Castelo de cartas🎭
— Por que tem areia na vitrine, Jungkook?
Eu estava retirando algumas peças das cinco caixas que tinham vindo da casa paroquial — um negócio lucrativo para as duas partes, diga-se de passagem, já que o senhor Cha pagava bem pela doação dos fiéis — quando Taehyung me abordou de repente com essa pergunta.
— Hã? — me fiz de sonso. — Que areia?
— Essa aí nos pés do boneco. — insistiu, apontando com o seu dedão inxerido.
— Não sei... — dei de ombros, franzindo o cenho. — Vai ver você trouxe areia quando saiu mais cedo de novo com aquela japonesa.
— Que difamação! Claro que não foi eu! — grunhiu, arregalando os olhos.
— Hum... Devo perguntar para o senhor Cha se foi ele? — botei a mão no queixo, fingindo pensar.
— É isso, vou perguntar para o nosso patrão.
— Não, não, não! — disse nervoso, segurando meu braço ao tentar me afastar. Se eu citasse sua saidinha, o mais velho descontaria seu salário. — Deve ter sido eu, pode deixar que eu limpo.
— Se insiste, Tae-sshi... — sorri vitorioso, voltando a separar as roupas menos desgastada.
Na verdade algumas estavam novinhas, tinham até mesmo etiquetas. Pessoas ricas tem essa mania de comprar e não usar, mas pelo menos doavam em vez de deixar mofar as roupas que não tinham pretensão de usar.
Minha cabeça andava nas nuvens e nem a desconfiança do meu colega de trabalho abalou meu humor. Estava contente com o que decorreu na noite anterior. Foi maravilhoso conversar com o ruivinho. Compartilhar meus sentimentos, desfrutar da sua companhia, abraçá-lo e beber mais um pouco enquanto o barulho do mar era nossa trilha sonora, fez aquela noite ser algo inesquecível. Porque no fundo eu não sentia que estava jogando palavras no ar, Jimin realmente me ouvia, de algum jeito ele fazia isso.
Agora eu tinha um cúmplice.
🎭
— Um, dois, três... Você ganhou de novo, Jimin-sshi! — acusei o ruivo, fingindo estar bravo. — O que vai querer em troca dessa vez, seu trapaceirinho?
Era uma quarta-feira comum. Eu tinha fechado a loja, feito a limpeza e então trazido Jimin até os fundos da loja para ficarmos mais a vontade. Não via problema em permanecer mais uma hora na Boutique, não quando Jimin estava lá e podíamos fazer o que quiséssemos, como jogar dama por exemplo... Não pensem em maldade! O ruivo me dava outro tipo de alegria, sem ser o carnal. Até porque ele não tinha carne. Puff!
Jimin era muito espertinho e dava um jeito de ganhar qualquer tipo de jogo que eu propunha. O manequim se mostrava um ótimo competidor.
Mas como dizem: "sorte no jogo, azar no amor". Se o ditado popular estivesse correto, não reclamaria, pois me sentia um puta sortudo por tê-lo comigo todos os dias.
— O quê? Uma dança? — encarei o mais baixo, interrogativo. Já havia guardado as peças minúsculas e sacado meu celular do bolso. — Obrigado por me deixar escolher a trilha sonora... — ri soprado, escolhendo uma música romântica na minha play list. — Meu Deus, que mico, Jimin-shii... Sim, eu sou péssimo dançando!
Depois de escolher uma música melosa da minha diva IU, coloquei o aparelho de lado e peguei Jimin com firmeza pela cintura para tirá-lo de cima do balcão de mármore.
— Desculpa se pisar no seu pé, hyung. — ri, encabulado. Meus braços circundavam o corpo curvilíneo Jimin tinha um peso considerável, então tinha que tê-lo bem colocado a mim para conseguir me mover de um lado para o outro com ele.
Minha caixa torácica estava sendo esmagada pelo músculo que bombardeava meu sangue, pois meu frágil coração batia como um louco, querendo sair pela boca só de ficar daquele jeito com o manequim. Era bom demais e apesar de acertar dois passos e errar três,a gente estava se divertindo. Hora rindo, hora nos encarando, até meus lábios encostar nos seus e eu dizer o que tanto necessitava:
— Hyung... Eu acho que te amo.
Como fui bobo... Não por me declarar, afinal eu estava mesmo apaixonado, não tinha como fugir dos meus sentimentos, porém fui ingênuo por não questionar
Taehyung por estar mais arrisco e calado nos últimos dias ou ter visto a silhueta do mesmo me espreitando pela porta dos fundos. Agora não só ele tinha certeza, como provas suficientes do que eu fazia com Jimin.
Ali terminaria meu conto de fadas. Seria o nosso fim, a ruína do castelo de cartas que montei. E eu não estava preparado para dar adeus ao meu lindo hyung, não estava...
🎭
Oi, bonequinhas e bonequinhos? Ultimamente andei atrasando as postagens, mas para minha defesa, andei trabalhando muito esses dias. Ontem por exemplo, dormi com o celular na mão! kkkkkkkk Foi engraçado, não imaginava que estava tão exausta até desmaiar de sono.
Bom, agradeço o carinho, aos comentários fofos e as cem estrelinhas que a Fanfic bateu! Muito obrigada, de coração. Isso me incentiva muuuuito!
Até amanhã, nenens.
Roxo muito vocês 💜
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