Capítulo 11
Não queria ficar pensando nas mágoas e na raiva que sentia e, de qualquer forma, não poderia, tinha trabalho a fazer. Sabia que precisava encontrar o que quer que fosse o objeto que a quimera indicou, antes que Ária enlouquecesse de vez. Mas de que maneira encontraria algo, se nem sabia ao certo o que estava procurando?
Poderia ser qualquer coisa: uma agulha, um lençol, um travesseiro, uma roupa, um objeto comum que talvez fosse mágico.... Já havia revirado tanto o quarto que parecia que um animal selvagem passou por ali e destruiu tudo. Revirei gavetas, os armários, a penteadeira, o guarda roupa, o banheiro, as caixas que encontrei debaixo da cama, o próprio colchão da cama, as cômodas... nada que estava ali parecia poder ajudar. E se não achasse logo, a louca agora seria eu!
— Alessia? Está tudo bem? — Camilla entrou no quarto, seguida por Cameron, Noah e Julie.
— Estou bem. — Tinha me acostumado a dizer que estava bem para qualquer pergunta que fizessem, o que não ajudava muito e deixava meus amigos ainda mais preocupados. — Só não consegui achar nada ainda.
— Alessia... já parou para pensar que o animal pode ter mentido? — Cameron começou a recolher algumas coisas do chão.
— Ele não mentiu. — Noah lançou lhe um olhar sério antes mesmo que pudesse dizer alguma coisa. — A Natureza, meu Poder, me avisou que aquela criatura não mentia. Alessia e Julie têm o Poder da Alma, sentiram se dizia a verdade ou não?
— Não consegui reparar Lewis, estava preocupada com Alessia. — Julie parecia incomodada.
— Senti que dizia a verdade. Estava na cabeça dele! Uma conexão telepática ou algo do tipo, como a que tenho com as Sombras, e dizia a verdade.
— Ouviram? Confio no seu julgamento. — Noah sorriu decididamente.
— Espera um minuto! Vocês dois estavam com ela? — Cameron olhou de um para o outro.
— Nós estávamos. Pediu nossa ajuda e nós a seguimos. — Ignorou o olhar de censura de Cameron.
— Ajudaram a fugir do castelo de novo? — Cameron parecia irritado.
— Ela não fugiu. É uma pessoa livre, lembra? — Retrucou Noah. — E nós não a ajudamos a sair do castelo, ela saiu sozinha e foi atrás de nós.
— E como foi que passou pelos feitiços e pelos guerreiros de Leon sem ser vista? — Cameron ainda olhava para Noah.
— O manto. — Julie se intrometeu na conversa. — Aquela capa estranha que o Mestre das Sombras usava o tempo todo para protegê-lo de olhares. Deve ser encantada e Alessia estava usando quando saiu do castelo.
— Isso é bobagem! Usei o poder das Sombras! — Disse, irritada com toda essa investigação.
— Os feitiços que protegem o castelo teriam detectado o uso do Poder, Alessia! — Cameron estava um pouco mais alterado que o de costume.
— Ah... eu não sabia..., mas para que o castelo está sendo protegido assim?
— Por que o seu... digo, porque o Mestre das Sombras nos ajudou a fazer o feitiço de proteção na ilha, e como estava do lado de Leslie... bem, pode entrar aqui se quiser e nos atacar. — Explicou Camilla, mais calmamente do que Cameron seria capaz de fazer no momento.
— Então não seria certo proteger a vila toda? Ou melhor, a ilha toda? Há pessoas inocentes fora dos muros! — Lancei a todos um olhar questionador.
— Não tem como proteger a ilha toda de novo. Seria como fazer outro feitiço de proteção, mas não podemos fazê-lo se o antigo não for quebrado. — Cameron usava um tom de voz cansado.
— E por que não quebram o antigo e fazem um novo? — Minha voz soou indignada.
— Pior do que fazer o feitiço é quebrá-lo, Alessia. A única maneira de quebrar um feitiço desses é se você matar a pessoa que o comandou, ou seja, Ária e Ivan. — Camilla deu um sorriso triste.
— Sinto muito... — e baixei o olhar para o chão. — Sinto muito por tê-lo trazido conosco! Eu pensei... achei que tivesse mudado! Ele tinha que me matar lá em Fantasy, mas não fez isso e ainda ajudou a salvar o Ethan! Eu... era tudo parte do planinho dele, não era?
— Não se culpe por isso, Alessia. — Camilla me abraçou e sentou comigo na cama. — Todos cometem erros.
— É normal nos enganarmos. — Julie me olhava com pena.
— Não quando você se engana três vezes com a mesma coisa. — Senti a raiva ferver meu sangue outra vez e transparecer em minha voz.
— Você só deu a quem não merecia uma chance a mais. — Cameron comentou como se fosse algo simples e perdoável.
— E por esse motivo agora a ilha toda e as pessoas que fugiram conosco estão em perigo! — Estava com raiva de mim mesma por ter sido tão tola.
— Nós vamos dar um jeito. — Disse Noah, que estivera quieto até então. — Sempre damos um jeito.
— Sim! Vamos reunir o nosso antigo grupo outra vez e trabalharemos para proteger a ilha! — Julie se esforçou para parecer mais animada. Tentei sorrir.
— Obrigada... de verdade. — Sorri e os chamei para um abraço em grupo.
Talvez estivesse carente demais, mas tive que abraçar meus amigos um a um depois disso. Eram a minha família agora e mesmo que os colocasse em perigo o tempo todo, ainda me amavam e tentavam me fazer melhorar.
"Você ainda tem pessoas que a amam e jamais a enganariam. Talvez tenham omitido de você alguns fatos, mas isso foi apenas para o seu bem. Jamais pensaram em te ferir ou prejudicar com isso." A voz das Sombras estava novamente em minha mente e desejei poder abraçar meu Poder também. Já haviam me tirado de muitas situações perigosas, conversaram comigo quando precisava conversar, me aconselharam e me ajudaram em momentos difíceis.... Também faziam parte da minha nova família.
"Ficamos felizes por você nos considerar dessa forma."
"Fico feliz por terem me escolhido como sua nova mestra."
— Vamos continuar nossa busca, então? — Julie me tirou da conversa telepática.
— Sim. – Mas não adianta todos ficarem aqui procurando. Julie, você pode ir com Cameron atrás dos outros integrantes do nosso antigo grupo? Acrescentem Cristian e Dahlie.
— Certo. — Disse animada e imediatamente seguiu até a porta.
— Preferia ficar e ajudar. — Cameron estava relutante, mas Julie o puxou pelo braço e o arrastou para fora do quarto.
— Já olhou em todos os lugares mesmo, Alessia? — Camilla levantou e tirou uma pilha de roupas do chão. — Acho melhor irmos arrumando isso. Como pretende achar alguma coisa nessa bagunça?
— Concordo com a Milla. Vamos arrumando isso e procurando ao mesmo tempo.
Concordei e comecei a recolher os sapatos que havia jogado no chão. Demoramos um bom tempo para colocar as coisas no lugar e ainda faltava colocar boa parte das roupas de volta no guarda-roupa, quando finalmente encontrei uma coisa que não havia reparado antes.
Um livro.
Era um livro que peguei na biblioteca sob a indicação das Sombras, dizendo que me ajudaria com o problema do... com o problema do antigo mestre delas. Só que havia lido pouquíssimas páginas e tudo mudou antes que pudesse pensar para o que aquelas informações serviriam.
— O que é isso? — Noah se aproximou de mim. Camilla veio em seguida.
— Um livro que peguei na biblioteca. Ensina a controlar os Poderes e como perceber quando alguém está sendo controlado. — Passei a mão pela capa do livro.
— Desde quando você sabe latim, Alessia? — Camilla tinha uma expressão intrigada.
— Eu não sei, mas quando o abro e começo a ler, se modifica para uma língua que consigo compreender. — Os dois me olhavam com uma expressão de estranhamento.
— Que esquisito... — Camilla olhou para o livro como se fosse morder. Talvez não conhecesse esse tipo de magia e ficasse irritada por não saber alguma coisa.
— Interessante. — Noah sorria. — E você já começou a ler?
— Li algumas páginas... nada de útil até agora.
— Se quiser posso dar uma olhada nele. Termino de ler rapidinho. — Camilla se ofereceu com um sorriso e decidi deixar, já que gostava tanto assim de aprender algo novo e podia ler mais rápido do que eu.
— Está bem. Pode levar.
— Vou começar imediatamente! Vocês terminam aqui? — Já quase saía do quarto.
— Terminamos, mas não vai continuar a busca? — Observei-a, quando já passava pela porta.
— Não é necessário! Tenho quase certeza de que o que precisamos está aqui neste livro! O que mais poderia ser? — E saiu apressada do quarto.
— Por que confia tanto no meu julgamento? — Perguntei a Noah depois de um tempo.
— Eu e Lewis éramos muito amigos, apesar das classes mágicas serem diferentes e de ser considerado uma criatura inferior por causa da mistura do meu sangue. Ele sabe realmente quando alguém está mentindo ou não. Sente quase como se tivesse o poder da alma e quando confia em alguém, bem, pode ter certeza de que essa pessoa é confiável. — E sorriu.
— E ele confia no meu julgamento?
— Exatamente.
— As criaturas de Fantasy te discriminavam?
— Quase todos. As classes da luz, porque era metade vampiro e as classes da escuridão, porque era metade elfo.
— Você era como um meio termo e ninguém gostava de você por causa disso?
— Sim, era isso mesmo. Eles são muito superficiais. Até que Lewis começou a andar comigo e se tornou meu amigo. Depois disso as pessoas passaram pelo menos a me cumprimentar. Julie, Camilla, Cameron e Ethan também se tornaram meus amigos. Já conheciam Lewis e me aceitaram como se já fizesse parte do grupo há mais tempo.
— Realmente parecem acolhedores.
— Sim, mas acho que isso acontece porque a maioria deles não se encaixava nos grupinhos da escola.
— Como assim?
— Cameron era o único que falava com todo mundo. O popular do grupo.
— Sério? — Quase ri quando me lembrei do jeito de irmão mais velho com o qual tratava todo mundo. É. Talvez o considerassem como um irmão por causa disso.
— Sim, mas os outros eram diferentes. Julie foi excluída do grupo das ninfas porque, apesar de ser extremamente talentosa, não queria usar a magia de sua música para controlar as pessoas como as outras faziam, só para se divertir.
— A magia da música que Julie toca pode controlar as pessoas? Achei que fosse só com os animais!
— Depende do que ela toca. Costuma usar só nos animais e se recusou até a querer frequentar as aulas para a magia do controle de outras criaturas. — A cada nova informação, ficava cada vez mais espantada com as coisas que meus amigos enfrentaram antes mesmo de eu chegar.
— E os outros? Por que foram excluídos?
— Lewis foi excluído pelos outros fantasmas porque correram os boatos de que esteve no Vale da Morte, o local onde ficaram os fantasmas condenados pela....
— Eu sei. Lewis me contou.
— Ah. Certo. Então, esteve lá, mas conseguiu sair e isso irritou os outros fantasmas, pois perderam parentes lá.
— São todos cruéis assim?
— Nem todas as criaturas são cruéis, só são facilmente influenciadas por outras. — E soltou um suspiro triste. Tínhamos terminado e me sentei ao seu lado nas cadeiras que tinha ali, para conversarmos. — Camilla foi expulsa de seu antigo grupo, o de Rachel, e depois do grupo dos bruxos, porque apresentou um trabalho de Sociologia das Classes dizendo que Bruxos e Feiticeiros poderiam sim se unir para se tornarem mais fortes e que não precisavam ficar brigando para saber qual das classes era a melhor. É claro que o professor lhe deu nota máxima, mas os outros alunos, que além de tudo, detestavam essa matéria por causa de sua base igualitária, começaram a evitar conversar com ela e diziam pelas costas que estava ficando maluca.
— Que horror...! E ela estava certa! Ivan conseguiu a unificação, não foi? Quando os fundadores estavam no poder.
— Sim. — E riu. — Alguém andou estudando?
— Não, seu bobo. Aprendi isso ainda em Fantasy. Li em um livro de história.
— Ah, sim.
— E quanto ao Ethan? Também era excluído? — Não conseguia considerar essa hipótese de jeito nenhum.
— Bem.... Sim, era. — Pareceu hesitar, mas decidiu contar de uma vez. — Ethan antigamente trabalhava para a Rainha, assim como o.... Como várias outras criaturas já fizeram em troca de alimento fresco, dinheiro ou poder. No caso dos vampiros, como ele, foi pelo sangue. Ethan teve seu auge e se tornou muito popular, fez trabalhos para a Rainha, embora nunca tenha, de fato, matado alguém. Foi assim que ele o Tony se conheceram. O amigo vampiro dele, lembra?
— Sim.
— Então, os dois trabalhavam para a Rainha, até que ela encontrou o Mestre das Sombras e se desfez dos outros dois. Desculpa, não queria ter mencionado....
— Tudo bem. Continue.
— Ela se livrou dos dois. Haviam ganhado muitos inimigos por trabalharem para ela e por isso as outras criaturas não queriam mais saber de falar com eles. Uma vez, Cameron me contou, num trabalho de Sociologia das Classes, colocaram ele e os outros juntos e foi assim que se conheceram e ficaram amigos. Cameron parou de andar com o grupo dos populares e passou a ser amigo dos excluídos também, mas ninguém o excluiu de fato ou zombou dele por isso. Continuou amigo de todo mundo.
— Como se tornou tão popular?
— No começo, acho que foi por causa da simpatia, mas depois foi porque começou a ajudar humanos e de se livrar de muitos castigos da Rainha ao ser descoberto. As outras criaturas ficaram interessadas nesse fato e queriam se aproximar para descobrir como escapava quase impune todas as vezes.
— E descobriam?
— Não. Diz que nem ele sabe, mas desconfia que era porque Leslie é irmã de sua madrinha e que estava sobre a proteção de Ária.
— Faz sentido.
— Sim. — E levantou da cadeira em que estava sentado. — Está com fome? Parece que vamos almoçar quase na hora do jantar hoje.
— Não vão nos servir fora de hora. — Levantei-me também.
— Então, quer jantar? — E riu. — Podemos comer lá na vila, sem problemas. Seu amigo, Daniel, deve estar querendo te ver de novo.
— Claro! Vamos, sim. Preciso dizer que talvez tenhamos encontrado o que a quimera nos mandou procurar.
...
Duas semanas haviam passado desde que encontramos o livro e Camilla estava trabalhando tanto para decifrar a suposta solução de nossos problemas, que só saía do quarto para comer e olhe lá. A ilha estava tranquila, embora todos no castelo estivessem preocupados com a falha do feitiço de proteção e com a possibilidade do ataque de Leslie.
Unimos novamente o nosso antigo grupo de Fantasy e nosso local de encontro era novamente a biblioteca. Em uma de nossas reuniões tomamos em pauta um assunto que estava sendo ignorado desde o momento em que chegamos e tentamos nos estabilizar. Leslie queria poder, mas o queria por qual motivo? Alguns dos fundadores temiam que quisesse extinguir os humanos da face da terra para ter um mundo apenas de criaturas mágicas. Um mundo livre da ignorância humana. Outros apontavam a ideia de que quisesse antes dominar as classes da luz novamente e escravizá-las, o que colocava em perigo todas as criaturas dessa classe que permaneceram em Fantasy.
— Precisamos salvar as criaturas que ficaram. — Afirmava Dahlie.
— Concordo. — Disse Cristian. — Abandonamos criaturas inocentes nas garras de Leslie, que é nada mais que outra Rainha maluca.
— Mas nós não temos como voltar e mesmo que tivéssemos, como iríamos avisar essas criaturas que há outro lugar onde podem viver? Seríamos descobertos e Leslie nos mataria! Fora que precisaríamos novamente de representantes poderosos em cada classe para refazer o feitiço tele transportador. — Palpitou Ônix, um dos antigos professores de Fantasy.
— Ele tem razão, Cristian. Não podemos nos arriscar dessa maneira. — Concordou Stella e Havena assentiu.
— E vocês querem simplesmente deixar que aquela maluca domine as criaturas da luz e talvez todo o mundo humano? Vai nos expor novamente! Fizemos um acordo há muitos anos, lembra? A magia seria retirada dos humanos, mas em troca, não deixaríamos que escapasse dos nossos refúgios. — Cristian estava frustrado.
— Há mais refúgios além de Fantasy e Magic? — Perguntei, tentando mudar o rumo da conversa.
— Sim, Alessia. — Foi Dahlie quem respondeu. — Existem muitos pequenos reinos mágicos espalhados e escondidos pelo mundo. Estão tão bem disfarçados, que mudam sua posição geográfica de mês em mês. Isso evita que muitos humanos entrem e que muitas criaturas fiquem indo e vindo o tempo todo.
— Existem apenas três reinos maiores: Fantasy, Magic e Enchantment. O terceiro é o maior deles, mas está inabitado há muito tempo. — Completou Cristian.
— Por quê?
— Muitas coisas aconteceram nesse terceiro reino e está infestado de magia pura e antiga. Seria necessária uma boa quantidade de magia de luz e de magia da escuridão para limpar o local, mas até hoje, ninguém obteve tanto poder assim para fazer isso. — Explicou Stella.
— É muito difícil controlar esses dois poderes e encontrar um meio termo Alessia. — Disse Ônix. — As criaturas que tentaram, acabaram morrendo vítimas de suas próprias tentativas.
— E não tem como usar duas criaturas? Uma da luz e outra da escuridão?
— Na verdade... já tentaram isso uma vez e o resultado foi ainda pior. — O olhar de Stella era pensativo. — Foi como se explodissem uma bomba atômica. Destruiu a cidade que ficava próxima ao reino nessa época. Os humanos nunca descobriram, é claro. Pensaram que foi de fato uma bomba atômica.
— Foi uma verdadeira explosão de magia pura. — A expressão de Dahlie era tensa.
— E como as criaturas encontraram esse reino? Ao acaso? Se muda de lugar o tempo todo....
— Essas criaturas foram capazes de encontrar em Fantasy e Magic o lugar que interliga todos os refúgios de magia que criamos. — Explicou Havena. — Mas nenhuma voltou para contar o que era essa espécie de portal.
— Se descobrirmos... se conseguirmos seguir os passos dessas criaturas e encontrarmos esse portal, poderemos salvar as criaturas que ficaram em Fantasy? — Um fio de esperança crescia em meu coração.
— Temos muitas outras coisas com o que nos preocupar agora, Alessia. — Stella me olhou com pena. — E o que garante que, se descobrirmos, Leslie não usará o mesmo portal para invadir Magic? Continua sendo extremamente arriscado.
— Podemos destruir o portal depois de resgatar as criaturas. — Dahlie opinou.
— Não podemos destruir o portal! É a magia mais forte, pura e antiga que existe! — Havena lhe lançou um olhar irritado.
— Está bem. Já chega! Estamos começando a brigar e isso não levará a lugar algum. — Interrompeu Lewis, se pronunciando pela primeira vez.
— Ele está certo. Já chega. — Cristian sorriu de leve, tenso.
— Tenho uma solução. — Chamei a atenção de todos. — Camilla, Cameron e quase todos os bruxos e feiticeiros que vieram conosco estão trabalhando para ajudar Ária. Encontramos um livro que pode ajudar a entender o que ela tem e isso é o melhor que podemos fazer por hora. Cristian, Dahlie e os demais podem ajudar a procurar o tal portal e assim iremos satisfazer os dois lados. Além do que, é melhor encontrarmos o portal antes que Leslie o encontre. Isso se já não encontrou e não nos está espionando.
— É uma solução. — Ônix ponderou.
— E faz sentido. — Cristian acrescentou, pensativo.
— Tem razão em ser precavida. É o melhor que podemos fazer. — Afirmou Stella.
— Todos de acordo? — Questionou Dahlie. Todos confirmaram e nossa reunião foi encerrada. Agora, cada um tomaria a tarefa para a qual se achava mais apto e logo veríamos os resultados de nossas ações e esforços.
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