CAPÍTULO XIX
Sei que disse que o capítulo sairia amanhã, mas essa semana teremos capitulo hoje e amanhã. Deu a louca na autora.
Boa leitura gente.
"A vida é uma imensidão de cores, cabe a nós saber aprecia-las." — Meneghello, Eleonora
A imensidão de cores produzidas pelas luzes da boate me encantam na mesma proporção com a qual me cegam, mais uma vez me enfiei em uma boate junto de minha melhor amiga.
Ninguém consegue dizer não à ela. Giancarlo é a prova viva disso, ele odeia baladas e lugares lotados tanto quanto eu e, ainda assim, está aqui. O que não fazemos por ela, afinal?
Minha amiga se encontrava na pista de dança, dançando ao som de Ragazza Magica, enquanto eu e seu marido nos limitávamos a beber alguns shots de vodka.
— Então, fiquei sabendo que se encontrou com Pietro... — ele começa e eu o olho com cara de quem implora para que o assunto não seja mencionado
Não é que eu não tenha gostado. Eu gostei, talvez até demais para minha sanidade mental... eu só não acho uma boa ficar cutucando o deus grego e o demônio que habitam em meus ombros com esta história.
— Tudo bem — ele ergue as mãos em forma de "rendição" — não está mais aqui quem tocou no assunto. Mas você sabe que, uma hora ou outra, terá de falar sobre isso; certo?
— Quem fala é o advogado, o amigo ou o marido da melhor amiga? — Pergunto olhando fixamente para o líquido transparente presente em meu shot que ainda não havia sido virado
— Os três, eu acho. — Ele sorri — Pense sobre isso, Els.
Com essas palavras Gian se levanta e caminha até sua esposa, dançando junto à ela.
Creio que posso dizer que invejo o relacionamento que eles têm; eles sempre combinaram, em tudo, até mesmo em suas diferenças, se é que isso faz algum sentido. Me pergunto se, algum dia, terei um relacionamento similar ao deles.
Sorrio ao olhá-los dançar e viro o shot que se encontrava em minha frente.
O álcool em excesso tende a me deixar mais burra e corajosa do que eu seria normalmente e, garanto-lhes, bebi mais do que realmente sou capaz de suportar, parece-me que estou fazendo isso com uma frequência desesperadora.
Quando dou por mim já havia mandado mensagem à Romeu. Por que é que eu mandei mensagem a ele? Que Perséfone me proteja, não posso — e não vou — comer dessa romã, não me arrisco a ficar presa no próprio inferno tal como ela ficou.
Do que eu estou falando? Não tenho certeza alguma. Deus, não deveria ter bebido tanto... por que eu bebi mesmo?
Me amaldiçoo mentalmente assim que leio a resposta enviada por ele.
"Estou a caminho." — Era o que brilhava em minha tela
"O que foi que você fez?" — Meu subconsciente me acusa
A vontade de pedir para que ele não venha é grande, porém antes de ser o noivo de minha irmã ele era meu melhor amigo. Nada impede que nos encontremos como os amigos que sempre fomos, não é mesmo?
Suspiro aliviada ao perceber que esta será a desculpa perfeita, visto que nem ao menos sei o porquê de tê-lo chamado.
Uma mão relativamente gelada toca meu ombro direito, me retirando bruscamente de meus devaneios. Para minha surpresa a mão não era de Romeu, o esmalte azul indicava claramente de quem se trata.
— Olá. — Sua voz soa calma e relativamente baixa devido à música alta
Seria essa a forma de o universo dizer que eu devo deixar Romeu de lado e investir no gêmeo desconstruído?
Okay, admito que — muito provavelmente — isso é o álcool falando por mim.
— Olá. — Respondo, por fim
Olho para a tela de meu celular novamente apenas para constatar que estou mais bêbada do que eu realmente gostaria de estar.
Não mandei mensagem para Romeu, mandei mensagem para Pietro e há uma grande diferença entre os nomes... como eu fui capaz de confundir os nomes e pensar ter lido Romeu?
Por Deus!
O rapaz se senta ao meu lado e pede um bloodmary.
— Pensei que não gostasse de boates. — Ele comenta, por fim
Sorrio com ternura e assinto brevemente.
— E não gosto. Stefani tem um ótimo jeito de convencer as pessoas a fazerem o que ela deseja. Veja só, Gian também veio e ele odeia boates tanto quanto eu. — Digo enquanto aponto com a cabeça em direção ao casal, que ainda dançava animado
Pietro ri e toma sua bebida, aproveito sua — breve — distração para melhor analisá-lo. Ele veste uma camiseta preta com enormes rosas estampadas, jeans pretos e coturnos de mesma cor. O esmalte azul em suas unhas destoam um pouco da realidade do local, porém isso é, sem sombra de dúvidas, o que mais instiga nele.
Acho interessante — e extremamente legal — o fato de ele, aparentemente, não se importar com as opiniões alheias e usar o que gosta; afinal, cada um possui sua própria maneira de se expressar e seria ótimo se todos se respeitassem ao invés de apontar os dedos em forma de julgamento.
Por Ganesha, será que eu sempre fico tão reflexiva quando bebo?
— Terra para Marte. Há vida aí? — Pietro pergunta, sua mão direita passando em frente aos meus olhos
"Porra, Eleonora; ele percebeu você praticamente babando nele. Muito bem, querida." — Meu subconsciente faz questão de me acusar
— Oi... desculpa, eu estava refletindo sobre algumas coisas. — Respondo meio encabulada
— Estava perguntando se quer dançar.
— Me parece uma ótima ideia, por que não? — Replico antes que minha coragem se esvaia
E mais uma vez o sorriso se faz presente em seus lábios, devo admitir que seu sorriso continua tão maravilhoso quanto quando o vi pela primeira vez, há, literalmente, alguns dias.
Ele se levanta junto de mim e me estende sua mão, a pego com prontidão, deixando que o álcool guie meus passos por algum tempo, afinal, que mal há nisso?
Caminhamos até a pista de dança, nos juntando, assim, aos nossos amigos que continuam a dançar animados.
Só eu sou sedentária a ponto de não aguentar mais de duas músicas? Ao que tudo indica, sim.
Resolvo deixar meus devaneios de lado e me concentrar no rapaz à minha frente que dança alegremente; me juntando à sua dança maluca logo em seguida.
Tudo o que se passa em minha cabeça é a música de Travie McCoy.
"We are young, we run free, stay up late
We don't sleep, got our friends, got the night...
We will be alright."
"Nós somos jovens, nós corremos livres, ficamos acordados até tarde
Nós não dormimos, temos nossos amigos, temos a noite...
Nós ficaremos bem."
HEY MEU POVO QUE COME PÃO COM OVO!
Comé que cês tão? Espero que bem.
Se gostaram do capítulo não esqueçam de deixar vossa estrelinha, isso me ajuda muito.
Só quero dizer que a história está — praticamente — em sua reta final. ~Crying in Italian.
Obrigado por nos acompanharem e dar uma chance.
Nos vemos na próxima segunda. Tia Bia ama o cês!
KISSUS DA TIA BIA!
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