Capítulo Final
Estou no meio de um deserto desconhecido desse mundo. O frio que bate em meu rosto junto com as areias que compõem toda essa matéria. Escuto passos por meio dela aumentando conforme se aproxima de mim. Viro o meu rosto, é o homem com terno branco.
— Eu podia imaginar que o Expectro teria uma carta na manga — Fumando seu cigarro, ele se agacha a minha altura, e bem lá atrás dele vejo silhueta de mais quatro ou cinco pessoas. Mas a minha visão está embaçada, e está de noite.
— É curioso ver você adulto Victor, ou devo dizer, Marca Solar, um nome que usa pouco em todos os Universos. — Estou fraco pela queda que tive, mas me recomponho devagar, sendo vigiado pelo olhar dele. Fico de pé quase cambaleando, o sorriso dele é cheio de sarcasmo e sagacidade. Ele é moreno, aparenta ter cinquenta anos, tem um bigode e usa um óculos escuros.
— Quem é você agora, como me conhece? — Minhas palavras saem cansadas e cheias de falhas, ele faz uma careta debochando de mim.
– Ah eu fui mal educado me desculpa. Eu sou o Alucino, a seu dispor, e eu devo também apresentar a minha equipe que me ajuda a vagar pelas linhas do universo. Os Irrepreensíveis. — O quê? Os Irrepreensíveis? Eu lembro de quando era adolescente, usamos pouco esse nome, ou nem chegamos a usar, não me lembro, mas como assim? Viajei para outros Universos, também tenho conhecimentos de muitas linhas do tempo, principalmente do meu mundo. Mas nunca tive vontade de ver outras Personas minhas por aí, e nem outras deles.
E atrás dele, apareceu cada um que imaginei: Lucas, Max, Christopher, Stefanie e...A Eduarda. Eles estão com trajes roxos com detalhes pretos e branco.
— Você os conhece... Marca Solar? — Alucino, com sorriso no rosto, disse olhando nos meus olhos, e atrás dele a Eduarda dá um passo a frente, com um olhar profundo e complexo, uma confusão, indignação, de raiva.
— Você está morto — Disse ela, andando devagar em minha direção, mas Alucino impede dela se aproximar de mim.
— É uma persona dele Duda. Não é o seu Victor, que no qual você matou — Ela hesita em se aproximar de mim, eu imaginei que nem todo universo estaria vivo. Mas porque o Expectro me trouxe pra cá? Justo para esse Universo? Olho para o céu e noto duas luas, estrelas de diversas cores. O planeta é o mesmo, mas com regras da natureza diferente.
— Sabe é muito bom ver a família completa outra vez. É como uma terapia Victor. No seu universo você matou a Eduarda, e aqui ela que né... "Crack" em você — Ele faz uma careta com as mãos simbolizando como ela me matou. E pelo jeito foi da mesma forma. — Mas eu, como bom ouvinte e viajante dos universos, prometi que, sabe, eles são poderosos, o mundo pode ser dos Irrepreensíveis e está na rédea por causa deles. Ai que agora todos dão um jeito em cada vilão que aparece. O nosso Max aqui com a sua força bruta, dá um fim neles. Nao é Max? — Continua ele, falando coisa por coisa, esse cara é um louco.
— Com certeza — Respondeu Max, me olhando com profundo ódio para mim. Todos eles estão bem estranhos, como se estivessem sendo controlados por esse tal de Alucino.
— Então vocês são... Vilões? Matam de graça porque quer? — Estou tentando entender o que está acontecendo. Se essa versão dos tais Irrepreensíveis são vilões, matando eles posso me tornar praticamente o herói desse mundo. Irônico isso não é.
— Matamos com propósito — Dei risada dessa resposta do Max, ainda piadista mesmo falando sério.
— Que ridículo. O que eu fiz com a Eduarda já é algo que expliquei e não vou falar — Alucino imita minha risada e toma a frente novamente da situação.
— Que blá blá blá hein Victor, que papo mais bunda você tem garoto. Eu te garanto que a Eduarda dará o mesmo fim que você tentou a ela sabe porque? — Ele se aproxima de mim e fala nos meus ouvidos bem baixinho — Porque nesse Universo Victor, você matou os pais de cada um deles, abusou da Duda, matou os filhos do Max, o Lucas enlouqueceu, Christopher não fala mais por conta do trauma, todos aqui tem prazer de dar o fim a todos os Victors que encontrarem. O mundo teme eles e todos seguem suas regras, eles são deuses nesse Universo. Sabe Victor, o que você chama de poder, eu chamo de presente. O que você chama de raiva eu chamo de frescura de criança mimada que nunca teve amor dos pais e o carinho da sua mamãe que foi roubada!!! — Ele engrossa a voz, e por muito tempo, muito mesmo, eu senti a ponta do medo. Após dizer isso, rapidamente ele faz um sinal e todos eles se preparam para me atacar. Eu desvio do golpe da Sthefanie.
Foi muito rápido, Lucas tem outro poder e não é velocidade, mas sim telecinese. Ele me levanta pelo ar e me joga na areia com muita força, agora que notei de verdade que estou no deserto. Stephanie usa o seu poder de vôo e vem em super velocidade em minha direção me dando um soco muito forte. Merda … Não consigo usar meus poderes para revidar... Max se aproxima, me pega pelas pernas, e me joga com muita força quase no outro lado, caio batendo meu corpo sobre areia, me rolando todo… Christopher se teletransporta e me vendo caído, me segura pela gola, quase me enforcando, e executa socos no meu rosto, um, dos, três socos..
Estou completamente acabado... Alucino aparece mais uma vez na minha frente agora junto com a Eduarda.
— Vamos Eduarda, acaba logo com isso — Ela se prepara para me executar de vez. Que final mais merda eu recebi... Tenho apanhado muito esses dias... Mas agora... Depois do Lucas do meu Universo ter me derrotado. Agora o Persona do Lucas desse Universo também me deu porrada junto com os outros…. Eu sou muito fraco... E eu digo, eles estão muito entrosados nesse Mundo, eu espero que no meu Universo não estejam assim...
É estranho ver o rosto adulto deles na minha frente, se eu pudesse mudar tudo eu mudaria, mas agora estou quase morrendo. Aquele Artefato é tudo que eu podia fazer para mudar suas vidas, suas histórias... Minha mãe estaria de volta, os seus sonhos seriam realizados, o pai do Lucas estará com ele e não morrerá, e jamais passará por dificuldades financeiras... Eu estaria casado com a Duda... Tantas coisas para morrer assim, em outro universo.
Eduarda executa seu poder em mim. Perco mais forças, quase apagando de vez, sinto minha alma saindo de mim…mas escuto vozes chamando meu nome antes de perder a minha consciência, ou estou morren.….
Estranhamente sinto uma energia pulsando no meu corpo. Minha visão está amarelada, meu corpo é tomado pela energia.
— Victor sou eu, a Gabriela, estou na sua mente. Estamos chegando para te salvar. Curei você fique tranquilo — Eduarda está parada na minha frente confusa. Um sorriso escapa de mim e seguro o seu pescoço.
– Ops — E quebro seu pescoço. Meu jeito de matar favorito.
– DUDAAAAA — Ah o Max gritando, que nostalgia. Eu jogo o corpo dela sobre areia, com os olhos sem vida.
Eu voo pelo céu a fim de atacar eles. Todos avançam para cima de mim, meus reflexos estão aguçados, eu lanço chamas em cada um mas eles desviam. Sthefanie apareceu rapidamente na minha frente pelo ar, soco ela, e a mesma retribui com chute. Mas nessa retribuição, dou um forte chute na barriga dela, me aproximo de seu corpo sugando toda energia do seu poder.
Sthefanie cai completamente sem forças no chão. Ela se rasteja, Vito seu corpo com os pés e piso com tudo na cara dela. As chamas dos meus pés derretem toda sua cabeça.
Max lança um soco mas desvio, enfio a minha faca de chamas no seu pescoço. Chris se teletransporta e rapidamente saio de sua visão executando ele dando golpe na barriga, e por fim o Lucas. Ah Lucas, ele executa seu poder em mim mas o pego pela perna impedindo que ele voe…E o jogo contra areia, parto pra cima dela inserindo soco, mas o desgraçado bloqueia e me chuta, pula e soca o meu rosto, me fazendo cambalear… Meu rosto está sangrando, filho da put@. Ele corre pra cima de mim, me desvio e chuto suas costas, ele cai e antes que pudesse se levantar,ando minhas chamas sobre seu corpo, ele se contorce todo pela dor, gritando desesperado, até que perde a via … Todos eles estão mortos, sangue se espalha por todo o deserto... Se fosse livro ou filme, acho que seria uma história bem meia boca, mas foi isso que aconteceu, e me sinto muito bem.
…….
Fácil como tirar o doce na boca de uma criança. Mas ainda falta alguém, Alucino. Escuto sua risada.
Ele aparece na minha frente, com sua mão no bolso e outro soltando a última fumaça do cigarro. Ele joga nas areias.
— Expectro disse que você sempre dá um jeito de escapar em situações de risco ou algo assim. E eu estou feliz em encontrar alguém à minha altura. Eu sabia que essas crianças não dariam conta, desconfiei que estava fácil demais. — Dou uns passos para avançar nele, e eu já me preparo para ativar nível ômega do meu poder. Mas ele some, desaparece.
De repente, todo o deserto fica distorcido. Uma grande parede de areia é formada no céu fazendo continuar todo o deserto, é uma visão estranha e confusa. De repente estou no próprio céu caindo em direção ao deserto. O que está acontecendo? Quem é esse cara. Eu preparo o meu voo e fico estável no ar.
Quando olho para trás, ondas gigantes do mar aparecem e me engolem... Ondas no céu? Isso está ficando cada vez mais bizarro.
— Já lutou na lua, Marca Solar? — Escuto sua voz e de repente paramos na luta. Vejo a Terra bem ao longe. Uma Terra diferente daquelas que vemos na televisão. Ela é toda verde e tem pouco azul.
— A Terra desse universo funciona diferente do seu. Lindo não é? — Eu começo a perder o ar aos poucos. Fico de joelhos perdendo forças.
— Poxa verdade, faltou a máscara de ar, mas só tive uma pra mim me desculpa. — Ele vem em minha direção e chuta minha barriga com força. O meu poder se enfraquece. E de repente, a luz se transforma em um imenso mar.
Agora me afogo, e não aguento mais. Alucino continua intacto, sem perder a respiração e nem nada. Estou no fundo do mar. Que poder é esse?
— Para uma grande ameaça até que você é bem fraco. E era mim que você queria recrutar? Expectro me disse mas, me desculpe, eu não trabalho com gente fraca — Alucino coloca os seus pés em cima de mim. De verdade, está insuportável ficar aqui nessas águas. Não estou conseguindo respirar.
De repente, novamente, voltamos ao deserto. Estou completamente sem forças… Tudo isso foi demais para mim... Cac#te… Ele trabalha com alucinação, é tão real, uma loucura. Preciso me recuperar logo e matar esse cara.
— Sempre vai haver alguém mais forte que você — Ele me chuta novamente, várias vezes. Estou jogado no chão sem força alguma. Porém, sinto pouco do meu poder em mim, minhas mãos ganham chamas, e lanço a última chama que resta em seu corpo, fazendo todo o fogo se espalhar por ele. Escuto gritos desesperadores, xingamentos e insultos contra minha pessoa, mas não consigo ouvir nitidamente. Alucino está cheio de sangue, seu corpo se derrete. Ele cai… e os meus olhos se fecham…
— Eu sou o Marca Solar, filho da put@... — Minha voz perde a força, e apago de vez...
……
Acordo assustado.
— Cadê a menina, cadê o pessoal — Estou tremendo ao acordar, lembrei daquele gato falante que disse para eu cuidar da garota.
— Calma, ela tá bem, está na sala de treinamento. — Disse a Gabriela, junto dela está Giovana, Emanuel, Kevin e Breno, todos estão ali.
— Vocês vieram — Estou respirando forte, bem ofegante. Giovana e Emanuel se entreolham e confirmam.
— Quem está cuidando do mundo de vocês? — Pergunto, curioso. Eles são os guerreiros mais fortes de seu Universo, é arriscado que estejam aqui.
— Não se preocupe com isso, estamos bem. Olha, não vou muito com a sua cara mas, até que nos preocupou — Respondeu Breno, entrando na sala e se sentando em um banco, me observando.
— Como me encontraram, como... Sobreviveram?
— Calma Victor — Conheço essa voz, é o meu eu idoso, ele sobreviveu — Crianças, vocês podem deixar eu e o Victor a sós por favor? — Continuou ele, educado e paciente. Quando vou ficar assim porque estou precisando.
Todos se retiram e me deixam a sós com o velhote.
— Eu sei, não conseguir nem conversar com ele. Perdi muita batalha por besteira minha, eu vacilei — Jogo tudo pra fora antes que ele fale alguma coisa. Na última vez que o ouvir, ele estava mega estressado, até acho estranho ele está todo calmo e educadinho agora.
— Calma meu jovem. Tudo está acontecendo semelhante ao que passei. Alucino é difícil de deter, mas você conseguiu não conseguiu? Matou um dos seres mais forte do Universo. Você tem seu valor Victor. — Sua voz rouca e mansa, me faz ficar mais tranquilo por enquanto.
— Mas isso não arruma a linha do tempo, o futuro ainda está comprometido — Ele fica sem o que dizer, mas me olha sem vestígios de julgamento.
— Você é grande Victor. A última vez que conversamos eu não estava pensando direito. Apesar da derrota pelo Lucas, coisas novas e melhores podem surgir. Há coisas que ainda descobrirá — Sinto mistério na sua fala, escondendo um grande segredo que me deixa perturbado a anos.
— Agora preciso saber, você uma vez disse que tem coisas que não pode falar. Essa é a hora de eu saber. Você nunca fez essas coisas sozinho, não é? Você tem ajuda — O olho no fundo de seus olhos caídos, melancólicos e cheio de cansaço. Ele confirma que sim com a cabeça.
— Salaniel... Você irá conhecê-lo — Esse nome é familiar, sinto que já escutei em algum momento.
— Salaniel?
— Ele é um ser complexo, na hora certa você saberá quem ele é. Além disso, descanse, não precisa se preocupar, todos estão bem. Agora é se preparar, e treinar cada um deles para o grande triunfo final, nem tudo está perdido. Você conseguirá vencer. E aliás Victor, eles não são seus amigos, não hesita em matar se as coisas saíram do lugar, o nosso objetivo é o Artefato Triangular e não fazer amigos — Ele muda drasticamente o tom de sua voz, eu entendo a proposta dele, não posso criar vínculo apesar de está preocupado com eles. Artefato Triangular vai trazer todos de volta caso precise matar um deles.
— Eu entendi. Você passou por tudo isso, porque ainda não fui pro seu Universo? — Pergunto esperando uma boa resposta, estou curioso, eu nunca fui e ele não fala tanto dele pra mim.
— Há universos que não pode visitar. Você ficaria em completa loucura. Você sabe o que estou dizendo, não é? — Ele está falando daquela versão dos Os Irrepreensíveis de outro Universo. Sim, aquilo meio que me perturbou um pouco.
— Sim. Mas ainda acho que isso é conversa pra boi dormir. Sabe o que acho? Que você falhou no seu plano e tá me fazendo de otário — Jogo todas essas palavras para ele, que se mostra vazio e sem brilho no olhar.
— Eu nunca falei muito dele porque uma entidade muito poderosa apagou todo esse Universo que criei. Eu tinha família, amigos, todos felizes. Quando eu acordei na minha linha do tempo, eu estava no ano cinco mil. O plano do Victor deu errado, morreu em batalha. Então fiz tudo sozinho até conseguir falar com você mais jovem, e agora, você passa isso — Ele nunca me disse essas informações. Eu preciso acertar dessa vez, não posso errar de novo. Que loucura quando o assunto é viagem do tempo, é muito confuso e todo complexo.
— Uau… Ok…
— Então descanse. Amanhã você estará em alta, e um longo e novo caminho virá pela frente. — Ele passa por um garoto que está na porta.
— Se eu vou apanhar assim no futuro então é bom eu me preparar melhor mesmo — Ele entra na sala, usando sua jaqueta de couro e calça preta. O jovem Victor, o encontrei na sala do grande Rashid, o garoto estava perdido e sem rumo, eu lhe dei o propósito.
— Iae garoto, pois é, terá que se sair melhor que eu — Ele rir, parece está leve, eu me lembro desse dia. Por dentro estava morrendo de medo
— E como você tá? — Pergunta ele, se sentando numa cadeira ao lado da parede.
— Na medida do possível. Onde esteve esse tempo todo?
— Entendi. Estava treinando lá na Terra, estou em um lugar bem maneiro, cheio de monastério e ninjas. Estou aprendendo a controlar meu poder aos poucos, é maneiro...— Parece que ele quer dizer mais alguma coisa.
— Desculpa mudar de assunto assim bruscamente mas, você realmente matou o Lucas? — Nossa foi na lata. Eu fiz a mesma pergunta na época. Pelo jeito as coisas tão andando como deveria por enquanto.
— Do que tá falando?
— Quando foi a Terra. Você matou ele? — Sua dúvida é sincera, vejo isso nele. Ele se refere ao Lucas do futuro.
– Olha quem dera, mas não, não matei — Ele me olha sério, reprovando meu sarcasmo, me sinto até pouco sem graça.
— Porque somos assim? Matamos só porque sim? Eu matei nosso pai, Jeferson, a Duda... — Me lembro desse sentimento. Eu ainda sou um garoto no corpo de adulto. As questões que ele está passando agora são conflitantes e confusas, eu te entendo garoto. — Eu só quero entender porque você faz o que faz. Todo esse lance de Multiverso, tudo isso parece criação de alguém. Eu sinto que há alguém controlando tudo isso, manipulando, porque tudo parece fácil demais. As histórias contadas são tão bobas e confusas que... Eu não sei Victor... Estou treinando para o que? Todo dia treino e treino mas… E ainda ficarei em sono criogênico em breve.
— Você sabe Victor. A nossa mãe... É tudo por ela, vamos criar um mundo onde ela está viva. — Seguro minhas lágrimas, não quero parecer fraco diante dele.
— Nós somos mau Victor... A nossa mãe ficaria desapontada com a gente... É isso que a minha mente diz. — Ficamos em silêncio após essa conclusão do garoto. Eu para ser sincero não sei o que dizer, só continuar pensando no meu propósito. Tudo será novo e diferente.
— Vou indo nessa, melhoras aí pra você.
Ele se retira da sala me deixando sozinho. Olho a janela triangular e vejo o céu roxo com o sol esplêndido lá fora. Me deito na cama e fico pensativo... Que aventura bizarra...Vou descansar e treinar, pois a próxima missão será voltar para a Terra.
Quatro anos depois
— Então quando ele acordar, estará pronto assim como eu? — Minhas palavras se dirigem ao meu eu velho. Meus olham ver o jovem Victor numa cápsula em seu HiperSono, esperando um tempo certo para acordar.
— Lembra que te falei que tem coisas que precisam saber? Você é o herdeiro de Salaniel Victor, agora lhe mostrarei um lado da missão que não mostrei antes. Tudo que eu aprendi e me contaram. A vida no mundo novo que esse ser proporciona. Victor, está na hora de voltar à Terra, e te contarei tudo o que é necessário saber, sem mistérios, sem rodeios, sem truques.— Sua voz arrastada me desperta uma curiosidade e a convicção firme de cumprir essa missão, e criar o mundo onde eu finalmente possa ser feliz.
— Me conta tudo o que sabe...
FIM
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