Epílogo - Casados e marcados
Jungkook respirou fundo ao sentar-se com Jimin no sofá da sala de visitas. Ambos olharam um para o outro com expressões um tanto ansiosas, mas o ômega fez questão de pegar a mão de Jungkook para se sentir um pouco mais leve, além de transmitir o mesmo ao alfa. O motivo de tamanha ansiedade eram os dois homens sentados no sofá em frente, estes que foram a razão por terem passado por tudo o que passaram, e arriscado suas felicidades em nome do amor. O amor gigantesco e fraternal que sentiam pelos irmãos.
— Eu não sei como falar isso para vocês, só não quero que se sintam mal com o que temos a dizer, tudo bem? — Jungkook foi quem começou dizendo, revezando o olhar entre Yoongi e Hoseok.
O casal Jung estava um tanto tenso, pois foram chamados para aquela conversa de um jeito formal demais, onde o casal Jeon disse que tinham um importante assunto para tratar com eles.
Ao longe, podiam ouvir o chorinho de Jungmin, este que provavelmente estava sendo embalado por Taehyung ou Yujin. Jimin segurou a vontade de ir ver o filho – que junto ao irmãozinho recém completaram dois meses de idade –, pois sabia que estavam em boas mãos e agora que tinham começado aquele assunto, deveriam ir até o fim.
Tanto Jungkook quanto Jimin achavam que deviam contar para os irmãos o verdadeiro motivo de terem se casado, mesmo que na época fosse notório o descontentamento de ambos quanto ao matrimônio. Jungkook contou a Jimin que Hoseok ficou tão chateado com ele quanto Yoongi havia ficado com o irmão mais novo, pois não queriam que as pessoas mais próximas de si se casassem sem amor. E foi então que resolveram chamá-los para aquela conversa e revelar o que tanto aflingiu o casal Jung no começo daquela história toda.
— Assim você nos assusta, Jungkook. — Hoseok colocou em palavras o que ele e o marido pensavam.
— Não é preciso se assustarem, é mais uma confissão nossa. — Dessa vez foi Jimin quem disse, obtendo o incentivo de Jungkook. — Queremos contar a vocês o verdadeiro motivo de termos casado.
— Verdadeiro? — Yoongi ficou confuso com as palavras do irmão.
— Então você não se casou por que estava encalhado há tempos, Kookie? — Hoseok perguntou ao primo.
— Aish! Eu não estava encalhado! — Jungkook ralhou, obtendo algumas risadas de Jimin.
— Isso foi o que ele disse para você? Que iria se casar por que estava encalhado? — O ômega loiro perguntou ao cunhado.
— Sim, foi! Falou que não suportava mais titio e titia infernizando a vida dele para se casar. — O alfa Jung explicou, obtendo a atenção dos ômegas e um rolar de olhos por parte de Jungkook. — E ainda disse que se fosse para casar, que fosse com o ômega mais bonito dos Park. Eu pensei que ele estava falando de Taehyung, pois como vocês sabem, Jungkook vivia falando que o Jimin não era lá muito bonito e que não via nada de mais nele. Mas quando ele me explicou que era com Jimin que ele iria se casar, eu fiquei muito surpreso. Ele me olhou com aquela cara de bobo e disse: "Ah, Hoseok, mudei de opinião! Ele é muito bonito quando sorri e..."
— Já chega, né? Explicou até demais! — Jungkook interrompeu o falatório do primo, ficando visivelmente envergonhado.
— E o que? Conte o resto, Hobi! — Jimin nem deu atenção ao marido, e sorria enquanto ouvia o que o cunhando contava.
— "E eu gosto do cabelo dele, parece um raio de sol". — Hoseok terminou de contar, e aquilo fez Jimin quase rasgar o rosto pelo sorriso. — Mas isso era uma mentira?
— É, Jungkook, isso foi uma mentira? — Jimin ainda tinha um sorriso no rosto ao fazer a pergunta para Jungkook, este que se encotrava um pouco corado.
— Não, essa parte não foi mentira. — Jungkook suspirou ao olhar para o sorriso de Jimin, escondendo sua vergonha em algum lugar para poder falar o que reamente sentiu. — Você sabe que eu mudei de opinião depois de um tempo, já te contei isso. E você é sim um raio de sol, meu raio de sol. — Acaricou o rosto do ômega loiro, retribuindo o sorriso, e se perderam um pouco nos olhares amorosos que trocavam.
— Ei! — Yoongi interrompeu o momento romântico do casal Jeon. — Vocês sabem que adoro ver vocês dois fofinhos um com o outro, mas estou curioso! Quero saber qual o motivo de vocês terem se casado! Jimin me disse que era porque tinha medo de acontecer algo com o appa e, assim, ele, Tae e mamãe não teriam onde morar. O que eu achei um absurdo na época, pois nem eu nem Jin-hyung deixaríamos isso acontecer.
— Yoon, o problema é que, hm, se eu não me casasse com Jungkook, você também não teria uma casa para chamar de sua. — Jimin disse devagar, com o sorriso desaparecendo de seu rosto quando o assunto real voltou à tona.
— Como assim, Minnie? Não estou entendendo. — Yoongi ficava cada vez mais confuso com aquela história.
— Hoseok, sei que talvez você odeie meus pais quando eu lhe falar isso, mas não posso simplesmente deixar você sem saber. — Jungkook suspirou ao falar.
— Eu nunca odiaria os titios, Kookie, eles são como meus próprios pais, você sabe disso. — Agora era Hoseok que estava mais confuso ainda.
— Eles, ah, Hobi, eles nos chantagearam. — O alfa Jeon disse de uma vez. — Eles disseram que se eu não me casasse com Jimin, não dariam a permissão para você se casar com Yoongi.
Ao dizer aquilo, Hoseok arregalou os olhos, assim como Yoongi que voltou os olhos grandinhos para o irmão.
— Appa me disse que se eu não me casasse com Jungkook, você não poderia se casar, Yoon. Pois os tios dele não deixariam. — Jimin falou com uma expressão triste. — Me diga, como eu poderia negar alguma coisa que traria a felicidade do meu irmão?
— Jimin... — Yoongi já tinha os olhos molhados, e não esperou nenhum minuto para se levantar e ir até onde o irmão estava, expulsando Jungkook dali para sentar-se no lugar dele e abraçar Jimin com força. — Ah, Jiminnie!
— Me desculpa, me desculpa ter mentido pra você. — Jimin também já chorava, agarrado ao irmão. — Desculpa te decepcionar com tudo o que eu disse, desculpa, Yoon. Mas eu não queria ver você triste, você estava tão feliz e já amava tanto o Hoseok. Eu não, eu só não q-queria tirar isso de v-você. Eu te amo tanto, eu nunca me perdoaria, nunca.
— Me desculpe, me desculpe, me desculpe. Sou eu quem devo desculpas a você, Jimin. — Yoongi acariciava os fios loiros do irmão, o apertando contra si o máximo que conseguia. — Eu fui tão rude, eu estava tão decepcionado, eu achei que... que você não era mais meu irmãozinho. Achei que tinha sido corrompido pela mamãe e que n-não acreditava mais no a-amor. Desculpa, Minnie, você fez isso por mim e e-eu, ah, eu também te amo tanto! Eu nunca deixaria você se casar por minha causa, nunca, você devia ter me dito, de-devia ter falado a v-verdade, eu, ah, Jimin... — Soluçou, acompanhando o irmão que também fungava bastante.
— Não chora, não chora, Yoon, eu estou feliz agora. — Jimin se afastou para segurar o rosto do irmão em mãos e olhá-lo nos olhos. — Ei, eu estou bem, você sabe. Eu passei por muitas dificuldades, e lutei tanto contra mim mesmo para estar aqui, mas agora eu estou bem, e estou feliz. Eu devo agradecer ao amor que sinto por você, pois foi graças a ele que eu encontrei outro tipo de amor, o amor que eu tenho pelo Jungkook. Se não fosse por isso eu nunca teria o conhecido profundamente e o amado, e eu faria tudo novamente só para ver você feliz e para estar ao lado do Kookie, eu sou tão feliz, Yoongi, tão feliz!
— Você é, não é? — Yoongi perguntou, aflito, como se dependesse disso para respirar. — Porque eu nunca me perdoaria se você não fosse feliz por minha causa, por minha culpa. Você é a pessoa mais feliz do mundo, não é? Diga que é! Diga que Jungkook é o homem da sua vida! Porque se não for, eu juro que vou atrás dos meus sogros agora mesmo, onde quer que eles estiverem, e mato os dois com as minhas próprias mãos!
— Eu sou! Eu juro que sou! — Jimin sorriu entre as lágrimas, obtendo uma expressão de alívio do irmão. — Jungkook é o homem da minha vida, e meus filhos completam a minha felicidade. Eu tenho que te agradecer tanto, você me ajudou tanto em todo esse tempo, mesmo não sabendo de nada, me ajudou a enxergar meus sentimentos e brigou comigo quando eu fazia algo idiota. Você é o melhor irmão do mundo todo!
— Você, você que é! Meu irmão querido, eu te amo tanto, tanto. — Yoongi chorou mais ainda e abraçou o irmão novamente.
— Por que vocês não me amam também? Por quê? — Ouviram a voz de Taehyug e se depararam com ele na porta da sala, chorando também. — Eu odeio vocês! Sempre me excluindo!
— Vem aqui, Tae-tae! — Jimin chamou, e ele e Yoongi abriram espaço para Tae se enfiar no meio deles. — Nós te amamos também, nosso caçulinha cabeça de vento!
— Minha criança hiperativa! — Yoongi disse sorrindo e esmagando Taehyung junto com Jimin.
— I-idiotas! — Tae xingou, mas adorava quando os irmãos o abraçavam daquela maneira.
— Pff, esses três chorões. — Jungkook zombou parado em pé e de braços cruzados ao lado dos três irmãos.
Desde que havia começado o choro de Jimin e Yoongi, ele havia parado para prestar atenção na conversa dos dois, mas foi só Taehyung entrar na sala que ouviu um soluço ao seu lado e Hoseok logo estava lhe agarrando o pescoço.
— J-Jungkook, você fez isso por mim! Eu não acredito! — O alfa Jung, que tinha segurado com muita força suas lágrimas até agora, não aguentou e desabou a chorar também.
— Para com isso, Hoseok. — Jungkook tentou se soltar, mas ao perceber o primo lhe abraçar com mais força, desistiu. — Aish, não foi nada, eu estava mesmo encalhado e, você sabe, você é como um irmão pra mim. Eu n-nunca conseguiria ver você sem esse seu sorriso irritante e, ah, v-você entendeu.
— Você me ama tanto, Kookie! — Hoseok falou e sorriu — Eu sei, eu sei, e acho tão errado o que os titios fizeram, mas não odeio eles, só estou um tanto decepcionado. E saiba que também faria o mesmo por você, sem nem hesitar.
— Bom saber disso. — Jungkook falou e sentia algumas lágrimas querendo sair de seus olhos. — A sua felicidade e, agora, a felicidade de Jimin e dos meus filhos é o que mais importa pra mim.
Hoseok fez um bico choroso e olhou para Jungkook, assim como os três irmãos também fizeram ao ouvir as palavras ditas. Jungkook notou então os quatro o fitando com uma expressão emocionada e boba e ficou extremamente envergonhado.
— Ah, você é o melhor primo e irmão do mundo inteiro, Jungkook! — Hoseok disse e abraçou novamente Jungkook.
Jimin olhava aquilo e mais lágrimas saíam de seus pequenos olhos, acompanhadas de sorrisos. Sabia que Jungkook era sim alguém sentimental e cuidadoso com aqueles que amava, e isso o deixava ainda mais apaixonado.
— Chega, muitas lágrimas. — Jungkook se soltou de Hoseok. — Agora que vocês já sabem de tudo, eu vou pro escritório resolver umas coisas. — E saiu dali se encaminhando para o lugar desejado.
— Jungkook só se faz de durão, ele vai é chorar escondido. — Hoseok falou ainda limpando algumas lágrimas.
— Aposto que vai chorar como um bebê. — Yoongi concordou com o marido.
— E ainda vai dizer que os olhos vermelhos são de tanto ler papéis. — Taehyung acompanhou o casal.
— Aish, vocês! — Jimin ralhou e se levantou para ir até onde Jungkook estava. — Deixem ele em paz.
E Jimin sabia que eles estavam certos no que diziam. Ao entrar no escritório, encontrou o marido com lágrimas no rosto e tentando disfarçar enquanto fingia ler algo. O ômega apenas sorriu e foi até Jungkook, tirando qualquer papel de sua mão e se sentando em seu colo, de lado e com os braços em volta do pescoço do alfa.
— Sabe, você não precisa ficar com vergonha de chorar na frente deles. Foi muito emocionante tudo o que foi dito e até Hoseok estava chorando bastante. — Jimin disse, trazendo o rosto de Jungkook para afundar em seu peito e fazendo carinhos em seus cabelos e nuca.
— A-ah, Jimin, não gosto, você sabe. — Jungkook fungou. — O único que pode me ver assim é você.
— Meu alfa é tão sensível. — O ômega beijou os cabelos de Jungkook e teve sua cintura abraçada com calma. — E eu adoro quando você mostra esse seu lado, não deveria esconder. Mas eu admito que gosto de ter essa parte sua exclusiva pra mim.
— E eu gosto quando você fala coisas assim. — O alfa disse, limpando as lágrimas na blusa de Jimin e erguendo o rosto para pousar sua testa junto a do ômega. — Quer dizer que eu sou o homem da sua vida?
— Você sabe que é. — Jimin falou baixinho, antes de suspirar.
Jungkook sorriu e se afastou, pegando as duas mãos do ômega para plantar beijos castos em cada uma delas.
— Fico muito honrado com isso, príncipe. — Sorriu ao dizer, e obteve a ação que esperava de Jimin: sorriso enorme e bochechas coradas. — E posso saber onde está sua aliança? — Perguntou ao notar que Jimin estava sem o anel que marcava o compromisso deles.
— Eu ainda não coloquei, acho que ainda não vai caber. — Jimin disse, olhando para os seus dedos que Jungkook segurava.
Quando completou sete meses de gravidez, a aliança apertava muito seu dedo, então resolveu tirar e recolocá-la quando conseguisse perder o peso que tinha ganhado.
— Eu acho que você está até mais magro do que antes da gravidez. — Jungkook falou.
— Acha mesmo? — Jimin tinha os olhos brilhantes ao perguntar.
— Sim, e não gosto. — O alfa fez bico ao dizer. — Prefiro você mais rechonchudinho, fica tão fofo e gostoso de apertar.
— Cala a boca, Jungkook. — O ômega acabou por ficar envergonhado e deu um tapa no ombro de Jungkook ao sair do colo deste. — Pervertido.
— Não disse com essa intenção, você quem está dizendo. — Jungkook riu da reação do outro e se levantou também, não conseguindo evitar e olhando os quadris do ômega se movimentarem enquanto este andava a sua frente.
— Como eu disse: pervertido! — Jimin riu ao olhar para trás e perceber onde o olhar de Jungkook se encontrava.
— Aish, fui pego! — O alfa alcançou Jimin e pegou a mão do ômega na sua, entrelaçando os dedos enquanto caminhavam, aparentemente, para a cozinha. — Eu quero ir ao nosso lugar especial hoje, tudo bem? — Sussurrou no ouvido do ômega, que se arrepiou pelo contato.
— Depois de almoçarmos e darmos de mamar a Jungmin e Jeonji, nós vamos, sim? — Jimin sugeriu.
— Combinado. — Jungkook sorriu e soltou a mão do ômega.
Ficou parado na porta da cozinha e encostado no batente, vendo Jimin caminhar pelo local e experimentar alguns pratos que estavam sendo preparados para o almoço, perguntando o modo de preparo para os cozinheiros e observando sempre que podia. Os olhinhos do ômega brilhavam e Jungkook adorava vê-lo na cozinha, era ótimo saber que, além dos livros, Jimin tinha também paixão pelo mundo da culinária. Jungkook sabia que ele ainda seria um cozinheiro de mão cheia, sem dúvidas.
~*~
— Ei, me espera! — Jungkook gritava para o ômega.
— Não mesmo, eu vou chegar primeiro! — Jimin respondeu, não ligando para os chamados do outro.
— Jimin, você está indo rápido demais! — O alfa preocupou-se, pois estavam cavalgando em uma velocidade um pouco alta. — Jimin!
O ômega sequer respondeu, apenas se empenhando em comandar o cavalo da melhor maneira que podia para chegar antes de Jungkook ao lugar que já havia virado o preferido para passarem tempo juntos, aquele que deram o primeiro beijo de verdade deles. O bosque repleto de cerejeiras logo ficou perto e Jimin desacelerou aos poucos, sorrindo grande ao que puxava as rédeas para que o cavalo parasse. Iam ali ao menos uma vez na semana, onde tinham um tempo de casal, somente para os dois, coisa um pouco difícil agora que tinham os bebês que exigiam muita atenção e cuidado.
Ao parar completamente, Jimin desceu do cavalo e o puxou até poder amarrá-lo em uma das árvores.
— Cheguei primeiro! — Exlamou contente quando viu Jungkook descer do cavalo ao seu lado.
— Você está maluco? — Jungkook perguntou, e Jimin percebeu que ele estava mesmo bravo. — Você estava rápido demais, Jimin! Não faz muito tempo que você teve gêmeos, não pode fazer tanto esforço assim! — O alfa bufou enquanto amarrava o cavalo perto do de Jimin.
— Aish, Jungkook! Já fazem dois meses! — Jimin cruzou os braços e virou-se de costas para o alfa. — Pare de ser um chato!
— Você ainda está de resguardo! O doutor disse que até completar quatro meses você devia evitar atividades que te deixassem cansado! — O alfa seguiu o ômega, ainda bravo e percebendo o outro também se irritando.
— Quem está cansado aqui? Só se for você, porque eu não estou! — Jimin devolveu, andando cada vez mais rápido ao notar que Jungkook já tinha o alcançado.
— Como não? Está suado e com a respiração pesada, não mente pra mim! — Jungkook se colocou ao lado do ômega e pegou em sua nuca suada para confirmar o que dizia.
— Porque você me irrita! — O ômega se desvencilhou da mão de Jungkook e o olhou raivoso. — O que me cansa é você ficar me sufocando, isso sim!
— Ah, então eu sufoco você? — Jungkook indignou-se, crispando os lábios com o que ouviu.
— Sim, eu sei os meus limites, e se digo que me sinto bem é porque estou bem. — O loiro falou um tanto alto já. — Não devíamos ter vindo se era pra você começar a brigar comigo.
— Ah, claro! — Jungkook deu uma risada sarcástica e se virou para voltar ao cavalo. — Então eu vou embora, fique você aí já que eu sou apenas um chato que te sufoca.
— Foi você quem quis vir e agora vai embora? — Jimin se virou para ver as costas do alfa, indignado com o que foi dito. — Jungkook! — Chamou e, quando percebeu que não seria atendido, abaixou-se e pegou um punhado de flores e folhas um tanto secas, pois o outono estava se aproximando, e jogou nas costas do alfa.
— O que você... Jimin?! — Jungkook virou-se para ser atingido novamente por mais um punhado de folhas. — Pare de ser uma criança mimada!
— Pare você de ser um idiota! — Jimin disse exaltado. — Você não podia apenas me deixar ficar animado por chegar primeiro aqui?!
— Não! Porque eu fico preocupado com você! — O alfa falou alto. — Caramba, já imaginou se você passa mal aqui, no meio do nada? O que poderíamos fazer? Até voltarmos, você já podia estar com muita dor e, não sei, desmaiar! Aí até chamarmos o médico você pode piorar e, meu Deus, não posso nem imaginar ver você tão mal quanto daquela vez em que descobrimos a gravidez. Eu não quero nem pensar em você de cama, se contorcendo de dor e eu com tanto, tanto medo de te perder. Me desculpe se te sufoco, eu só quero você saudável e bem, droga. — Suspirou ao que terminou de falar.
As mãos do alfa foram aos cabelos, afastando alguns fios que grudavam em sua testa um tanto suada, e a adrenalina da briga ainda estava em seu corpo quando foi abraçado devagar.
— Pare... — Falou Jungkook, baixinho, enquanto tentava se desvencilhar dos braços de Jimin.
— Me desculpe. — Jimin, que havia ficado com o coração acelerado pelas palavras do alfa, e um tanto arrependido também, segurava firmemente o tronco de Jungkook, enquanto falava rente ao ouvido dele. — Você tem razão quando diz que eu pareço uma criança mimada, me desculpe por isso, estou tentando melhorar isso. Eu só me irrito facilmente e, hm, não era minha intenção te deixar preocupado. Eu me sentia bem e achei que seria legal se chegasse antes de você. Não queria brigar.
Jungkook suspirou longamente e parou de tentar se soltar do abraço do ômega. Cheirou então os cabelos de Jimin e sorriu minimamente, não aguentando e o abraçando de volta.
— Eu te desculpo apenas com uma condição. — Jungkook sussurrou contra os cabelos macios.
— Hm, e qual é? — Jimin agora espalhava alguns beijos pelo ombro coberto do alfa, se afastando e fazendo sua melhor expressão fofa para ser perdoado.
— Feche os olhos. — O alfa pediu, sorrindo por Jimin estar o fitando com aquele olhar tão meigo e fofo.
Jimin não questionou e fez exatamente o que Jungkook pediu, sorrindo minimamente ao sentir um beijo leve ser depositado em sua testa antes de sentir o alfa se afastar de si.
— Não se mexa. — A voz de Jungkook foi ouvida ainda perto e ele prestava atenção nos barulhos que ouvia.
As mãos, que antes abraçavam o corpo do alfa, estavam um tanto nervosas e arranhavam com as unhas curtas o tecido da calça que usava. O barulho de folhas foi ouvido e Jimin ficou ainda mais ansioso, pensando o que exatamente Jungkook estava fazendo. Sua mão esquerda foi pega pelas de Jungkook, e sentiu um beijinho ser depositado nela, sorriu grande com aquilo e quase abriu os olhos, mas se controlou a tempo.
— Abra os olhos, Jiminnie. — Jungkook pediu e Jimin não hesitou em abri-los imediatamente, encontrando o alfa ajoelhado diante a si, lhe sorrindo lindamente. Quando iria abrir a boca para perguntar o porquê daquilo, o alfa falou novamente. — Shh, me deixe falar agora. Nós não tivemos o começo de relacionamento que eu sei que você queria. Não houve cortejos, elogios, e passeios onde nos conheceríamos melhor. Não houve sorrisos apaixonados e tímidos, nossas mãos encostando sorrateiramente uma na outra, nos fazendo fingir que não estávamos fazendo aquilo de propósito apenas para nos tocarmos um pouquinho. Não houve eu pedindo sua mão para o seu appa, e nem para você. Não tivemos um noivado cheio de expectativas e ansiedade para ficarmos logo juntos. Eu não recebi um sorriso lindo quando você entrou na igreja e você tampouco. Não derramamos lágrimas de felicidade por finalmente estarmos nos casando, ou demos um beijo apaixonado quando ficamos sozinhos e podíamos sem culpa nos tocar como queríamos. Não houve nada disso e eu sinto muito por isso, apesar de saber que você, assim como eu, adora cada passo errado e desastrado que demos para chegar até aqui.
Jimin ouvia tudo atentamente e riu com a ultima frase do alfa, concordando com aquilo e sentindo um friozinho gostoso na barriga pensando onde Jungkook queria chegar com aquilo.
— E é por isso que quero fazer algumas dessas coisas, agora. — Jungkook falou em seguida e Jimin arregalou minimamente os olhos para aquilo. — Então, Park Jimin, você aceita, sabe, casar comigo?
— Mas, Jungkook, nós já — Jimin começou, confuso com aquilo tudo, porém foi interrompido.
— Me responda, finja que não somos casados. Só me responda: você quer se casar comigo? — Jungkook parecia um pouco nervoso ao dizer aquelas palavras, como se realmente dependesse daquilo para que se casassem.
O ômega acabou sorrindo ao ver os olhos de Jungkook tão ansiosos ao esperar sua resposta, e não podia negar que ele mesmo sentia-se muito apreensivo, pois aquela era a primeira vez que tinha sido pedido em casamento. Lembrou-se de quando Yoongi chegou e lhe contou do pedido que Hoseok havia feito, e no quanto o irmão ficou feliz e eufórico com aquilo. Agora ele podia entender como era a sensação, e era magnífica.
— Sim, Jeon Jungkook, aceito me casar com você! Quantas vezes você quiser. — Respondeu e sentia sua voz já denunciando o quanto estava emocionado, sua respiração acelerou-se quando viu o alfa lhe sorrir aliviado e pegar uma aliança no bolso da calça. A sua aliança de casamento. — Ei, essa é — Foi interrompido novamente.
— Shh, Jimin! — Jungkook ralhou, se levantando e não se importando em sacudir as folhas que grudaram em sua calça na região dos joelhos. — Então, pelo poder a mim investido por mim mesmo, eu declaro você Jeon Jimin, meu marido. — E colocou a aliança já conhecida pelos dois no anelar da mão esquerda de Jimin.
Jungkook quis muito chorar, pois a sensação foi tão, mas tão boa, que fez seu coração praticamente saltar do peito. Enquanto deslizava o ouro pelo dedo do ômega, foi como se seu desejo mais profundo estivesse sendo realizado, e o sentimento de estar sendo preenchido por toda a felicidade do mundo o atingiu em cheio.
— Nossa, eu, nossa, isso foi tão, meu Deus, você é meu marido mesmo! — O alfa dizia sem tirar os olhos da mão pequena com a aliança recém colocada, eufórico demais para dizer algo que fizesse sentido. — Eu disse que a aliança já serviria normalmente, não disse?
— Me dê! — Jimin pediu, agoniado e obtendo um olhar confuso de Jungkook. — A sua aliança Jungkook, me dê! Quero colocar em você também! Vamos!
O alfa riu e tirou sua aliança do dedo imediatamente para dá-la ao ômega ansioso em sua frente. Estendeu sua mão esquerda e viu os olhos de Jimin brilharem ao olharem para ela.
O ômega loiro não perdeu tempo em deslizar de volta a aliança no dedo comprido de Jungkook. Ao fazer aquilo, devagar e com delicadeza, entendeu toda a animação que Jungkook teve ao terminar aquilo. Sorriu e as lágrimas caíram finalmente de seus olhos já molhados.
— E eu declaro você, Jeon Jungkook, meu marido. — Falou e olhou para o alfa, onde os dois trocaram o olhar mais apaixonado de todos os que á haviam trocado. — Estamos casados! — Jimin gritou em alto e bom som e pulou nos braços de Jungkook, o abraçando com força.
Jungkook riu e segurou a cintura do ômega em seus braços, o levantando do chão e rodando o corpo de Jimin até ficarem tontos. Os gritinhos que o loiro dava de felicidade só deixava Jungkook ainda mais feliz, coisa que achava impossível de acontecer.
— Beijo! Beijo, Kookie! — Jimin gritou, ainda com um sorriso enorme em seu rosto e algumas lágrimas de alegria em seus olhos.
— Beijo! — Jungkook gritou também, e ia parar de rodar quando se desequilibrou e caíram em um monte de folhas e flores.
Os risos ficaram ainda mais altos e o galo que ficaria na cabeça do alfa não importava nem um pouco.
Jimin, que caiu por cima de Jungkook, ria ainda quando começou a beijar o rosto do alfa em todos os lugares, não deixando nenhum cantinho de fora, até chegar à boca sorridente.
Os sorrisos de ambos não cessaram e o beijo começou muito esquisito, fazendo os dois rirem ainda mais por isso.
— Ai, meu dente! — Jimin dizia toda vez que batiam os dentes um no outro pelos beijos atrapalhados que trocavam.
— Desculpa! — Jungkook respondia, mas não parava de rir ou sorrir.
Selavam os lábios repetidamente e desesperadamente, como se realmente nunca tivessem se beijado antes, tamanha animação que sentiam. Fora, sem dúvidas, o beijo mais desastrado que trocaram, porém aquilo só os fazia ainda mais felizes. Demoraram minutos para, enfim, começarem um beijo lento e com línguas, onde os sorrisos deram lugar aos estalos dos lábios sugando um ao outro.
— Não poderíamos nos beijar assim na igreja. — Jungkook sussurrou entre um beijo apaixonado e outro.
— Não, não poderíamos. — Jimin concordou e Jungkook os virou rapidamente, fazendo Jimin ficar com as costas na grama verdinha e flores mortas.
O alfa, com o corpo cobrindo o do ômega, sorriu e acariciou o rosto bonito e delicado, antes de beijar novamente os lábios vermelhos e com gosto de morangos.
Jimin abraçava a cintura de seu alfa possessivamente enquanto era beijado tão deliciosa e ternamente. Cada beijo com Jungkook o fazia sentir aquelas flores em seu estômago. Às vezes era uma chuva, às vezes um furacão, mas sempre as flores estavam lá, se movimentando dentro de si.
— Jungkookie. — Jimin chamou quando separaram os lábios, com a respirações descompassadas.
— Hmm. — Jungkook resmungou, dando a entender que estava ouvindo, enquanto passava seu nariz levemente pela pele da bochecha do ômega.
— Falta uma coisa. — O loiro suspirou, apertando Jungkook contra si ainda mais e sorrindo pelo carinho em sua bochecha.
— O que falta, bebê? — O alfa perguntou, deixando agora leves beijos na bochecha cheinha.
— Me marque. — Jimin sussurrou, e Jungkook imediatamente ergueu seu rosto para encontrar o olhar do ômega.
— O quê? — Perguntou, mesmo que houvesse entendido exatamente o que foi dito.
— Você ouviu, me marque. — Jimin repetiu, e não esperando uma ação do alfa, abriu calmamente os botões de seu colete, e em seguida dois de sua camisa.
Jungkook apenas acompanhou o movimento dos dedos do ômega, assistindo as peças de roupa serem abertas e a clavícula, além de parte do tórax, ficar exposta. Os antebraços do alfa apoiavam seu corpo para se manter em cima de Jimin sem depositar seu peso todo no ômega. O olhar do alfa ainda era um tanto confuso, mesmo entendendo o que Jimin queria que ele fizesse.
— Eu achei que, hm, você não gostasse de ser um ômega marcado. — Jungkook disse o que se passava pela sua cabeça.
— E não gosto. — Jimin admitiu e suspirou em seguida. — Não gosto dessa marca, pois ela foi feita sem amor, me fez sentir uma dor terrível, e me fez ficar ligado a você quando tudo que eu mais queria era distância. Sei que foi graças a isso que nos aproximamos, mas odiava saber que ela me prendia a você mesmo sem sentimentos de amor. Por isso eu quero que você sobreponha essa marca, agora com uma nova, eu quero ligar meu ômega ao seu alfa, mas com sentimentos bons e felizes, com amor. Com o amor que, agora, eu sinto por você.
O alfa sorriu entendendo exatamente o que Jimin queria dizer. Eles se ligaram com todo aquele clima horrível, onde tudo que queriam era fugir da igreja, mas agora era diferente. Tinham acabado de "casar" e estavam felizes e apaixonados, o jeito certo de se marcar alguém e receber a marca. Jungkook sorriu e assentiu com a cabeça. Sem tirar os olhos de Jimin, levou os lábios até a clavícula já marcada, e depositou um beijo gentil ali, como da primeira vez que aquilo havia acontecido.
Jimin sorriu com o gesto e fechou os olhos, deslizando suas mãos trêmulas pelas costas do alfa, porém dessa vez tremia de alegria, antecipação, felicidade.
Ao posicionar exatamente os dentes no local mordida feita ali, Jungkook também fechou os olhos e afundou novamente os dentes naquele pedaço de pele, sentindo seu interior se revirar e tremer todo com a sensação de estar marcando seu ômega.
O loiro sorriu ainda mais e levou uma de suas mãos aos cabelos lisos de Jungkook, acariciando enquanto uma sensação de torpor e leveza o atingia. Suspirou alto e, mesmo com os olhos fechados, uma lágrima de felicidade escapou pelo canto de um deles. Os dentes de Jungkook afundados em sua clávicula não doíam, nem mesmo incomodavam, pelo contrário: era prazeroso, leve e feliz. Era divino. Foi como se seu ômega interior finalmente se identificasse com ele, Jeon Jimin; Jimin amava o lobo interior Jungkook, assim como ômega interior de Jimin amava Jeon Jungkook. Os sentimentos se mesclaram e, ali, só havia amor, muito amor.
Jimin sentiu os dentes de Jungkook deixarem sua pele e, nem assim, abriu os olhos, gostou do encontro de suas duas partes e queria ficar naquilo por mais um tempo. Sentiu então Jungkook deslizar para seu lado e levar seu corpo junto ao dele, ficando assim os dois de lado e frente a frente. Abriu os olhos e viu o alfa com um lenço em mãos, limpando um pouco de sangue de seus lábios e da marca recém-feita. Mas se surpreendeu quando Jungkook abriu também seu colete e os primeiros botões de sua camisa. Olhou curioso aquela ação e esperou calmamente Jungkook terminá-la.
— Me marque também, Jimin-ah. — Jungkook disse baixinho, olhando nos olhos de Jimin. Pegou então uma das mãos delicadas do ômega e levou até seu peitoral. — Marque o seu alfa, o seu marido.
O ômega estremeceu com as palavras e olhou temeroso para Jungkook. Aquela era uma ação malvista. Ômegas marcarem alfas era um escândalo quase como dois alfas, ou dois ômegas juntos. Não era como se aquilo não existisse, Jimin ouvia rumores e alguns eram mesmo verdadeiros. Ele não tinha nada contra isso, afinal, achava que amor era amor, independente de classe ou gênero.
— Você tem certeza? — Perguntou ainda relutante, não queria que Jungkook se arrependesse depois.
Apesar de que ninguém saberia se não quisessem, se aquilo vasasse, a reputação da família Jeon poderia ser manchada e Jimin não queria prejudicar Jungkook de maneira nenhuma.
— Sim, meu amor, eu quero ser marcado por você. — Jungkook disse com todas as letras, sorrindo para incentivar o marido.
Queria que Jimin sentisse que não havia nada que não faria para ele, e que ser marcado pelo homem que amava era uma grande honra, e não uma vergonha como muitos diziam por aí. Achava um gesto de amor, e se pudesse ofereceria todos a Jeon Jimin, seu amor maior.
Jimin teve vontade de chorar de novo, mas segurou-se para aproximar os lábios do tórax exposto de Jungkook. Beijou lentamente vários cantinhos do peitoral que tanto amava, até escolher o local que marcaria: bem pertinho do mamilo arrepiado do alfa. Sorriu com aquilo e abriu a boca minimamente, olhando para cima e encontrando Jungkook com os olhos fechados e sorrindo. Aquilo só o encorajou em marcar a pele do alfa quando sentiu seu lobo interior o dominar. Foi com vontade que mordeu e sentiu a mesma sensação de antes, quando havia sido marcado, porém agora com um pouco de medo de machucar Jungkook. Sentiu Jungkook tremer sob si e aquilo o faria sorrir caso já não estivesse com a boca ocupada. Ao terminar, se afastou devagar e pegou o lenço antes usado para limpar o sangue.
— Fiz certo? — Jimin perguntou nervoso. — Te machuquei?
— Fez certo, meu amor. — Jungkook acalmou o ômega e o puxou para um beijo casto. Sua respiração ainda estava elevada pelos sentimentos bons que se apoderaram de si com a marca feita pelo seu ômega. — Não me machucou, eu te amo, esqueceu?
O ômega aliviou-se com o beijo e as palavras do alfa, abraçou então Jungkook com força, afundando seu rosto no pescoço dele e beijando a pele.
Jungkook caiu novamente de costas na grama e trouxe o corpo de Jimin junto, sentindo os beijos em seu pescoço e beijando igualmente os ombros expostos do ômega.
— Logo a marca desaparece, mas você pode me marcar novamente quando isso acontecer. — Jungkook disse o que havia aprendido em um livro que leu escondido quando era mais novo. A marca de um ômega era bem mais fraca e desacaparecia com o tempo.
— Eu te amo, Jungkookie. — Jimin disse, ainda extasiado e emocionado por todas as sensações sentidas em tão pouco tempo. — De verdade, eu amo, amo, amo, amo muito mesmo. Mesmo, sabe? — Olhou para Jungkook com a respiração desregulada.
— Eu sei. — Jungkook sorriu pela ansiedade do ômega e tirou alguns fios de cabelos que caiam no rosto dele. — Agora acho que somos realmente um casal, um casal completo, hm?
— Um casal completo. — Jimin suspirou e deitou sua cabeça sobre o lado não-marcado do peito de Jungkook. O pequeno nariz adorava se afundar naquela pele macia e sentir o cheirinho de hortelã e menta que emanava, era muito refrescante. O ômega também podia sentir agora seu próprio cheiro na pele do alfa, era leve e quase imperceptível, mas estava ali, e isso o deixou ainda mais contente. Aquele dia com certeza não tinha como ficar melhor, era impossível. — Jungkook-ah.
Jungkook, que abraçava Jimin carinhosamente e tinha os olhos fechados enquanto sentia o cheiro floral emanar dos cabelos loiros que faziam cócegas em seu queixo, apenas soltou um murmúrio e o ômega entendeu que poderia continuar.
— Nós somos casados. — O loiro disse baixinho, fechando também os olhos e se deixando embalar por aquele clima gostoso que se instalou entre eles.
— Sim, somos casados. — Jungkook confirmou aquilo, pois aparentemente Jimin tinha uma grande necessidade de ouvir aquelas palavras. — Casados e marcados, meu amor.
Jimin finalmente gostou de como aquelas palavras soavam, já que antes ouvir aquilo era um martírio para seus ouvidos. Até porque, um casamento não era apenas assinar papéis e ser abençoado pela igreja, era algo para celebrar o amor entre duas pessoas, algo como ele e Jungkook haviam acabado de fazer. E a marca não era um sinal de posse de um alfa para o seu ômega, e sim um ato de confiança e união extrema, algo que deveria ser feito por duas almas apaixonadas e apenas assim. E agora ele podia dizer que sim, ele era um ômega casado com Jeon Jungkook e sim, ele era um ômega marcado por Jeon Jungkook.
— Sim, amor, casados e marcados. — Repetiu o ômega.
Casamento
1. Ato ou efeito de casar(-se). (✓)
2. Cerimônia, civil e/ou religiosa, em que se celebra essa união. (✓)
3. Combinação harmoniosa de duas ou mais coisas; união estreita e íntima. (✓)
Marca
1. Ato ou efeito de marcar. (✓)
2. Traço, sinal, impressão deixada por alguém ou algo. (✓)
3. Impressão, efeito de uma causa qualquer sobre o espírito, sobre os sentimentos. (✓)
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— Então quer dizer que você já se sente bem para fazer esforços físicos, como cavalgar, não é mesmo? — Jungkook perguntou assim que subiu em seu cavalo para voltarem para casa.
— Sim, Jungkook, me sinto ótimo! — Jimin revirou os olhos com aquela preocupação exagerada do marido e também subiu em seu cavalo.
— Que bom! Assim, hoje à noite você vai poder cavalgar novamente! — O alfa sorriu ao ver os olhos de Jimin se arregalarem e o rosto do ômega ficar parecendo um pimentão de tão vermelho, aparentemente ele tinha entendido o sentido da palavra "cavalgar". — Vamos ver se você realmente está cem por cento, Jeon Jimin.
— Aish, Jeon Jungkook! — O ômega gritou assim que o alfa lhe deu um sorriso sapeca e saiu cavalgando em sua frente.
Jimin apenas seguiu o marido, ainda morrendo de vergonha, mas com o mesmo sorriso no rosto. É, aparentemente Jimin estava errado e o dia podia sim, ficar ainda melhor.
FIM
ღ ɱα૨૨เε∂ αɳ∂ ɱα૨ҡε∂ ღ
Mas calma que temos bonus para vir por aí! Me contem se gostaram do final <3
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