19.
Ainda sentado de costas para o mesmo, sentindo-o se aproximar, minhas mãos começavam a tremer cada vez mais. Ele se ajoelha do meu lado e enfia o braço em baixo da cama, procurando pelo que eu havia jogado lá faz poucos segundos.
Meu coração para por um instante. E eu tenho certeza de que essa vai ser uma das lembranças mais lindas que eu irei ter. Uma pequena quantidade de luz sol entrava pela fresta da janela que não estava coberta pela cortina, deixando a cabeleira rosa num tom mais brilhante do que já é; sua bochecha amassada contra o chão de madeira e o braço se movendo inquietamente, procurando a saia.
Assim que volto para o mundo real, não penso duas vezes antes de segurar seu braço e puxa-lo lá de baixo. Estranhei ele ter cedido de maneira tão fácil, mas aí, percebo a peça de roupa meio amassada e suja da poeira acumulada em baixo do móvel em sua mão.
- Yeonjun-ssi.. É meu.. Me devolve..
- Bem.. Se é seu.. Porque não me prova? - grunho, já sem paciência. Ele percebe minha mudança de humor e fica em pé, segurando a saia em cima da altura da cabeça para que eu não pegue - prove que ela é sua. Vista-a para mim.
- Só me devolve!
- Vai vesti-la? - semi cerro meus olhos e me dou por vencido, ficando na ponta dos pés para pegar a peça de roupa e ir em direção do banheiro.
- ♡ -
- Eu estou ridículo.. - faço bico, me olhando no espelho com aquela saia que ia até mais ou menos a metade da minha coxa.
- Na minha opinião, está lindo.
- Está tentando flertar comigo?
- Uh, talvez - ergo uma sobrancelha para ele no espelho, que apenas dá de ombros com um sorriso de canto e cai de costas na cama.
- Eu vou me trocar.. - olho para ele e bufo, me retirando do quarto. Porém antes que eu possa abrir a porta, escuto sua risadinha nasal e me viro para ela com cara emburrada de pouco caso - o que?
- Você está realmente bonito, não deveria se trocar.
- E se minha mãe me ver?
- Não saia do quarto, oras.
- Idiota.. - respiro fundo, contando até cinco mentalmente para não voar no pescoço daquele desgraçado. Tranco a porta do quarto para que minha mãe não entre de surpresa e me veja assim, logo indo em direção da cama e me jogando ao seu lado.
Pego meu celular que estava em baixo do travesseiro (como foi parar lá?) e desbloqueio, dando uma verificada simples de se ele estava olhando minhas coisas ou não. Sinal positivo, ele estava encarando o teto. Abro o aplicativo de mensagens, e acabo choramingando como uma criança quando vejo que não havia recebido outra mensagem do hyung hoje.
- Ainda não recebeu a mensagem daquela pessoa?
- Como você-
- Suas reações de tristeza sempre que pega o celular te entregam.
- Ah, sim.. - suspiro, desligo o aparelho, e começo a encarar o teto junto dele - respondendo sua pergunta de mais cedo com mais certeza: sim, estou apaixonado. Mas não nos conhecemos pessoalmente. Trocamos mensagens frequentemente. Ele diz estar apaixonado por mim, e mora aqui na rua. Queria tanto conhece-lo..
- Ele mora aqui na rua?
- Uhum... Quem mais mora aqui para tentarmos adivinhar?
- Uh.. Tem eu, o Soobin, o Minjae, o Hyunjin..
- Pera, pera pera - ele disse que mora aqui? - repete.
- O que?
- O que você disse antes de "Soobin".
- Ah, eu. Eu moro na casa amarela na esquina.
"É o nome cor da minha casa em inglês."
Amarelo em inglês é..
- Beomgyu? Porque a porta está trancada? Está tudo bem aí?
I love you always forever
Near and far closer together
Everywhere I will be with you
Everything I will do for you
I love you always forever
Near and far closer together
Everywhere I will be with you
Everything I will do for you
vício diário e afins
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