Demônios em Moors
A calmaria em Moors acabou quando perceberam a manta negra se aproximando pelo mar. Não demorou nada para os guerreiros da ilha mágica surgirem das árvores e das pedras. Dois dragões da água saíram de seu descanso para aguardar pelo mal agouro que estava vindo. A magia em Moors podia sentir a magia negra se aproximando. Um dos guerreiros árvore se aproximou mais da entrada da floresta, onde antigamente havia um muro de espinhos. De onde estava ele pode ver a escuridão que havia dominado o reino de Ulstead.
- Magia negra, rainha Aurora em perigo. - disse ele em sua língua natal para o guerreiro ao seu lado.
- Eu irei. - o guerreiro árvore se prontificou e não esperou uma resposta para atravessar a ponte que ligava Ulstead e Moors em direção a gritaria que escutava.
Os outros guerreiros que permaneceram, se equiparam para a iminente batalha. E não demorou até um dragão vermelho e laranja passar riscando o céu enegrecido pela magia proibida. Ele era quase brilhante como um pedaço do sol, os guerreiros árvore, que eram quase maioria na batalha, logo perceberam o perigo mortal que aquele monstro de fogo representava para eles. Mas eles possuíam sua arma secreta, caso não pudessem dar conta da criatura, libertariam sua própria criatura para lidar com aquilo.
- Atacaremos primeiro, teremos vantagem. - o guerreiro árvore definiu a estratégia. - Defender Moors nem que custe a vida. - todos bateram os pés em concordância.
O urro do dragão de fogo acima das cabeças deles fez com que toda atenção fosse redirecionada para lá, as armas que não passavam de troncos inteiros de árvores, foram reformadas atravéz da magia e agora possuíam pontas afiadas. O brilho do dragão serpenteava no céu, hora visível hora não. Eles precisavam esperar o animal pousar em terra para atacar, não valia a pena desperdiçar recursos tão valiosos providos pela natureza.
O primeiro ataque foi do dragão vermelho e laranja que passou a voar mais baixo, para proteger seus guerreiros algumas árvores se curvaram servindo de escudos para seus semelhantes humanóides. O fogo se iniciou em moors, a fumaça que possuía certo brilho subia até o manto de escuridão, e o dragão rosnou ainda mais alto dessa vez. Contrariada a criatura ousou voar mais baixo e lançou mais uma rajada de fogo contra seus oponentes e desta vez quem tomou a dianteira foram os guerreiros de pedra, montados em seus bisões de pedra, esses possuíam flores ao redor das orelhas.
Vendo mais uma de suas investidas sair frustrada o grande animal de fogo decidiu por pousar em terra, em seu ego inflado ele tinha a certeza de que mesmo que sofresse algum dano, não perderia a batalha para agora três árvores humanóides, duas minhocas de água e seis pedregulhos gigantes. Eram apenas material para destruição. A sua vitória seria gloriosa, ou foi o que o ser em forma de dragão acreditou.
Assim que o gigantesco animal pousou em terra os guerreiros de pedra logo lançaram suas afiadas lanças contra o animal, ele desviou das duas primeiras e de uma terceira, as outras três o acertaram com precisão em uma das asas. O buraco aberto naquela estrutura semi transparente fez o dragão se irritar ainda mais. O problema daquele ser é que ele não tinha medo. E é sempre o medo que nos faz vencer.
Outra rajada de fogo foi lançada contra seus oponentes, dessa vez mais forte e intensa, colocou em chamas a base de algumas árvores ao redor, podia se ouvir os gritos de dor das criaturas mágicas minúsculas habitantes desse locais, e também se podia ouvir a dor das árvores. Os três guerreiros árvore restantes se enfureceram com a atitude do dragão. Arremessaram suas lanças afiadas em direção ao grande animal e uma apenas acertou seu objetivo. A lança ficou cravada no que se parecia com o ombro esquerdo da criatura, essa urrou forte novamente.
Não era possível que aquelas criaturas bobas, que mais se pareciam com desenhos de pesadelos de crianças o estavam ferindo e o obrigando a acatar uma luta presencial. Cansado de manter sua forma animal a criatura invocada por Gilic e enviada a Moors tomou a forma mais humanóide. Sendo agora um gigante de três metros com um corpo escamoso e olhos reptilianos. Retirou sem demonstrar dor a lança de madeira de seu ombro e a arremessou contra os guerreiros de Moors. A lança acertou um dos guerreiros de pedra bem no meio de sua estrutura, fazendo a criatura explodir em luz e se tornar apenas um amontoado de pedras.
O grito de guerra se espalhou entre os guerreiros e sem esperar valentes criaturinhas de Moors se juntaram a batalha, eram pequenos e pareciam frágeis demais, mas não permitiriam que sua terra fosse tomada ou destruída por uma criatura tão impura como aquele demônio das trevas.
- Por Moors. - o grito foi uníssono. Dito por todos em varias línguas e tons diferentes.
O ser das trevas se assustou por dentro, não achou que as terras mágicas poderiam se defender mesmo sem uma líder ou protetora. Não era aquilo que o cruel Gilic o havia prometido. As criaturinhas e guerreiros avançaram contra ele. Agreas não demorou a se lançar contra os outros lançando mais fogo pela boca conseguiu atingir dois guerreiros árvore e derrubou mais um guerreiro pedra. Carbonizou no ato, muitas das pequenas criaturas que haviam acabado de chegar a batalha.
Moors sentiu dor por seus filhos, o demônio era poderoso, mas ela podia sentir o medo dentro dele. Era novo, mas estava alí. Os dragões de água, que se mantiveram afastados agora estavam usando suas rajadas de água para apagar o fogo que tentava dominar a floresta de Moors. O último guerreiro árvore que restou tomou a dianteira da luta, sem seus companheiros de nada valia viver, seria seu último ato.
Com toda coragem o ser humanóide correu em direção ao demônio, prevendo o ataque Agreas se surpreendeu quando o guerreiro arvore jogou sua lança no chão. O demônio riu, não era prudente um ser mais fraco querer derrota-lo na mão. Como forma de deboche Agreas fechou os olhos e preparou a garganta para mais uma rajada de fogo.
Foi uma ideia ruim tampar os olhos, pois dessa maneira ele não pode ver quando o dragão serpente da floresta emergiu a pedido da própria Moors, em apenas uma investida a criatura feita de raises e pedaços de árvore devorou o braço direito de Agreas, que abriu os olhos em surpresa para ver o sangue escuro que saia de seu ferimento. Um grito de dor e indignação abalou o chão de Moors. Enquanto isso o guerreiro árvore que estava já perto o suficiente transformou seu próprio braço em uma coisa pontiaguda e mortal.
Ele enfim selou a morte da criatura reptiliana. Agreas explodiu em fumaça e escuridão, e desapareceu no manto negro que cobria o céu. Os sobreviventes da batalha, comemoraram a vitória. Mesmo boa parte de Moors estando destruida ou ainda em chamas, eles tinham vencido.
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Foi suado, mas Moors venceu!
Ulstead ainda está em guerra, só esperamos que lá não tenham tantos feridos quanto os que houveram em Moors.
Daqui pra frente é só lágrimas e tristeza até Gilic cair ou vencer a batalha!
Deixe aquele comentário e aquela curtida maravilhosa.
Até o próximo!
♥️
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