Um Anjo
Pedro estava sentado na varanda da sua casa quando viu um clarão e um anjo de luz apareceu em sua frente. Não sabia o que dizer e muito menos como reagir, jamais tinha pensado na mera possibilidade de isso acontecer. Tinha alguns amigos que viviam brincando com o mundo espiritual, até ele mesmo já foi uma dessas pessoas que achavam conveniente tirar um sarro das crendices. Mas agora já era maduro o suficiente para não ter tempo com coisas que julgava inúteis.
O anjo se aproximou e lhe tocou a fronte. Sem dizer nada saiu. Pedro não entendeu nada. Apenas soltou os botões da camisa que se tornaram pavorosamente apertados. E saiu da varanda e percebendo que estava tarde caminhou para o quarto, sorriu para a pequena Alice e balbuciou um "eu te amo." Precisava descansar.
Ao despertar viu que estava em um ambiente hostil, caveiras na persiana e completando o cenário a fileira de cabeças se estendia da sua cama até a escrivaninha, o que dava entorno de dez metros. Tentou acordar a sua esposa e não encontrou ninguém. A porta se abre e dois monstros sem rosto aparecem de mãos dadas o observando. Tentaram dizer algo, mas nada que pudesse ser entendido. Foi quando tirou a pistola que guardava na cômoda e ao engatilhar em menos de dois segundos ouviu-se a explosão do tiro chocando contra o crânio dos monstros. O anjo apareceu novamente e tocou a sua fronte novamente. O quarto estava normal. o que lhe fez se sentir calmo, entretanto, ao gravar seus olhos na direção onde estavam os monstros viu a sua mulher e filha mortas com um tiro de pistola. Pedro chorou suplicando por ajuda. Suas mãos ficaram sujas de sangue.
- Não brinque com o que você não conhece. – disse o ser que cerrou o semblante belo e por um momento mostrou uma face deformada e a luz que antes era apaziguadora, agora era um penumbre denso e gélido.
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