O Jantar e a Proposta do Rei

*Foto acima, roupa da S/n ( sem a espada) para o jantar*

S/n estava sentada na cama no quarto onde se hospedou no castelo. Ela já estava devidamente arrumada para o jantar, mais todas as memórias de sua infância e juventude naquele reino vieram com tudo e a mulher começara a refletir se fez a escolha certa em ter voltado à Austed.

S/n respirou fundo e passou as mãos no rosto, quando o relógio de pêndulo em seu quarto soou. Ela sabia que estava atrasada para se juntar ao primo e a família dele à mesa, mas não se incomodou tanto. A mulher se levantou e caminhou até a sala de jantar. Suas mãos estavam unidas atrás do corpo enquanto suas emoções dominavam seu peito. Era estranho estar de volta depois de tantos anos afastada, mais em breve ela retornaria à DunBroch e continuaria vivendo a vida protegendo o Reino ao lado de Merida Valente.

No caminho para a sala de jantar, S/n encontrou o Comandante Eithan da tropa do Reino de Austed.

-Senhorita S/sn!_ele fez uma reverência _-O Rei e a Rainha lhe aguardam na sala de jantar.

-Eu estava indo pra lá, Eithan, obrigado por me avisar.

Ele acenou e assentiu caminhando com ela. Enquanto fazia o caminho, S/n tomou coragem de fazer perguntas ao comandante e permitiu que ele também lhe fizesse algumas, então eles se entenderam. Assim que chegaram à sala de jantar, o mordomo do castelo lhes apresentaram

-Recebam o Comandante Eithan da tropa do Reino de Austed e a senhorita S/sn, prima do Rei Phillip e Segunda Capitã da Tropa de DunBroch.

Eles se levantaram quando a porta se abriu e por ela passaram os dois anunciados. Phillip sorriu graciosamente para a prima que ele tinha como uma irmã mais velha.

-Desculpem a demora. _disse S/n contornando a mesa para ficar ao lado direito do Rei enquanto todos voltavam a se sentar. _ -Tive problemas em decidir qual ultraje usar.

-Não tem problema prima. Foi uma excelente escolha! Por favor, sente-se. _disse Phillip mostrando a cadeira para ela. S/n ficaria de frente para Malévola, ela lançou um olhar a fada e sorriu. Malévola retribuiu o olhar mais voltou a prestar atenção na linda porcelana a sua frente.

Logo após, o jantar foi servido. A Rainha Aurora estava empolgada, pois queria saber tudo sobre DunBroch e educadamente, S/n explicou tudo que sabia sobre o reino e como fora acolhida e escolhida pela família real Escocesa.

-Merida foi quem me encontrou. Eu estava muito machucada_disse ela com o olhar fixo a algum ponto a frente tendo recordações daquele dia específico _- Havia sido expulsa de muitos reinos até chegar a Escócia. Enfim...Merida sempre muito Valente, me acolheu em seu reino, cuidou de mim e quando contei minha história para sua família, seus pais me acolheram como uma filha. Após me recuperar, treinei para a tropa. Comecei a me dedicar e agora me tornei a segunda Capitã com muita honra e respeito. 

Todos à mesa ficaram impressionados com a história contada. S/n voltou em si e encontrou os olhos da fada lhe admirando.

Tímida, a mulher sorriu e abaixou a cabeça desviando do olhar.

-Eu sinto muito pelo que Ingrith lhe fez. Se eu soubesse de tudo antes, eu jamais permitiria que ela te expulsasse do nosso reino. Me sinto tão culpado por não ter feito nada a respeito.

Disse Phillip com um certo rancor e S/n o olhou.

-Você não tem que se culpar pelo erro cometido por sua mãe, Phillip. Ingrith já havia deixado claro que me odiava, ela odiava minha mãe e sentia raiva do meu pai por ter se casado com uma simples camponesa. Não tinha nada que você pudesse fazer a respeito. Ingrith sempre teve tudo devidamente planejado.

-Agora eu sei._disse ele amargurado_-Ela foi capaz de matar o meu pai.

-Querido!_Aurora encostou na mão do marido que estava em punho fechado sobre a mesa. _-Este deveria ser um jantar feliz. Vamos tratar desses assuntos uma outra hora, por favor.

-Tem razão querida. _disse Phillip concordando. Ele abriu a mão, pegou a de Aurora e a beijou e a Rainha sorriu.

-Isso também me lembra aquela nossa conversa. _Disse Aurora para o marido

-Claro! _ele sorriu e voltou seu olhar para a prima.

-S/n._Ele chamou e a mulher parou de levar o talher a boca e olhou para o primo.

-Sim?

-Aurora e eu estivemos conversando um pouco antes do jantar e concordamos com algo.

-Ah!..._S/n olhou para a rainha que estava sorrindo para ela e voltou seu olhar para o primo_-E o que seria?

-Bom, gostaríamos que ficasse permanetimente em Austed. Esse reino é tão seu quanto nosso e...

-Eu agradeço a oferta Phillip. _disse ela cortando a fala do Rei_-Há muitos anos Austed deixou de ser o meu lar e eu prometi a Merida que voltaria para DunBroch em uma semana.

-Mais você pertence à este reino!_Disse o Rei _-Você é minha família, minha irmã, sangue do meu sangue! E eu quero compensar tudo o que minha mãe lhe tirou.

-Infelizmente você não pode, Phillip. _a mulher suspirou tentando conter as lágrimas _-As únicas coisas que mais significavam para mim foi tirado, e você não pode traze-los de volta.

Todos entenderam do que S/n estava se referindo. Ela limpou a boca e arredou a cadeira para trás.

-Vou me retirar, com licença._Ela se colocou de pé enquanto todos a olhavam_- Foi um bom jantar. Boa noite.

Girando nos calcanhares, S/n deixou a sala rapidamente e caminhou para uma sacada para respirar aliviada. Ela havia se sentido sufocada desde que as memórias do passado dominaram sua mente, e agora com a proposta do primo, parecia que ela estava sendo esmagada pela realidade por estar de volta à Austed.

A mulher se encostou na sacada e olhou o horizonte que era iluminado pela luz do luar naquela noite estrelada.

Na sala de jantar, Aurora pedia um tempo para Phillip deixar a prima respirar. Malévola e Diaval deixaram a mesa em seguida, mais a fada falou que iria tentar conversar com S/n quando fosse possível. A fada se despediu após agradecer a ceia, e ela e seu fiel amigo sobrevoaram o castelo. Mais enquanto voava, Malévola viu a mulher em uma das sacadas. A fada decidiu que falaria com S/n naquele momento, então liberou Diaval para ir embora sem ela e logo repousou no solo caminhando lentamente até a sacada para ficar ao lado de S/n.

A mulher olhou para o céu estrelado e fechou os olhos sentindo a briza da noite lhe acalmar. Ela ainda não havia percebido a presença da fada ao seu lado.

Respirando fundo, S/n voltou a abrir os olhos e olhou para a direção da floresta, onde agora, além da lua, os vagalumes a iluminavam. Era uma bela vista.

-A visão é linda, não é?_Disse a fada finalmente revelando sua presença. S/n se arrepiou com a presença de Malévola ao seu lado e olhou para a fada respondendo a pergunta.

-É...lindo!

Malévola, que ainda não olhava para a mulher, abaixou a cabeça e encontrou seus olhos com os de S/n.

-Você precisa ver mais de perto.

S/n sorriu limpando uma discreta lágrima no canto do olho esquerdo.

-Eu gostaria muito.

Malévola acenou e ofereceu uma mão para ela.
S/n olhou para a mão oferecida e depois de volta para os olhos da fada.

-Venha comigo e confie em mim.

Sem esperar, S/n demonstrou sua confiança na fada. Ela juntou suas mãos e Malévola a puxou para seu corpo passando um braço na cintura da menor e logo levantou voou batendo suas asas e sobrevoando o céu. S/n deu um gritinho surpreso ao ver que estava longe do solo. Mais ela logo se acalmou deslumbrando da beleza diante de seus olhos. O lago negro refletia as árvores, a lua e as estrelas, assim como também refletia seu reflexo e o da fada. Malévola voou um pouco baixo para ser capaz de S/n tocar as pontas dos dedos na água e a mulher sorriu para este momento. Pouco tempo depois, a fada repousou no reino dos Moors em frente a nascente que Aurora costumava  frequentar quando ainda morava ali.




...












Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top