As Tribos e Seus Chefes


Depois daquele desastroso - ou não - café da manhã Malévola preferiu manter sempre uma distância segura de Diaval quando ele estava em sua forma humana. Já que na forma de um corvo ele não era lá tão assustador. Depois que ela finalmente conseguiu acabar a sua maçã. Ele já estava a alguns bons minutos brincando com as crianças. Ele sempre teve muito jeito com elas. As meninas insistiram em ajeitar os cabelos compridos demais dele, e no fim Diaval estava com uma variedade linda de flores no cabelo. Além de uma trança que organizou toda sua cabeleira. Os meninos apenas contavam suas aventuras, e depois acabaram por travar uma luta de brincadeira contra o grande pássaro-homem - o nome de vilão que Diaval havia ganhado deles - que foi derrotado.

Quando ele e Malévola partiram voando daquela pequena área, o primeiro lugar que pousaram lhe trouxe alguns arrepios pela nuca. Ele não soube explicar o porquê. As estátuas mantidas ali, a coisa toda era um tanto sombria. O lugar era todo verdinho e Malévola não precisou dizer a Diaval que aquele era um lugar sagrado. O corvo sentiu o sopro arrepiante e ao mesmo tempo acolhedor em suas penas, podia jurar que era o mesmo sopro que sentia enquanto voava para encontrar Malévola.

Uma mulher com asas enormes e castanhas surgiu na entrada da gruta por detrás de um manto de folhas, era tão velha que se parecia com uma coruja, só que com chifres. Os olhos enormes e azuis como a água mais clara existente, pareciam ter notado Diaval antes mesmo de notar Malévola. Claro que a velha mulher já deve conhecer a fada, Diaval se sentiu um tolo ao lembrar que a maior parte desses dois anos após o casamento de Aurora, Malévola tinha passado ali.
- Então você é o protetor da grande filha da fênix? - a voz era arranhada apesar de ainda ter sua feminilidade.
- Eu sou Diaval, sou somente um servo. Minha senhora não precisa de um protetor. Não sendo o ser mais poderoso e lindo que eu já vi. - Diaval falou dando um beijo cortez na mão da velha mulher.
- É um galanteador nato. - a velha sorriu olhando a fada logo atrás revirar os olhos para o homem-corvo. - Acredite em mim quando digo que ela se sente mais segura com você aqui. - a mulher segredou baixo para Diaval. - Sou Nazca, a anciã. - ela enfim apresentou-se.
- É um prazer conhecer a senhora. - o homem-corvo sorriu olhando ao redor.
- Será que ela deixaria você ficar se eu desse um dos meus pássaros pra ela? - a anciã brincou fazendo Diaval sorrir sem graça.
- Você me devolveria ele em dois dias, não sabe o quando ele pode ser irritante e inconveniente. - Malévola se pronunciou enfim.
- É acho que sim. - Nazca sorriu para a fada. - Que tal se formos conhecer a tribo da neve primeiro? Um chefe mais sábio e amistoso como Udo é um bom começo. - Malévola e Diaval acenaram positivo com a cabeça. Quando Nazca saiu voando Malévola transformou Diaval de volta e saíram logo atrás da outra.

Diaval observava tudo quanto seus olhos podiam enquanto voava mais atrás das duas mulheres. Os ninhos espalhados pela grande gruta daquela montanha eram lindos. Cada um com suas particularidades. As outras fadas olhavam Malévola com admiração, às crianças estavam mais ocupadas em observar ele, será que era tão incomum assim um corvo? Diaval ousou grasnar para uma das crianças e a risada que ganhou fez seu dia, o fez lembrar de Aurora. Já estava sentindo falta da sua criança - mesmo ela já não sendo mais tão criança assim.

A visão de longe da tribo do gelo era magnífica, parecia um continente contido naquele espaço limitado. Udo, Diaval reconheceu de longe, estava de pé ao lado de uma outra fada. Essa era tão parecida com o homem quanto poderia, a única diferença era os traços vermelhos nas asas. Udo acenou com a cabeça quando os três pousaram em suas terras, Malévola e Nazca ganharam um sorriso mais galante, já Diaval ganhou um mais amigável.

- Aid mob. - a fada que estava com Udo falou e sorriu. - Sodniv meb majes. - ela continuou naquela língua desconhecida. - Aduas so oleg ed obirt a.* - um coro de Uh Uh foi ouvido e Diaval sentiu a energia que vinha deles. Ele podia até não ter entendido uma palavra se quer, mas sabia que ali havia muito respeito. Malévola teve a mesma sensação que da primeira vez que fora saudada, era emocionante.

O homem-corvo foi apresentado ao lugar onde os ninhos ficavam, era muito, muito frio ali. Diaval não suportaria estar ali se Malévola não tivesse usando sua magia para mantê-lo aquecido. Ele podia sentir a magia da fada por todo seu corpo. Nazca caminhava logo atrás deles enquanto Udo apresentava sua tribo. A mulher que estava com ele, Ária, era sua irmã. E estava aprendendo a língua inglesa ainda. Diaval pegou a fada olhando para ele mais vezes que o necessário e não conseguiu impedir suas bochechas de corar quando ganhou um beijo no rosto de despedida. Udo se desculpou pela atitude da mais nova. Diaval não viu problema em desculpar a menina. Apenas Nazca foi testemunha do brilho de ciúmes nos olhos da filha da fênix.

Malévola foi a primeira a levantar vôo quando Nazca propôs a tribo do deserto como próxima parada, e transformou Diaval novamente em corvo o mais rápido possível. Corvo insolente - ela pensou - dando trela a mocinhas desinformadas, como ele ousava? Malévola estava irritada, e não conseguia admitir o porquê nem para si mesma.

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É uma ciumeira atrás da outra...

A parte marcada com um * significa: - Bom dia, sejam bem vindos. A tribo de gelo os saúda. (Não é língua específico, eu que inventei e nada mais é do que as palavras de trás para frente) 😌

Então a toda poderosa está com ciúme? Quem também ficaria?

Fazer o que né, se ela não assumir o boy, alguém vai.
Bom, deixem seus comentários e aquele like para fortalecer a gang hein.

Até o próximo!

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