanso na minha mente desde o momento em que James falava ou até Rafael o ex da mulher que eu amava, a inquietação aumentava á medida em que me tentava acalmar. Eu acho que não aguentaria nem mais um minuto dentro daquela sala de audiências.
— Iremos fazer um breve intervalo de 15 minutos e logo voltamos com o resultado da audiência! Obrigada, podem-se retirar.
Pedi ás forças do universo para me tirarem daquela sala e acho que elas tinham atendido ao meu pedido, logo que saí disquei o número de telefone de casa e para a minha surpresa Ferran atendeu, disse-lhe para colocar em viva voz pois também queria falar com a irmã dele também. Devo admitir que naquela momento as lágrimas vieram-me aos olhos, eu estava prestes a saber se ia ser preso e levado para a cadeia ou estar com pulseira eletrónica em casa.
Disse-lhes que os amava muito e que para não se preocuparem pois avisei que iria fazer uma pequena viagem. Eu tinha que mentir nesta situação e também uma pequena mentira não faz mal a ninguém. A minha preocupação só aumentava mas logo disse para passarem o telemóvel ao tio pois eu queria falar com ele.
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-Jonnas, ouve-me com atenção! Toma conta deles como se fossem teus filhos se eu não voltar para casa.
-Que palavras são essas claro que vens e isso nem se discute nem que cometa um crime e vá preso junto!
-Eu estou a falar sério, eles são tudo de bom que me aconteceu na vida protege-os até ao último minuto faz isso por mim.
-Claro.
-Bem vou ter que desligar até mais.
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Suspirei pesadamente com as palavras que tinha dito, mas logo dei mais alguns passos e fui para perto da minha família e dos meus seguranças. Cada minuto que passava era receoso e o ambiente ficava cada vez mais gélido e sem vida, as paredes escurecidas assemelhavam-se ao meu estado de espírito que estava a sentir.
Natasha tinha ido buscar umas garrafas de água e logo me abraçou forte quando me viu, suspirei novamente e naquele momento eu só queria desaparecer mas ao mesmo tempo estar assim com ela o tempo que fosse. O tempo com ela passava rápido demais, as luzes da cidade nem se comparavam á sua beleza externa e interna.
Eu podia ter muitos defeitos mas o que chamava a atenção das pessoas em mim era o carinho que eu transmitia para cada uma delas, ela assentiu cabisbaixa deu meia volta e logo se sentou nos bancos perto de nós, os momentos de angústia voltaram e a hora do resultado final também. O advogado da família disse que faltava menos de 5 minutos para voltar para a sala e na mesma hora meu corpo travou, eu não estava a raciocinar direito o que estava prestes a acontecer.
Algum tempo depois já nos encontrávamos dentro na sala de audiências, sentei-me coloquei os cotovelos sobre a mesa e logo a minha cabeça entre as minhas mãos e fechei os olhos, eu só rezava para que tudo desse bem e a pena ou algo do tipo não fosse tão pesada, o meu advogado chamou a minha atenção mais de uma vez mas eu não estava atento até que ouço uma voz feminina perto da barreira me chamando captando logo a minha atenção, era a minha mãe.
A juíza entrou na sala e o meu corpo estava a tremer eu tentava disfarçar que estava bem e que nada estava a acontecer mas logo retribui os sorrisos que James estava a fazer, fazendo com que ele ficasse desconfortável com aquela situação.
— Boa tarde a todos novamente, eu já tenho aqui o resultado desta audiência. Senhor Torres tem algo mais a declarar ou posso prosseguir com a leitura do acordom?
— Não meritíssima eu estou ciente e disposto a pagar por algo que não fiz mas estou disposto a ouvir a pena que me será atribuída! — digo e todos ficam surpresos, eu acho que esta era a resposta que eles não estavam á espera. —Pode começar.
— Muito bem então, que assim seja. Bem...perante todas as provas apresentadas e após ouvidas as testemunhas, os advogados e os intervenientes eu declaro.....António Oliveira Torres.......
— Que seja culpado que seja culpado! — sussurra James para si próprio e de cabeça abaixada.
— Eu declaro.....António Oliveira Torres...culpado dos crimes de roubo empresarial ao seu ex-sócio e pelo crime de agressão, e sairá daqui em pena de regime de permanência domiciliar até daqui a 4 semanas quando terá um novo julgamento.
— Como assim prisão domiciliar? Não! Isso está errado não!!!!! — afirma James olhando desesperadamente para o juíza.
— O senhor está a referir que eu não sei fazer o meu trabalho é isso mesmo?
— Tu querias que eu fosse para a cadeia mais estás muito enganado eu sei muito bem sei sim!
— Bem senhores! A audiência está encerrada e podem voltar para suas casas. Senhor Torres, agentes da polícia irão acompanhá-lo até casa e irão colocar-lhe a pulseira eletrónica.
Eu jurava que iria ir para pior mas com fé tudo se resolveu em um piscar de olhos, eu estava nervoso de que talvez eu não iria ver os meus filhos tão cedo mas o que eu mais queria era chegar em casa e abraçá-los com força e agora eu tinha que lhes explicar tudo pois eles iriam perceber pelo simples motivo de eu já lhes ter falado deste tipo de aparelho que eu iria receber.
Algum tempo depois saí do carro escoltado por dois agentes e logo entrei em casa na porta estavam Ferran e S/n me esperando de braços abertos mas com uma cara bastante confusa eu sei que lhes devia ter contado antes mas eu não queria deixá-los tristes assim e eu também ficaria triste e não teria forças para hoje.
Bem os polícias deram-me todas as instruções e colocaram-me a pulseira eletrónica eu disse que não queria que os meus filhos nem sobrinhos vissem aquela cena por isso Natasha levou-os para o quintal e ficou com eles até a minha mãe os chamar para dentro, momentos mais tarde os agentes se tinham retirado e eles voltaram para a minha beira, S/n sentou-se no meu colo e começou a olhar para mim, colocou a sua mão sobre o meu rosto mas logo me deu um abraço.
Por instinto e impulso as lágrimas vieram-me as olhos, eu não as controlei e logo Ferran, Hannah e Thomas fizeram o mesmo e me abraçaram. Eu tinha que conversar com eles por isso pedi para que os meus pais, irmã, cunhado e até Natasha saíssem por um bocado, as minhas mãos ficaram geladas e a minha cara sem reação mas eu tinha que ser forte e contar.
— Papai porque estás com uma tornozeleira que os presos usam? — murmura S/n em um tom baixo, temendo uma resposta minha.
— Então meninos é o seguinte lembram-se que nós os adultos tínhamos dito que tínhamos ido a um evento certo? Bom...não tínhamos ido, nós estávamos no tribunal e eu fui julgado e considerado culpado mas tudo se resolverá o mais rápido possível.
— Culpado? Como assim, isso não está certo! Eu sei quem é o culpado pai.
- Filha como assim?
— James...ele teve na fábrica no dia em que fui sequestrada e eu até trinquei uma orelha dele!
Naquele momento eu fiquei surpreso por ela me contar aquilo mas também com um pouco de raiva, eu não estava a querer que ele tinha feito aquilo ainda mais a ela, eu sabia muito bem o que ele queria fazer caso eu não chegasse. Já irritado levantei-me e fui até ao escritório onde estavam todos, eu queria falar com o meu pai a sós eu estava descontrolado e bastante abalado ele não perderia por esperar se o visse.
— Foi ele pai! Foi ele, o James! Ele...
— Como assim filho não estou a entender por favor explica.
— Sabes no dia do sequestro da S/n, ele estava lá e foi ele que mandou a sequestrar mas o que mais me irritou e chocou foi que ela contou que ela mordeu a orelha dele eu acho que ele queria algo mais!
— Aquele animal! Como ele ousa tocar numa pessoa do meu sangue daqueles modos. Fica descansado eu tratarei para que o próximo julgamento seja o mais breve possível.
— Ok pai obrigado.
Confesso que estava bastante irritado, Natasha vinha com copos de água muito provavelmente para nós entregar, peguei num e subi as escadas mas a meio do caminho ouço a voz de Lopez. Ele nem precisou perguntar eu percebi o que ele queria pois tinha visto ele com Enrique a entrar na casa, eles eram os meus melhores homens e eu não os poderia perder de modo algum.
— Se queres perguntar se Enrique pode ficar aqui, é claro que sim, eu sei que a casa dos teus pais não tem espaço nenhum para uma cadeira de rodas circular.
— Era isso mesmo senhor. Muito obrigada!
— Senhor! Senhor? — diz Enrique gritando mas logo abaixa o tom. —Mas onde irei ficar?
— Á sim eu depois penso pode ser agora fica na sala os meus filhos querem ver-te. NATASHA precisamos falar.
Eu estava irritado que já nem a pensar direito estava, chamei a morena uma, duas, três vezes mas acho que ela ainda não tinha ouvido até que quando iria chamar pela quarta ela aparece no topo das escadas, retorno o meu olhar para ela e logo peço para que ela chegue á minha beira. A relação que tínhamos criado mudou no momento, era como quando tivesse perto dela tudo mudasse e já não parecia aquela pessoa chata nem arrogante de á pouco, ela estava tão linda que tive que a olhar de cima a baixo mais de uma vez.
— Bem...Natasha, Enrique vai passar aqui algum tempo até se recuperar e precisa de um quarto!
— Sim, tem um lá em baixo pelo que vi, não é mesmo? Mas aquele quarto é bem pequeno e a cadeira de rodas iria ocupar quase todo o compartimento.
— Falando sério! Eu estou a propor-te em dormires no meu quarto até pelo menos algum tempo enquanto não tens o contrato do arrendamento e ele ficaria com o teu atual, ele é espaçoso. Aceitas? Eu não faria nada que não quisesses!
— O meu quarto atual é sim espaçoso e muito confortável, mas, dormir no mesmo quarto que tu é demais eu não sei se devo, á pouco nos conhecemos.
— Que tempo o quê! Aceitas sim ou com certeza?
António eu não posso eu durmo no sofá da sala não tem problema, amanhã já vou ir falar com o proprietário!
— Quê? De forma alguma vais dormir no meu quarto e não se fala mais nisso! Além do mais. — digo é a empurro contra a parede. —Diz lá se não ficaste feliz com a notícia!
— Pode-se dizer que....
— PAPAI, VEM AQUI A BAIXO! — afirma S/n no final das escadas. -PAPAI!!!
A minha filha chamou e as palavras dela eram uma ordem para mim, além de ser uma excelente menina era super educada com todos mas sempre tinha que ter alguém para interromper enquanto iria me declarar para Natasha. Desci as escadas e fui ao encontro da S/n que tinha um pequeno machucado no joelho, perguntei o que tinha se passado e que quando brincava na casa da árvore com os primos ela magoou o joelho, numas tábuas que estavam levantadas...eu já tinha mandado arranjar mas acho que não tinham feito um bom trabalho por isso acho que tinha que ser eu, mas eu não podia sair.
— Papai não fiques chateado comigo!
Chateado? Nunca! Mas preocupado? Sim.
Levei-a para a cadeira da mesa da sala de jantar e lá cuidei dos machucados delas, eu não ouvia nenhum adulto a não ser Natasha no andar de cima...muito provavelmente os meus pais, a minha irmã e o meu cunhado tinham saído ainda mais sem me dizer nada. Enrique estava lá na parte de fora com as crianças e Lopez por isso era só eu, S/n e Natasha dentro.
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Natasha Costa
08.40h - no quarto da S/n
Era outro dia, devo admitir que estava com um pouco de vergonha de dormir no mesmo quarto que António por isso disse que iria contar uma história á pequena e acabei adormecendo aqui mesmo. Eu não queria abusar da sua hospitalidade por isso não dormi lá, imagina se os filhos ou alguém da família dele me visse a sair do quarto dele.
Isso causaria uma má imagem de mim!
Bem...levantei-me da cama sem acordar a filha de António e logo saí do quarto, fui bater na porta do meu antigo quarto pois as minhas roupas ainda se encontravam lá e Enrique também já estava acordado e sentado na cama. Dei bom dia e logo o ajudei colocando-o na cadeira de rodas e disse que ia tomar um banho rápido.
A água morna fazia o meu corpo acalmar de uma maneira surreal, os aromas que tinha comprado para quando tomasse banho tinha um cheiro maravilhoso. Eu sentia como se estivesse no paraíso, logo saí do banho e deixei os meus cabelos secar um pouco ao natural...vestia a roupa e saí da porta e para minha surpresa estava Lopez e Enrique no quarto.
Falei um pouco com eles e logo saí do local, fui ao quarto de António e ele não estava lá muito provavelmente estava no banho pelo barulho do chuveiro por isso deixei um recado na porta dele a dizer que ia sair, desci as escadas peguei a chave do carro que António me havia dado de presente e logo saí em direção ao meu antigo apartamento.
Desta vez tinham vindo dois seguranças comigo, eu não acredito que António tinha feito isso...eu estava segura e não me podia acontecer nada.
A minha mente vaga nas minhas lembranças, buscando pistas e respostas da incansável pergunta de: "Onde tu estás?". O questionamento ecoava no meio o da música do carro que tinha colocado, disquei o número do meu pai e ele ao atender soava num tom de muita preocupação, parei o carro no estacionamento mais perto e fiquei parada até que de longe eu o vejo do outro lado da rua...eu não sabia o que estava a acontecer mas algo de bom não era, e ainda mais quando o meu irmão não estava perto dele.
— Pai aqui! — gritei pesadamente com as minhas palavras, abatida por não entender o que se passava. —Pai, o Vitor, onde ele está?
— Filha, o Vitor estava internado no hospital desde ontem após passar mal em casa ás 17horas da tarde! Só á pouco saiu e foi para casa. — ouvi um arfar vindo dele, um ar bastante preocupado.
— Como assim passado mal? Porque não me ligaste e ainda por cima foi ontem. Depois do....
— Eu estava tão preocupado e nem raciocinei direito e como soube que moravas aqui vim.
— Ainda não moro, estou a tentar fazer o novo contrato! Mas como ele está?
— Ele está bem, só estava com um pouco de febre alta, e vómitos mas nada demais.
— Então do que estamos á espera vamos lá! Senhores podem avisar a família Torres que hoje passarei o dia em casa do meu pai aqui no Algarve.
— Claro senhora.
Eu estava bastante preocupada, esta era a última coisa que eu não queria ter ouvido hoje...meu pai e eu entramos no carro e ele me mostrou o caminho até casa, o ambiente dentro do veículo se tornava mais frio e sem vida, ele estava cabisbaixo e sempre atento ao telemóvel muito provavelmente caso Vitor precisasse de algo ele telefonaria, a preocupação era constante no meu ser.
Seu coração acelerava dentro do seu peito com a menção do nome do seu filho, jogou o telemóvel para o banco de trás e começou a chorar eu mal conseguia controla-lo, aquilo estava impossível de se controlar, as sensações horríveis estavam á flor da pela até que o meu pai recebe uma mensagem nem um pouco agradável.
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*Mensagem ON*
Se queres o teu filho de volta, a tua filha terá que vir ter connosco às 10:00h da manhã de quarta, porque se não iremos fazer muito pior do que uma simples gripe.
*Mensagem OFF*
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Eu desesperei ainda mais quarta feira seria daqui a 3 dias, fomos até á casa que o meu pai tinha alugado para eles passarem as férias cá mas sem nenhum sinal de Vitor, entramos novamente no carro e eu tinha que fazer algo...eu não sabia para onde me dirigi, alguns tempos depois estava eu de volta á casa de António, as únicas pessoas que estava em casa era António e Aurora e perguntaram o porquê de eu estar tão aflita mas nada disse subi as escadas com o meu pai e logo entrei no quarto á procura de algum contacto que nos pudesse ajudar, mas nada.
Eu acho que não devia ter entrado na vida de António eu só lhe causei problemas. Aurora, mãe dele ouviu um barulho de choro vindo do quarto após o meu pai sair, bateu na porta mas eu nada disse...a loira insistiu e logo abriu vendo-me agachada perto da cama com a cabeça entre os braços.
Arrastei o meu corpo para o lado mas ela me seguiu, eu estava apavorada, eu perdi a noção do tempo...este parecendo passar de forma incerta. Ela sentou-se ao meu lado e me abraçou eu tentei parar de chorar mas era inevitável até que vejo a silhueta de António na porta do quarto junto á do meu pai.
— Natasha o que aconteceu podes contar! — afirma a loira limpando-me as lágrimas. —Onde está o teu irmão.
— Ele foi levado, ontem ele foi parar ao hospital por estar doente e hoje cedo voltamos para casa e quando eu estava a ir ao encontro dela eu recebi uma mensagem. — diz o meu pai olhando para António, suspirando fundo.
— E não estava com ele ninguém em casa? A mãe dele! — questionou o moreno vindo na minha direção abaixando-se e levantando-me levemente a cara.
— Não os meus pais divorciaram-se e ele vive com o meu pai. Eles querem que eu vá lá ter com eles ás 10horas da manhã de quarta feira!
— Mas isso é daqui a quatro dias.
Nós tentamos pensar em algo mas nada, a minha aflição mas também a do meu pai era grande cada segundo, cada minuto, cada hora que passava era terrível...eu estava cada vez mais desesperada e com medo que algo de mal acontecesse a ele.
— 2 dias depois —
Autora Narrando.
Hoje o dia amanheceu com sol, Duarte pai de António já tinha conseguido que a sessão do tribunal fosse adiantada e ainda bem...Natasha estava um caco quase não saia do quarto, as crianças vinham vê-la mas ou ela estava a dormir ou tinha ido tomar banho.
Hoje era o dia da audiência e estavam todos bastante felizes pois creram que António seria ilibado dos crimes e que não usaria mais a pulseira eletrónica e isso era o que ele mais queria. Bem estavam já dentro da sala de audiências e James também havia sido chamado para o caso pois também lhe dizia respeito.
A apreensão era enorme, cada minuto que passava era vital a juíza estava a falar uma última vez com os advogados até dar o veredicto final e António estava com fé que ia sair de lá livre.
— Bom dia a todos, perante toda a repercussão que o caso teve e por nenhumas provas foram tido em conta e algumas sem fundamento declaro...António Oliveira Torres inocente de todos os crimes.
— Nãooooooooo! Isso é impossível. Quanto é que ele lhe pagou. Diga.
— Achas que eu pago ás pessoas para mentir? Estás muito enganado. — diz António mostrando a sua autoridade mas logo se acalma. —Bem a justiça foi finalmente reposta.
— Senhor Rodriguês controle-se, se não terei que o prender por desacato e difamação á autoridade máxima deste tribunal.
— Desculpe senhora!
António estava bastante feliz com a sua libertação, ele já não estava a usar a pulseira eletrónica mas os agentes ainda tinham que ir buscar o equipamento á sua casa, Natasha não tinha vindo pois teve que fazer algumas coisas em casa do seu pai, António percebeu a sua situação por isso não se incomodou se não viria.
A tempestade vem numa remoinho, mas logo vem o ar da graça com o sol radiante.
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