• Prólogo •







Maria Júlia


Acordo com gritos da Marta pedindo socorro pulo rapidamente da cama e olho para meus irmãos assustada, eu sempre soube que esse momento iria chegar eu só não sabia que ia ser assim, tão cedo .

— Edu e Eliza não sai desse quarto por nada . — Falei e beijei a cabeça deles . — Edu você vai fica com a chave se você escutar eu mandando vocês correr, você pula a janela junto com a Eliza e pede socorro para os meninos da boca, não olhe para trás por favor, só corra o mais rápido que puder . — Beijei a cabeça deles e dei a chave pro Edu fecha a porta .

Saí do quarto e esperei ele tranca a porta, quando ele tranca a porta eu corro até a sala  encontrando a Marta com uma faca na mão e o Marcos tentando avança nela .

— Marcos sai dessa casa, deixa a gente em paz . — Gritei e ele se virou pra mim, com um sorriso de deboche nojento .

— Olha se não é a minha filhinha bastarda, veio vê eu mata sua mamãe, eh ? — Gelei com suas palavras, eu nunca vou entender o porquê de tanto ódio por mim e pela minha mãe .

— Tu não vai mata ninguém aqui não comédia . — Um menino entrou falando e logo atrás dele mais uns quatro homens armado .

Corri e abracei a Marta que nem se quer retribuiu o abraço, os meninos fizeram Marcos ajoelhar, o loiro que entrou falando veio até mim .

— O mina o que tá acontecendo aqui, maior gritaria pô . — Falou me olhando sério .

— Esse homem ele é meu pai, ele invadiu a minha casa porque ele quer mata a minha mãe ele não aceita a separação, a gente já foge das ameaças dele a um tempo só que agora esse lixo encontrou a gente, por favor não deixa ele fazer nada comigo e nem com meus irmão . — Falei soluçando de chorar, tentando me manter o mais calma possível .

— Pô mina maior sufoco tu passa, e tu nem pra ir na boca passa essa fita pra nós e pedi ajuda . — Sorri nervosa .

— Me desculpa, eu cheguei aqui a pouco tempo e não sei como isso funciona, eu só queria fica de boa aqui quietinha, só que esse monstro acho a gente  . — Ele me olhou sério e falou .

— Vamos ali, eu preciso fala com você  . — Ele falou e assenti, andei até o corredor dos quartos lembrando dos meus irmãos, bati na porta .

— Edu sou eu, pode abrir . — Ele rapidamente destrancou a porta e pulo em cima de mim me abraçando fortemente e enterrou o rosto no meu pescoço, seu choro é silencioso eu só percebi porque senti meu pescoço molhando procurei a Eliza e vi ela sentada na cama toda chorosa. — Shiu eu estou bem, calma Edu . — Andei até a Eliza e peguei ela no colo, ela não fala nada só chora e eu tento ao máximo deixa ela calma   .

— Ei lindona, fica calma ele nunca mais vai fazer nada com você, vocês têm minha palavra . — Olho o loiro na minha frente, com a carinha de preocupado .— Qual o seu nome . — Perguntei arrumando a Eliza no meu colo .

— Meu nome é Erick, tenta fica calma ae, me passa essa fita deis do começo . — Suspirei .

— Me chamo Maria Julia, tenho 15 anos fugi de São Paulo porquê aquele loco queria mata minha mãe e eu, então eu vim pro Rio de Janeiro eu não sei como ele descobriu que estamos aqui, mais eu te suplico não deixa ele fazer nada com meus irmãos e nem com a minha mãe, ele é loco um viciado que não aceita a separação . — Ele ficou em silêncio e falou .

— Tu tá ligada, que a as leis da favela é a morte pra um homem que nem teu pai né ? Teu pai vai morrer e eu não vou ter pena . — Meu coração apertou .

— Não tem outro jeito ? Eu não queria esse final pra ele . — Ele balançou a cabeça em sinal negativo .

— Ele vai morrer ! — Falou sério .

— Tudo bem, eu entendo . — Falei . — Eu só não quero saber como vai ser feito, ele sabia dos riscos quando veio aqui . — Falei e ele pegou o radinho da cintura .

— D2 pega o cara e leva na japa, fala que não é pra deixa resquícios. — Falou me olhando nos olhos, a resposta foi logo imediata .

— Pdp patrão . —Falou e logo sem seguida escutei os gritos do Marcos pedindo clemência, tapei o ouvido da Eliza, um menino moreno de cara fechada apareceu no corredor com um envelope amarelo grande na mão .

— Erick a mulher lá em baixo, saiu andando e deixou isso pra mina ai .— Falou e me entregou o envelope, abrir rapidamente e dentro tem uma carta e dinheiro, peguei a carta e comecei a ler em voz alta . — Filha talvez um dia você me perdoe, ou talvez você me odeie para sempre só entenda meu lado, por favor cuide dos seus irmãos eu deixei a guarda de vocês com a sua avó, logo sua avó vai chegar e te explicar tudo . PS - Não me procure, preciso de um tempo pra mim .

Fiquei tão abalada quando terminei de ler a carta que quase desmaiei, a sorte foi que Erick pegou a Eliza no colo e o Edu me segurou, Eliza acabou se assustando e começou a chorar peguei ela do colo do Erick e comecei a ninar ela que logo caiu no sono, coitada não dorme direito a dias com febre alta. Levei Eliza até a cama e deixei ela deitada com o ventilador ligado, sai do quarto e fechei a porta. Foi quando o Edu começou a gritar me assustando eu nunca vi ele tão mal como agora .

— ELA PRECISA DE UM TEMPO PRA ELA , UM TEMPO ? E EU ? A ELIZA É SÓ UMA CRIANÇA  CARALHO . — O Edu explodiu fazendo varias perguntas, eu não tenho resposta nem sequer estou conseguindo pensar .

— Calma aí caralho, tu tá deixando tua irmã mas bolada ainda a mina tá mais branca que papel . — Do nada escuto uma gritaria vindo da sala a voz da minha vó da pra escuta de longe .

— EU QUERO SABER ONDE TÁ MINHA NETA SEUS GRANDALHÕES . — Dona Elena sempre, causando .

— Vó to aqui no corredor, vem aqui . — Falei de cabeça baixa encostada na parede .

Edu correu pra abraçar vovó e eu fiquei parada pensando em tudo, senti as mãos de vovó levantar meu rosto .

— Calma minha menina, eu não vou abandonar vocês, tenha calma que tudo vai da tudo certo ! — Balancei a cabeça negando .

— Como calma vó ? Tenho que paga o aluguel dessa casa, compra comida e roupa para as crianças, de onde que eu vou tira dinheiro ? — Falei mais pra mim do que pra minha vó .

— Eu sou aposentada minha vida, vamos da um jeito . — Balancei a cabeça negando  .

— Seu aposento só paga o aluguel e mal vai da pra comprar comida vó, imagina a conta de água e luz eu vou para de estudar e procura um emprego . — Falei passando a mão no rosto .

— Ninguém aqui vai para de estudar nega, eu vou ajudar vocês pô, vou deixa vocês na mão não . —  O Erick falou .

— Eu não vou deixa você desistir dos seus sonhos, vai estudar sim eu e o meu mano vamo te ajudar pô KO nenhum . — O moreno falou e Erick sorriu de lado e disse .

— Pdp, tem que para de estudar não . — Acabei dando risada .

— Eu não sei como agradecer . — Falei sorrindo, porém abalada com a situação

— Eu já passei por isso, foi assim que eu perdi minha coroa, minha infância e entrei no mundo do crime, sem escolha ou eu trava ou morria de fome e sozinho, não vou deixa você passa pelo mesmo que eu !

— Obrigado !

— Fé ai morena . — Falou fazendo uns sinal estranho com a mão .

E foi aí que a minha história começou, e eu descobrir que nada acontece por acasos tudo está escrito !

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