Chapter 1
Tom acordou com o barulho do seu celular tocando, abrindo os olhos, encontrou uma garota, vestindo uma camiseta com seu rosto, segurando o aparelho.
-O que você tá fazendo? - disse ele levantando da cama e pegando o celular das mãos dela.
-Eia atender, o barulho estava me incomodando... porque tem um celular tão velho? - disse ela.
-Eu... gosto dele. - disse Tom guardando o aparelho.
-Estranho, mas então... agora que acordou, o que vamos fazer? - disse a garota se aproximando e passando suas mãos pelo ombros nus de Tom.
-Olha, ontem á noite foi ótimo, mas você pode sair agora. - disse ele a afastando.
-O que? Porque? Eu não quero ir embora. - respondeu ela.
-Eu vou então! - disse Tom vestindo suas roupas e deixando quarto.
Ele então foi até o elevador, não sem que a garota o seguisse e pedisse para que ele a ligasse, claro. Depois de chegar ao segundo andar, ele foi até o quarto de seu agente e bateu na porta. Segundos depois, um Andy furioso abriu a porta.
-Olha quem resolveu acordar pra vida, você sabe que está duas horas atrasado para uma reunião, não sabe? Eu estou te ligando á horas... - Andy começou seu discurso enquanto Tom se atirava em sua cama.
-Andy, você pode falar mais baixo? Ou não falar? Minha cabeça está me matando. - disse ele com a cabeça embaixo do travesseiro.
-É mesmo? Se não bebesse tanto, não teria esse problema. - disse Andy.
-Eu só quero dormir... - resmungou Tom fazendo o amigo revirar os olhos.
-Tá brincando, né? Nós temos que... droga, vou atender e tentar resolver seus problemas. - disse Andy saindo do quarto.
Tom estava quase pegando no sono, quando uma notícia chamou sua atenção, fazendo com que ele pulasse da cama e aumentasse o volume da televisão.
Um grave acidente de carro tirou a vida de Paul Philip na manhã desta segunda-feira em Kingston. Ele andava no seu carro, quando uma motorista bêbado, dirigindo um caminhão cortou a sua frente, fazendo com que o carro de Paul saísse da estrada. Ele deixa uma mulher e dois filhos. Os atos fúnebres serão realizados na Igreja Municipal de Kingston.
Tom ficou parado em frente á tv, em choque, Paul, um de seus melhores amigos de infância e que ele já não via há anos, estava morto. Sem saber o que fazer ou como lidar com suas emoções, Tom fez a única coisa que fazia ultimamente, pegou a garrafa de vodka do frigobar do quarto de Andy e foi até a cobertura do hotel, onde ficou até ser encontrado algum tempo depois, por um segurança.
-Sério Tom? Dormindo na cobertura do hotel? Você me surpreende a cada dia. Só... entra no carro, vou pegar um café pra você. - disse Andy assim que ele chegou no estacionamento.
Ao entrar no carro e ouvir, outra vez a notícia sobre a morte de Paul, Tom sentiu que devia fazer alguma coisa.
-Dave, te dou dez mil dólares se me tirar daqui agora. - disse o garoto para o motorista.
-Você que manda, chefe! - respondeu Dave acelerando o carro, deixando dois seguranças para trás.
Tom estava do lado de fora da igreja, onde algumas pessoas entravam para acompanhar a missa.
-Se quiser manter seu emprego, não diga uma palavra. - disse Tom para o motorista escorado na janela do carro.
-Entendido, chefe! - respondeu Dave ligando o carro e indo embora.
Tom então pegou sua mala do chão e caminhou, á passos lentos, até chegar a escadaria da igreja, onde conseguiu ver seu pai Dom e seus dois irmãos, Harry e Sam.
Ele ficou ali parado na entrada da igreja, decidindo se seria uma boa ideia entrar ou não, até ele esbarrar em alguém. Ele a reconheceu no mesmo momento, aqueles olhos azuis, que ele nunca esqueceu, eram inconfundíveis. Ela continuava linda, o cabelo loiro, agora um pouco mais curto, caía perfeitamente em seus ombros. Mas ela estava diferente também, ela segurava a mão de uma criança, com cachos morenos que quase cobriam seu rosto e olhos tão castanhos quanto os dele. Antes que Tom pudesse falar alguma coisa, Rebecca pediu liçensa, entrando com a criança na igreja. Becca sentou ao lado do irmão em choque, ela tinha mesmo acabado de vê-lo? O que ele estava fazendo aqui?
Jake, percebendo a expressão confusa da irmã, decidiu perguntar se estava tudo bem.
-Thomas está aqui! - disse Becca gesticulando com a cabeça para a porta da igreja.
-O que?! - disse Jake se virando e vendo que, realmente, o garoto sentava na escadaria da igreja. -O que ele tá fazendo aqui? - disse ele para a irmã, que balançou os ombros.
Depois da missa, todos que estavam na igreja, foram até o cemitério, onde aconteceu o enterro.
Quando já estavam indo embora, Rebecca viu Tom, um pouco mais longe, escorrado em uma árvore e decidiu naquele momento que faria alguma coisa.
-Jake, leva ela pro carro? - disse Becca se referindo á garota, que dormia nos braços do irmão.
-Becca, deixa pra lá, vamos embora. - disse Jake mas Becca já tinha um plano.
Assim que a viu se aproximar, Tom levantou e arrumou a postura.
-Oi... - dizia ele, mas antes que ele pudesse completar uma frase, a garota fechou o punho e atingiu seu estômago, com toda força que ela tinha.
Depois do soco, Rebecca o deixou sozinho e foi embora, sem falar uma palavra. Tom ficou se contorcendo no chão, até seu pai e seus irmãos aparecerem.
-Tom? - disse Dom ao ver o filho no chão.
-Oi pai! - respondeu o garoto, que ainda abraçava o estômago.
-Você está bem? - disse Sam ajudando o irmão a levantar do chão.
-Sim, eu meio que mereci isso. - disse Tom fazendo Harry revirar os olhos.
-Meio? - disse o ruivo, balançando a cabeça, ao ver o estado do irmão.
-Então Sam continua sendo o melhor irmão. - disse Tom recebendo um ohar de Harry.
-Garotos, parem! Vem, vamos te levar pra casa. Deus, você precisa de um banho! - disse Dominic ao apoiar o braço do filho em seu ombro e o carregar até o carro.
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