Ouvi passos no corredor e a porta do meu quarto foi aberta,  tirei as minhas mãos do rosto e vi meu pai na porta do meu quarto me olhando preocupado.

- Emma... Você está bem? Ouvi você gritando o nome da Marry, ela apareceu para você de novo? - perguntou meu pai se ajoelhado do meu lado.

- Sim, ela quer que eu sofra... mas ao mesmo tempo ela quer me proteger... eu... eu estou tão  confusa - falei.

- Como... como assim querida? - perguntou meu pai confuso.

- Eu... eu quase morri hoje pai - falei olhando para ele. - Mas a Marry apareceu na minha frente e me impurrou para a calçada.

- Quase... quase morreu? - disse meu pai.

- Sim... eu não vi o sinal e acabei parando no meio da rua, um caminhão estava vindo em minha direção e então a Marry me salvou. Ela... ela me salvou... Você acredita em mim, pai?

- É claro que acredito minha filha - disse meu pai me abraçando. - Fico feliz por sua irmã ter te salvado, eu não aguentaria perder você também.

- Então... então eu não estou louca, certo? - falei.

- Não... não está - disse meu pai.

- Eu vi o Chris - falei.

- Oh! Sério? E ai... - disse meu pai me soltando.

- E aí eu descobri que ele está morando no Canadá com a sua noiva - falei.

- Ah...  noiva! Então ele está noivo... - disse meu pai passando a mão em seu cabelo. - Você... você vai ficar bem?

- Pai... eu já superei isso - falei me levantando. - Fico feliz por ele está noivo e seguindo a sua vida.

- Entendo... - disse meu pai se levantando. - Depois vá para o quarto do Tonny, ele está procurando você - disse meu pai.

- Okay - falei. - Pai?

- Sim? - disse meu pai.

- Obrigada por me animar e me ouvir... - falei com mãos cruzadas para trás.

- De nada minha filha - disse meu pai, depois ele saiu do meu quarto e fechou a porta.

- Que linda cena de pai e filha... Eu até poderia chorar se eu ainda estivesse viva!

Me virei rapidamente e vi Marry sorrindo para mim, ela estava com seu velho vestido branco com manchas de sangue, seus cabelos negros estavam soltos e havia sangue em algumas pontas de seu cabelo e seus olhos estavam vermelhos. Ela apontou sua mão em minha direção e eu me choquei contra a parede ficando presa a ela sem poder me mover.

- Não fique toda tranquila por eu ter te salvado, se você está achando que eu não vou mais atormentar você, você está muito enganada...

- O que... o que você quer então? - perguntei.

- O que eu quero? É sério que até agora não caiu a ficha irmãzinha...

- Fala logo! - falei.

Ela se teletransportou para a minha frente e isso fez com que a minha pele gelasse e meus cabelos se arrepiassem, ela ficou me encarrando de perto com aqueles olhos vermelhos cheios de raiva e ódio, ela então lentamente foi se aproximando do meu ouvido e disse quasse sussurrando - Eu quero que admita o que fez... eu quero que você diga a verdade ao papai, diga a ele que você me empurrou naquela maldita escada... 

Meus olhos se arregalaram e senti um grande frio em minha espinha, minha voz não queria funcionar mas depois de alguns minutos eu consegui falar - Marry... aquilo... aquilo foi... foi um acidente! Eu não... eu não queria...

- Não queria? Mas fez... quer o meu perdão? Quer que eu te deixe em paz? Então diga! Se não eu vou atormentar você pelo resto da sua vida, e a cada dia que passar vai fazer com que eu perca toda a bondade e humanidade que ainda resta em mim, ai irmãzinha... no fim eu vou acabar matando você.

Marry então sumiu e eu consegui me mexer novamente, me sentei no chão e comecei a respirar ofegante como se eu não estivesse respirando naqueles minutos com a Marry. Então era isso que ela queria... todo esse tempo ela nunca pode descansar em paz por minha causa, ela estava presa a essa casa e a mim. Não quero que a Marry vire um espirito vingativo... está na hora de contar o que realmente aconteceu!

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Notas da Autora: Olá leitores e escritores! Gostaram do capítulo? Deixe seu voto e comente o que achou ^^. Beijos e bye bye.