Cap. 2 - Um rosto e duas faces

Raquel ficou, durante uma noite, pensando em como faria para colocar em prática seu plano. Conforme havia conversado com sua amiga Jane, iria arrumar um namorado, de preferência um que morasse em outra cidade, para criar um pretexto conveniente para fugir das vistas de seus pais.

Logo veio a sua mente o seu primo João Marcos que morava na capital e frequentava uma igreja até legal. De repente seria uma boa ideia passar alguns dias na casa de sua tia Ana, mãe de JM e tentar encontrar por lá um rapaz que fosse do agrado de seus pais. Não que ela precisasse realmente namorar com ele, mas precisava que seus pais achassem que sim.

Sem perder de tempo, pegou o celular e enviou uma mensagem para o primo. Não se decepcionou quando JM, feliz de falar com ela, a convidou para um seminário de jovens que aconteceria na sua igreja nos próximos dias. Parecia que tudo estava conspirando a seu favor.

Diante do êxito da conversa com o primo, Raquel foi de encontro seus pais a fim de obter a permissão deles para ir a casa de sua tia Ana e ir ao seminário. Mesmo que tivesse que frequentar essas palestras chatas da igreja, valeria a pena encontrar mais pretextos para ficar longe daquela cidadezinha onde não tinha liberdade para agir como quisesse, já que todo mundo conhecia todo mundo.

  — Mãe, estava agorinha conversando com o JM e ele me convidou para participar de um seminário na igreja dele daqui a uns dias. O tema é sobre Santificação! Muito interessante! Eu gostaria de poder ir, o que Senhora acha? — Perguntou humilde, torcendo internamente para a mãe permitir.

— Nossa! Muito bom filha! É um excelente tema! Claro que acho muito bom você ir! Sem contar que irá ficar na casa de seus tios. Não tem problema! Quando seu pai chegar vamos só confirmar com ele.

  — Tudo bem, mãe! Obrigada viu! — Disse tentando parecer indiferente, mas por dentro saltava de alegria.
 
*****
 
 Mais tarde, naquele mesmo dia, Raquel combinava com o seu primo sobre a ida a sua casa. Ao mesmo tempo conversava com a sua amiga Jane, deixando-a a par de tudo que acontecia, intimamente feliz por tudo estar dando tudo certo.

Jane tinha uma irmã ou prima,  Raquel nunca conseguia se lembrar direito, que morava na capital. Combinaram que iriam um dia antes do combinado com o JM para que pudessem sair e se divertirem antes de Raquel se apresentar "santinha" na casa dos tios.

— Kel, vai ter uma festa na casa de um amigo da Fernanda. Não o conheço mas ela disse que é o maior gato e tem amigos gatos também. — Contou Jane animada. — Nossa! Estou afim de beijar muito nessa festa.

— Eu também viu amiga! Já faz tempo que não dou uns bons beijos. —  Raquel já foi antecipou o que pensava em fazer. — Te mostrei meu vestido novo né, aquele vermelho. O que você acha, Jane?

— Amiga, ele é top, sensual, valoriza suas curvas. E sabe o que eu penso né? O que é bonito...

— É para se mostrar! — falaram juntas rindo. Em seguida Raquel baixou a voz para que seus pais não ouvissem o que elas estavam conversando.
 
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 A festa estava muito animada e as duas amigas se acabavam na pista de dança. Raquel já tinha bebido um pouco e estava muito desinibida rebolando e sensualizando.

De repente, sentiu alguém pegar em sua cintura, abraçando-a por trás e acompanhando o seu ritmo. Ela olhou de relance e viu um rapaz lindo que parecia encantado com ela e não hesitou, virou em sua direção e perguntou junto ao seu ouvido.

— Está gostando do que vê? —  Percebeu que ele a mediu dos pés a cabeça e viu um sorriso recheado de malícia.

— Tô amando! — Poucos minutos depois os dois estavam aos beijos e amassos.

Apesar de sentir-se dona de seu corpo e usá-lo do que jeito que queria, Raquel ainda não tinha se entregado a ninguém. Era uma escolha que havia feito, mas se sentia incomodada quando os homens com quem ficava insistia em avançar além dos beijos. 

Quando se encontra sozinha depois das noitadas, não conseguia se lembrar com prazer de ter deixado desconhecidos toca-las. Sentia-se suja na maioria das vezes, mas atribuía esse sentimento a sua criação e pensava logo que perderia essa paranóia e curtia suas noites com cada vez mais empolgação.

Com o tempo sua cabeça mudaria e ela se soltaria mais, pensava nisso enquanto se preparava  para dormir na casa da prima de Jane, tentando mandar esses pensamentos lá para o fundo da mente e foi descansar, pois no outro dia teria que ir para a casa da tia e que incorpora o papel de "Raquel santinha".

||Capítulo Revisado por   ||

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Me empolguei, eu acho rsrs
Mas tá aí o segundo capítulo. Não tá revisado, a ansiedade nem tá deixando rsr... Eita Raquel....

Beijos

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