[Arquivo original - Sem Revisão]

------------------------------------------------------------

Depois de colocar minha roupa cheguei na sala e vi que os irmãos conversaram animadamente, deixa eu reformular, três Aandreozzi conversavam animadamente um com o outro e o mais velho continuava sério e balançando a cabeça confirmando alguma coisa que não faço ideia sobre o que é, já que os espertalhões estão falando na sua língua nativa. Sinto que vai ser sempre assim, quando eles não quiserem que eu não entenda alguma coisa vão falar em italiano, como eu não sou besta nem nada vou começar a fazer algum curso online. YouTube é vida! Deve ter algum curso de italiano lá com certeza.

- Está pronto? Então vamos andando. - Disse Filippo ao perceber minha presença.

- Foi muito bom conhecê-lo Luti, espero que não tenhamos o assustado. - Disse Enzo vindo se despedir com um abraço.

- Foi bom conhecer vocês também, pode ter certeza disso. - Falei com um sorriso pequeno.

- Sei que eu sou o irmão mais bonito e quando enjoar desse aí pode me procurar. - Falou Lucca recebendo um soco de Filippo. - Retiro o que disse, está bom assim irmão? - Diz esfregando o local.

- Ainda bem que você se tocou sem eu precisar fazer nada. - Disse Filippo impassível me fazendo olhar incrédulo para ele.

- Vamos nos ver em breve coiato. - Disse Luna me abraçando. - Faça meu irmão feliz, ele mais que ninguém merece um pouco disso. - Disse ela sussurrando no meu ouvido e assenti com a cabeça.

Fiquei abismado ao passar por uma porta e perceber que era um elevador particular, tudo isso é tão estranho. Descemos e lá estava um homem alto e loiro com uma cara de mau, Filippo me apresentou ele e descobrir que seu nome é Elijah e é o segurança particular dele. Elijah estava ao lado de um Bugatti preto muito foda, olhei para Filippo que indicou que eu entrasse no carro e assim fiz.

- Oh cara! Nunca achei que um dia entraria em um desses. - Disse empolgado sorrindo como uma criança que vai ao parque pela primeira vez.

- Você gosta do carro Bello? Gostaria de um desses. - Perguntou Filippo

- Fala sério Filippo! Quem em sã consciência não iria querer um carro desses. - Falei e ele confirmou com o pensamento longe. - Minha paixão é motocicleta, trabalho muito duro para quitar a minha belezinha que está em casa. - Falei e ele me olhou de cara feia.

- Não acho uma motocicleta muito seguro Bello. Acho que deveria repensar isso. - Disse ele e eu fiz uma careta.

- Você falando assim parece minha tia. Eu sou ótimo em uma moto. - Falei com convicção.

- Eu nunca lhe daria uma moto, um carro sim! Mas moto não. - Falou e eu arregalei os olhos.

- Nem pense em querer me dar alguma coisa Filippo, nem pense em uma coisa dessas. Sério mesmo! - Falei nervoso.

- Depois falamos sobre o que eu não posso fazer. Agora se eu vou lhe dar ouvidos eu não sei.

- Limites Filippo! Conhece o que é isso? - Perguntei e ele me olhou confuso. - Oh não! Só não faça isso, estou te avisando. - Disse apavorado e quando parou em um sinal ele me deu um beijo rápido.

- Não prometo nada Bello, não prometo nada. - Disse com um pequeno sorriso formando no canto da boca.

Como o trânsito está uma lentidão dos infernos, dei um de intrometido e fui mexendo no som do carro, fiquei indignado por Filippo não ter nenhuma música no carro. Quando eu perguntei ele disse que nunca foi de ouvir música, que prefere o silêncio não disse nada, balancei a cabeça negativamente. Comecei a olhar as estações de rádio e achei uma ideal para o momento Tiago Iorc - Amei te ver e comecei a cantar.

Ah, e sai sem eu dizer

O tanto que eu gosto

Me desmancho quando encosto em você, êh iêh êh...

Vi pelo canto do olho Filippo me olhando atentamente e nem liguei e continuei a cantar.

O coração dispara

Tropeça, quase para

Me encaixo no teu cheiro

E ali me deixo inteiro

Eu amei te ver

Eu amei te ver...

Quando dei conta já estávamos na frente de minha casa, aí foi a parte mais difícil para mim. Comecei a pensar que isso não iria mais acontecer e que eu vou sofrer se ele me disser que não quer mais me ver, que tudo não passou de uma brincadeira entre ele e os irmãos. É isso! Acho que ele se tocou que não está interessado que foi só um momento louco. Minhas mãos estão suando e eu estou nervoso. Sim! Muito nervoso. Não quero que ele diga que não me quer mais.

- Bello? - Me chamou e olhei para ele aflito. - O que foi? Te chamei e você estava ao distante.

- Não foi nada. Então é isso, vou entrar! - Falei rápido esperando ele abrir a porta. Por que esses carros fodas têm que ser assim? Sinto falta das portas de antigamente.

- Ecco che arriva bello. - Disse e o olhei sem entender. Filippo repetiu traduzido. - Vem aqui Bello. - Me aproximei e ele me beijo, me afastei assustado pensando que alguém pudesse ver. - Oh pare com isso! Se acostume Luiz Otávio. Com esse vidro é impossível alguém ver alguma coisa aqui dentro. - E com isso ele me beijou novamente.

- Tudo bem, agora acho que posso entrar. - Disse tirando os pensamentos loucos da cabeça.

- Mais tarde eu te ligo para saber como está, mas vai ser depois do treino com meus irmãos. - Disse treino e eu olhei estranho para ele. - Isso! Treinamento de tiro, lutas com os seguranças, essas coisas. - Falou como se não falasse nada demais.

- Como assim vocês usam armas? Todos vocês!

- Claro que sim Bello! Te disse que a vida da nossa família não é normal, todos nós treinamos muito. - Disse e mexeu em alguma coisa no porta luvas. - Aqui olhe! - Ele tirou de lá uma pistola automática toda negra, muito linda. Olhei ela e percebi que embaixo do cabo tem um desenho em forma de brasão, passei o dedo distraidamente. - Essa arma cada um da família tem, esse é o presente de nosso pai que cada um recebeu.

- Nossa ela é muito linda! - Falei com admiração.

- Sim ela é, sei que você ainda não entendi o que eu digo, mas em breve eu vou te contar tudo. Só não agora, tudo bem? - Disse com a voz grossa e intimidade. - Agora vai Bello!

Dei o último beijo nele e sair do carro. Entrei em casa e logo sentir o cheirinho gostoso de comida, percebi que estava com fome pois minha barriga roncou vergonhosamente. Na cozinha fui recebido pela carranca nada amistosa de Tia Amélia, ignorei a cara feia e lhe dei um beijo na bochecha.

- Olha aqui moleque eu vou te falar uma vez só. Quando você for passar a noite fora de casa avise, pois eu fiquei aqui morrendo de preocupação. O que ajudou a me tranquilizar foi Paulo dizendo que você naturalmente arranjou uma menina na festa e foi passar a noite com ela. - Disse minha tia muito irritada.

- Olha tia eu... eu... - Não conseguir falar nada e só abaixei a cabeça.

- Ainda tenho esperança de ver você namorar com a Ângela, acho que vocês fariam um par muito lindo, mas não posso impedir de você se divertir. - Falou voltando a mexer na panela.

- Já disse pra senhora esquecer isso! Ângela é só minha amiga e não será mais que isso. - Falei irritado com esse assunto.

- Que seja, mas eu gosto dessa menina. - Falou dando de ombros.

- Eu também gosto dela assim como ela gosta de mim, mas como amigos e nada mais!

- Vai tomar um banho para almoçar a comida está quase pronta.

Sair da cozinha e fui no meu quarto pegar a toalha. No banho foi impossível não pensar em Filippo, não sei até onde isso tudo vai, mas eu quero muito saber. Os irmãos dele são pessoas muito leais e protetores pude perceber que essa característica se encaixa em Filippo também. Ao lembrar dos nossos beijos fez com que um sorriso involuntário surgisse no meu rosto. Balancei a cabeça para tirar tais pensamentos da cabeça.

O almoço com minha tia foi como sempre bom, mas cada vez que ela me perguntava sobre a noite de ontem eu mudava de assunto. Até que ela viu que não sairia nada de mim e mudou de assunto. Ao cair da tarde, Paulo chegou para buscar minha tia para sair e quando ele me viu lançou um sorriso estranho que fez meu corpo estremecer desconfortável, o ignorei e liguei para Beto e Ângela para conversar sobre ontem, enquanto espero por eles coloquei um filme para assistir. Não demorou muito tempo eles chegaram.

- E aí pessoal, como vocês estão? - Perguntei depois de abraçar os dois e eles me lançaram um olhar debochado.

- Colé mano! Sem enrolação, conta logo o que está acontecendo. E não vai me dizer que não é nada senão eu paro de falar contigo. - Disse Beto sentando no sofá emburrado.

- Deixa de ser um jumento Beto! Fale se você se sentir à vontade Luti. - Disse Ângela me confortando.

- Tudo bem vocês querem saber o que está acontecendo?

- Acho que foi por isso que nós viemos aqui. - Disse Beto

- Eu acho que... acho não tenho certeza que sou gay! - Disse e abaixei minha cabeça esperando Beto ou Angel falar alguma coisa.

- Sim e daí! Isso eu já estava quase certo que você era. - Disse Beto e eu levantei em um pulo do sofá.

- Como assim você já tinha quase certeza? Eu nunca demorei gostar se homens. - Disse atordoado.

- E você também nunca demonstrou muito interesse em mulher também Luti, quase nunca teve iniciativa em fica com mina nenhuma. E não vem me falar que é tímido que isso não vai colar comigo. - Disse Beto e não tive como negar.

- E daí se você é gay ou não! Eu sou lésbica, o que isso tem demais? - Perguntou Ângela com desdém.

- O QUE?! - Gritou eu e Beto ao mesmo tempo.

- Sim, estava esperando um tempo para contar, mas com a revelação de Luti tive que falar também. E nossa isso é um alívio! - Falou minha amiga sorrindo.

- Caralho! Eu não fazia ideia... Oh porra! Por que não pegou ninguém ontem? Seria minha fantasia de pivete. - Falou Beto e eu e Ângela fizemos cara de nojo.

- Sim, deixa esse nojento de mente suja para lá. E me conta o que tá rolando entre você e aquele homem lindo com cara de mau? - Perguntou Angel.

- Não sei te dizer com exatidão, mas acho que me apaixonei por ele. - Falei e Beto e Ângela olharam para mim impressionados.

- Não sou ninguém para dizer quem você deve ou não gostar, mas espero que você não se decepcione. - Falou Ângela amavelmente.

- Se por algum acaso esse ricaço filho de uma mãe aprontar com você eu acabo com ele. - Falou Beto sério, fazendo eu rir - Agora vamos deixar de conversa e coloca um filme novo aí pra gente assistir, por que vou te contar meu filho, esse filme aí é horrível.

- Eu trouxe todos os filmes de Anjos da noite, aí podemos assistir tudo de vez e como saiu o mais novo no cinema podemos ir depois. - Disse Ângela e eu me animei, pois eu gosto dessa saga.

- Que filme é esse que eu nunca vi. - Disse Beto

- Não acredito nisso Beto! Haa.. Mais você vai assistir agora. Coloca aí Luti.

E assim fiz coloquei o filme é começamos a assistir e como eu já imaginava Beto gostou muito e ficou reclamando que eu nunca mostrei esse filme a ele. Depois de um tempo levantei para fazer pipoca e deixei os dois assistindo/brigando na sala, brigando por que Beto fica toda hora perguntando alguma coisa e Ângela não fala nada, isso me faz rir demais, pois Beto começou a chamá-la de Malvadona.

Quando estávamos colocando o terceiro filme, tia Amélia chegou e se juntou a gente, mais tarde ouvi meu telefone tocar lá do quarto. Corri para ver quem era e me assustei ao ver que tinha várias ligações perdidas desse mesmo número desconhecido, tinha algumas mensagens dizendo: Você está aí? Por que não atende? Aconteceu alguma coisa? Bello fala comigo? LUIZ OTÁVIO ATENDE ESSA PORRA?!

Não perdi mais tempo e liguei para o número que tenho certeza de quem já seja.

- Bello você está bem? Aconteceu alguma coisa? Eu liguei e você não atendeu, por que? Fale alguma coisa Luiz Otávio! - Ouvir a voz rouca em um tom de desespero.

- Calma eu estou bem, estive em casa desde o momento que você me deixou aqui, não sair para lugar nenhum. Aconteceu alguma coisa? - Perguntei calmamente.

- Claro que aconteceu, passei um bom tempo ligando e mandando mensagem pra você e nada. - Disse como se estivesse se controlando.

- Por que você achou que aconteceu alguma coisa? - Perguntei curioso.

- Não! Deixe isso pra lá. Você está bem mesmo?

- Sim, estava assistindo filme com Beto e Ângela. - Disse sorrindo.

- Não sei se eu gosto muito disso, só por você está com outras pessoas e não ser eu, sinto uma coisa estranha. - Falou Filippo confuso.

- Isso se chama ciúmes sem cabimento algum irmão. - Gritou algum irmão Aandreozzi só que não consegui identificar quem.

- Que inferno você está fazendo aqui Lucca? E ainda ouvindo minha conversa. - Disse Filippo muito irritado.

- Finja que eu não estou aqui e continue o que você está fazendo. - Ouvir de longe a voz de Lucca.

- Saia daqui. AGORA! - Gritou e eu afastei o celular do ouvido.

- Desculpe por isso Bello, mas é impossível não se irritar.

- Eu entendo, não se preocupa à toa, eu estou bem. Quando vou te ver? - Perguntei sem graça.

- Breve, muito breve. - Disse e eu ouvir Beto me chamar para voltar o filme.

- Deixe-me ir, pois se você ouviu o povo já está me chamando.

- Vai! Não fique mais sem o celular, va bene?

- Sim senhor Aandreozzi. - Falei sorrindo e ouvir um resmungar.

- Não me provoque Bello, é só um aviso.

- Certo! Boa noite Filippo!

- Buona notte e dormire bene! - Falou e dessa vez eu acho que entendi.

Desliguei o celular e fiquei um bom tempo tentando entender o porquê do desespero de Filippo por eu não ter atendido o telefone antes. Voltei para sala ainda pensativo e sentei do lado de minha tia que ficou me olhando estranho. Voltei a atenção para o filme, mas sempre minha mente viajava para outro lugar. Depois que todos os filmes terminaram, Beto e Ângela foram embora, como estava tarde dei boa noite a minha tia e fui dormir. Ao cair na cama apaguei de vez.

Acordei no dia seguinte com uma preguiça terrível com o meu corpo sem vontade nenhuma de sair do conforto, levantei fui tomar um banho para ver se reajo, tomei meu café na maior paciência e quando estava sentado assistindo algum programa chato de dia de domingo vi Paulo sentar ao meu lado no sofá, fingir que ele não existia e voltei minha atenção ao programa chato, percebi que esse sujeito ficava olhando para mim e isso já estava me incomodando. Deixei Paulo no sofá e fui para meu quarto separar minha roupa para ir trabalhar.

Quando deu meu horário para o trabalho, me arrumei, tirei minha moto e fui para o restaurante. Me arrumei no vestiário masculino e fui direto para a cozinha, lá já estava todos os cozinheiros ajeitando a cozinha para a noite.

- Luti chegue aqui! - Gritou o Chefe.

- Algum problema chefe? - Perguntei curioso com sua empolgação.

- Luti eu quero que você atenda muito bem a mesa 8 hoje, não quero erros. O serviço tem que ser impecável. - Falou seriamente e eu entendi muito bem.

- Sem problemas chefe, deixarei Analú sobre aviso que assim que a pessoa da mesa 8 aparecer para que a mesma me informe como sempre. - Falei profissionalmente.

- Por isso que eu gosto de você. Sua eficiência é divina, lembre-se que não quero erro.

Assenti com a cabeça e sair para arrumar o salão para a abertura do restaurante, terminei de arrumar tudo quando já estava em cima do horário para abrir. Quando o restaurante abriu comecei a atender as mesas, mas tenho que dizer que hoje eu não estou com disposição para muita coisa, acho que vou ficar doente e isso não é uma coisa muito agradável. Em determinado horário Analú chegou me chamando que o pessoal já tinha chegado, então peguei as coisas e sair para atender a mesa Marco colocou uma pressão da porra.

Ao chegar no salão e olhar em direção à mesa 8, eu quase voltei correndo para a cozinha. Lá estavam os 4 Aandreozzi sentado conversando como se tudo fosse simples e a vida fosse um poço das maravilhas, respirei fundo e seguir para fazer o meu trabalho. Assim que me viram chegar os 3 irmãos me olharam com um sorriso no rosto e Filippo continuou com sua cara séria de sempre.

- Boa noite senhores. Bem-vindos ao Benedetti! O que vão querer? - Perguntei com o meu melhor sorriso profissional, mas fui surpreendido com Luna que levantou da cadeira e veio me abraçar.

- Você fica tão lindo de modo garçom coniato! Queremos que se sente conosco para jantar. - Disse Luna sorrindo lindamente.

- Eu não posso estou no meu horário de trabalho. - Falei nervoso olhando para todos os lados e vendo que muita gente estava olhando a cena.

- Claro que você pode Bello, basta querer e eu resolvo isso em um minutinho. - Disse Filippo em um tom de empresário me causando calafrios.

Não sei que inferno eles vieram fazer aqui, mas de uma coisa tenho certeza é que se eles continuarem com isso vou perder meu emprego. 

--------------------------------------------------------------------------

Haaaaaaaaa... Hoje estou impossivel!! 

Daqui a pouco sai o capitulo 11..

Estão gostando? Votem e comentem para tia Bia ficar feliz!!

Amo vocês!