Capítulo 8 - Seja Cinéfilo

Às vezes eu me pergunto qual o sentido de existir. Tipo, porque a Lumina nos criou? Por que temos um lobo no nosso interior? De onde viemos? Como surgimos?

Com toda certeza eu iria entrar em um paradoxo sem fim dentro do meu quarto, se não meu celular não tivesse tocado e eu tirasse o lápis da boca e parasse de encarar o desenho que estava fazendo como se ele tivesse todas as respostas de minhas reflexões.

— Fala, minha vida. — Atendi a chamada, conectando os fones e seguindo com os traços do esboço.

Tudo bem, gatinho? Liguei porque tenho um convite.

— Hum, suspeito isso, Taehyung.

Suspeito por que?

— Sei lá, ao invés de já convidar você disse que tinha um convite.

Você anda muito paranóico, Jimin. — Tenho certeza que ele revirou os olhos do outro lado. — Então, o pessoal meio que combinou uma ida pro cinema hoje a noite. Aproveitar que né, é sexta-feira... amanhã a noite tem o culto da Lua.

— Quem vai?

Com "quem vai" você quer saber do Jungkook?

— Me conhece tão bem... — Dei risada de sua fala. — Meio que ele é a vítima da vez, não é?

Sim, e inclusive você tem que começar a dar uns botes mais invasivos. Já estamos em abril e seu pai pode dar a louca a qualquer momento.

— Nem me lembre disso... eu já fico nervoso. Eu vou ver com a minha mãe. Te mando mensagem confirmando a minha presença.

Tá bom, gatinho. Vai lá que a tia Minji é um chuchu e vai super permitir.

Quando a chamada finalizou, deixei meus materiais e sai do meu quarto, descendo até a sala, onde minha mãe bordava um pano de bebê.

— Mãe, eu posso ir ao cinema com o Taehyung? — Me sentei ao lado dela, observando a televisão. Estava passando os programas de culinária que ela gostava de assistir.

— Quando? — Questionou sem me olhar.

— Hoje a noite.

— Pode, meu bem. — Sorriu ao me responder. — Mas por favor, sem beber bebidas alcoólicas e usar drogas.

— Mãe, eu não uso drogas... — Fiquei com a famosa cara de tacho.

— É importante lembrar. — Soltou um suspiro. — Vai mais alguém além do Taehyung?

— Acho que o Hoseok e o Yoongi.

— Encontrei a mãe do Hoseok na feira da avenida. Ela tá tão bonita, filho. Vai ter outro menino.

— Hoseok comentou que ela tava achando a casa muito vazia, já que... ainda esse ano ele se muda. — Encolhi minhas pernas no sofá.

— O filho dela já vai casar... aí, filho. Fico nervosa só de pensar.

— Por que?

— Porque você é tão novinho, filho e seu pai já está fazendo planos. — Fiquei surpreso com sua fala, minha mãe nunca tinha dito para mim que meu pai planejava me casar. Eu só sabia por ter escutado da escada. — Não te quero longe de mim, tão cedo... sabe? Eu sei que mesmo que você case, não vai parar de me ver, mas... não é a mesma coisa.

— Confesso que não tenho interesse em me casar agora, mãe. — Resolvi confessar e ela soltou um suspiro. — Espero que os planos do papai demorem bastante, pois ainda quero ficar muito tempo com você.

— Vamos torcer, sim? — Me encarou com um sorriso. — Sobre sua saída, leve roupas de frio e pode pegar o meu cartão. E esteja em casa antes da meia noite, entendeu?

— Sim, pode deixar.

— E eu vou ligar pro Jihoon, preciso saber quem vai te deixar em casa.

— Tá bem, mãe. — Me joguei para frente, abraçando ela.

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Não pude me arrumar muito ou minha mãe desconfiaria, então procurei usar algo mais básico, como calça jeans, uma blusa rosa e um casaco branco. Meus famosos tênis de emoji não poderia faltar óbvio e peguei uma bolsa tiracolo preta.

Ainda estava encabulado com a revelação da dona Minji, afinal era inesperado que eu soubesse sobre o casamento. Minha mãe deveria estar no limite. Ela sempre deixou claro que eu era a única coisa boa do casamento com o meu pai e às vezes eu queria que ela tivesse como se separar.

Minha mãe hoje em dia podia ser uma estilista famosa, mas perde qualquer oportunidade pois meu pai acha que o lugar da ômega dele é em casa. Afinal, como meus avós acharam que ele era um bom candidato? Por que alguém como ele para alguém tão gentil?

No momento eu olhava minha mãe cozinhando e quando ele não estava em casa, ela sorria mais para mim, apesar de ficar alongando o pescoço e esfregando a clavícula, local onde ficava a marca.

A marca era uma coisa inexplicável para mim, quando aprendi a forma com a qual ela funcionava, achei incrível. No primeiro momento a forma da mordida domina a região, minha mãe falou que não dói, o que é estranho pois sua pele é perfurada e com o uma semana o que antes eram dentes se torna o contorno de um lobo, exatamente como uma tatuagem.

Apesar de alianças serem usadas como forma de compromisso, é a marca que oficializa uma união. Feita pelo alfa no ômega na cerimônia do casamento, na grande maioria das vezes e se for permitido, o ômega pode marcar o alfa, porém é obrigatório que seja somente após a cicatrização da sua própria marca.

Por que? Não sei, provavelmente é só mais uma imposição sobre a minha classificação.

A marca de um beta não se fixa nas outras duas classificações, justamente por ser o meio entre os dois extremos.

— Mamãe, acho que você deveria tomar um analgésico. — Mordi o lábio, olhando para baixo.

Quando somos marcados, os lobos em nosso interior se ligam, uma conexão de almas. Se tornam parceiros e conseguimos compartilhar alguns sentimentos pela conexão. O problema é que nossos lobos são extremamente fiéis e sentimos dor ao ser traídos. Um aviso de infidelidade no sentido literal.

— Analgésicos não funcionam com a alma filho, só se eu tomasse uma dose que me deixasse apagada até o dia seguinte. — Explicou, colocando a bandeja com cupcakes decorados em verde pastel. — Tentei o meu melhor.

— Você não precisava ter feito. — Eu respondi e até iria mudar de assunto, porém encarei sua clavícula, vendo o lobo parecendo falhado e ao redor vermelho. — Eu não queria continuar no assunto, mas... sua marca tá ficando apagada, mãe.

— Eu sei, meu lobo já não quer mais o seu pai. Assim como ele um dia aceitou o laço, está findando ele.

— Mas isso não vai tipo... te matar, né?

— Não, não vai, Mimi. — Ela riu de mim, pegando um dos cupcakes e mordendo um pedaço. — Até que ficou bom.

— Qualquer coisa que você faz fica bom, mãe.

— Mentira, eu sou péssima fazendo purê. Sempre fica horrível.

— Não fica, não...

— Você me mima demais. — Revirou os olhos, negando com a cabeça e olhou as horas. — Já pode ir solicitando a corrida, daqui a pouco está atrasado. Vou te esperar para voltar, viu?

— Ok, prometo me comportar.

Veio até mim, envolvendo os braços ao meu redor e beijou minha testa.

— Se divirta, meu bem.

Ela ficou comigo do lado de fora esperando o carro chegar. Demorou uns vinte minutos para chegar ao shopping e logo na entrada, Taehyung estava sozinho me esperando.

— Pensei que você já estivesse com os meninos.

— Não, o Yoongi dormiu no Hoseok. — Riu me puxando para um abraço. — Você tá cheiroso, viu?

— Valeu, lindinho. Você também tá! — Taehyung riu contra o meu pescoço, se afastando. — Que filme vamos ver?

— Eu não faço ideia, acho que é um de ação. Não sei qual o pessoal escolheu. — Explicou enquanto entrávamos no shopping.

— Pessoal?

— Ah, sim. Na verdade é uma saída do terceiro B. Mas é aquilo, se três integrantes da Caramelo vão, os outros dois vão estar juntos e se meus namorados vão ao cinema, não posso faltar e se eu venho, você também vem.

— Enfim, seus planos maquiavélicos!

Me conhece tão bem! — Usou um tom fino e debochado, me fazendo rir e o empurrar pelo ombro. — Vamo lá, Mimi. Hoje você agarra o Jungkook!

— Esqueceu que alfas não curtem que ômegas tomem a iniciativa e que até conseguir o meu objetivo, sou uma florzinha.

— Ah, você é o meu orgulho! — Me apertou contra ele enquanto rimos.

Demorou cerca de cinco minutos até acharmos o pessoal. Era bem simples de encontrar, por ser um grupo grande de pessoas e qualquer um reconheceria os fios de cabelo azul da Chaewon e as roupas de boneca da Bora.

— Vocês estão lindas. — Não pude deixar de comentar, notando ambas sorrindo para mim.

— Ah, obrigada. — Chaewon abriu os braços me abraçando e Lumina... que menina cheirosa. — Você tá um pitel, Jimin.

— Taehyung e Jimin disseram que hoje, eles iam deixar todo mundo de queixo caído. — Bora nos cumprimentou com um aperto de mão.

— Ora, mas o Taehyung sempre provoca isso em mim. — Yoongi passou pelas duas, abraçando o noivo. — Meu neném.

— Hoseok já comprou os ingressos? — Taehyung bagunçou os fios ruivos de Yoongi.

— Claro, é de mim que vocês estão falando. — Hoseok nos assustou, surgindo de repente e batendo no peito. — Ih... tão devendo é?

— Não, você que chega de fininho, assustando os outros. — Escutei a voz do Taemin e segundos depois, seus braços estavam ao redor do meu ombro. — Bom ver que vocês chegaram, daqui a pouco começa a sessão.

— Que filme vamos ver? Algum lançamento?

— Não. Hoje tá fazendo um especial de animações, escolhemos Hotel Transilvânia¹. — Jungkook quem respondeu, me encarando com um sorriso.

— Vai ser incrível, o filme tem a mensagem do Chan. — Seowoo, um dos alunos do B, apoiou o corpo no do Jungkook, sorrindo de forma boba.

Inferno, por que concorrência? Para que? Qual a necessidade universo?

— Eu amo essa animação. — Yerin, conhecida como capitã do time de torcida, colocou os braços atrás do corpo comentando.

— Bom, vamos lá para dentro! — Hoseok nos chamou, me puxando para longe dos braços do Taemin.

Fui o segundo a entrar na sala depois dele e senti duas mãos no meu ombro.

— Eu tô feliz que você veio. — Jungkook falou baixo, só para eu ouvir. Senti meus pelos se arrepiarem. — Eu ia te convidar, mas... fiquei com medo de você não querer, ou achar bobo.

— Eu adoraria um convite para vir ao cinema, principalmente com você.

Apesar de pego desprevenido, pensei rápido nos passos que deveria tomar. Se ele demonstrava interesse, eu tinha que demonstrar de volta, pois joguinhos devem ser feitos raramente, principalmente quando seu tempo está contado.

— Vai, vocês dois, lá pro fundo. — Hoseok ordenou. — Caguei que o Jimin é míope, ele fica na parede.

— Grosso! — Fiz bico, passando pela fileira das cadeiras e me sentando onde ele tinha indicado e Jungkook se sentou ao meu lado. — Ainda bem que não vai ser 3D.

— Chaewon pensou nisso, já que ela usa óculos também. E aparentemente, ela sabia que você vinha.

— Felizmente meu pai está viajando a trabalho e minha mãe é mais tranquila. — Sorri bobo ao lembrar do olhar doce dela. — Então, me lembra de agradecer a Chae depois por prezar pelos míopes.

— Pode deixar. — Assentiu, coçando a nuca com a mão direita. — Já assistiu esse filme?

— Sei as falas de cor, é uma das minhas animações favoritas.

— Eu adoro o personagem do Drac. A dublagem brasileira desse filme é outro nível.

— Sim, o original que me perdoe, mas dublado é superior. — Nós rimos e então ele passou a ver as pessoas se ajeitando.

— Oiê, Bora.

— Fala, meu doce. — Sorriu para o melhor amigo, apertando sua mão. — A gente não desgruda nem aleatoriamente.

— Pensei que o Hoseok estivesse ditando os lugares. — Respondeu confuso.

— Ele queria te salvar do Seowoo.

— Um anjo na Terra.

— Ele é mesmo e inclusive, Taemin tá putinho porque não sentou perto do Jimin. Acho que ele queria te dar uns beijinhos. — Chaewon sorriu de forma maliciosa, sugando o refrigerante pelo canudo de papel.

Minhas bochechas pegaram fogo e eu me encolhi na cadeira, engolindo em seco por conta do comentário. Será que ele queria isso mesmo?

— Hum, não sei, não... — Bora fez uma careta. — Talvez seja porque o Mimi é muito amigo dele e o Yuri não tá aqui. Além do mais, cê não quer né, Jimin?

— Se você quiser, a gente dá um jeito. — Chaewon prontamente perguntou e eu pude jurar que a Bora fuzilou ela com o olhar.

Encarei Jungkook que passava a língua na bochecha, olhando para as mãos, parecendo desinteressado sobre o assunto.

— Não, Chae. Muito obrigado, mas o Taemin é só meu amigo, duvido muito que as intenções dele sejam algo assim. As minhas com certeza não são. — Procurei responder depressa e retive a vontade de dizer que quem eu queria estava bem ao meu lado. — Gosto de como Hoseok organizou.

— Mesmo longe do Taehyung? — Jungkook finalmente se pronunciou e o olhei de forma curiosa para depois sorrir.

— Bom, não seria nada confortável ser feito de vela. — Dei de ombros, rindo. — Sabe, o sol se sentiria ofuscado por mim se estivesse com eles.

— Ah, eu concordo! — Chaewon balançou a cabeça para cima e para baixo. — Às vezes eles ficam numa melação. Sofro nos ensaios.

— Quem sofre sou eu, sua hipócrita! — Jungkook colocou as mãos na cintura. — Eu sou o único que fico lá de vela.

— Desculpa se você além de não namorar um membro da Caramelo e também não namora ninguém. — Ela provocou, dando a língua.

— Bora me segura que eu vou jogar ela na escada!

Bora e eu só rimos enquanto os dois ficavam brincando de provocações, até que as luzes da sala se apagaram e os trailers passaram, até dar tempo do filme começar.

Hotel Transilvânia é um filme que estava vivo na minha memória, mas a experiência não foi ruim por isso, pelo contrário. Por já conhecer a mensagem do filme, que nitidamente era sobre preconceito, eu me permiti me divertir com o jeito do Drac e desejei ter um pai como ele, pois a minha realidade era completamente diferente. Também pude observar os olhinhos escuros do Jungkook concentrado durante o filme. Seu corpo ficou reto durante um bom tempo e eu até mesmo achei que ele estivesse desconfortável, mas pelo visto era algo dele.

Quando já estávamos na parte em que o Drácula revela a forma como sua esposa morreu para o Johnny, me surpreendi ao ver minha mão ser retirada do meu colo. Olhei para o lado, observando um pequeno sorriso nos lábios do alfa, enquanto entrelaçava seus dedos no meu com cuidado.

Comprimi um sorriso, sentindo meu interior se revirar e foi como se literalmente eu estivesse dentro de uma animação. Posso jurar que em meus olhos tinham corações piscando e havia um pequeno Maui³ andando pelo meu corpo, desmaiado de pura emoção. Soltei o ar com certa dificuldade, apertando levemente sua mão na minha, para demonstrar que tinha apreciado o gesto.

Passamos o resto do filme de mãos dadas e ele não soltou nem quando tivemos que sair da sala. Taehyung me encarou sorrindo grande ao nos ver daquela forma e eu apenas mordi os lábios, dando de ombros enquanto andávamos em rumo a praça de alimentação.

— Mas isso é injusto! — Pude ouvir uma espécie de grito sussurrado atrás de mim. — Eu que tive a ideia!

— Eu sei, mas isso não é motivo para dar um chilique! — Identifiquei as vozes como sendo da Yerin e Seowoo.

— Chilique, Yerin?! Era para ser o meu encontro, eu planejei isso por dias, era para essa altura estarmos nos beijando, no maior love e por conta de um intrometido, eu perdi a minha chance! — Seowoo parecia se segurar muito para realmente continuar sussurrando ao invés de gritar como queria. — Sério, era para ser o meu dia. Isso é injusto demais!

Não é necessário ter um QI alto para entender a questão. Como uma equação, o X da questão é o Jungkook, Seowoo o Y e o resultado ambos em um encontro e eu, era a variante que o professor colocou na questão apenas para pregar uma peça nos alunos.

Me senti mal por um momento, não é legal estar em um ambiente em que você não é... digamos bem-vindo. Já tinha notado um interesse dele no Jungkook, só não achava que ele tinha planejado tudo isso.

— É... Seowoo, não é por nada... — Jungkook parou de repente e eu consequentemente também. Ele encarou ambos os ômegas atrás de si. — Mas... eu consigo te ouvir. E a não ser que você esteja falando sobre estar a fim do Taemin, acho que é de mim que está falando.

— Eu... ahn... — Engoliu em seco e percebi seu corpo tencionar.

— Me desculpa se te chateou, mas eu te vejo como um colega. — Essa fala deixou nós três surpresos, pisquei um pouco atordoado. — Só por favor, não fique falando dessa forma, você pode acabar chateando alguém.

— Desculpa, Jun. Eu vou levar ele no banheiro rapidinho, é que ele realmente ficou muito emotivo com o filme. — Yerin sorriu envergonhada, puxando o amigo para longe.

— Você não é um intruso, ok? — Jungkook acabou me puxando quando voltou a andar. — Eu queria que você viesse.

— Bom, se você queria... para mim é o suficiente. — Senti minhas bochechas pegaram fogo ao responder, mas seu semblante suavizou e isso fez valer a pena.

Ficamos em um silêncio confortável e alguns passos à frente, encontramos os outros. Taehyung me questionou por que sumi do nada e eu apenas neguei com a cabeça, era uma história para depois e ele entendeu. Hoseok escolheu uma mesa grande, caberia todo mundo no restaurante japonês e não demorou para me sentir mais confortável. Quando Yerin e Seowoo voltaram, o clima continuou ameno e pude ver Jungkook suspirar, desconfio que seja de alívio.

— Qual sua parte favorita de Hotel Transilvania, Jimin? — Taemin questionou, apoiando o rosto na mão.

— Gosto do filme por completo, mas a parte final, da música... eu simplesmente veria em loop. — Dei de ombros, levando um pedaço de salmão grelhado à boca.

— Minha parte favorita é o começo, amo ver a Mavis pequena. — Sorriu para mim.

— Ou, vamos na playland? — Chaewon sugeriu animadamente. — Ainda temos tempo, né amor?

— Hum... — A alfa pegou o celular. — É, temos uma hora e meia ainda.

— Então vamos! — Yerin respondeu animada.

— Vou lá comprar pulseiras, vocês pagam a conta aí! — Hoseok se prontificou.

Pouco tempo depois, estávamos no espaço feito para pura diversão. Fomos primeiro na pequena montanha russa e no barco viking. Depois rodamos em xícaras e dirigimos o carrinho bate-bate. Joguei na máquina de dança com o Hoseok e foi uma disputa acirrada, mas no fim quem venceu fui eu.

— Parabéns! — Jungkook bagunçou meu cabelo. — Você deu tudo de si.

— Às vezes sou competitivo. — Mordi o lábio, olhando para o lado.

— Vem, eu quero tentar pegar um ursinho. — Moveu a cabeça para o lado, indicando a direção desejada.

Andamos até a máquina branca, cheia de pelúcias e ele começou a mexer nos controles após passar o cartão na máquina. Mordeu as línguas concentrado e até mesmo duvidei que ele fosse conseguir, mas logo capturou um Panda com a mão mecânica e deu um pulinho em comemoração.

— Ele é lindo, né? — Perguntou quando já estava com a peHyunsoo em mãos.

— É muito fofo, Ari.

— Assim como você. — Me estendeu o ursinho. Franzi a sobrancelha. — Para você, um presente.

— Ah... minha Deusa, obrigado! — O peguei, abraçando contra o meu corpo. — Tão fofinho!

— Você pode dormir abraçado com ele... — Comentou espontaneamente e digo isso porque suas bochechas ficaram vermelhas com rapidez. — Digo... eu-...

— Sim, vou ter companhia todas as noites, você é um doce. — Me apressei em dizer e segurei em sua mão, o levando até a cabine de fotos. — Eu adoro essa máquina!

Jungkook pareceu surpreso a princípio, mas me abraçou rápido, fazendo a pose e eu ri, pois fez um pouco de cócegas. Na segunda foto, meus olhos se arregalaram, pois ele beijou minha testa, depois as minhas bochechas, a ponta do meu nariz e por fim o meu queixo, antes de se afastar, mordendo os lábios.

Peguei a tira com todas as fotos registradas. Entreguei uma fita para ele e sorri abertamente e não me segurei ao envolver seus ombros, em um abraço, esmagando o pobre Pandinha contra nosso tórax.

— Obrigado por ter vindo, Jimin. Você tornou a minha noite especial.

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Dois boiolas sim, fui eu quem pedi!

Eles não são fofinhos?

E ai, vocês já encontraram o tchan de vocês?

eu ainda não.

Espero vcs na sexta!

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