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I'm on the run and you're home alone

Parei o carro algumas quadras antes da mansão quando avistei algo estranho. Havia algumas vans paradas pouco antes de minha residência, e ao forçar a vista, percebi que era Jongin, com o pé enfaixado.

Desliguei os faróis e relaxei no banco, apenas esperando para ver o que ele planejava fazer.

— Senhorita, é o Kim Jongin, por que não nos ordenou nada? — Jungkook perguntou, preocupado.

— Porque eu quero saber o que ele vai fazer — tirei o cinto e foquei meu olhar em Jongin, que estava ao lado de seu carro, dando ordens aos capangas.

— Não é possível — Nayeon murmurou, e então, meu olhar foi atraído para a janela do quarto de Jennie, que dava para ver perfeitamente da rua.

— O que ela tá fazendo? — Jeongyeon perguntou, incrédula. — Essa garota não sabe ficar quieta? Puta merda!

— Chefe, por que ainda prende ela? Não seria melhor deixá-la ir embora? Ela já atrapalhou nossos planos uma vez — Jimin questionou, e os outros concordaram.

— Ela tá sozinha, sem ninguém. E pode ser útil futuramente.

— Você sempre fala que ela pode ser útil, mas nunca diz como — Jungkook soltou sem querer, e logo seus olhos se arregalaram. — Perdão, senhorita!

— Vocês não estão mais em missão, não precisam de formalidade. E a família da Jennie é poderosa. Posso aproveitar esse poder — lancei um olhar para ele.

— Como? — perguntaram em uníssono.

— Vocês saberão em breve!

Ao olhar novamente para a janela, vi Jennie fugindo, usando lençóis para descer. Semicerrei os olhos e sorri de canto, admirada com sua inteligência.

— Inacreditável que isso tá funcionando. Como ela não caiu ainda? — Jeongyeon perguntou, rindo.

— Jennie não pesa muito. Ela é bem magra, e ficou de jejum por vários dias — Nayeon respondeu, a voz calma, mesmo sangrando.

— Jungkook, você já chamou o médico pra Nayeon?

— Ainda não. Vou chamá-lo agora — falou, pegando o celular. Assenti.

Jennie conseguiu descer e agora corria para o outro lado da rua. Não sei como ela não percebeu meu carro. Mesmo sendo noite, era óbvio que havia um carro ao lado da janela dela.

— O que ela tá fazendo? Por que tá indo pra lá? — Jungkook se preocupou ao vê-la correr em direção a Jongin.

— Ela tá olhando pra todo lugar, menos pra frente — Jeongyeon disse. — Que garota burra!

— Não fala assim dela — Nayeon a repreendeu, beliscando sua coxa.

Quando Jennie finalmente olhou para onde corria, já era tarde. Ela estava frente a frente com Kim Jongin, que sorria feito um idiota. Jennie paralisou, de costas para nós. Mandei meus capangas se prepararem, e qualquer movimento suspeito, eles atirariam.

Jongin se aproximou de Jennie, que recuava cada vez mais. Nayeon parecia aflita, com medo do que ele poderia fazer, mas eu não o deixaria encostar um dedo nela. Observei o exato momento em que ele tentou tocá-la, mas Jennie se afastou rapidamente.

— Jungkook — ele me olhou. — Mira no carro dele — ordenei, sem desviar o olhar de Jongin e Jennie. Quando ele se aproximou ainda mais, com malícia no olhar, ordenei — Atire!

Bang!

O olhar de Jongin foi direto para meu carro quando a bala de Jungkook acertou o farol de seu veículo. Seus capangas logo se armaram, apontando as armas para nós.

— Jimin, Jeongyeon, se preparem — ordenei, pegando minha arma e recarregando. — Quando eu atirar, vocês atiram!

Abri a porta do carro e saí com a arma em punho. Na mesma hora, Jongin puxou Jennie, forçando-a a se virar e colando seu corpo ao dele. Ele a enforcou com uma faca encostada no pescoço dela. Meu sangue ferveu, e imediatamente apontei a arma para ele, me aproximando cada vez mais. Seus capangas miravam em mim agora.

— Solta ela!

— Mais um passo e eu solto... mas sem vida, Lalisa — falou, pressionando a faca no pescoço dela, e vi uma gota de sangue escorrer.

— Seu pé já tá bom o suficiente pra correr, Jongin? — perguntei, com um tom sarcástico, enquanto levava o dedo ao gatilho.

— Lalisa, não brinque com o perigo — ele me ameaçou.

— Se você me conhecesse, saberia que eu sou o perigo — respondi, minha voz fria e controlada, meu olhar penetrante encarando o fundo da alma dele. — Não aprendeu a lição da última vez?

— Por que protege tanto uma refém? O que pretende fazer com ela? — perguntou, cheio de segundas intenções.

— Isso não é da sua conta!

Minha vontade era atirar nesse desgraçado, mas sabia que, se fizesse isso, os capangas dele atirariam não só em mim, mas também na Jennie.

De repente, notei que os seguranças da mansão haviam se posicionado ao nosso redor, junto com os capangas de Jongin. Sorri satisfeita, percebendo que algum dos meus havia chamado reforços.

— Solta ela ou você morre, Kim Jongin! — avisei. Ele olhou ao redor, vendo mais quinze armas apontadas para sua cabeça, além da minha e dos meus capangas atrás de mim.

Jennie estava visivelmente abalada, lágrimas nos olhos, respirando rápido. A cena dele enforcando-a com uma faca estava destruindo o pouco de paciência que me restava.

Jongin sussurrou algo no ouvido de Jennie, e ela engoliu seco. Eles começaram a caminhar para trás, se aproximando do carro dele.

Sem pensar, atirei, tentando evitar acertar Jennie, que estava quase totalmente encoberta pelo corpo de Jongin. Em seguida, meus capangas também abriram fogo. Um dos tiros acertou o braço de Jongin, o que o fez soltar Jennie imediatamente e tentar correr para o carro.

Assim que ele entrou, a van saiu derrapando, enquanto alguns de seus homens continuavam a atirar. Olhei rapidamente ao redor e vi que um deles mirava diretamente em Jennie, que estava paralisada, soluçando, sem saber o que fazer.

Corri até ela, puxando-a para que a bala passasse sem atingi-la. Segurei-a contra mim, deitando sua cabeça em meu peito. Jennie se agarrou a mim, seus soluços abafados pelo meu corpo.

Apontei a arma para o homem que tentou matar Jennie e atirei, acertando-o diretamente na cabeça.

Jeongyeon se aproximou, cobrindo-me enquanto eu recarregava.

— Nayeon já está dentro da mansão — ela informou.

— Menos mal. Matem todos, e depois se livrem dos corpos — ordenei, e Jeongyeon assentiu, voltando ao tiroteio.

Tentei sair do local, mas Jennie estava completamente imóvel. Aquilo estava acabando com minha paciência, mas também me preocupava.

— Jennie, vamos logo, você vai morrer se ficar aqui — falei, mas ela agarrou meu blazer, puxando-me para mais perto.

Confesso que uma parte de mim gostava de vê-la tentando se proteger atrás de mim. Era como se eu fosse seu escudo à prova de balas. Isso significava que ela confiava em mim para protegê-la, ou talvez estivesse apenas apavorada.

— Vou ter que te pegar no colo de novo, então — guardei minha arma. — Jeongyeon, me siga até a mansão, não vou conseguir atirar — mandei, pegando Jennie nos braços.

Ela envolveu meus ombros com os braços, e lá estava ela de novo, com o rosto enterrado em minhas curvas. Isso já estava virando rotina.

Caminhei o mais rápido que pude até a mansão, com Jeongyeon logo atrás. Assim que entrei, mandei-a voltar para a rua e terminar o serviço. Coloquei Jennie no sofá, ou pelo menos tentei, já que ela não queria soltar meu pescoço.

— Jennie, me solta! Eu já te tirei de lá! — tentei sair, mas ela segurou firme. — Pelo amor de Deus, me solta, garota! — forcei até finalmente me libertar.

— Jennie! — Nayeon apareceu com o braço enfaixado. — O que você fez, sua idiota? — sentou-se ao lado dela, e Jennie, sem hesitar, abraçou-a e chorou mais.

— Meu Deus, essa mulher só sabe chorar — murmurei, sentindo um suor frio escorrer.

— Nayeon, o Jungkook conseguiu falar com o Dr. Kang?

— Conseguiu. Ele já está vindo. Até lá, precisamos estancar o sangramento — ela respondeu, me tranquilizando um pouco.

Odeio quando meus capangas se machucam, mas é parte do trabalho.

Joguei-me no sofá da frente, vendo Jennie ainda grudada em Nayeon. Revirei os olhos, sem paciência.

— Para de drama, Kim Jennie! Se tivesse ficado no seu quarto, nada disso teria acontecido. Desse jeito, vou acabar te colocando no porão de novo — falei, e ela me olhou, os olhos cheios de lágrimas.

— Me deixa ir embora logo, caralho! Eu te odeio, sua assassina do inferno!

— É assim que você me agradece por ter te salvado? Engraçado que na hora de apertar meu pescoço de medo, você não se importava se eu era uma assassina ou não, né? — retruquei, furiosa.

— Cala a boca!

— Não tô com paciência pra você hoje, Jennie. Nayeon, se puder, cuide dela. Se não, peça para Jeongyeon. Vou ver se o Bangchan conseguiu pegar o Lee Minho.

— Ok.

Levantei-me e peguei meu celular. Procurei o número de Bangchan e liguei, aguardando ansiosa até ele atender.

— Alô?

— Conseguiram pegar ele?

— Sim, senhorita! Estamos a caminho da mansão agora mesmo. Lee Minho está desacordado.

— Ok. Tenham cuidado quando chegarem. Ainda estão trocando tiros aqui na frente — avisei, desligando em seguida e entrando no meu escritório.

Minha mansão fica em uma área deserta. Não há casas próximas, o que facilita para assassinatos e outras coisas desse tipo.

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