Capítulo 13 - Seja profano
Atrasada? Muito, mas vocês vão fingir que não.
O capítulo a seguir tem conteudo sexual.
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Capítulo 13 - Seja profano
Hoje é um dia especial, por dois motivos. O primeiro deles é pelo simples fato de ser a última prova da roupa de casamento do Tae. Estávamos os dois no ateliê, a moça terminando de fazer os ajustes, para ele ficar perfeito no corpo de meu amigo. Sua roupa era branca com detalhes em prata, a parte de cima do "paletó", tinha uma cauda que rodava a calça parecendo um vestido, mas não sendo de fato, Taehyung não quis usar um vestido, ele com certeza teria ficado lindo, mas em suas palavras: "É muito pesado, vou ter que por aqueles enchimentos para deixar a saia rodada, pinica como o inferno!", Sendo assim, ele teve a ideia desse tipo de terno, era muito bonito e ele parecia um príncipe.
Se virou para mim, dando uma voltinha para moça arrumar a parte traseira e ele sorria tão grande que nem parecia a última prova. Estava extremamente nervoso quando chegamos, não tinha caído a ficha que seria a última vez que colocaria antes do dia oficial.
Estava contente por ter sido somente eu a acompanhá-lo, sua mãe estava ocupada com outros detalhes do casório, então eu por ser um de seus padrinhos e o favorito, devo ressaltar, também tinha a minha roupa para provar, tinha ficado perfeito. Ele e os meninos escolheram o tradicional roxo para nós e eu já tinha tirado altas fotos vestido nele e ele também.
— Moça a senhorita tem certeza que não tem como eles me verem daqui, não é? — Taehyung olhava para a cortina que, nesse caso, era a porta.
Hoseok e Yoongi também encomendaram as roupas daqui, mas como a tradição de não poder ver, era apenas para os ômegas, eles ficavam no mesmo provador. Pelo que eu me lembre, eles estavam do outro lado, cerca de dois ou três quartos desses a frente, então é meio impossível de estarem vendo.
— Não se preocupe, eles estão bem longe. — Ela sorriu, se afastando. — Prontinho, Taehyung!
Ele virou a cabeça para trás, se analisando primeiro naquele ângulo e depois se virou, ficando de frente para o espelho.
— Minha Lumina, eu vou me casar... — Ele falou, engolindo em seco, parecendo travar.
— Eu vou ver se a senhorita Chaewon conseguiu colocar a roupa sem problemas, me chamem qualquer coisa. — A moça informou, saindo da sala e deixando as cortinas bem fechadas.
— Você está simplesmente deslumbrante, anjo. — Me levantei sorrindo, parando ao seu lado. — Vai ser o noivo mais lindo que já existiu.
— Eu não acredito que eu vou me casar neste fim de semana, é surreal. — Mordeu os lábios. — Depois de tudo que aconteceu, a partir de segunda eu não vou estar mais morando com meus pais...
— Não vai mudar tanta coisa, a gente entrou nas férias de inverno ontem, você ainda vai pro Caribe em Lua de Mel, quando voltar vamos ter o último trimestre de aula, logo depois vem a formatura e em seguida os vestibulares, a faculdade... você ainda vai ser sustentado pelos seus pais por um bom tempo. — Acariciei suas costas. — Não tenha medo da mudança, você enfrentou muita coisa para poder estar com os dois e o seu lar está totalmente adequado para vocês, onde vão começar a fazer a diferença, vai ser lindo você me mandando uma foto do Hoseok e do Yoongi fazendo tarefas domésticas todos os dias.
— Quero ver eles cozinhando! — Limpou uma pequena lágrima que escapou. — Vai ser um desastre, já que eles nunca fizeram isso na alcateia.
— Eles vão aprender.
— Se não aprender vão morrer de fome, eu não vou fazer comida todo dia pros bonitos não. — Fez bico, me fazendo dar uma risadinha. — Você me parece triste, aconteceu alguma coisa?
— O foco hoje não sou eu.
— Meu foco sempre é você, não vem com essa. — Me olhou irritado. — Aconteceu alguma coisa com você e o Jungkook? Lá fora vocês pareciam tão bem.
— Entre nós não aconteceu nada e esse é um dos problemas. — Me afastei, voltando a sentar no banco de antes. Taehyung cruzou os braços, se sentando ao meu lado. — Mamãe me disse que o papai escolheu a família, mas não quis contar para ela já que... ômegas não devem opinar. Duvido muito que a sorte faça ele escolher mágicamente os Jeon e se eu tentar apresentar o Jungkook pro meu pai, por melhor pretendente que ele seja, só por ser uma escolha minha, ele vai negar.
— Um filho da puta controlador... — Se segurou para não aumentar o tom e eu concordei em um aceno.
— Hoje eu faço dois meses de namoro com o Jungkook e ao longo destes meses tentei verdadeiramente fazer ele me levar para cama, mas nada funciona, ele sempre escapa, enquanto a minha carne é fraca, a dele é forte até demais! — Suspirei, olhando para as minhas mãos. — Estou sendo literalmente obrigado a fazer dieta, fiz um monte de exames, uns até mesmo invasivos demais.
— Puta que pariu! — Taehyung tapou a boca, desacreditado. — Ele já escolheu mesmo!
— E eu estou meio que sem o que fazer.
— Vai ter que abrir o jogo com o Jungkook, seja lá o princípio que ele esteja seguindo, se ele quiser ficar com você, ele vai ter que quebrar.
— Sim, mas como eu vou falar na lata: olha, meu pai me arrumou um noivo, será que dá pra você me foder e então você casar comigo?
— Ele é todo romântico, se você falar "foder" o menino pira e ainda faz todo um discurso de o porquê não usar essa palavra. — Riu, me deixando descrente. — Você sabe que é verdade.
— Uma vez ele disse que pretendia casar comigo, mas eu imagino que ele pensasse nisso depois da faculdade!
— O foda Jimin, é que tanto eu quanto você conhecemos seu pai, se ele já arrumou um parceiro, assim que ele marcar o jantar de apresentação, acabou. — Me olhou sério. — Já tá na hora de você apelar, e ser não o bom e sim o melhor ômega.
As palavras de Taehyung foram como o que faltava para o meu desespero aumentar um pouco. Eu sabia que não seria nesse fim de semana, pois meus pais sabiam que eu estaria totalmente ocupado com o casamento do meu melhor amigo e mesmo que meu pai não gostasse do fato dele estar se casando com dois alfas, a desculpa que Taehyung tinha dado para conseguir casar com os dois era perfeita.
Provavelmente seria ainda durante as férias, o que me dava pouquíssimo tempo para jogar Jungkook em uma cama. O problema é que normalmente nas férias ele viaja e eu fico preso em casa, ou seja, quase não vamos nos ver. Uma grande merda, não?
— Então, o que você vai querer comer, amor? — Ele questionou enquanto estávamos andando pelo shopping, rumo a praça de alimentação. Tínhamos deixado o ateliê a alguns bons minutos e viemos andando até o shopping, não era longe, então foi tranquilo. Tinha ficado em silêncio o caminho todo e Jungkook não pareceu se importar, imagino que ele pense que estou preocupado com os presentes que tenho que comprar para o casamento. — Eu pago.
— Eu pensei em comer batata recheada. — Respondi, olhando para nossas mãos juntas.
— Vai chover. — Ele comentou e eu ri, revirando os olhos. — Você querendo comer comida de verdade? — Nos guiou para o restaurante, nos posicionando na fila. — É um milagre, vou até chorar.
— Deixa de ser besta. — Ri, dando um tapinha em seu braço com a mão livre.
— Jimin, você tá comendo umas coisas super esquisitas, que são horríveis, aquilo nem comida deveria se chamar. É a primeira vez em um mês que tô te vendo falar em algo realmente gostoso. — Me olhou sério dessa vez.
— E meu pai não pode nem sonhar com isso, se eu engordar cem gramas ao invés de emagrecer, vou tomar esporro até os ouvidos doerem e uns tapas se duvidar. — Apertei sua mão, sentindo um calafrio atravessar meu corpo.
— Eu não faço ideia do porque ele está fazendo você passar por isso, precisa me apresentar para ele, eu esclareço que para mim, desde que esteja saudável e bem consigo mesmo, o resto é lucro. — Ele me olhava com indignação.
— Ele vai ficar um pouquinho puto por eu estar namorando escondido. — Suspirei, deitando a cabeça em seu ombro. — Posso ir procurando a mesa e você pede o meu?
— Mas e se você não gostar de algo?
— Você já viu o que eu tô comendo ultimamente, gostar ou não, não é um problema e eu só tenho alergia à picada de formiga. E bom, tomate só se for molho. — Deixei um beijo rápido em sua bochecha e me soltei sem esperar uma resposta, indo procurar a tal mesa.
Achei uma com sofá nos lugares do banco e sentei, pegando meu celular. Nada dos meus pais e nenhuma mensagem de gente importante, então passei a tentar distrair a cabeça no Alphagram. Só aparecia coisa de casamento e casais, além de uma foto perfeita da Chaewon e Bora no quarto, os narizes encostando, os olhos fechados e sorrisos radiantes. Atualizei o feed e o Taehyung tinha acabado de postar uma nova foto, ele segurava o celular, encarando a tela, enquanto recebia um beijo em cada bochecha de seus dois noivos.
Quase dei um pulo no lugar, quando senti um beijo ser deixado no canto na minha boca e depois ouvi uma gargalhada, por ter travado meu corpo inteiro.
— Quer me matar? — Questionei ao alfa que riu um pouco mais baixo.
— Você estava todo distraído encarando a foto, eu tive que dar um sustinho. — Se explicou e eu encarei, sem emoção. — Não fica bravo, vai...
— Não estou bravo. — Suavizei a expressão. — Qual é o meu?
— Qualquer um, pedi igual. — Tirou uma das batatas da bandeja, colocando na minha frente. — Tem brócolis, cheddar, carne seca, requeijão e estrogonofe de camarão.
— O brócolis é para equilibrar?
— Nada, é o toque final. — Sorriu, abrindo o chá gelado e colocando em um dos copos para mim. — Brócolis é tudo de bom.
— Ainda bem que eu não desgosto. — Peguei o garfo e tirei a proteção de plástico.
— Se você não gostasse de brócolis, eu ia ter que esquecer que sou apaixonado e acabar com nosso namoro. — Avisou em um tom divertido e eu ri. — Meus pais querem que você vá jantar lá em casa.
— Sério?! — Tentei conter a minha expressão de satisfação por finalmente estar comendo algo decente e gostoso.
— Sim, eles dizem que querem te conhecer melhor, criar laços e algumas outras baboseiras. — Deu de ombros. — O que acha?
— Quando?
— No dia que você puder.
—Hoje? — Ele me olhou um pouco espantado. — Depois que o Taehyung casar, não vou ter álibi. Hoje, eles já sabem que eu vou estar lá. — Expliquei e ele pareceu ponderar, pegando o celular e começando a digitar.
— Sim, pode ser hoje. — Confirmou, depois de guardar o celular. — Meus pais vão estar em casa.
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Não tinha certeza se meu namorado era do tipo que gostava de andar para comprar, porque como um humano normal, sou indeciso e não sei exatamente quais eletromédicos comprar. Passei por cinco lojas, Taehyung poderia fazer o favor a minha alma de me dizer do que precisava, mas não, tem que fazer ceninha do "não precisa''.
Mas eu finalmente tinha achado algo que meu melhor amigo iria amar ter. Pois sim, estava comprando pensando totalmente nele, Taehyung ama cupcake e como ele não precisaria dos eletrodomésticos mais comuns, pois já tinha ganhado, escolhi ela na cor púrpura, junto de um jogo de copos, porque copo nunca é demais.
Paguei e pedi para a moça do caixa embrulhar para presente, depois de ter a sacola em mãos, estava contente.
— Você tem alguma recomendação de joalheria? — Questionei ao meu namorado, que ponderou alguns segundos antes de me responder.
— A minha família é dona de uma... — Pareceu um pouco sem jeito, mas passou a me guiar pelos corredores, de forma que até o elevador pegamos. — É aqui.
— Ah, eu não sabia que a Stay Gold era da sua família... — Declarei surpreso, entrando na loja, era tão chique e... cara.
— Você vai conhecer minha avó. — Sorriu, me abraçando pelos ombros e me guiando mais para perto.
— Jungkook? — Uma senhora, muito bem preservada, devo dizer, não daria mais que trinta e cinco para ela, se aproximou de nós com um enorme sorriso no rosto. — Por acaso esse é o...
— Sim, vovó. Esse é o Jimin, meu namorado. — Jungkook abriu um sorriso tão grande quanto ao me apresentar, senti minhas bochechas esquentarem, mas mesmo tímido diante da situação, sorri de volta.
Pois causar uma boa impressão na família é muito importante.
— Mas é ainda mais bonito pessoalmente! Meu netinho tem um gosto maravilhoso. — Seu tom era exatamente doce, ela tinha um jeitinho meigo. — Muito prazer querido, sou Jeon Eunjin, mãe da Jiwon e avó desse brotinho!
— O prazer é todo meu, senhora! — Apertei a mão que ela estendia para mim. — Me sinto honrado em conhecê-la.
— Muito educado, gostei muito dele! — Informou olhando de forma aprovadora para o neto. — Mas querido, por favor, não me chame de senhora, me faz sentir um pouco velha. Se sentir confortável pode me chamar de avó ou vó, caso não, pode me chamar de Eunjin mesmo.
— Tudo bem, Dona Eunjin. — Ela pareceu aprovar e fiquei contente com isso.
— Certo, imagino que não perderiam tempo vindo aqui somente para me ver, sendo assim, no que posso ajudar?
— Jimin queria uma sugestão de joalheria.
— Duvido que haja melhor que a minha, mas vou pedir para o Kaue te atender querido, um momento. — Pediu, chamando o rapaz e informando algo em seu ouvido.
— Me acompanhe, senhor! — Ele pediu e Jungkook apenas assentiu, me soltando.
Acompanhei o jovem alfa, olhando ao redor e analisando as jóias que já estavam em meu campo de visão.
— Então, me diga, o que exatamente está procurando? — Questionou, me olhando em expectativa.
— Ahn, eu quero ver os pares de pulseiras. Quero comprar uma de amizade...
Assim que informei, ele rapidamente me mostrou uma vasta quantia de modelos que eu poderia escolher. Optei por uma que pareciam dois potinhos de mel, mas com a palavra Soulmate se completando em cada um deles. Pedi para embrulhar uma e coloquei a outra após pagar. Quando retornei a entrada, Jungkook não estava, o que acabou me deixando intrigado.
Peguei meu celular, verificando se tinha alguma mensagem informando o local que ele estaria, entretanto, pela segunda vez no dia minha alma quase saiu do corpo, ao sentir minha cintura ser envolvida em um abraço por trás.
— Eu cheguei a conclusão de que ou você está testando meu coração ou querendo me matar. — Um bico se formou involuntariamente nos meus lábios enquanto ele sufocava a gargalhada no meu pescoço. — Não sei qual a graça.
— É que você distraído é tão fofo, preciso abraçar e beijar.
— Você gosta é de chegar de mansinho para me assustar, isso sim! — Revirei os olhos, mas não prossegui com o teatrinho por muito tempo. — O que você quer de presente?
— Eu? Mas não tem motivo nenhum para você me dar um presente. — Se afastou, um pouco confuso enquanto deixamos a joalheria.
— Uh, é nosso aniversário. — Expliquei, entrelaçando nossas mãos. — É de dois meses, mas é um aniversário.
Provavelmente o último...
— Eu sei, mas não precisa gastar dinheiro comigo. — Mudou a posição das mãos para entrelaçar nossos dedos. — E eu comprei algo para nós dois.
— Comprou? — Franzi o cenho em surpresa.
— Sim! — Sorriu orgulhoso, me puxando para sentar em um dos bancos dispostos no corredor e tirou a caixinha decorada de seu bolso. — Eu queria que a gente usasse alianças, mas como seu pai pode ver, pensei em algo com o mesmo significado, mas que tivesse um álibi infalível!
Enquanto ele falava, desfazia o lacinho da caixa, me estendendo ela já aberta. Pisquei surpreso, sentindo como seu o Po¹ estivesse treinando na minha barriga e meu coração ficou um pouco descompassado.
Eram dois pingentes, uma folha e outro era como uma estrela, mas ao invés da tradicional, era mais parecida com a Evangeline da Princesa e o Sapo.
— Procurei algo relacionado com as nossas matérias favoritas, atrás tem nossas iniciais. — Tirou o de estrela e abriu o fecho. — Posso?
— Mas o meu não seria o da folha? — Fiquei um pouco confuso e ele riu.
— Não, você vai ficar com um pedacinho de mim e eu com um pedacinho de você. — Explicou, colocando o pingente no meu pescoço. — Só não é mais lindo que você.
— Posso por o seu? — Questionei, segurando a empolgação e ele assentiu. Peguei da caixinha e coloquei com cuidado, com medo de estragar o fecho, mas no fim deu tudo certo. — Eu amei, amei muito mesmo! — Declarei por fim, me jogando contra seus braços em um abraço apertado.
— Que bom, meu bem. — Me apertou de volta. — Agora temos nossos acessórios de casal!
— Temos, mas ainda preciso comprar algo para você.
— Não, o meu presente já é você. — Se afastou, olhando nos meus olhos. — Além de que, vai jantar com a minha família e isso por si só, é perfeito!
— Oh verdade, preciso comprar uma roupa! — Lembrei, o soltando e levantando rapidamente. — O que seus pais gostam?
— Como assim?
— Preciso comprar uma roupa legal para o jantar.
Jungkook negou com a cabeça, mas não se opôs e apenas voltou a me seguir pelas lojas, eu realmente não sabia o que comprar e somente depois de umas sete lojas, ele me falou que os pais dele eram o exemplo de simplicidade e que, quanto menos formal, melhor.
— Eu estou falando sério, minha mãe passa o dia todo de roupa social e só vê pessoas vestidas assim, em casa, gente arrumada apenas para eventos.
Lhe dei ouvidos e comprei apenas uma blusa branca e uma jardineira jeans. E quando ele disse que iria ao banheiro, aproveitei para comprar a roupa íntima e um pijama, já que eu ia tomar banho na casa dele.
Me preparei para tudo!
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O nervosismo estava me possuindo, pois a ficha de que eu iria interagir com os pais do meu namorado fora dos cultos finalmente tinha caído. Estava com muito medo de não causar uma boa impressão, afinal nas cerimônias eles tinham que manter a aparência e respeitar os membros da alcateia.
Jungkook parecia um pouco preocupado, o que me deixava tenso enquanto passamos pelo portão da mansão.
Sim, mansão.
Sabe, que eu era da classe média e tinha algumas mordomias, estou ciente, agora que ele era da classe que eu nomeio como diamante, isso eu não sabia exatamente, pensava ser a alta. Minha Lumina, será que eu não ia estragar nada? Socorro.
E se o Jungkook tiver uma visão totalmente distorcida dos gostos da mãe? Ai céus, é por isso que eu digo, não confie em alfas, ele só te botam em furadas!
Respirei fundo, observando o lindo jardim que agora era iluminado pelas luminárias e a lua. Os seguranças pareciam mais estátuas de tão duros que eram seus corpos. Quando finalmente entramos pela porta da frente, não tive muito tempo para prestar atenção na decoração, pois pela terceira vez no dia tomei um susto, só que dessa vez, achei que iria realmente morrer!
— Ah, Jungkook! — A ômega se jogou contra ele, abraçando o pescoço com os braços e a cintura dele com as pernas. — Como eu senti sua falta!
— Eu também senti sua falta, Han! — Ele respondeu, abraçando a cintura dela e em seguida, colocou-a no chão. — Pensei que viesse só em uma semana.
— Mas eu te disse ontem a noite que meus pais mudaram de ideia. — Se afastou com um enorme sorriso no rosto. — Então, vai me ter por três semanas e eu pensei em muitas coisas para fazermos e-... — Parou de falar assim que seus olhos caíram em mim. — Ah, oi, Jimin.
— Como vai, Haneul? — Forcei um sorriso.
— Meu convidado já chegou? — Jiwon apareceu na sala, trajando um pijama de morangos.
— Olá, mamãe! — Jungkook sorriu para a mais velha, pegando na minha mão. — Jimin, eu te disse!
— Estou feliz em te ver em um momento menos formal, querido! — Sorri verdadeiramente quando ela se aproximou e me abraçou. — Agora sim estou sentindo que faz realmente parte da família. Já querem que eu peça para servir o jantar?
— A gente comeu há pouco tempo, mãe, estamos mortos, acredita que ele me fez andar o Shopping inteiro?
— E você nem gosta né? — Foi Haneul que perguntou ao Jungkook, afiada.
— Está certo, melhor tomarem um banho e aí seu pai já deve chegar. — Jiwon sorriu, abraçando Haneul pelos ombros. — Eu faço sala para a Han, vão despreocupados!
Jungkook não demorou para me guiar novamente pela casa, dessa vez pelas escadas. Se antes ele estava tenso, parecia ter evoluído dez casas, assim que ele abriu a porta de um dos quartos, sendo ele bem simples, mas bem aconchegante. Existia um lustre muito legal do sistema solar, mas o resto era bem padronizado em tons de branco e azul.
Eu teria reparado em mais coisa se o ambiente não tivesse sido dominado pelo silêncio. Jungkook aparentava estar com o corpo totalmente travado, como se tivesse levantado peso o dia inteiro após correr uma maratona.
— Jungkook, o que você tem? — Inquiri, não conseguindo deixar de lado a minha confusão perante suas ações.
E como se ele tivesse levado um choque, pulou no lugar ao ouvir minha voz. Eu estou certo em estar preocupado, certo?
— Não é nada, eu só... bem... — Ele engoliu em seco e se sentou na cama, olhando para as mãos de forma nervosa. — Ela deveria vir para cá só semana que vem.
Suspeito.
Não me leve a mal, mas essa resposta me deixou em alerta. Eu sempre soube que eles eram muito amigos, ela era a melhor amiga dele e tudo bem, eles namoraram durante um tempo, porém ele me disse que sempre gostou de mim.
O que era estranho era essa fala, afinal se ele não via ela como parceira dele, qual o problema? Será que na verdade, foi só realmente a mudança dela que acabou com o relacionamento e ele mentiu pra mim esse tempo todo? Será que esse é o motivo dele não ter cedido até agora?
Respira Jimin!
Ele convidou você para conhecer os pais dele, isso não é pouca coisa.
Pensando no manual, coloquei as sacolas em minhas mãos no chão e tomei a liberdade de me sentar ao seu lado e usei um tom que eu não queria usar: totalmente neutro.
— E o que tem de errado em ela ter vindo antes? — Me forcei ao máximo para não parecer abalado.
De algum modo, eu não me sentiria mexido se ele não estivesse daquela forma.
— É a primeira vez que eu vejo minha melhor amiga depois de um ano, ela foi pra muito longe daqui e ela ficou estranha por um tempo... meio que o que eu planejava era dar o máximo de atenção para ela. — Percebi que as mãos dele suavam, pois ele esfregou elas no jeans escuro.
— Olha, eu não pensei que iria passar a noite aqui... — Não, eu imaginei sim. — Então depois do jantar, eu vou para casa do Taehyung e nos encontramos no casamento.
— Você não quer dormir aqui? — Questionou em um tom ofendido.
— Eu não disse que não queria, foi que não pensei e assim vocês botam o papo em dia e se divertem amanhã. Só não posso ceder no domingo, pelo menos na parte da tarde da e da noite, você vai ser padrinho ao meu lado. — Tentei falar a última parte de forma bem humorada, mas não tenho certeza se deu certo. — E segunda, vocês começam seus planos.
— Taehyung deve estar ocupado, ele é noivo e-...
— E eu estaria com ele agora se não estivéssemos juntos. — Segurei a risada. — Mas se você quiser que eu durma aqui, tudo bem, eu sei que a umas horinhas a mais não vão matar vocês dois.
Jungkook demorou um pouco, mas sorriu e me abraçou. Eu retribui, dando o meu melhor na atuação, não podia falhar agora e o lado bom de passar a noite ali, era que eu poderia tentar mais uma vez liberar o lado safado dele.
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Minha primeira tentativa de sedução da noite foi brutalmente cortada pelo fato de Jungkook ter me trancado no quarto quando disse que tomaria banho e só destrancou a porta quando eu enviei uma foto totalmente pronto para o jantar. A segunda não foi muito diferente, pois quando pensei que ele não poderia me tirar dali para ele se arrumar, ele estava pronto. Imaginei que em uma casa enorme como aquela, ele teria se aprontado em outro quarto.
— Pronto? — Perguntou e eu acenei positivamente. — Minha mãe está doida pra te conhecer mais a fundo e meu pai chegou!
Disfarcei meu nervosismo e desci com ele para a sala de jantar. Seu pai estava em uma ponta e sua mãe na outra, Haneul estava na cadeira do meio, era uma mesa com espaço para oito pessoas e eu e Jungkook nos posicionamos em frente a ômega.
— Espero que goste de frutos do mar, querido. — Minha sogra me olhou ternamente. — Jungkook não me contou sobre seus gostos e eu tive que improvisar.
— Não desgosto. — Respondi. — Não comi muitas vezes, na realidade.
— Oh, eu pedi para fazerem Strogonoff também.
— Não precisa se preocupar só por minha causa.
— Claro que precisamos, um dia você se casará com o Jungkook. — O pai de Jungkook anunciou e a Haneul se ajeitou no lugar.
Provavelmente estou paranóico sobre isso e ela deve no máximo só ter sentido a roupa pinicar.
Os pratos foram servidos antes que alguém falasse alguma coisa e eu tomei um pouco do suco de maracujá para me acalmar um pouco.
— Você já tem alguma faculdade em mente, Jimin? — Yejun puxou assunto.
— Ainda estou avaliando minhas opções. — Respondi esperando que ele não desaprovasse.
— É bom saber que os ômegas estão cada vez mais empenhados em ser independentes, conheci muitos que pensam em casamento e filhos, isso é muito ultrapassado. — Jiwon comentou e eu concordei em um aceno. — É por isso que eu digo ao Jungkook que ele não deve se casar tão cedo, um garoto tão jovem tem que curtir a vida antes de pensar nessas coisas.
Olhei novamente para Haneul e o desconforto dela era exatamente como o meu. Principalmente pelo fato de que eu estava tramando para conseguir justamente isso: me casar com Jungkook.
— Acredito que as famílias atuais deveriam parar com toda essa pressão em cima dos ômegas, meu pai queria que eu me casasse com a melhor dona de casa, felizmente Jiwon entrou na minha vida.
— Mas o senhor pode escolher, nós não. — Haneul respondeu, parecendo abalada com o assunto. — É difícil existir uma família como a de vocês, a maioria não quer saber se são ou não pensamentos do tempo das cavernas.
— Sabemos querida, mas a diferença começa a partir de nós, não? Eu particularmente não vejo motivos em aceitar propostas de família para conhecerem meu filho, Jungkook quem deve escolher, assim como você e o Jimin. — Jiwon retorquiu. — Eu não vejo como um casamento na idade de vocês seja algo bom e eu nunca vou aprovar, acho uma tremenda loucura o casamento deste domingo, são três crianças se casando!
Eu queria ter como me pronunciar contra, mas em muita coisa eu concordava. Porém pelo menos Taehyung se casaria por amor e ele estava com uma sorte que muitos não tem, uma sorte que depois desse jantar eu percebi que não teria.
Eles mudaram de assunto depois de um tempo e Jungkook ficou bastante calado. Não sei se porque eu descobri que ele mentiu quando disse que seus pais queriam que ele se casasse logo, não sabia suas motivações e eu não estava bravo, afinal, também não estou sendo cem por cento sincero com ele. Depois da sobremesa eles se retiraram e fomos os três para a sala. Eu peguei meu celular enquanto Haneul e Jungkook conversavam. O tempo passou, enquanto eu me alienei nas redes sociais, pois não achava certo ficar prestando atenção em uma conversa íntima e que nitidamente eu não fazia parte. Era repleta de piadas internas, risadas e relatos.
O ponteiro maior do relógio deu duas voltas e eu já estava pingando de sono, mas eu não estava na casa do Taehyung, onde eu simplesmente teria ido ao quarto e caído na cama sem me importar. Eu não podia simplesmente subir pro quarto, eu era um estranho ali, o ambiente era estranho para mim.
Eu rezei a santos que eu não acredito pro sono bater em Jungkook, mas ele estava muito empolgado e isso parecia ter dado o maior gás e espantando o sono dele. Em algum momento eu deitei em seu ombro e capotei, não sei como, nem porquê, mas eu dormi tão profundamente que quando abri os olhos novamente já era de manhã e ao contrário do que eu pensava, Jungkook ainda estava na cama e estávamos dormindo de conchinha.
Esse, e somente esse fato fez tudo valer a pena. Eu me virei na cama, ficando de frente para seu corpo, abraçando sua cintura e entrelaçando nossas pernas. Observei seu rosto inchado pelo sono, chegando a conclusão que para mim ele era lindo de qualquer maneira e meu coração palpitava por tudo que envolvesse ele.
Acariciei a religião abaixo de suas costelas, beijando seu queixo e o apertando contra mim, pouco me importando se isso o acordaria.
— Não aperta tanto... — Ele resmungou de repente, retribuindo o aperto e me fazendo rir.
— Mas aí não tem graça. — Respondi baixinho, recebendo um beijo na testa. — Bom dia, amor. — Desejei, selando seus lábios rapidamente e depois escondi o rosto em seu pescoço.
— Só um selinho? — Pareceu decepcionado.
— Ainda não escovamos os dentes. — Expliquei e ele bufou, se esticando sobre mim, até abrir a gaveta da mesinha de canto, pegando algo de dentro. — Pastilha de hortelã resolve o problema?
Eu ri, acenando positivamente e ele colocou uma na minha boca após retirar da embalagem e fez o mesmo com a sua depois. Se deitou normalmente me puxando até que apoiasse a cabeça em seu ombro.
— Sabe, se você estava com sono era só ter me falado. — Comentou baixinho.
— Bom, eu não queria interromper a conversa. Você que me trouxe?
— Você não lembra? Grudou em mim que nem um urso, quase caí da escada te trazendo. — Gargalhou ao contar. — Foi trágico.
— Deveria ter me acordado!
— E eu tentei, mas quem disse que a madame acordava? — Negou com a cabeça. — Porém o importante eu fiz, te trouxe para cá e eu simplesmente amei dormir com você.
— Mesmo?
— Mesmo, seu cheiro é o melhor que existe, Jimin. Definitivamente o ômega mais cheiroso do universo! — Beijou meu pescoço, mordendo de leve em seguida. — O que você quer de café?
— Você. — Arrisquei e ele riu, negando com a cabeça, mas segurou meu maxilar nos aproximando, até juntar nossas bocas.
Sua língua deslizou pela minha, enquanto seu corpo ficou por cima do meu. Minha mão esquerda se perdia entre os fios escuros e a direita eu mantinha em sua bochecha. Rezava para a porta estar fechada e as paredes não serem finas, pois qualquer um poderia deduzir o que estávamos fazendo ao ouvir os sons. Jungkook chupou minha língua e mordeu meu lábio inferior, me fazendo suspirar. Separamos os lábios e ele começou a beijar o meu pescoço, sua língua quentinha deslizava sobre a minha pele e em certos pontos, seus lábios faziam uma leve sucção, me fazendo arrepiar por inteiro. Em determinado momento, levei minhas mãos para os seus ombros, o empurrando.
— Me desculpa, amor... — Ele murmurou, parecendo constrangido e eu sorri de forma aberta.
— Pelo que? — Questionei, continuando a empurrar ele para o lado, me sentando sobre suas coxas.
Jungkook uniu as sobrancelhas, confuso e eu sorri, colocando minhas mãos em sua nuca e puxando-o para perto, o beijando carinhosamente. Acho que ele pensou que eu queria parar a pegação... coitado, ele não entende que um rei tem que sentar em um trono?
Envolvendo a minha cintura com os braços, ele se sentou na cama, se posicionando de maneira desajeitada contra a cabeceira. Sorri entre o beijo pelo murmúrio descontente que soou de sua garganta, levantando o quadril para ele se arrumar de maneira mais confortável e quando voltei a me posicionar, fiz o mesmo, gostando bastante do local em que me encontrava. Nos separamos brevemente, unindo nossas testas, recuperando melhor o fôlego.
Eu sentia que Jungkook sorria, enquanto eu fazia carinho em seu rosto e seu nariz acariciou o meu. Ele selou meus lábios demoradamente, deixando beijos por todo o meu rosto, seguindo pela linha do meu queixo, descendo definitivamente para o meu pescoço, enquanto sua mão deslizou até a minha bunda, apertando e me puxando para mais perto. Soltei um suspiro mais alto pela sensação e ele pareceu apreciar.
Aproveitando os estímulos no meu pescoço e por um momento, cedendo aos meus desejos, movi o quadril contra seu membro, sentindo ele morder a minha clavícula com um pouco mais de força. Sua destra, desceu pelo caminho externo da minha coxa esquerda, arranhando levemente a carne por cima do tecido.
Eu encarei aquilo como um sinal verde e sem pudor algum, eu comecei a rebolar em seu colo, descaradamente me roçando nele e segui um ritmo aleatório que criei na minha cabeça.
Ele puxou meu rosto em sua direção e juntou nossos lábios em um beijo rápido, ansioso e eu desci minhas mãos até os botões da camisa do seu pijama e comecei a desabotoar. Ele não me impediu, muito pelo contrário, ele estava me estimulando a continuar com as mãos no meu quadril. Eu estava gostando bastante da sensação de sentir sua ereção contra minha bunda, ao mesmo tempo que usava seu abdômen para estimular o meu membro.
Não foi surpreendente meu cheiro começar a sobressair o seu, meu ômega estava trabalhando arduamente na minha lubrificação e eu me sentia cada vez mais quente.
Minhas mãos acompanharam o caminho do tecido descendo por seu ombro, até ele ser obrigado a tirar as mãos de mim para se livrar dos pedaços de pano, mas logo elas voltaram para as minhas costas, passando por debaixo da blusa que eu usava e me puxou para mais perto, mesmo que a física já não permitisse tal ação.
A essa altura nosso beijo era desajeitado, pela afobação dos nossos movimentos, mas eu estava amando puxar os cabelos de sua nuca, enquanto ele se apertava contra mim. Jungkook respirava de forma pesada, soltando gemidos baixinhos quando eu colocava um pouco mais de pressão lá embaixo.
Imaginei como seria cavalgar nele, como seriam suas reações se eu o estimulasse com a boca e ele me fodesse depois. Era um pensamento muito profano, mas de inocente eu só tenho a cara mesmo.
Nossas bocas foram separadas e foi a minha vez de atacar seu pescoço e eu senti que iria gozar somente de sentir os sons vibrando em sua garganta. Meus lábios desceram mais até seu colo e sem pensar muito, chupei um de seus mamilos, sentindo no mesmo instante ele arranhar as minhas costas e gemer de forma rouca.
Meu interior estava formigando e por um momento, minha entrada se contraiu e eu gemi ansioso.
— Jimin... — Sua voz me chamou de maneira baixa e quando o olhei, seus olhos estavam amarelos e ele umedeceu os lábios.
Eu quis continuar a estimular seus mamilos, mas ele me puxou para cima, me beijou com volúpia e suas mãos passaram por dentro da minha calça e peça íntima, tocando as minhas nádegas com vontade. Minha ereção estava dolorida e eu soltei um gemido sôfrego, queria que ele me tocasse de verdade, que me jogasse contra aquela cama e só me deixasse sair depois que eu não me aguentasse em pé.
Aumentei o ritmo que meu quadril seguia e quase desacreditei quando senti seu indicador acariciar ao redor da minha entrada. Ele separou nossos lábios e sufocou um gemido alto contra o meu ombro, mordendo a carne da região. Minhas unhas arranharam seus braços e eu suspirei, achando que gritaria quando o orgamo me tomou e eu senti a cabeça girar por um momento, minha visão ficou turva, minhas cordas vocais não expressaram nenhum ruído e por fim, igual a uma gelatina, soltei meu peso em cima dele.
Nossa respiração estava descompassada, mas eu me sentia ótimo, um sorriso enorme tomava forma em meus lábios. Virei meu rosto para Jungkook e ele beijou a pontinha do meu nariz, tirando as mãos de dentro da minha calça. Seu indicador esquerdo estava com uma espécie de líquido transparente lhe envolvendo e quando eu pensei que ele fosse limpar no lençol ou sair da cama, ele levou o para sua própria boca, chupando levemente, causando um estalinho. Ele sorriu para o olhar descrente que eu dei e dessa vez beijou meus lábios.
— Não é ruim... — Sussurrou, mordendo os lábios com um enorme sorriso. — Isso foi muito gostoso, Jimin.
— Foi incrível... — Minha cabeça se moveu para cima e para baixo para dar mais ênfase na minha frase. — Posso me esfregar em você mais vezes?
— Pra sempre, por gentileza. — Respondeu bem humorado, me fazendo rir. — Essa foi a primeira vez...
— Ué, mas você e a Haneul já não... — Minha frase meio que morreu e foi a vez dele rir.
— É sim, mas foi a primeira vez que eu gozei com estímulos menos diretos, se assim eu puder nomear. — Acariciou minhas costas. — Seu quadril é tão solto que dá inveja em qualquer um...
— Usei muito bambolê na vida. — Justifiquei, aproveitando de seu carinho. — Foi o meu primeiro contato assim...
— E como se sentiu?
— Muito bem, podia fazer de novo agora inclusive.
— Eu acho melhor não, eu quase perdi o autocontrole. — Soltou um suspiro. — Estou todo melado, mas não quero te soltar.
— Eu também não!
Ele voltou a me posicionar de costas na cama e ficou sobre mim. A gente se perdeu no tempo, nos beijamos muito, tipo muito mesmo. Parecia que o mundo ia acabar dali a alguns minutos e nunca mais teria a chance de ver ele. Eu me senti extremamente cuidado, principalmente porque Jungkook era todo carinhoso e sem sombra de dúvidas tinha o melhor beijo do mundo.
— Meus lábios estão dormentes... — falei rindo baixinho e ele riu também.
— Se estiver machucando a gente para... — Falou se ajeitando no meu pescoço.
— Hum, acho que cinco minutos de descanso é o suficiente... — A verdade é que eu passaria o dia inteiro beijando ele e só pararia depois que minha boca caísse.
— Eu sou apaixonado por ti, Jimin. — Jungkook falou de forma serena, beijado abaixo da minha orelha esquerda. — Você é o meu bebê, meu príncipe.
— Eu amo você, Jungkook. — Falei pela primeira vez, procurando seus olhos e eles brilharam em uma direção. — Quero que você seja o meu alfa.
— Eu já sou, amor. — Respondeu de forma séria. — Eu vou me casar contigo, pode não ser agora, como o Taehyung, Hoseok e Yoongi, mas vai chegar o momento em que você vai ter a minha marca, tá bem?
— Você me deixaria te marcar também?
— Claro que sim, onde você quiser. — Acariciou meu rosto. — Vou amar ficar exibindo pros outros a linda marca que o meu ômega me deu!
>>>
Sair da casa de Jungkook foi difícil, tomei café da manhã com os meus sogros e até mesmo conversei um pouco com a Haneul. O banho que tomei antes de descer para fazer o desjejum foi gelado e eu não conseguia parar de pensar que tinha me esfregado no meu namorado e gozado somente com isso. Nem a água fria estava dando conta de acabar com o meu fogo, eu achei que quando a gente fizesse o que desejava, a vontade diminuiria, mas não podia estar mais enganado. Eu sentia que poderia implorar pro Jungkook me desvirtuar naquela manhã mesmo, não só pela minha situação, mas sim porque eu queria muito ele, queria as mãos dele em mim novamente.
Jungkook na verdade parecia bem carente naquela manhã, me soltar dele para ir embora foi difícil, muito difícil. Declaro este sábado o dia em que eu mais beijei em toda minha vida.
— Te vejo amanhã. — Ele falou ao com muita relutância me soltar, o motorista já estava chegando. — Mas sabe, se você quiser desistir e ficar aqui comigo...
— Não, não amor. Eu preciso mesmo ir para casa do Taehyung. — Neguei com a cabeça, mordendo os lábios. — Amaria dormir com você de novo, quem sabe a gente ainda consegue fazer isso de novo nessas férias?
— Não me ilude não, isso é maldade.
Eu soltei um riso, na verdade ele estava certo e isso me deixava triste, mas não quis transparecer. Quando observei o carro preto se aproximando na calçada, deixei um último beijo em sua bochecha e me afastei dando tchau.
Chegar na casa de Taehyung foi tranquilo e assim que passei pela entrada da residência, ele pulou sobre mim, me abraçando de forma apartada.
— Fala pra mim que você deu muito noite passada. — Ele pediu, me farejando, com certeza eu estaria cheirando a Jungkook. — Nossa ele marcou bem o território, hein.
— Infelizmente não, mas... — Sorri de lado e Taehyung arqueou as sobrancelhas.
Nós fomos para o quarto dele após eu cumprimentar seus pais, eu contei sobre tudo que tinha acontecido e ele sorriu, dando tapinhas animados no travesseiro.
— Okay, podemos ter esperança! — Ele bateu palminhas agora. — Mas como você se sentiu?
— Ah foi tão bom, eu queria muito que a gente tivesse feito tudo. — Suspirei, rolando em sua cama. — Sinto como se tivesse perdido uma das virgindades, eu meio que considero o que a gente fez como sexo.
— E não tá errado. — Taehyung se deitou ao meu lado. — Então você vai continuar com o plano?
— Bem, é... mas eu não tô lá com muitas esperanças depois do que eu ouvi da mãe dele. — Meu tom saiu baixo, aquela questão realmente me magoou. — Haneul pareceu muito mexida quando eles entraram nesse assunto, não acho que o término deles tenha sido como ele contou...
— Por que será que ele mentiu?
— Não faço a menor ideia, mas pelo rumo das coisas eu já tô colocando os pés no chão. Porque agora, mesmo que o Jungkook tire a minha virgindade, os pais dele podem simplesmente negar o casamento e eu me fodo, né?
— Odeio dizer que sim... pior que você não tem mais tanto tempo, não dá para se desapaixonar e escolher outro. — Taehyung me olhou de forma frustrada e eu soltei mais um suspiro.
— Bom, acho que o que me resta é aceitar que a sorte não tá do meu lado. O jeito é rezar pro meu futuro noivo ser no mínimo legal. — Declaro, umedecendo os lábios, sentindo um calafrio passar na minha espinha. — Eu não tinha muitas expectativas para um terceiro mesvercessário mesmo..
— Tô mal com isso, Mimi... — Taehyung me puxou para um abraço. — Vocês se gostam de verdade, não deveria ser assim.
— É não deveria, mas não quero que você fique triste ou preocupado, amanhã é o seu dia. Não é o fim do mundo o que está acontecendo e o mais importante para mim agora, é o seu momento ser perfeito.
— Como não quer que eu me preocupe se eu vou ter o casamento dos meus sonhos e o meu melhor amigo pode se casar com um alfa repulsivo?
Expressei um sorriso triste, dando de ombros e o afastando. Andei até às minhas coisas e peguei a caixinha onde nossas pulseiras estavam e eu entreguei para ele a parte que estava escrito "mate".
— Meu presente só para você. — Falei e ele fez um bico choroso. — Você é muito especial para mim, é o meu melhor amigo, meu tesouro, tá bem? Se no amor eu não vou ter sorte, pelo menos vou ter você para me ouvir, não é?
— Claro que vai, mas ainda tô puto com isso, tem que ter uma solução!
— Mas não tem, Taehyung. — Segurei em seu rosto. — Vai ficar tudo bem comigo, quem sabe não me vem uma ideia genial como a sua? Agora que tal a gente se concentrar em ver se tá tudo certo pro casório?
Taehyung sabia que no fundo eu não estava verdadeiramente bem, mas eu me esforçaria bastante naquele fim de semana. Ele não era sobre mim, era sobre ele e não permitiria que eu fosse uma preocupação na sua cabecinha paranóica. Taehyung era um pouco doido e poderia pensar em alguma loucura, como por exemplo usar o dinheiro que tinha para me levar com ele para algum lugar onde meu pai nunca nos encontrasse.
E sim, isso era verídico e ele com certeza faria, justamente por isso minha missão era mostrar que eu estava conformado e que daria um jeito na situação, ou ele poderia desistir de se casar...
Po¹ - Personagem principal de Kung Fu Panda.
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Eu amo muito esse capítulo, porque ele revela que nem tudo tá tão bem esclarecido assim.
Até daqui a pouco!
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