Capítulo 24 - Revelação
– Cah, você me abandonou, só quer saber desse seu novo namorado perfeitudo – Bianca fala enfiando uma torrada dentro da boca.
– Own Bia, desculpa, eu tenho estado meio ausente mesmo. É que aconteceram tantas coisas ao mesmo tempo, que não tive tempo para me organizar...
– Hum, sei...
– Tô te falando Bia, com a volta daquele cara louco me mandando e-mails faz muito tempo que eu não durmo bem.
Se o James não vinha dormir aqui ou eu não ia dormir lá, eu ligava desesperada pro James de madrugada, sempre acordando depois do mesmo pesadelo. Fazia duas semanas que eu não sabia o que era dormir uma noite completa de sono.
– Ai amiga, tenho que te falar uma coisa.
– Pode falar Bia, aconteceu alguma coisa?
– Espero que você não fique chateada comigo, mas é que faz alguns dias que eu estou conversando com o Ian, o irmão do James, e ele me chamou para sair e eu aceitei...
– Biiia, que notícia maravilhosa! O Ian é um cara muito legal, que bom que vocês se entenderam... Mas como isso aconteceu?
– Bem, um dia o Ian ligou aqui pra casa procurando o irmão dele, ele foi tão simpático, aí acabamos conversando por duas horas! E desde desse dia, não paramos mais de nos falar...
– Bia amiga, que felicidade. E porque você achou que eu ia ficar chateada?
– Ah sei lá amiga, por ele ser irmão do seu namorado...
– Claro que eu não ia ficar chateada por causa disso, sua boba. E eu aposto que o James também vai ficar muito feliz em saber...
– Amiga, você poderia não contar nada pro James ainda? Nós ainda nem saímos, não sabemos nem ainda se vai dar certo, não quero colocar a carroça na frente dos bois...
– Quem é você e o que você fez com a minha amiga? – ri daquela situação, geralmente a Bianca só se jogava de cabeça num relacionamento e falava e fazia tudo o que dava na telha dela.
Mas que bom que a minha amiga mudou de opinião por causa do Ian. Ele parecia ser um rapaz direito e depois eu tinha que sondar do James como era vida amorosa dele. Não queria minha amiga entrando em uma barca furada. Mas tinha certeza que o Ian era um cara direito.
– Deixa de besteira Cah, eu só mudei um pouco a minha maneira de pensar, nada demais.
– Bom, mas eu realmente estou muito feliz com essa notícia amiga. Espero que vocês se entendam. Amiga, me desculpa, mas eu tenho que ir, senão vou me atrasar pro trabalho. E você sabe, mesmo sendo namorada do chefe, não tenho direitos especiais.
– E qual é a graça de dormir com o chefe se não se pode nem chegar atrasada todo dia?
– A graça é que o meu chefe é um deus grego.
– Aí eu tenho que concordar com você. Mas agora nem me faz mais inveja que talvez eu fique com o deus grego número 2.
– Vai dar certo amiga. Você é uma mulher incrível e se ele não gostar de você, ele que está perdendo. Vou me arrumar.
Eu me arrumava mais do que eu precisaria se eu tivesse um emprego qualquer. Mas também não era por menos, além de todos os funcionários me conhecerem como a namorada do chefe, eu ainda fazia algumas reuniões quando era necessário. Me vesti com uma saia social e uma camisa de mangas compridas.
Parti para o meu escritório – sim, eu tinha uma sala toda para mim, com direito a uma secretária e tudo – e me pus a trabalhar arduamente. Tinha acumulado uma pilha de projetos na minha mesa para que eu pudesse analisá-los. Estava absorta no meu trabalho quando escuto leves batidas na minha porta.
– Oi meu anjo, já almoçou? – James me pergunta com um sorriso lindo no rosto e entra na minha sala. Olhei pro relógio e me espantei em ver que já eram quase duas horas da tarde!
– Oi amor, ainda não, e você?
– Também não, quer almoçar comigo?
– Claro que sim meu amor. Me deixa só arrumar mais ou menos essa bagunça aqui, senão quando eu voltar, não vou entender nada aqui desses papéis.
– Vou te esperar aqui do lado de fora.
– Ok James, saio em uns minutinhos.
Arrumei a bagunça que estava na minha mesa e deixei tudo em uma ordem que eu ia conseguir arrumar depois. Cinco minutos depois eu estou do lado de fora da minha sala e minha barriga resolve acordar.
– Vamos almoçar meu amor, porque estou morrendo de fome.
– Eu também estou. Tem alguma preferência de lugar?
– Não lindo, onde você quiser almoçar está bom para mim...
– Então conheço um lugar ótimo – James me olha maliciosamente e saímos da empresa.
Chegamos a um hotel próximo a empresa. James me guia até o restaurante e lá o ambiente é chiquérrimo. Lustres luxuosíssimos pendurados no teto, a decoração dourada e marfim dava ao lugar um ar de riqueza. Um garçom se aproxima de nós e quando ele chega bem próximo a nós, ele abre um sorriso.
– Senhor Rodrigues, há quanto tempo. É um prazer tê-lo de volta.
– Oh George, fazia muito tempo mesmo né?
– Com certeza senhor, o senhor vai desejar uma mesa aqui?
– Na realidade eu estava pensando em alguma mesa privada, vocês ainda tem alguma?
– Temos sim senhor. E quem é a bela dama que o acompanha?
– Ah, George, essa é a minha namorada, Camila Martins.
– É um prazer conhecê-la senhorita Martins. Venham, eu vou lhe levar até a sua mesa.
A mesa era em uma salinha fechada, mas muito bem iluminada e decorada. A mesa era grande e a mesa estava coberta por uma enorme toalha branca. O rapaz deixou dois menus com a capa preta em cima da mesa e se retirou.
Sentamos na mesa e eu analisei o meu. Tudo ali era muito caro, meu Deus não sei o que eu vou escolher.
– Se essa carinha for por causa dos preços, nem adianta se incomodar, que sou eu que vou pagar. Eu te chamei para almoçar, eu sou seu namorado, e eu que vou pagar.
– Obrigada amor – me inclinei na sua direção e lhe dei um beijo no rosto. Voltei a me sentar. Sua mão acariciava a minha perna por debaixo da mesa e eu resolvi pedir o peixe.
Momentos depois o George entra novamente na sala e anota o nosso pedido. Conversamos sobre várias coisas, até que o assunto caiu em família. James estava um pouco triste quando ele me falou.
– Camila, porque eu nunca conheci os seus pais?
– Oh, meu amor, desculpa. É que eles estavam viajando, eles resolveram ter uma segunda lua de mel e partiram em uma viagem que está durando pela América do sul...
– E quando é que eu posso conhecê-los?
– Eles chegam de viagem daqui a dois dias, então acho que no final de semana vai ser a oportunidade perfeita.
– Maravilha então.
– James, acho que você é o último namorado na terra que faz questão em conhecer os sogros. Não me lembro de ter escutado nenhuma história parecida.
– Que bom. Eu quero ser diferente e único na sua vida.
– Você já é.
O almoço chega e como apressadamente, não porque queria que o almoço terminasse logo, mas porque eu estava faminta. Quase engasgo quando sinto a mão do James passeando na minha coxa. Sua mão foi subindo até que alcançou a altura da minha virilha.
– James, estamos em um restaurante.
– Em uma sala privada.
– O George pode entrar a qualquer momento...
– Ele vai bater na porta.
– Mas se alguém nos ver? – é a última coisa que consigo falar antes de James alcançar a minha intimidade. Ele me toca somente por cima da renda e já me sinto flutuar.
– Agora está melhor – meus olhos se fecham involuntariamente e me perco em sensações. A porta da sala se abre, mas James não para com os seus dedos. E ele faz uma cara como se não tivesse fazendo na da debaixo da mesa. George fala.
– Está tudo do gosto de você? Eu posso trazer mais alguma coisa?
– Acho que vamos querer ver o cardápio de sobremesas. Não é amor?
Não abri a boca, tive medo que se liberasse a minha garganta para sair qualquer som, pudesse sair um gemido. Então só concordei com a cabeça e tentei dar um sorriso amarelo. Assim que a porta se fecha seguro o braço do James e impeço os seus movimentos.
– Você tá louco amor? Queria que eu gemesse aqui na frente do George?
– Não meu amor, mas você se controlou direitinho – James falou rindo. Ele estava achando aqui engraçado? – E você ficou linda se contorcendo toda na cadeira.
– James eu estou falando sério...
– E eu estou falando sério. Mas você quer o que de sobremesa?
Analisei o menu de sobremesas e resolvi pedir um brownie de chocolate com sorvete. Assim que falei pro James o que eu queria, ele continuou com as suas carícias escondidas. Agora, consegui me controlar, estava fazendo a mesma cara que a dele. Como se nada tivesse acontecendo.
– Isso é um desafio? – James fala e arqueia sua grossa sobrancelha.
– Desafio de quê meu amor, não to sentindo nada.
– Aceito então anjo – James responde e me dá um sorriso diabólico.
Ficamos conversando casualmente quando ele começa a puxar minha calcinha para o lado. Tentei não me incomodar e continuei conversando alegremente. Meus dedos do pé que estavam doendo de tanto se torcer para tentar absorver o impacto dos seus dedos em mim. Estava completamente molhada, mas não estava deixando transparecer nada pelo meu rosto.
George volta na sala e pergunta o que vamos querer e espera uma resposta de James. Ele tem uma mão apoiada na mesa e a outra estava rondando a minha entrada.
– Acho que eu vou querer esse pudim de chocolate, e você minha linda, vai querer o que?
– Eu vou querer um browwwwwwwwwnie – James coloca dois dedos dentro de mim e acerta meu ponto sensível de primeira. Tenho que me controlar pra não fechar os olhos e parar de falar. Faço o que acho melhor. Estendo o menu para ele e aponto a minha opção.
– A senhorita está bem? – assinto com a cabeça e tento dar um sorriso para ele. – Então tudo bem senhorita. Volto daqui a alguns minutos com os seus pedidos.
Começo a olhar com censura para o James, mas ele me desarma com um sorriso de menino inocente.
– Tá bom você venceu! – falei rindo e ele retira seus dedos e ajeita minha calcinha.
– Que bom saber que ainda te afeto.
– Então isso tudo foi por isso? Só porque eu fingi que não estava sentindo nada?
– Claro, que sempre quero fazer você se sentir assim.
– Só você me faz sentir assim – respondo e planto um beijo na sua boca macia.
Voltamos para o prédio e cada um na sua sala nos afogamos em trabalho. Trabalhei como nunca e me livrei de todos os meus serviços as quatro da tarde. Huuuum, acho que posso dar o troco no James hoje...
Não pensei duas vezes e parti para o último andar do prédio. A Susana estava na mesa dela, atendendo um telefonema quando cheguei. Esperei pacientemente ela terminar. Quando desligou, ela me abre um sorriso e levanta da sua cadeira. Vem na minha direção e me dá um abraço.
– Camila querida há quanto tempo. Como estão te tratando aqui na empresa.
– Todos aqui são uns amores Su. Estou me adaptando bem ao meu trabalho e responsabilidades.
– Que bom Camila. Mas você veio aqui pra falar com o James?
– É, gostaria de falar com ele um momentinho, ele está ocupado?
– Não, não, ele acabou de sair de uma reunião, e está com o resto da tarde livre. Quer que eu ligue pra avisar que você está aqui?
– Não, não precisa não Su, é rapidinho.
– Então tudo bem, precisando de mim é só chamar – Susana volta a sentar em sua cadeira e volta a atender ligações e fazer anotações.
Bato na porta dele, não há respostas, então entro lentamente e encontro James sentado na sua enorme cadeira falando ao telefone. Ele abre um enorme sorriso ao me ver. Entro devagar na sala e fecho a porta atrás de mim. No meu olhar está clara a minha intenção com aquela visita, então ele logo começa a me avaliar.
– Bom Leandro me avise quando tiver mais informações, tenho que ir agora – James fala, assim que eu chego próximo o suficiente para escutar o que ele falava. – A que devo essa surpresa maravilhosa? – James perguntou, mas percebi que ele tinha recebido uma notícia, e que não tinha gostado muito dela.
– Ah, terminei meu serviço mais cedo, então vim ver se você queria voltar pra casa junto comigo hoje.
– Nada me faria mais feliz, tenho só que ainda que fazer mais algumas ligações e já posso ir.
– Deixa amor, ainda está cedo, eu vim só te livrar do estresse do trabalho...
– E como você pretende fazer isso? – James pergunta, mas tenho certeza que ele já sabia...
– Você vai ver, não precisa nem se levantar...
Me aproximei dele e me aconcheguei no chão, entre as suas pernas. Desabotoei a sua calça e puxei seu pênis para fora da sua cueca. Observei com satisfação James morder seus lábios para abafar um gemido de satisfação. Comecei a lamber a ponta lentamente e fui fazendo pequenos círculos ao redor. Escuto batidas na porta e escuto a voz da Susana atrás de mim.
– Senhor Rodrigues, a sua namorada veio aqui, ela queria falar com você, mas ela já se foi?
Abafo um riso na garganta e continuo a lamber todo o comprimento do James. Ainda bem que essa mesa era grande o suficiente para me esconder.
– Ah Susana, ela veio aqui, mas era só pra me dar um recado rápido... – James fala com uma voz rouca, carregada de desejo.
– Mas nem a vi sair... Ela deve ter ido quando fui no banheiro.
– Deve ter sido Susana... Mais alguma coisa?
– Ah senhor, gostaria de saber se eu posso sair um pouco mais cedo do trabalho, tenho que ir buscar minha sobrinha...
– Sem problemas Susana, se você quiser ir até agora, não vejo problemas.
– Obrigada senhor – escuto barulhos de saltos batendo no chão se afastando e a porta se fecha.
– Quer me matar no lugar de trabalho é meu amor? – James fala.
– Claro que não, só descontando o que você fez comigo no restaurante... E mentindo pro pessoal, que coisa mais feia...
– E queria que eu dissesse o que? "Ah não Susana, minha namorada está aqui debaixo da minha mesa fazendo milagres com a sua língua macia..."
– Melhor mesmo não, e falando em línguas... – lambi todo seu comprimento novamente, o que fez com que James estremecesse.
– Espera aí, mantém o pensamento.
James se levanta rapidamente e tranca porta, na volta ele afasta uns papéis que tinham ali em cima e me deposita lá, sentada. Arranca a minha calcinha com um puxão e me penetra sem dificuldades. O sexo foi mais carinhoso do que eu esperava. Estava sentada no colo dele, enquanto nossas respirações voltavam ao normal.
– Parece clichê, mas eu sempre quis fazer sexo em cima de uma grande mesa de madeira... – falei me sentindo envergonhada.
– Disponha...
– Meu amor, sei que não deve ser o melhor momento para comentar isso, mas você estava preocupado assim que cheguei, aconteceu alguma coisa? – Os músculos de James ficaram tensos e eu senti que ele ficou desconfortável na cadeira.
– Não meu amor, não foi nada...
– James, eu poderia até ter acreditado nisso, se você não tivesse se encolhido todo. O que aconteceu meu amor? – James após um longo suspiro, fala.
– Eu tive algumas atualizações no caso do incêndio lá onde você trabalhava.
– Hã? E você está envolvido nas investigações?
– Eu trabalho como bombeiro Camila, esqueceu?
– Claro que não meu amor.
– Então, eu falei com o meu chefe, e eles estão interrogando o principal suspeito.
– Mas isso não é bom?
– É bom, mas não sei se você vai gostar de saber quem foi...
– E eu conheço?
– Até bem demais – James volta a ficar tenso.
– Fala meu amor, acho que eu mereço saber...
– Eles estão interrogando o Luís, seu ex.
Puta que pariu.
Boa noiiite leitoras ;D Desculpa a demora em liberar o capítulo, mas é que aconteceram alguns imprevistos e só consegui colocar agora. E agora? Será que o Luís é o culpado pelo incêndio mesmo?? E será que ele tem envolvimento nos e-mails? Vou tentar postar o mais rápido possível, mas não tenho previsão. Mas não se preocupem, de uma semana não passa! Se gostaram do capítulo, não se esqueçam de votar e comentar! Beijos meus amores e até breve ;**
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