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Man, I'm stressed out, I need a cigarette

Ao chegar no local que Jongin tinha marcado, percebi que estava adiantada, já que não havia mais nenhum carro. Então, permaneci dentro do meu veículo, apenas aproveitando o ar-condicionado bater em minha cara, enquanto uma trilha sonora suave tocava na rádio.

O céu estava estrelado, a lua brilhava intensamente... Enquanto eu o observava, por algum motivo, lembrei-me do que Kim Taehyung disse antes de eu matá-lo: "Ela também gosta de ficar vendo as estrelas com alguém especial. Então, se você for esse alguém, veja as estrelas com ela [...]". Gostaria de entender o porquê essa lembrança veio à minha mente.

Enquanto pensava sobre isso, escutei carros estacionarem à minha volta. Olhei para fora, vendo Kim Jongin sair de seu carro, sendo acompanhado por mais quatro pessoas que eu não conhecia.

Respirei fundo, abrindo um pequeno sorriso, e logo saí do carro, confiante. Eu vestia um sapato social com um salto que me deixava mais alta, uma calça preta e um paletó que ressaltava meus ombros largos, uma camisa branca de botão por dentro da calça e uma gravata para completar o visual.

Meu estilo de roupa é sempre elegante. Uso apenas roupas de marca, acessórios de grife e perfumes importados. E o mais importante, uso roupas no tamanho correto que caibam bem no meu corpo. Oversized? Não gosto muito. De vez em quando, coloco uma camiseta larga para dormir.

Coloquei as mãos nos bolsos e fiquei em frente ao meu carro, encarando Jongin profundamente. Murchei o sorriso, deixando meu semblante sério.

— Olá, Manobal! Continua a mesma mulher linda de sempre — ele sorriu de canto, me provocando.

— E você continua o mesmo ordinário de sempre, Kim! — retruquei. — Vamos direto ao assunto. Não vim aqui para bater papo. Estou aqui para tratar de negócios. Qual é o acordo que você tem para me propor? — fui direta, mantendo minha voz firme e confiante, assim como meu olhar.

— Acha que vai ser fácil assim? — perguntou, se aproximando. Ele vestia praticamente a mesma roupa que eu. A diferença era que seu terno era vermelho, e não preto. — Rapazes, verifiquem o carro dela e certifiquem-se de que não há nenhuma escuta.

— Sim, senhor! — responderam em uníssono.

— Então, Lalisa Manobal, veio sozinha mesmo? Não tem companhia escondida atrás desses edifícios e dessas árvores? — perguntou, olhando em volta enquanto caminhava até mim com a mão no bolso.

— Está vendo fantasmas, por acaso? Não consegue enxergar que estou sozinha?

— Sua língua tá afiada hoje, hein — ele riu levemente. — Pra que falar tão formalmente comigo? Somos colegas — ele pousou a mão no meu ombro.

— Somos inimigos — tirei sua mão brutalmente e limpei meu ombro, dando leves tapas na região.

— Já que somos inimigos, será que não tem alguma arma escondida atrás desse paletó? Talvez na sua cintura... — ele esticou a mão para pegar na minha cintura, mas graças ao meu reflexo, consegui bater em sua mão rapidamente.

— Eu posso te denunciar por assédio se fizer isso.

— Você é a chefe da máfia coreana. Acha mesmo que vai sair ilesa se fizer isso?

Fiquei em silêncio, já que, pelo visto, ele não sabia que meu rosto era irreconhecível. Ninguém nunca havia visto meu rosto matando ou assaltando algum lugar, sempre cuido da minha privacidade.

— Chefe, encontramos um brinquedinho — um de seus capangas gritou, fazendo Jongin sorrir.

— Pensei que estivesse sozinha, Lalisa — ele começou a caminhar até a lateral do meu carro e parou, mordendo os lábios.

— Me larga, seu filho da puta! — ao reconhecer sua voz, senti meu sangue ferver brutalmente.

Olhei para o local onde Nayeon e Bangchan estavam e lancei um olhar mortal para Im, conseguindo perceber sua expressão de medo. Flexionei o maxilar e caminhei até o lado de Jongin, vendo Jennie jogada no chão com os joelhos e cotovelos ralados.

Seu olhar encontrou o meu e, por um momento, eu senti vontade de entregá-la para Jongin. Não é a primeira vez que ela tira minha paciência. Quero saber como ela conseguiu sair de seu quarto, sendo que só existe uma única chave, e essa chave está no meu bolso.

— Quem é ela? — ele perguntou, se aproximando.

— Não sei. Não a conheço. Deve ser alguém que meus capangas sequestraram — dei alguns passos até Jennie, mas um dos capangas me impediu de chegar perto dela.

— Não conhece suas próprias reféns? — ele perguntou, sarcasticamente. — Que papo idiota, Lalisa! — ele se agachou e, lentamente, tocou o rosto de Jennie suavemente.

Senti o sangue subir à cabeça quando o vi tocando nela, mas eu não podia dar um passo. Conheço bem esse ramo do crime, e se eu me mover, Jennie morre.

Surpreendi-me quando Jennie bateu em Kim Jongin, o que me fez disfarçar um sorriso satisfeito. Aquela mulher realmente não tinha medo de nada. Nem mesmo do diabo. Exatamente o meu tipo ideal. Ela bate de frente com todos, não importa o gênero nem a classe social.

— Que gatinha raivosa! — ele falou. — Gostei de você! Ela vai ser minha e se juntará às minhas putas — ele pousou a mão na cintura de Jennie. — Não se mexa, princesa! — alguns capangas dele seguraram Jennie à força. — Você agora pertence a mim, seu corpo pertence a mim — deslizou sua mão até o seio de Jennie.

Olhei lentamente para Bangchan e, com a mão, indiquei que atirasse. Enquanto Jongin tentava assediar Jennie, um som ensurdecedor foi ouvido quando um tiro mirou em seu pé. Ele gemeu alto e caiu no chão por falta de equilíbrio, então todos os seus capangas apontaram suas armas, procurando a origem do tiro.

Corri até Jennie e tentei ajudá-la a se levantar, mas quando ela ficou de pé, gemeu de dor. Olhei para seus pés e percebi que, além de ralados, um deles não estava tocando o chão por conta da dor.

— Lalisa! — exclamou.

Mirei meu olhar em um homem que apontava a arma para mim, e logo saquei minha pistola, escondida na cintura. Apontei para ele e atirei sem hesitação, acertando seu ombro duas vezes.

Olhei para o outro lado e vi outro rapaz se preparando para atirar em Jennie. Dessa vez, não consegui disparar a tempo. Por sorte, o tiro dele errou, atingindo a árvore atrás de nós. Então, atirei uma vez em sua perna e outra em seu abdômen.

Jennie, o tempo todo, estava apoiada em meu pescoço, tremendo de medo.

Assim que vi meus capangas se aproximarem, pedi para que fizessem uma cobertura, e logo uma roda foi formada ao nosso redor, enquanto os disparos continuavam.

Tentei andar com Jennie, mas ela simplesmente não conseguia. Decidi, então, carregá-la no colo. Seus braços automaticamente rodearam meu pescoço, e eu senti seu rosto enterrar-se em meu ombro. Suas lágrimas molharam meu paletó.

— Chefe, tem muitos deles. Tinha capangas dentro das vans ainda — Changbin gritou.

— Não vamos conseguir segurá-los por muito tempo. Andem logo! — Bangchan gritou, nervoso. — Minhas balas acabaram — ele afirmou, tentando atirar.

Acelerei o passo até meu carro. Abri a porta do passageiro e coloquei Jennie com cuidado para não machucá-la. Fechei a porta, rodeei o carro e gritei:

— BANGCHAN! — ele me olhou. — PEGA! — joguei minha pistola para ele, que a pegou sem dificuldade, junto com um saquinho de balas que estava no bolso da minha calça.

— OBRIGADO! — agradeceu, voltando a atirar.

Entrei no carro e liguei o veículo rapidamente. Liguei os faróis, iluminando Jongin, que apontava uma arma para nós. Antes que ele pudesse apertar o gatilho, um tiro passou de raspão em seu braço, fazendo-o largar a arma. Acelerei e saí daquele local.

— Por sua culpa, entramos numa batalha! — gritei. — Se alguém morrer, a culpa...

— A culpa é minha, eu sei — Jennie gritou de volta, chorando. — Se você não tivesse me prendido, nada disso estaria acontecendo!

— Se você tivesse ficado no seu quarto, estaria segura e não teria sido assediada. Na mansão você pelo menos comia, tomava banho, lia um livro. Gostou de conhecer o mundinho da máfia, Kim Jennie? — perguntei, debochando.

— CALA A BOCA! — Jennie gritou, interrompendo-me, sua voz afiada como uma lâmina. Suas mãos tremiam enquanto se agarravam ao banco do carro. — Você não sabe de nada! Nada!

Eu mantive meu olhar focado na estrada, apertando o volante com força, tentando ignorar o fogo que subia pelo meu corpo a cada palavra dela. Ela não fazia ideia de como o mundo realmente funcionava. Era fácil falar sobre liberdade e escolhas quando você não precisava sobreviver nele.

— Não sei de nada? — perguntei entredentes, sem tirar os olhos da estrada. — Eu sei mais do que você imagina. Sei o suficiente pra manter você viva. Coisa que parece que você não faz questão de conseguir sozinha! Caso contrário, não teria tentado fugir de mim.

— Eu preferia estar morta! — ela rebateu, sua voz embargada em meio às lágrimas. — Prefiro morrer do que viver sendo sua prisioneira, sendo arrastada pra essa merda que você chama de vida!

— Não me provoque, Kim Jennie. Você não quer que eu seja a vilã dessa história, confia em mim. — Meu tom era baixo, mas carregado de ameaça. O silêncio que se seguiu foi sufocante.

Jennie virou o rosto para a janela, observando a escuridão passar por nós. Suas lágrimas escorriam silenciosamente, e, mesmo sem vê-la diretamente, eu podia sentir seu coração partido, sua raiva. E aquilo me irritava.

Porque, apesar de tudo, havia algo nela que me puxava. Algo que eu queria proteger, mesmo que isso significasse ser odiada.

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