VI
Terminamos de beber nosso milk-shake e ficamos sentados na lanchonete por mais alguns minutos conversando. E aproveito para contar um pouco mais sobre a cidade, não tem muita coisa a dizer por que é uma cidade bem pequena, mas digo o que ele precisa saber para ter uma vida social por aqui. Quando voltamos para a praça aproveito para apresentar Taylor para alguns amigos que encontro por lá, é claro que todos adoraram conhece-lo, é um novato e não acontecem muitas novidades por aqui.
Não demora muito para que Taylor vire o assunto da praça inteira, logo estamos cercados por pessoas curiosas e acabamos ficando conversando com eles por um tempo.
A sensação de ser o centro das atenções é bem estranha, não estou acostumada com tanta gente querendo falar comigo ao mesmo tempo. Normalmente eu pareço invisível para a maioria dessas pessoas. Mas é melhor eu curtir os meus cinco minutos de fama porque amanhã nenhum deles vai se lembrar que eu existo.
A conversa está bastante animada e a maioria dessas pessoas são bem legais, mas em meio a risadas e brincadeiras, alguma coisa chama a minha atenção do outro lado da praça. É Zac com os amigos, ele está me olhando com a mesma expressão indecifrável de sempre. Zac tem um novo skate que repousa sobre seu pé, e no fundo eu fico feliz por ele ter conseguido outro skate para se divertir. Os amigos dele estão sorrindo e brincando em volta dele, mas como sempre ele está todo sério e tenso, o que é uma pena porque ontem a noite eu descobri que ele tem um sorriso lindo.
Eu tenho vontade de acenar e dizer oi, mas fico com medo dele me ignorar como sempre faz, então prefiro fingir que não percebi que ele está me olhando e tento ignora-lo, mas Zac é um garoto difícil de ignorar. Então eu olho disfarçadamente por diversas vezes.
- Aquele garoto já foi seu namorado? – A voz de Taylor chama a minha atenção de repente.
- O que?
- O garoto de cabelo comprido que não para de te olhar. – Ele diz apontando o dedo na direção de Zac.
- Quem? O Zac? – Eu dou uma gargalhada e tenho que admitir que é de nervoso. – Não. Não! Eu nem o conheço..., quero dizer, de certo modo eu o conheço. Ele é meu vizinho, mas não nos falamos muito, na verdade eu acho que ele não vai com a minha cara. – Falo olhando para o Zac.
- Então ele é um idiota. – Taylor segura a minha mão, sua mão é macia e está gelada, mas seu toque é agradável. – E então? Você já me mostrou todos os lugares da cidade?
- Claro que não, ainda tem alguns lugares que quero que conheça. Vamos continuar o nosso tour.
Nos despedimos de todos e continuamos o nosso passeio, mostro a ele pequenos atalhos que podem facilitar a vida dele quando andar pela cidade. Existem muitas ruas interligadas que levam ao mesmo lugar. Por último levo Taylor á praia.
- As praias são com certeza o meu lugar favorito da cidade. – Taylor fala assim que paramos de frente para o mar.
- Eu amo a praia, mas às vezes ela fica muito cheia nessa época do ano e eu não gosto muito de lugares cheios... Por isso eu te trouxe aqui, vou te mostrar um lugar que poucas pessoas conhecem, é o meu lugar favorito no mundo. Vai ser a minha maneira de me desculpar por ter te atropelado.
Levo Taylor até as pedras, no canto mais isolado tem uma pequena passagem estreita, entrando nela chegamos numa pequena trilha. É um pouco difícil para subir porque a subida é íngreme e a areia escorrega um pouco. Apesar das reclamações de Taylor, conseguirmos chegar ao topo. Aqui em cima temos uma visão panorâmica, de um lado toda a cidade e do outro lado o mar, negro e gigantesco. A única luz que conseguimos ver é a da lua que está acima dele. É uma imagem linda. Taylor olha em volta admirando a paisagem como se estivesse vendo uma obra de arte.
- Esse lugar deveria ser o principal ponto turístico da cidade. É incrível. – Ele diz admirado e dessa vez sei que é sincero.
- Deveria..., mas eu fico feliz que não seja. Eu venho sempre aqui quando preciso pensar. E o melhor é que poucas pessoas conhecem, então nunca tem ninguém por aqui.
- Então você acaba de cometer um grande erro, porque eu virei sempre aqui.
- Tudo bem. Aqui pode ser o seu lugar de pensar também.
Sentamos na pedra para admirar a vista e eu conto sobre meus pais, o colégio e como me tornei amiga de Natasha e Rita. Taylor me conta histórias sobre as viagens que fez e os lugares onde morou com sua família. Acabo descobrindo que ele tem uma irmã mais nova, ela tem dez anos e ele parece ser um irmãozão. Pude perceber que ele é muito próximo da mãe, mas não tem um bom relacionamento com o pai, apesar de ele não falar muito sobre isso. Estou surpresa em descobrir que Taylor é um menino sensível. Contamos coisas bem intimas um para o outro, geralmente eu não falo tanto sobre mim, mas com Taylor é diferente. Sinto como se fossemos amigos desde sempre.
- Madeline... - A voz de Taylor soa doce e suave.
- Oi? - Eu olho em seus olhos.
- Você vai me achar estranho se eu disser que gosto de você? – Posso perceber que Taylor fica um pouco tímido ao me perguntar isso
- Não..., eu não acho nem um pouco estranho. - Meu coração parece que vai pular do meu peito. – Porque eu também te acho muito legal.
Taylor se aproxima um pouco mais de mim, seus olhos azuis estão escuros como o mar. Ele coloca sua mão sobre a minha e eu começo a sentir meu corpo tremer. Tenho certeza que estou vermelha como um tomate.
- Eu quero dizer que gosto muito de você Madeline. – Seus olhos estão fixos nos meus e ele se aproxima mais um pouco.
- Então não me ache estranha por dizer que sinto o mesmo por você. – Falo desviando o olhar para esconder meu embaraço e Taylor ergue meu rosto para que eu volte a encará-lo. Eu não consigo descrever o que estou sentindo agora, todos os meus sentidos estão fixados em Taylor, quero captar todos os seus movimentos.
O olhar de Taylor se alterna entre meus olhos e minha boca e eu torço para que ele queira me beijar agora.
- Madeline... – Sua voz sai baixa, quase um sussurro e então ele se inclina na minha direção. – Posso te beijar agora? – Eu apenas consigo dizer que sim com a cabeça, meu coração está batendo tão forte que posso ouvir com clareza cada batimento meu.
Taylor se aproxima devagar e cauteloso e então os nossos lábios se encontram. Primeiro ele me beija delicadamente e se afasta alguns milímetros, mas logo volta a me beijar, um beijo doce e suave e aos poucos sua língua explora minha boca, seus lábios são quentes e macios e eu acompanho cada movimento que ele faz, torcendo para que eu esteja fazendo tudo certo, esse é o meu primeiro beijo e não poderia ser mais perfeito.
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Aiii gente... quanta fofura 🥰 ❤️
❤️🎶 Dica musical para ler esse capítulo: Save me, do álbum This Time Around 🎶❤️
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