CAPÍTULO 10

Porto Seguro não era nada além do que um porto. Não era uma cidade, e mal chegava a ser uma vila. Somente barcos pequenos como o Estrela do Crepúsculo conseguiam atracar diretamente no cais. Para barcos maiores havia um ancoradouro. Era um pequeno posto de serviços que comportava apenas quatro embarcações do porte das de An Lepard. Em um aspecto, ao menos, o porto parecia seguro: ficava em uma enseada protegida da fúria do mar. Alí havia uma praia e a água ficava sempre tranquila. Era um lugar bastante raso, de águas transparentes.

Os passageiros do Estrela do Crepúsculo estavam maravilhados com a beleza do local. An Lepard mostrava para Kiorina, com grande intimidade, os bancos de coráis, pequenos peixes coloridos e cardumes grandes, explicando quais eram comestíveis, seus nomes e algumas histórias de pescador.

Gorum contemplava o fundo do mar e conversava com Noran, que parecia não estar sofrendo com os enjôos naquela manhã. Kyle vigiava An Lepard e Kiorina estando próximo de Archibald e Mishtra que estavam abraçados, apreciando o ambiente agradável.

An Lepard dividia sua atenção entre a jovem ruiva e um grande navio que estava ancorado próximo ao porto seguro. Curioso para saber a quem pertencia o navio pediu ao timoneiro que passasse próximo, porém mantendo certa distância de segurança. Mas o essencial já sabia, não era uma embarcação humana, pertencia aos silfos do mar, restava saber a qual clã pertencia e quem era seu capitão. De fato, era uma embarcação e tanto, uma das grandes. Possivelmente, carregava uma tripulação superior a trezentos.

– Georges! – chamou An Lepard. – Traga-me o ampliador.

O segundo oficial do navio esforçou-se para trazer a caixa contendo o ampliador rapidamente. Sua altura exagerada, gordura e falta de destreza, no entanto, impediam qualquer ação eficiente e elegante como seria do gosto de seu capitão. Pouco depois, um pouco ofegante, entregou a caixa dizendo em Lacorês. – Aqui está senhor!

Encarou Kiorina e procurou ser gentil cumprimentando-a: – Senhorita. – Logo depois, retirou-se.

An Lepard abriu a caixa retangular, bastante comprida, revestida de couro escuro, com fecho metálico delicado. Do interior finamente acolchoado, retirou um cilindro de madeira, mais estreito em uma das pontas, com padrões geométricos entalhados. Colocou a extremidade menor a frente de seu olho esquerdo e a outra apontou para o navio dos silfos.

Resmungou: – São Farmins... Malditos Farmins.

Kiorina curiosa pediu – Posso ver Lepard?

– Claro minha querida, porém seja muito cuidadosa. Deixe eu lhe mostrar... Com isso o capitão posicionou-se ao lado de Kiorina de forma que seus rostos ficaram bem próximos. Segurando os braços dela, indicou a maneira como devia usar o aparelho.

– É mágico?

An Lepard sentia o cheiro da moça e demorou um pouco a responder. –Não. Nunca viu um destes em Lacoresh?

– Sei que existem, mas são muito raros. Existem dispositivos mágicos que fazem o mesmo, mas são bem diferentes.

– Entre nós, também não são nada comuns. Alguns têm o preço de um navio como o meu. Este porém é um modelo simples. O povo de Dacs não tem uma boa relação com a magia.

– Como assim?

– É proibida. Ainda assim, ouvi rumores de que magos poderosos não conseguiam realizar grandes feitos por lá. Dizem que Dacs é um lugar estéril para a magia.

– Verdade? Nunca soube disso.

– Não é o tipo de coisa que comentamos abertamente.

– O navio deles é muito grande! Possui três grandes mastros! – constatou Kiorina.

– É sim. – An Lepard engoliu seco. – Vamos chegar mais perto, quero descobrir quem é o capitão do navio.

– Isso não é perigoso? – perguntou a moça devolvendo o ampliador a An Lepard.

– Um pouco, mas não temos outra alternativa. Além do mais, Porto Seguro é uma área neutra.

– Neutra?

– Sim. Ou pelo menos deveria ser. É um posto de cobrança de impostos.

– Impostos? Mas que tipo de impostos.

– Isso é um pouco complicado, querida Kiorina. Mas para colocar de forma simples, pagamos impostos sobre as nossas mercadorias para evitar sermos atacados e pilhados pelos silfos do mar.

– Ouvi dizer uma vez que eles atacam os navios humanos, roubam sua carga e escravizam a tripulação, é verdade?

– Verdade, estes silfos são umas pragas! Uns sangue-sugas!

O timoneiro guiou o Estrela do Crepúsculo para que passasse bem perto do navio sílfico. A tripulação ficou apreensiva.

Quando já estavam bem próximos podiam ver alguns silfos no convés do outro navio, que era de três a cinco vezes maior que a nau Dacsiniana.

Kiorina observava curiosa quanto à aparência dos silfos do mar. Porém devido à distância, não pode perceber detalhes. Percebeu que vestiam roupas coloridas, principalmente tons azuis, púrpuras e vermelhos. Eram todos esguios, e possuíam musculatura bem definida. Pareciam ser belos também. Alguns deles começaram a gritar e acenar. Percebendo as intenções dos silfos, An Lepard tentou proteger o olhar de Kiorina.

Deram as costas e abaixaram suas calças mostrando as nádegas, rindo e gritando bastante. Alguns mostraram coisa pior. Kiorina ficou chocada e não resistiu quando An Lepard fez com que se virasse para o outro lado.

Gorum começou a rir, mas foi o único. Para todos os outros aquela era uma atitude altamente ofensiva, hostil e imoral. Alguns dos tripulantes Dacsinianos trocaram insultos com os silfos.

Passada a proximidade Gorum segurava gargalhadas. Noran olhou para o gigante e indagou – Gorum, como você pode achar uma coisa destas engraçada?

– Perdoe-me – disse rindo. – Mas nunca pensei que fosse ver uma coisa destas em toda minha vida! Há há há! Aqueles silfos balançando aquelas bundas brancas e gritando... Há há há! – Não conseguiu conter-se.

Noran cedeu e riu um pouco. – Olha Gorum, deve ser um efeito colateral de seu senso de humor apurado. Mas pensando melhor é até engraçado. – E permitiu-se umas boas risadas.

Gorum chamou a atenção de todos, que a princípio reagiram como Noran. Porém, antes de atracarem teve tempo para contar umas boas anedotas sobre os silfos do mar. A maioria da tripulação cedeu e riu muito. Exceto o capitão An Lepard que sentia um aperto no peito. Era um mau pressentimento. Apesar de achar graça, não conseguia rir, algo de ruim estaria para acontecer.

– Georges! – Chamou o capitão.

– Sim, Capitão!

– Aquele navio, não é o mesmo que estava aqui quando estivemos aqui da última vez?

– Sim senhor, é o mesmo. Algum problema senhor?

– Sim, estou com um mau pressentimento. Faça-me um favor. Fique de olho nos nossos passageiros. Não quero que desembarquem. Vamos pagar as taxas e sair o mais rápido possível.

A tripulação estava pronta. Preparavam-se para atracar.

An Lepard chamou a atenção de todos. – Escutem todos. Nossa parada aqui será mais rápida que o habitual. Desembarcarei, acompanhado de Erles, Josinx, Celix e Rubar. Os demais ficarão a bordo. Não quero desobediência. Isso inclui vocês, passageiros.

– Não posso acompanhá-lo? – pediu Kiorina.

– Para seu próprio bem, não. Vocês não estão habituados a lidar com os silfos do mar, poderiam acabar encrencados.

Pouco depois, as amarras eram feitas e assim como havia dito, desembarcaram, An Lepard, Erles, Celix, Josinx e Rubar. Celix e Josinx carregavam bestas armadas. Rubar, um marinheiro bastante forte carregava um par de machadinhas e Erles carregava o saco com as moedas que pagariam como impostos.

Aproximava-se a metade do dia. Hora na qual se faziam refeições. A tripulação que havia ficado a bordo reclamava bastante. Queriam poder descer e tomar uns tragos e ver as mulheres no hotel, como o de costume. Um dos homens discutiu com Georges e desceu apesar de suas advertências. Para acalmar o restante da tripulação o cozinheiro sugeriu que o almoço fosse servido mais cedo. Georges concordou e pouco depois o assistente do cozinheiro trazia a comida que vinha sendo preparada desde mais cedo. Ensopado de peixe.

Além do cais, todo construído em madeira, havia duas construções principais: o hotel e a casa administrativa. An Lepard liderou o caminho para a casa administrativa procurando demonstrar confiança. Não havia muitos silfos no porto. Estava relativamente vazio. A casa administrativa era um pequeno forte de madeira com um posto de guarda mercenária. Porto Seguro era um lugar insignificante demais para haver guarda imperial.

Entraram na casa administrativa e An Lepard negociou com o coletor de impostos em sílfico. Declarou a carga e ofereceu quinze por cento a mais para não sofrer revista. Justificou-se dizendo que estava com muita pressa.

O coletor escutou atenciosamente. Era um silfo magro, de mãos ossudas e dedos rápidos. Vestia roupas de tecido leve, bastante folgadas. Suas orelhas pontudas estavam apontadas para os lados, pois cediam à pressão do chapéu de couro em forma de cuia, bastante justo.

– Temo que não poderei aceitar sua proposição Sr. Lepard. – disse desdenhoso.

– Vinte porcento então!

– Não é uma questão de percentagens, Sr. Lepard.

An Lepard engoliu seco. – Qual é a questão?

– Ao que me parece, o Senhor e sua tripulação parecem ansiosos demais por pagar o que devem receber a nova bandeira e seguirem seu caminho.

– Trinta porcento! – ofereceu desesperado.

– Calma Sr. Lepard, cobraremos a taxa oficial apenas. Afinal, somos justos. – disse e sorriu ironicamente o coletor.

– O que querem afinal? Diga de uma vez!

– Queremos apenas ser justos! Faremos a fiscalização de sua carga, calcularemos as taxas. Depois, vocês poderão ir. Isso vai levar tempo, sugiro que aproveite e deixe que seus homens descansem e divirtam-se em nosso hotel.

– Não confiam em minha palavra? – apelou o Dacsiniano.

– Não. – riu-se o coletor. – Ah, Esquecia! Recebi um recado do Capitão da grande nau que está ancorada nas proximidades. Ele está no hotel e deseja vê-lo! Porque não deixa que seus oficiais cuidem da revista no navio enquanto conversa com o Sr. Shark?

– Capitão Shark? Aquele navio pertence ao Capitão Shark? – perguntou An Lepard horrorizado.

– Sim. É um de seus muitos navios.

– Você venceu! Prepare sua revista.

– Erles e Josinx, voltem para o Estrela e preparem-no para a fiscalização. Rubar e Celix, vocês vem comigo.

– Maldição! – resmungou An Lepard. – Não devia ter vindo! Era melhor me arriscar com os piratas!

Enquanto isso no navio, o almoço prosseguia.

Noran comentou com Gorum. – Estou preocupado com o Capitão.

– Em que sentido.

– Senti grande angustia vinda dele desde que chegamos a esta enseada.

– Suas faculdades estão voltando então?

– Nunca me deixaram. Mas ainda não estou totalmente recuperado dos grandes esforços que fiz em Lacoresh para garantir nossa segurança. Além disso, é difícil exercê-las enquanto estou enjoado.

– Entendo. O que sugere?

– Não sei, acredito que possa estar em grande perigo. E tem outra coisa...

– Olhem! – alertou Archibald.

Logo as atenções de todos depositaram-se sobre os botes que se aproximavam do porto. Três botes com duas dezenas de silfos cada, remando ritmicamente.

Ao mesmo tempo, aproximava-se do no barco, Erles e Josinx.

– Onde está o capitão? – perguntou Georges desconfiado, em dacsiniano.

– O capitão foi até o hotel, tratar de negócios. – respondeu Erles e anunciou – O navio será fiscalizado.

Georges coçou a cabeça, confuso.

A conversa chamou a atenção de Noran mesmo sem entender o que haviam dito.

– O que houve, Imediato Erles?

– Nada demais, senhor. Apenas um pequeno contratempo.

Noran estreitou o olhar e disse. – Você está mentindo. – Comandou – Diga a verdade, senão busca-la-ei sem hesitação.

– Do que está falando senhor? Acontece como eu disse. O Capitão An Lepard foi tratar de negócios com o Capitão Shark.

–Capitão Shark!? – Georges engoliu seco e bocejou.

Enquanto isso, An Lepard entrava no hotel. Apesar de ser chamado de hotel, raramente alguém se hospedava ali. O local possuía muitos quartos, mas na realidade era um bordel dirigido pela casa administrativa. Lá marujos jogavam, dançavam, assistiam a números de dança e tomavam os serviços das prostitutas, em sua maioria, escravas humanas. Ao entrar no salão principal, An Lepard identificou Shark de imediato. Estava sentado em uma poltrona de veludo escuro, em uma parte alta, ao lado da janela. Ao seu lado estavam duas silfas lindíssimas as quais An Lepard não pode deixar de notar. Ele não era exatamente como esperava. Era alto e magro, usava um capote de pano, ornamentado com pedras vermelhas, que descia da cabeça até os ombros. Nas laterais havia orifícios de onde saiam suas orelhas afiadas. Vestia uma armadura de couro artisticamente trabalhada e sobre o peito colares de ouro e pedras preciosas sobrepostas. Ele sorriu com grande satisfação ao ver An Lepard no salão.

An Lepard sentia suas mãos frias e molhadas. Limpou o suor da testa com as costas da mão. Subiu o pequeno lance de escadas de madeira que rangiam a cada passo. Do outro lado de uma pequena mesa redonda havia uma poltrona igualmente confortável na qual se sentou. Sentia-se desconfortável.

Celix posicionou-se ao lado direito da poltrona e Rubar no lado oposto.

– Seja bem vindo. – disse Shark, que possuía uma voz aveludada, em sílfico.

– É um prazer conhecê-lo Sr. Shark. – An Lepard procurou ser educado respondendo em sílfico.

– O prazer é tudo meu! – afirmou o silfo melodicamente.

Rubar sentiu-se desconfortável, pois não entedia a língua dos silfos.

An Lepard observava a palidez incomum do silfo. Nunca havia visto um silfo tão pálido. Eram na sua grande maioria bastante bronzeados.

– Já ouviu falar no Capitão Sinevall, Sr. Lepard?

An Lepard gelou e sentiu uma gota de suor escorrer no meio de suas costas. Procurou usar então o máximo de sua dissimulação. – Sinevall, não é? Acho que sim, por quê?

– Ele é meu sobrinho. E sumiu, ouviu dizer? Não é visto há mais de um ano. – Fez uma pausa respirou fundo e levantou as sobrancelhas como se estivesse sofrendo. – Nunca gostei muito dele, e na realidade continuo não gostando. Mas minha irmã, gosta muito dele. Até aí, tudo bem. Eu não sou muito sensível às suas lamentações... Porém, fato recente tocou minha sensibilidade.

– Verdade? – disse An Lepard com a voz trêmula.

– O Sr. está com calor? Que tal uma bebida? – Estalou os dedos. Aguardou uns instantes até que trouxessem uma taça com líquido borbulhante, levemente amarelado.

– Está gelado! Foi resfriado magicamente, isso triplica o custo. – A taça foi colocada bem à frente de An Lepard. Shark sorriu e disse – Pode beber Capitão. É por minha conta

An Lepard bebeu metade da bebida que fez cócegas em seu nariz.

– Refrescante? – sorria Shark

– Sim, obrigado.

– Onde eu estava? Sim! O estímulo. Minha irmã ofereceu-me uma recompensa financeira irrecusável para descobrir o paradeiro de Sinevall.

– E o Senhor quer que eu o procure, certamente. – arriscou An Lepard.

– Não, não acredito que esteja vivo. – Shark retirou as mãos do colo. Ergeu o braço direito e em sua mão mostrou um brinco. Segurava-o com os dedos em pinça e balançava-o para que An Lepard observasse.

An Lepard bebeu o restante da bebida de uma só vez.

– Já viu um brinco como este alguma vez Sr. Lepard? – perguntou Shark com um sorriso nos lábios.

“Touchè!” pensou An Lepard. Era o brinco de Sinevall! Maldição! Como? Como foi parar nas mãos de Shark? Ao ver o brinco a memória de An Lepard foi acionada.

Um ano atrás, memória!

An Lepard fazia uma negociação com o Capitão Sinevall, um silfo com excesso de peso. Sujeito raro, conhecido por sua gula.

An Lepard oferecera um banquete. O melhor havia sido servido. Sinevall usava aquele mesmo brinco em sua orelha esquerda. A negociação não ia bem. An Lepard e sua tripulação haviam falhado em vários pontos do contrato, perderiam muito. An Lepard sentia-se derrotado, oferecia o banquete na esperança de amenizar sua situação. No entanto, sem que soubesse, tinha uma carta escondida na manga. Foi quando, um a um, os guarda-costas e oficias de Sinevall adormeceram. Sem seu conhecimento, Erles havia colocado altas doses de um poderoso sonífero na comida dos silfos.

Discutiram, e, naquele momento An Lepard começava a se arrepender profundamente da decisão que havia tomado. Fora convencido por Erles a matar Sinvall e seus oficiais, afundar seu navio e eliminar todas as provas de que estivem com eles. Havia riscos é claro, mais alguém poderia saber sobre o encontro, mas era pouco provável. Havia sido um encontro em alto mar. Não havia um porto, não haveria testemunhas. O desaparecimento do navio poderia ser considerado um naufrágio. Parecia a melhor solução. É claro, houve luta. Nem todos foram afetados pelo sonífero da mesma forma, e alguns dos silfos, não comeram. Mas foi fácil, e conseguiram um bom lucro da situação, lucro que possibilitou a compra de um novo barco e a entrada nos negócios intercontinentais, altamente lucrativos.

De volta ao presente, An Lepard sentiu um calafrio e preparou-se para o pior. Ainda assim, mentiu. Não havia outra alternativa. – Não, nunca vi tal brinco.

Shark sorriu, balançou a cabeça negativamente e disse – Você é um péssimo mentiroso Sr. Lepard. Sabe onde consegui isto?

An Lepard não tinha palavras, sentia seu coração bater forte, quase podia escutá-lo.

– Consegui isso recentemente com um de seus homens.

– O que isso prova?

– Eu não preciso de provas, apenas suspeitas. Porém, após as perguntas corretas e um pouco de boa vontade do Sr. Erles, soube de toda a história e fechamos um bom acordo.

An Lepard sentindo que se aproximava o momento de sua morte, ou coisa pior, foi ágil em sacar seu sabre com intenção de matar Shark. Um ato desesperado. Sua ação, porém não se concretizou. Foi alvejado por Celix e teve seu antebraço direito atravessado por um virote fazendo com que largasse a espada. Rubar confuso, não pode ver de onde veio a flecha que lhe atravessou o peito um instante depois. Caiu da sacada destruindo uma mesa, copos e cadeiras na parte mais baixa.

An Lepard gemeu de dor encolhendo o braço, olhou com ódio para Celix e murmurou com os dentes cerrados – Traidor desgraçado!

Shark gargalhou muito alto se deliciando com o sofrimento de An Lepard.

Noran piscou os olhos sentindo-os bem pesados e alertou. – Sonífero!

Quando olhou para o lado, viu que Kiorina já adormecera. Georges gritou com dificuldade – Traidor! – e atirou-se para cima de Erles.

Erles pulou para trás e observou Georges caído, sem conseguir se levantar.

O próximo a cair foi Kyle foi seguido por Noran. Archibald conseguiu ver que os silfos chegavam ao porto naquele momento, mas não suportou mais. Mishtra abraçou-o e logo depois adormeceu. Outros membros da tripulação caíram também. Gorum resistiu mais, ficou zonzo e desesperou-se ao ver que os silfos corriam para o barco. Olhou para Erles por uma última vez e disse embriagado: – Vou acabar com... – e caiu amolecido.

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