CAPÍTULO VIII - STEFANI

"Nem todas as pessoas têm a sorte de acordar ao lado do amor de sua vida todos os dias." — Sem-Crossfox, Stefani

Seria pleonasmo dizer que hoje está sendo o melhor dia da minha vida? Quero dizer, quem mais pode acordar ao som tranquilo de um piano sendo tocado ao invés de ao som de um despertador incomodamente barulhento?

Creio que possa dizer que eu sou uma das poucas pessoas felicitadas com tamanha sorte.

Permaneço de olhos fechados, ainda que acordada, apenas apreciando o som doce e extremamente melódico emitido pelo piano. Me pergunto se já agradeci aos deuses hoje por terem posto essa maravilha de homem — mais conhecido como Giancarlo Lacorte — em meu caminho.

O cheiro adocicado de panquecas inunda minhas narinas, ele já existia quando eu acordei?

— Gian? — Chamo por meu marido enquanto me sento na cama, será que eu endoidei de vez e não havia piano algum sendo tocado?

Ele aparece trajando seu típico terno Armani acompanhado de um avental, uma combinação um tanto quanto inusitada, mas não é como se Giancarlo não fosse o ser humano mais inusitado que eu conheço.

Certamente ele se esqueceu de se livrar do avental após terminar de fazer as panquecas. O admiro por mais um tempo, eu jamais me enjoarei de seu rosto, de seu sorriso...

— Está tudo bem? — Sua voz irrompe pelo quarto, quebrando o silêncio que havia se instaurado entre nós

Já falei o quão apaixonada eu sou por esse homem? Pois se não o fiz, estou fazendo agora. Eu sei que, não importa quanto tempo passe, eu continuarei o amando e meu amor por ele apenas aumentará.

— Está, só estou admirando meu marido. — Digo em um tom divertido — Você fez panquecas?

Pergunta óbvia, eu sei, mas não custa nada perguntar apenas para ter a absoluta certeza de que comerei panquecas com calda de chocolate no café da manhã.

Isso certamente fará com que me dia comece com o pé direito. Parece exagero, mas nada é capaz de arrancar meu bom humor quando como panquecas com calda de chocolate.

— Sim, fazia tempo que não tínhamos um momento só pra nós, sabe, fazia muito tempo que eu não cozinhava algo e que não passávamos a manhã juntos. Eu também desliguei seu alarme e toquei o piano pra te acordar, sei como gosta disso. — Ele tira o avental e me olha com o mesmo sorriso que sempre exibe quando estou por perto

Apesar de fazerem exatamente três anos e meio que estamos casados, a fixa de que esse homem escolheu a mim dentre tantas outras ainda não caiu completamente.

— Eu ainda acho que vou acordar um dia e perceber que tudo isso foi um sonho. — Comento enquanto me levanto, preguiçosamente, da cama

O som de sua risada irrompe pelo quarto, o que me faz rir junto.

Nosso relacionamento pode parecer extremamente clichê para alguns, quero dizer, ele foi meu namorado durante o ensino médio e, bom, agora estamos aqui.  Porém garanto-lhe que esta é a única parte que realmente se aproxima de um enorme clichê.

O abraço apertado sentindo o cheiro amadeirado de seu perfume... o mesmo perfume que ele sempre usou e que — aos poucos — aprendi a gostar.

Suas mãos envolvem minha cintura e um beijo é depositado em minha testa, Giancarlo faz a vida parecer ridiculamente mais simples do que ela, de fato, é.

E eu sei que, não importa o quanto meu dia esteja fodido, um sorriso sempre aparecerá em meu rosto assim que vê-lo.

O abraço é desfeito e nossas mãos são entrelaçadas; assim caminhamos para a cozinha. Um ritual que fazíamos com muita frequência mas que, com nossa rotina corrida, foi se perdendo aos poucos.

— Senti falta disso tudo. — Comento após me sentar perto dele e em frente à um lindo prato de panquecas com calda de chocolate

— Eu também... lembro que prometemos que jamais deixaríamos nossas rotinas divergentes nos afastar. Acho que não deu muito certo.

— Acho que acabamos permitindo que nossas rotinas nos controlassem, mas creio que podemos mudar isso. E não, não estou insinuando que desistirei da minha carreira e nem pedindo para que desista da sua. Só to dizendo que poderíamos, sei lá, tirar umas férias e ir pro Havaí, ou Caribe ou apenas ficarmos em casa curtindo a presença um do outro. — Falo tudo muito rápido, o que faz ele rir

— Ei, respira um pouco, estamos com tempo para termos uma conversa decente pelo menos, não? — Assinto e sorrio — Férias?

— Sim, quanto tempo faz que não tiramos um tempo apenas para nós? Sabe, sem Beatrice, Eleonora, Romeu e Pietro? Sempre que estamos de férias eles acabam aparecendo. Não me leve a mal, eu amo eles, mas eu quero o meu marido pra só mim, pra variar um pouco.

— Ei, calma. Respira fundo, não precisa cuspir tudo de uma só vez. — A calma transmitida por ele é algo descomunal — A gente pode tirar umas férias e sair pra viajar sem rumo por um tempo. Nem precisamos avisar a ninguém.

— Me sentirei uma adolescente fugindo dos pais para ter seu primeiro encontro. — Rio — Me parece uma ótima ideia.

Um sorriso ladino se faz presente em seus lábios que logo se chocam contra os meus em um beijo calmo e apaixonado.

Eu poderia dizer-lhes que o restante de meu dia foi incrivelmente bom, todavia estaria mentindo descaradamente.

Veja bem, ele não foi, de um todo, ruim. Apenas houveram alguns pequenos desastres que me irritaram de maneira descomunal.

O fato de Eleonora ter me pedido o número de Pietro fez com que meus ânimos ficassem um pouco mais agitados do que o normal.

Não posso evitar achar que os dois formariam um belo casal, apesar de achar isso extremamente errado, afinal, ele é irmão gêmeo de Romeu... sei lá, me passa a sensação de que Els o quer apenas como um estepe, visto que não pode ter o verdadeiro Romeu.

Espero, do fundo do meu coração, que eu esteja errada e que ela  tenha gostado de Pietro pelas diferenças que ele tem de seu gêmeo e não pela semelhança.

Não serei hipócrita dizendo-lhes que não passei o número, afinal, eu também ateei um pouco de lenha na fogueira... fazem anos que estou tentado casar Pietro; assim como fazem anos que estou tentando casar minha melhor amiga.

Sendo sincera, não sei como a ideia de unir os dois não havia se passado em minha mente anteriormente.

Stefani Lacorte burra!

HEY MEU POVO QUE COME PÃO COM OVO!

COMÉ QUE CÊS TÃO? Espero que bem.

O que acharam do capitulo de hoje? Deixem vosso comentário pois ele me ajuda a saber se estão ou não curtindo a história.

Se gostou também não esqueça daquela estrelinha marota para me motivar a continuar.

Peço-lhes também que deixem vossas perguntas sobre a história, as responderei num capitulo comemorativo que sairá na sexta.

KISSUS DA TIA BIA!

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