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But falling for you was my mistake
I put you on top
Jungkook descobriu o endereço onde Lee Minho e Han Jisung moram, então estamos a caminho. Jimin e Changbin estão comigo. Bangchan e Jungkook ficaram cuidando de Lee Minho, e Nayeon e Jeongyeon ficaram de olho em Jennie.
— É aqui mesmo, Changbin? — perguntei, parando em frente a uma casa bem simples, algo inesperado considerando a posição de Minho na máfia.
— Sim. É exatamente esse endereço — ele respondeu, verificando o GPS mais uma vez para garantir.
— Mas ele mora numa casa tão humilde, sendo que faz parte de uma das máfias mais ricas do mundo? — Jimin perguntou, inclinando-se no banco de trás para ter uma visão melhor da casa.
Changbin, que estava no banco do passageiro, deu de ombros.
— Tem algo estranho com ele. Bom, vamos entrar e descobrir.
Saímos do carro, o clima estava silencioso e nublado. Caminhamos até a porta da casa e, sem hesitar, toquei a campainha. Por alguns segundos, nada aconteceu. Mas então a porta rangeu e se abriu, revelando uma criança de cerca de quatro anos, com os olhos curiosos e inocentes.
— Oi — disse ele, franzindo as sobrancelhas ao nos encarar.
Antes que pudéssemos dizer algo, uma voz masculina soou de dentro da casa.
— Filho, eu já falei pra você não abrir a porta pra estranhos!
Han Jisung apareceu logo atrás da criança, sua expressão mudando drasticamente assim que seus olhos se encontraram com os meus. O terror tomou conta de seu rosto, ele ficou pálido como se tivesse visto um fantasma.
— Você... — ele sussurrou, recuando lentamente, puxando a criança consigo e fechando a porta.
Antes que Jisung pudesse dar mais um passo para trás, dei um passo à frente, cruzando a porta e empurrando-a levemente com a mão. Changbin e Jimin vieram logo atrás de mim, fechando a porta.
— Não se preocupe, não vamos machucar seu filho... — falei calmamente, minha voz soando fria e controlada. — Mas você e eu temos uma conversa, Han Jisung.
Ele engoliu seco, o medo dominando cada linha do seu rosto enquanto olhava para o filho. Abaixou-se rapidamente, pegando a criança no colo e indo até um rapaz de cabelos longos e loiros.
— Fique com ele — sussurrou, e o rapaz rapidamente pegou a criança, saindo de nossa vista. Jisung olhou para nós, claramente sem saída.
— Lalisa... — ele começou, sua voz tremendo. — Minho me falou sobre você... Olha, eu só quero viver em paz com meu filho e o meu marido. Por favor, não faça nada comigo! — implorou.
— Ah, então você quer viver em paz? — caminhei até ele lentamente, minhas botas ecoando pelo chão de madeira. — Você acha que isso vai acontecer?
Jisung balançou a cabeça freneticamente, suas mãos tremendo.
— Por favor... eu... eu só sou o noivo dele! Não tenho nada a ver com as decisões que ele toma na máfia!
Inclinei-me para mais perto, meus olhos perfurando os dele, e minha voz saiu como um sussurro ameaçador.
— E o que ele está escondendo de mim, Jisung? Eu quero saber tudo sobre ele. Por que ele mora nesse barraco se trabalha pra uma das máfias mais ricas do mundo?
Ele se afastou, andando para trás, até bater na parede. Sua respiração estava acelerada, o pânico claro em seu rosto.
— Ele tava planejando sair da máfia! — Jisung soltou de uma vez, sua voz descontrolada. — Ele queria fugir com a filha de Shin Donghee. Ele achava que podia negociar uma troca de poder com a máfia italiana. E se algo desse errado, ele usaria ela como.uma moeda de troca.
Me aproximei mais, cada palavra dele acendendo uma raiva fria em mim.
— E como ele planejava fazer isso? — perguntei, mantendo o tom calmo, embora cada músculo no meu corpo estivesse tenso.
— Ele tem documentos comprometedores. Sobre a máfia italiana, sobre você, sobre o seu pai, sobre tudo. Ele acha que com isso vai poder escapar ileso... mas ele tá louco. Eles nunca vão deixá-lo sair vivo.
Cruzei os braços, processando as informações. Ele estava jogando dos dois lados, apostando alto.
— Onde estão esses documentos? — perguntei, calma, me aproximando. Ele hesitou, desviando o olhar. — Olha, Jisung — falei, mantendo a voz baixa e calma, mas carregada de ameaça. — Não vou repetir. Você tem duas opções: ou pega os documentos pra mim, ou seu filho vai entender o que significa ter um pai fraco.
Ele ficou pálido, as mãos tremendo enquanto levava-as até seu cabelo lentamente. Seus olhos encontraram os meus, e eu vi o desespero neles.
— Por favor... ele é só uma criança. Ele não tem nada a ver com isso.
— Exato, ele é só uma criança. E quem deveria protegê-lo é você. Então, mostre que é capaz de fazer isso — disse, cruzando os braços, impaciente. — Ou quer ver o que acontece quando alguém como eu decide que você não serve pra nada?
Jisung desviou o olhar, derrotado. Ele caminhou em direção a um armário ao lado da cozinha, enquanto eu mantinha os olhos nele. Sua respiração estava pesada, cada passo lento e arrastado.
— Os documentos estão aqui — murmurou, abrindo o armário e retirando uma caixa de metal. — Minho guardava tudo aqui, achando que ninguém jamais suspeitaria de um lugar tão óbvio.
Ele se virou para mim, estendendo a caixa. Peguei-a de suas mãos, sentindo o peso dela. Sabia que tinha encontrado o que precisava.
— Bom garoto — disse, dando um leve sorriso frio. — Agora, eu vou dar um conselho. Fique quieto, desapareça, e talvez, só talvez, sua família continue em segurança. E não espere por Minho vivo.
Os olhos de Jisung estavam cheios de lágrimas, mas ele assentiu em silêncio. Entreguei a caixa para Jimin, que imediatamente começou a abrir.
— O que tem aqui? — Jimin perguntou, examinando os papéis.
— Provas de traição e desvio de dinheiro, detalhes sobre as transações de Minho e seus aliados italianos. Isso vai desmoronar tudo — expliquei, sem tirar os olhos de Jisung.
— Ótimo — Changbin comentou, satisfeito. — Vamos sair antes que a situação piore.
Antes de partir, lancei um último olhar a Jisung.
— Lembre-se, Jisung. Eu sempre sei onde te encontrar. Não faça nada estúpido. E, cadê seu celular?
— Pra quê? — perguntou, num sussurro, pegando o objeto no bolso. — O que vai fazer?
— Ele meu agora — peguei o aparelho, sorrindo de canto para ele. — Passar bem, Han Jisung!
Sem mais uma palavra, virei-me e saí da casa com Jimin e Changbin. Os documentos estavam em nossas mãos agora. O jogo estava apenas começando.
Assim que chegamos à mansão, nos dirigimos diretamente ao meu escritório para verificar os papéis. Enquanto Jimin e Changbin se debruçavam sobre os documentos, eu comecei a mexer no celular de Han Jisung, que ele havia deixado para trás. O aparelho estava desbloqueado, o que facilitava as coisas para mim.
— Chefe, você é rica, por que pegou o celular do Han Jisung? — Jimin perguntou, curioso, me observando enquanto eu navegava pelos dados no telefone.
— Eu vou precisar dele pra atrair o Minho — respondi, sem levantar os olhos da tela. — Vou deixar ele pensar que tá livre. E, quando ele menos esperar, nós o matamos. Ou melhor, vocês vão. Preciso descansar. Não tenho dormido muito ultimamente. — Passei a mão pela testa, tentando aliviar a dor de cabeça que latejava.
— Está tudo bem? — Changbin perguntou, com um tom de preocupação.
— Só insônia, nada que você precise se preocupar — falei, dando de ombros. Levantei-me em seguida, suspirando profundamente. — Vou liberar o Minho agora.
Eles assentiram em silêncio, e saí do escritório, indo em direção ao porão. Ao chegar lá, encontrei Bangchan e Jungkook surrando Minho, seu rosto já coberto de sangue e hematomas. Assim que me viram, ambos se afastaram, se curvando levemente e se posicionando ao lado do Minho.
— Lee Minho — comecei, caminhando em direção a ele com passos lentos. — Agora você é inútil. Eu tenho o que quero. Que triste, não é?
Minho mal conseguia abrir os olhos, ofegante e derrotado.
— E agora... por que me deixaria sair vivo? — ele murmurou, cuspindo sangue ao falar. — Não é mais fácil me matar?
— Seria, mas fiquei sabendo que você tem um filho pra criar. Então... Vou te libertar — sorri levemente, com falsidade.
— Meu filho... O que você fez com ele, sua madilta? — gritou, usando o resto de forças que ainda lhe sobrava.
— Eu não fiz nada com seu filho. Bangchan, desamarre-o — ordenei, e ele imediatamente se aproximou para soltar Minho das correntes.
Minho caiu sem forças no chão, e sua respiração parecia um esforço doloroso. O desprezo em meu olhar era óbvio. Sem perder tempo, deixei o seu celular no chão, logo à sua frente, a poucos centímetros de suas mãos ensanguentadas.
— Não seja tão fraco, Minho! — minha voz soava fria. — Levanta da merda desse chão e vai cuidar do seu filho.
Sinalizei com a cabeça para Jungkook, que rapidamente veio e ajudou Minho a se levantar, praticamente arrastando-o.
— Acompanhe ele até a saída — ordenei para Jungkook. — Quero ele fora daqui, mas não tire os olhos dele aqui dentro.
Jungkook assentiu, saindo com Minho enquanto Bangchan se aproximava de mim. Com um gesto de mão, chamei-o para que me acompanhasse até o escritório, onde Changbin e Jimin estavam.
— Bangchan, é o seguinte... — comecei, assim que as portas se fecharam atrás de nós. — Você e Changbin irão pra esse endereço — entreguei um papel para ele. — Quando Minho chegar ao ponto de encontro, ele não vai escapar. Você e Changbin devem estar preparados. Quero que vocês cuidem disso. Entendido?
— Entendido, chefe. — Bangchan assentiu sem questionar.
— Bom. Agora, vá pro local e se prepare. Changbin pode te explicar tudo com mais detalhes. Vou mandar Minho direto pra armadilha. Vocês só precisam finalizar o trabalho.
Ele saiu sem dizer mais nada, deixando-me sozinha no escritório com o Jimin, que estava concentrado nos papéis. Meus olhos se voltaram para o celular de Han Jisung em minha mão. Mexi no aparelho, vasculhando os contatos até encontrar o nome salvo como "amor".
Uma ligação começou na tela. Minho estava ligando.
— Que previsível... — murmurei, recusando a chamada.
Rapidamente, abri o aplicativo de mensagens e digitei: “Encontre-me no antigo armazém ao norte da cidade. Estarei te esperando com nosso filho no estacionamento de lá. Não demore. Precisamos sair dessa cidade o mais rápido possível, amor. Te amo!”
Adicionei a localização exata e enviei a mensagem, certificando-me de que parecia algo que Han Jisung enviaria. Agora, restava esperar Minho cair na armadilha.
Não acredito que digitei 'te amo!' para o Lee Minho. Que nojo!
Suspirei, levantando-me lentamente. Um leve torpor me atingiu, e tive que me apoiar na mesa para não perder o equilíbrio. Antes que pudesse reagir, senti a presença de Jimin ao meu lado. Ele me segurou pela cintura, seu semblante visivelmente preocupado.
— Lisa, o que está acontecendo com você hoje? Tá com tontura? — A preocupação na voz dele era a de um amigo, não de um capanga.
Respirei fundo, tentando afastar a fraqueza.
— Eu tô bem. Só preciso comer alguma coisa. — Respondi, tentando manter a voz firme. — Peça pra levarem o jantar até o meu quarto.
Jimin assentiu, mas não se afastou, ainda me oferecendo suporte para caminhar.
— Eu posso te ajudar a subir, se quiser.
— Jimin, eu tô bem. — insisti, afastando sua mão. — Eu não comi nada hoje, é só por isso. Nada demais.
Ele me olhou com preocupação, mas deu um passo para trás.
— Tem certeza? — perguntou, sua expressão desconfiada.
— Tenho. Só preciso descansar um pouco e me alimentar.
Jimin observou por mais alguns segundos, mas por fim assentiu, saindo da sala para providenciar o que eu pedi. Enquanto ele saía, eu fechei os olhos por um instante, tentando recuperar o controle sobre meu corpo e mente. Logo, tudo estaria resolvido, e eu não poderia permitir que nenhuma fraqueza me impedisse.
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